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MICOSES ENDÊMICAS As micoses profundas sistêmicas possuem algumas características em comum, como: a principal via de contaminação é a aquisição por inalação de propágulos fúngicos. São causadas por fungos verdadeiramente patogênicos, que são todos dimórficos (que possuem características bastante semelhantes, Exemplo: paracoccidioidomicose, histoplasmose, blastomicose, coccidioidomicose e esporotricose. Os Anemófilos são Micoses Profundas Sistêmicas por fungos oportunistas. Ex: Candidíase, Criptococose, Mucormicose, Feohifomicose, Hialohifomicose. DIFERENÇAS DE MICOSES ENDÊMICAS E OPORTUNÍSTICAS: ENDÊMICAS: patógenos são dimórficos, a distribuição é restrita a determinadas regiões, hospedeiro imunocompetente, fonte de infecção exógena - ambiental. Mortalidade: maior sobrevida. Exemplo: histoplasmose, paracoccidioidomicose e coccidioidomicose OPORTUNÍSTICAS: menor virulência. Distribuição mundial. Hospedeiros imunocomprometidos. Fonte endógenos ou ambiental. Alta taxa de mortalidade sobrevida. Exemplo: Candidíase, aspergilose, cryptococcose, mucormicose e fusariose. PARACCOCIDIODOMICOSE (Micose pseudococcídica; Blastomicose brasileira; Blastomicose sul- americana; Micose de Lutz; Doença de Lutz-Esplendore-Almeida): Os paracoccos fazem parte do filo ascomycota, classe de eurotiomycetes e ordem onygenales e família onygenaceae. Não se conhece a fase sexuado, somente a assexuada. Espécies: Paracoccidioides brasiliensis (composto por 5 complexos de espécies – PS3, PS2, PS1a, OS1b e PS4) e o Paracoccidioides lutzii, que foi separada por ser menos parecida dos outros tipos. O fungo, o paracocco, a 25° C está sob a forma filamentosa, possuindo macromorfologia branca, com aspecto de pipoca estourada. À microscopia, hifas hialinas septadas, com macroconídios e alguns artroconídios (estruturas de resistência). A 37 ° C e com condições adequadas, apresenta aspecto leveduriformes e na micromorfologia, aparenta 3 formas: roda de leme, forma de Mickey mouse (apenas com dois brotamentos) ou sob a forma de pata de urso. Então em lesões orais ou pulmonares apresentam o fungo sob a forma leveduriformes, mas no meio ambientes, estão sob a forma filamentosa geralmente. A paracoccidioidomicose são micoses endêmicas, que possuem 3 tipos diferentes de evolução: doença infecciosa de evolução aguda, subaguda ou crônica. É comum em países da América latina. Possui como agente etiológico, paracoccidioides brasilienses e P. lutzii. Distribuição geográfica: os complexos de espécies de P. Brasilienses afetam região diferentes, encontrando- se no Brasil, mais a PS1 e PS2. O P. lutzii também encontra-se no Brasil (mais no centro-oeste, mas pode estar também em outros locais, até mesmo no ES) e no Equador. Epidemiologia: não é uma doença de notificação compulsória, havendo uma certa dificuldade de se saber os números de casos existentes. A incidência varia de 3 a 4 casos por milhão de habitantes. O Brasil corresponde a 80% dos casos, possuindo mais nas regiões central e sul (há bastantes casos também no sudeste, principalmente no ES). Taxa de mortalidade 1,45 casos por milhão de habitantes, é a 8ª causa de mortalidade por doença infeciosa crônica. É a que possui maior incidência, das infecções fúngicas endêmicas. Pode ser considerada uma doença ocupacional, pois profissões ou atividade relacionadas ao manejo de solo contaminado com o fungo e vegetação que o cobre: atividade agrícola, terraplanagem, preparo do solo, jardinagem, transponde de vegetais e etc. Faixa etária: todas a partir de 3 anos, havendo nítido predomínio entre 30 a 60 anos, sendo mais raras em crianças e adultos com menos de 30 anos. Com relação à raça, é severa em japoneses, eslavos, húngaros e austríacos. Distribuição entre os gêneros: na infância a proporção é equivalente, mas em adultos, é de 22 homens para uma mulher, isso está ligado (PROVA) ao fator hormonal, porque na mulher adulta, os estrogênios circulantes (que estão em quantidade relevante) agem retardando a transição da partícula infectante (conídio ou fragmento de micélio) para as formas parasitárias. Isso porque o fungo possui