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livramento dos perigos, bem como a consolação nos sofrimentos. Em seguida a
ela se dirige nestes termos: Confessamos que no céu só temos a vós como única
solícita protetora. Quer ele dizer: É verdade que todos os santos interessam-se por
nossa salvação e pedem por nós; mas a caridade e ternura demonstrada por vós,
alcançando-nos tantas misericórdias de Deus, nos obrigam a declarar-vos como
nossa única advogada no céu, a única que no verdadeiro sentido da palavra é
amante e solícita de nossa salvação. E como é grande essa solicitude de Maria
em falar continuamente em nosso favor junto de Deus! Quem poderá medi-la
jamais? No ofício de proteger-nos não conhece a Virgem o que seja fadiga, diz S.
Germano. Que bela palavra! Maria roga e sempre torna a rogar por nós e não se
cansa de o fazer, para nos livrar dos males e nos obter as graças. A tal ponto
chega sua compaixão perante nossas misérias e seu amor para conosco!
Pobres pecadores! Que seria de nós, se não tivéramos esta grande
advogada! Quanto a considera seu Filho e nosso Juiz por causa da compaixão, da
prudência que nela encontra! Tanto a considera, que não pode condenar pecador
algum que se acha sob seu patrocínio, diz Ricardo de S. Lourenço. Por isso, João,
o Geômetra, a saúda dizendo-lhe: Salve, ó vós que sois o direito que resolve todas
as demandas! Isto é: Em toda demanda ganha aquele a cujo lado está essa mui
sábia advogada. De sábia Abigail lhe chama por isso Conrado de Saxônia. Essa
foi aquela mulher que soube tão bem aplacar com os seus eloquentes rogos o rei
Davi, quando estava irritado contra Nabal. E bendisse-a Davi, agradecendo-lhe
porque o livrara de vingar-se de Nabal com sua própria mão (1Rs 25,24ss).
Exatamente o mesmo faz Maria no céu, sem cessar, em favor dos inumeráveis
pecadores. Pois sabe muito bem com suas meigas e prudentes súplicas aplacar a
justiça de Deus. Louva-a por isso Deus e quase lhe agradece, porque o detém de
castigar os culpados como mereciam.**
3. Maria, a fiel cópia da misericórdia divina*
Foi para dispensar-nos todas as misericórdias possíveis, afirma S.
Bernardo, que o Eterno Pai, além de Jesus Cristo, nosso principal advogado, nos
deu ainda Maria Santíssima como advogada. Não há dúvida, Jesus é o único
medianeiro de justiça entre Deus e os homens, o único que em virtude dos
próprios méritos nos pode obter graça e perdão, e de acordo com suas promessas
também o quer. Mas como em Jesus Cristo reconhecem e temem os homens a
majestade divina, aprouve a Deus dar-nos outra advogada a quem recorrer
pudéssemos com maior confiança e menor receio. E temo-la em Maria, fora de
quem não acharemos outra nem mais poderosa para a Divina Majestade, nem
mais misericordiosa para conosco. Grande injúria faz à piedade desta amável
advogada quem se intimida de vir à sua presença. Pois ela nada tem de severo e
terrível, mas é toda suavidade, toda clemência, toda amabilidade. Lê e relê

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