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informalmente; não tem trabalho antes, durante e depois que saem da prisão; e têm abaixo de 25 anos. O sistema já é draconiano (76% em regime fechado – regime mais grave – 4 a 8 anos de prisão); 3% em regime aberto; metade dos presos estão aguardando seu julgamento – presos processuais ou provisórios – não foram alvo de sentença penal condenatória; 33% de permanência de presos em delegacias de polícia – incorreto, só para procedimentos preliminares, com posterior encaminhamento ao sistema prisional, quem prende não pode custoriar, é polícia judiciária e não função anômala de custodiar o preso; Obrigações e deveres para o indivíduo encarcerado: análise de gestão das obrigações do Estado. Os deveres do Estado: saúde, educação, etc, a todos. Os indivíduos que estão no sistema carcerário não podem buscar tais direitos, cabendo ao Estado, por meio do Conselho da Comunidade (art. 61, LEP) fornecer tais direitos ao infrator, possibilitando devolver o infrator à sociedade, hoje o criminoso está contido (na prisão), amanhã estará consigo (sociedade, ressocialização), o que dá uma idéia de que não existe prisão perpétua; não há separação dos presos, de acordo com o crime – critério científico - acabando por misturar as pessoas; estado não tem escola penitenciária, que prepare as pessoas para lidar com a massa carcerária, sistema de contenção grave, não podendo ser colocadas pessoas despreparadas; patronatos não existem (art. 61, LEP), para propiciar interação entre comunidade e massa carcerária, distanciando a sociedade da massa; metástase do sistema carcerário, possui tumores, como o ócio, a inatividade (82% da massa carcerária, 17% somente que exercem uma função, qualquer atividade, levar um documento, varrer, já é um trabalho). Pergunta: o Brasil pode ter presídios em campos de trabalho? Sim, pode ter tais experiências. Ex: Pará, 70% dos internos estão empregados na indústria, sendo que somente um percentual baixíssimo voltou ao crime depois de sair da prisão. A expressão “campos de trabalho” não significa trabalho forçado, mas sim, capaz de dotar o indivíduo de uma profissão. Além disso, há como tumores: a desassistência judiciária, muitos indivíduos não a têm, sendo que a defensoria pública não tem estrutura para absorver essa demanda, conseqüentemente, muitos acabam ficando presos, pois não somente a pena estaria vencida, mas também teria outros direitos; a superlotação: hoje temos um déficit de 700000 vagas, 200000 vagas para quem estaria preso já, existem cerca de 500000 mandados de prisão não cumpridos porque não existe onde colocar essas pessoas; fugas, volume de fuga altíssimo, 32000 ano de 2007; doenças de varias formas e espécies, em especial as DST’s (20% do sistema – 84000 pessoas); rebeliões; morte dentro do sistema carcerário (Carandirú); AULA 02: ALTERNATIVAS PENAIS À PRISÃO Análise sobre o sistema de penas e alternativas à prisão, todas as questões da aula passada levaram a opinião pública a refletir sobre o tema: sistema carcerário no Brasil, fugas, rebeliões, ressocialização. Pergunta: a cadeia pode recuperar o infrator, depois que ele sai do sistema carcerário? Depende do perfil do infrator, em alguns casos é difícil haver uma reinserção na sociedade... Prof: a sociedade também questiona uma forma de receber o indivíduo depois que ele deixa o sistema carcerário, podemos estabelecer uma linha de raciocínio, ao que percebemos que há problemas estruturais administrativos, com isso, a perspectiva é muito pequena para a reinserção/recuperação social do indivíduo, o cárcere não tem cumprido sua
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