na sua superfície um receptor chamado de 17-β-estradiol que ao ser ligado aos estrógenos, inibe a transformação do P. brasiliensis da sua forma filamentosa (micélio), à levedura, então a mulher não vai desenvolver a doença. FONTE DE INFECÇÃO E HABITAT: nicho ecológico desconhecido. Isolado de solos na Argentina e Venezuela. Solos ácidos: zonas de cultivo de café, tabaco, algodão e cana-de-açúcar. Há uma redução dos indivíduos afetados em plantações de cana de açúcar, pois tem sido feito um manejo diferente do solo, como técnicas de queima extensa e pesticidas de alto impacto. FATORES DE VIRULÊNCIA (IMPORTANTE): Os componentes da parede celular quitina e outros polissacarídeos, como manana, glucanas, melanina. Dependendo da forma que o fungo está, ele muda as glucanas: A forma filamentosa, apresenta β-1,3- glucanas e a levedura, uma proporção baixa de β-1,3- glucanas e mais α-1,3-glucanas, essa última vai diminuir o estímulo da resposta imune inata e menor estímulo à produção de TNF-α, escapando portanto do sistema imune. Isso justifica o porquê a fase leveduriforme é a real responsável pela doença, já que há maior concentração de α-1,3-glucanas, o fungo é mais virulento. Regulação da transição dimórficos onde há influência hormonal (17-beta-estradiol) Diferenças qualitativas e quantitativas na expressão de componentes antigênicos. Exemplo, Galactomanana (na fase micelial) e Glicoproteínas (na fase micelial e leveduriforme) a mais importante é a GP-43: composta de galactose, glicose e glicosamina, é reconhecida como antígenos (utilizada em testes sorológicos), tem atividade de protease, capaz de hidrolisar caseína, colágeno e elastina, além disso, ela é responsável pela adesão da levedura na membrana Produção de melanina: amplia a capacidade de remover radicais oxidativo dos fagócitos, reduzindo a fagocitose. TRANSMISSÃO: doença de mais caráter rural (embora atualmente haja uma tendência a urbanização), então os trabalhadores nas plantações de cana e de café (condições mais apropriadas para os fungos), o trabalhador tem contato com a forma filamentosa, ele aspira os propagos infectantes, chegando nos alvéolos pulmonares, lá, dependendo das condições ambientais e com a temperatura, ele muda para a forma leveduriforme. Nos pulmões, pode haver a fagocitose por macrófagos locais e dependendo de fatores locais tanto do fungo (virulência ou tamanho do inóculo) quanto do hospedeiro (se o indivíduo é homem, tabagista, alcoólatra, susceptível geneticamente e quantidade grande inoculação) ele desenvolve a paracoccidioidomicose. Pode causar infecções em animais como tatu (principalmente, mas ele é imunotolerante. É uma espécie de indicador da doença) e também animais domésticos e macacos. EVOLUÇÃO: quando o parasita entra em contato com o hospedeiro humano, é determinada a paracoccidioidomicose Infecção que pode: 1- regredir espontaneamente, 2- evoluir para a paracoccidioidomicose doença, 3- permanecer em latência (células do sistema imune englobam o MO). Determinantes para evolução: depende do fungo (virulência e tamanho do inoculo) e do hospedeiro (status imunitários, estado nutricionais, alcoolismo, tabagismo, co-infecções, drogas imunossupressoras, condição hormonal e etc.; TIPOS DE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: -PARACOCCIDIOIDOMICOSE-INFECÇÃO: pacientes com reação intradérmica de paracoccidioidina positiva. São diagnosticados por descobertas casuais (check-up, por exemplo) do fungo em lesões cicatriciais nos pulmões, sendo pedido uma sorologia. -PARACOCCIDIOIDOMICOSE-DOENÇA: há sob a forma aguda/subaguda (tipo juvenil) e a forma crônica (tipo adulto), possuindo os tipos focal e multifocal Forma aguda/ subaguda (tipo juvenil): idade menor que 30 anos. 5 a 10% dos casos, apresenta cursorápido (agudo). Afeta baço, fígado, gânglios linfáticos e medula óssea. Não há acometimento pulmonar. Quadro geral: febre, perda de peso e aumento de gânglios linfáticos. Em casos graves: hepatoesplenomegalia, envolvimento osteoarticular e lesões cutâneas devido a enfartamento de linfonodos, alterações na medula óssea. Forma crônica (tipo adulto). Mais importante é comum (90% dos casos). Indivíduos com mais de 30 anos. Por ser de progressão lenta e crônica, o diagnóstico e tardio. Há envolvimento pulmonar em 80% dos casos. Lesões frequentes: pele ao redor da boca e nariz, laringe e mucosa labial. -Forma crônica unifocal: É mais comum afetar somente o pulmão. É menos frequente, único órgão ou sistema é acometido (pulmão principalmente). A suprarrenal, SNC, osteoarticular e pele podem ser os afetados, porém, mais raramente. Geralmente 1/3 dos pacientes apresenta o achado radiológico de asa de borboleta quando o pulmão é acometido (atingindo os dois lóbulos pulmonares no terço médio bilateralmente). Há sintomas comum de quem tem o pulmão afetado: tosse, dispneia progressiva, emagrecimento, astenia (fraqueza). -Forma crônica Multifocal: É a mais comum (80%). Há lesões cutâneas e/ou de mucosas e comprometimento pulmonar. 60% desenvolvem lesão de mucosa orolaringeofaríngea, tendo principal aspecto das lesões da cavidade oral, granulações finas e pontilhados hemorrágicos (sendo chamada de estomatite moriforme, pelo aspecto de amora) O paciente apresente dor, salivação abundante, pode haver comprometimento dos dentes, disfagia e odinofagia (dor durante a deglutição). Pode gerar edema na cavidade bucal, que à palpação, é endurecido. As lesões cutâneas aparecem menos (30 a 61%). Podem aparecer ulceradas, verrucosas ou crostosas. As lesões ulceradas podem ter infiltração ou podem ser secretantes. Origem: contiguidade a lesões da mucosa, linfonodais ou ósseas, disseminação hematogênica. Afeta geralmente face, membros inferiores e superiores e tronco são mais afetados. -PCM- doença, forma residual ou sequelar: não apresenta mais doença em atividade, somente a sequela dela. Resulta da reparação cicatricial da lesão após tratamento, havendo alterações anatômicas e funcionais; sequela pulmonar, pacientes com a doença pulmonar crônica gerará fibrose pulmonar, tornando o indivíduo incapacitado para o trabalho. Pode haver microstomia (dificulta a alimentação e higiene), estreitamento laríngea (que causa disfonia e pode ser necessário traqueostomia); pode-se evoluir insuficiência renal, ginecomastia e diminuição da libido e insuficiência adrenal (doença de Addison, gerando astenia, hipotensão, hiperpigmentação, hiponatremia- nível de sódio sanguíneo baixo). FERRAMENTAS PARA DIAGNÓSTICOS DISPONÍVEIS: Além dos achados clínicos, pode ser feito o exame microscópico direto (com KOH). Exame histopatológico. Sorodiagnóstico (feito mais para acompanhamento). Cultura: para identificação de gênero e espécie. -Exame microscópico direto (padrão ouro): Encontra- se a fase leveduriforme do fungo, se tiver acometimento pulmonar, no escarro também pode-se observar, sendo mais comum na forma de leme ou de Mickey Mouse microscópico direto com KOH. Material biológico: escarro, biópsia de lesões de mucosa oral (também pode ser feito um esfregaço nela) ou pele, aspirado de gânglios, abscessos etc. - Cultura: À 37°C, 10 a 20 dias de incubação, apresenta colônias leveduriformes multibrotantes de cor creme, aspecto cerebriforme À 25°C: 2 a 4 semanas de incubação. Parte inferior da colônia amarronzada e aderida ao meio de cultivo, e a parte superior aérea branca e algodonosa; apresenta hifas septadas hialinas com clamidósporos terminais ou conídios sésseis e artroconídios. TRATAMENTO: O tratamento é feito com azólicos, sendo a droga de escolha o itraconazol, durante geralmente 6 meses, pode ser optado o uso de cetonoconazol. Quando há recaídas, utilizar fluconazol ou sulfamídicos (sulfametoxazol + trimetropim). Em formas mais graves ou refratárias, se utiliza Anfotericina B. HISTOPLASMA CAPSULATUM: (Histoplasmose americana, doença de Darling, histoplasmose capsulati. Febre das cavernas e minas e doença dos morcegos) A histoplasmose é uma micose sistêmica endêmica humana causada por variedades distintas de H. capsulatum. Regularmente se inicia a nível pulmonar e depois pode disseminar-se a diferentes órgãos. Histórico: foi descoberto primeiramente em um paciente com anemia, febre intermitente, hepatoesplenomegalia e foi a óbito, na cidade de Martinica (Panamá), nele foi identificado os microorganismos intracelulares dentro dos histiócitos, esses possuem um halo em volta da célula, e colocaram o nome dele de Histoplasma capsulatum, pois acharam que a esse halo era uma capsula e foi classificado como protozoário. Um brasileiro o provou que o MO era um fungo dimórfico. Na fase filamentosa há macroconídios, hifas hialinas septadas e pode haver também microconídios. A fase leveduriforme é intracelular, sendo de difícil diagnóstico porque pode ser confundida com qualquer outra levedura e é de difícil visualização. É um microorganismo que vive no solo decompondo material orgânico (sapróbio e geofílico) e é dimórficos. Tem fase sexuada e assexuada descrita, sendo que o Histoplasma capsulatum é o anamorfo e o Ajellomyces capsulatum é o teleomorfo e ambos causam histoplasmose (disse que não cobra nomes assim). São da mesma família do paracocco, (filo ascomycota, classe de eurotiomycetes e ordem onygenales e família onygenaceae) e o Ajellomyces possui família Ajellomycetaceae. Há vários tipos de Histoplasma: Histoplasma capsulatum var. capsulatum (que é cosmopolita- agente de micose também oportunista); Histoplasma capsulatum var. duboisii (acomete regiões africanas); Histoplasma capsulatum var. farciminosum (acomete equínos) O histoplasmose Histoplasma capsulatum var. capsulatum. Além de cosmopolita, é endêmico, pois acha-se a maior parte dos casos em continentes americanos. Atualmente ele se chama de HP senso stricto, há também outros microorganismos, distinguidos em espécies diferentes e com relação ao local mais comum. -Histoplasma capsulatum, VAR capsulatum (forma pequena ou histoplasmose clássica): Cosmopolita: 60 países temperados e tropicais. Américas, África, Austrália, países asiáticos (Birmânia, Indonésia e Filipinas). Na América latina: Venezuela, Equador, Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. No Brasil, mais em áreas de centro-oeste, Sul e sudeste, que são as mesmas áreas que a paracoccidioidomicose, porém, são encontradas mais em áreas urbanas. FONTE DE INFECÇÃO: presente em solos, principalmente em solos nitrogenados com pH ácidos, úmidos. O Microambientes abrigados (cavernas, construções abandonadas, galinheiros, árvores, túneis, chaminés, parques), locais onde solos enriquecidos com excretas de morcegos galinhas e aves. Contribuição para o crescimento do fungo: pouca luminosidade, altero teor de ácido úrico e compostos nitrogenados. Umidade (60%) e temperatura (18- 28°C). O devido a essa temperatura, aves nãos se infectam pela temperatura corporal elevada. Os morcegos são susceptíveis a infecção e dispersores dos fungos por eliminar os microorganismos nas fezes. EPIDEMIOLOGIA: idade de 30 a 40 anos. Sendo 4H: 1M. Considerada doença ocupacional: mineradores, espeleólogos, engenheiros topográficos, agricultores, avicultores, arqueólogos e ecoturismo. Raça branca mais susceptível. Incidência e prevalência não determinada porque não é uma doença de notificação compulsória. Fatores predisponentes para forma progressiva e crônica: pacientes com leucemia, linfoma, HIV (em área endêmica, mais de 10% desenvolve, sendo feito até profilaxia), corticoterapia, alcoolismo crônico. TRANSMISSÃO: Inalação de conídios, mas também pode ser por inoculação direta. Não se transmite de humano a humano. PATOGENIA: Pode evoluir de duas formas: as lesõespodem ser regressivas, geralmente em imunocompetentes. E podem ter caráter progressivo, geralmente em imunocomprometidos. Quando o indivíduo tem contato com o MO, pode ser formar as lesões residuais que podem abrigar elementos fúngicos viáveis no pulmão, responsáveis por reativação endógena da micose geralmente em casos de disfunção imune. FATORES DE VIRULÊNCIA: Dimorfismo, Termotolerância (permite que o fungo passe da fase filamentosa para a leveduriforme), Melanina, Modulação do pH (faz com que o fungo persista no fagolisossoma), Captação de Fe e Ca, Alterações na PC: α-1,3-glucana (Levedura): altos níveis está associado a virulência da cepa e β-1,3-glucana (Forma filamentosa) SÍNDROMES CLÍNICAS: grande espectro de formas clínicas (sendo de difícil diagnóstico também por isso) e é influenciada: exposição extensa aos propágulos, idade, status imunológicos, doença pulmonar crônica previamente a infecção. Os tipos de síndromes clínicas são a Histoplasmose pulmonar aguda; pulmonar crônica; multifocal crônica; disseminada progressiva. -MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: infecção assintomática, conhecida como histoplasmose infecção, acomete hospedeiros normais em áreas endêmicas, sendo só descoberto através do diagnóstico realizada por fim de checkup ou levantamento epidemiológico. No diagnóstico, há: Reação Intradérmica Positiva (histoplasmina), Evidências radiológicas com nódulos calcificados etc. Reação sorológica de infecção micótica No caso da Histoplasmose pulmonares aguda: se dá quando o indivíduo adquire uma carga fúngica muito grande, há sintomatologia leve, moderada e grave. Leve: simula uma gripe banal: febre moderada e irregular, cefaleia, mialgias, astenia e adinamia. Raio x pode apresentar micronódulos. IDR positiva fraca e sorologia negativa. Moderada: simula uma pneumonia atípica: tosse, estertores e discreta dispneia, febre moderada e constante, cefaleia, dores musculares e ósseas. Aumento do volume dos gânglios hilares. IDR e sorologia são regularmente positivas. Grave: simula uma tuberculose. Quadro agudo tosse abundante com expectoração mucóide, hemoptise com dispneia, estertores e ataque do estado geral. Caso fatal: cianose e insuficiência respiratória. Pre: mortem: hepato e esplenomegalia Na histoplasmose multifocal crônica (adulto): Mais comum, relacionada a defeito anatômicos estrutural prévio. Típica de adulto do sexo masculino. Além de lesões tegumentopulmonares há também de orofaringe e cutâneas (10%). Pode ocorrer por reativação endógena de focos quiescentes contendo fungos viáveis, que tem como influencias a diminuição da capacidade de defesa imunocelular, idade avançada, tabagismo, alcoolismo e desnutrição. A lesão de mucosa orofaríngea é ulcerada (única ou múltipla), com granulações finas ou não, as vezes recoberta de pseudomembrana ou aspecto necrótico e algumas podem possuir borda elevada e endurecida. Pode haver lesão ulcerada da língua (macroglossia). Ulceração solitária, com dor de intensidade variável, com várias semanas de duração, entretanto, algumas lesões podem aprestar-se eritematosas ou brancas de superfície irregular. As lesões ulceradas requerem diagnóstico para excluir possibilidade de carcinoma. Os sítios mais afetados são a língua, palato e mucosa jugal. Manifestações clínicas disseminada: acontecem mais em paciente com aids: presença de lesões orocutâneas. Pápulas com aspecto mucosite, nódulos que convergem a lesões verrugosas. Abcessos e ulceras. Basicamente nesses pacientes, vários tipos de lesões podem ocorrer e ainda pode se disseminar para o coração, olhos, meninges e glândulas suprarrenais. Portanto há um Polimorfismo lesional: lesões muito diferentes, como crostas, papilomatosas ou verruciforme, acontece mais em pacientes com HIV, sendo geralmente múltiplas. Nesse caso é muito difícil de fator o diagnóstico. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: exame microscópico direto não é recomendado e o tipo de material vai depender do tipo de lesão. As amostras biológicas são escarro, sangue, medula óssea, pele, linfonodo, lavado broncoalveolar etc. Utiliza-se histopatologia e sorologia, mas o padrão ouro é a cultura, cultivando a 25 °C, observando a presença de colônias filamentosas e a 37°C colônias de leveduras. Na cultura se faz essa reversão de fase para a confirmação do tipo de fungo. Na fase filamentosa, com o microcultivo, encontra-se macroconídeos grandes tem características: aparência de mamona (PROVA, diferentemente do que é visto no paracocco, que é multibrotante, Mickey Mouse ou pata de urso) e microconídios. TRATAMENTO: formas graves, pulmonares ou disseminadas, Anfotericina B. Formas pulmonares leves a moderadas, itraconazol, profilaxia em pacientes com HIV (ou com TCD4 menor que 150) e em região endêmica, usar 200mg/dia 6 a 12 meses. Posaconazol e voriconazol são considerados tratamentos de 2 linha para histoplasmose disseminada não severa e resgate.
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