Buscar

Confisco e Multas no Direito Penal

Prévia do material em texto

Ocorre que há argumentos que sustentam uma posição contrária. O confisco não se 
confunde, pois não é pena desde 1984, art. 91, CP, sendo efeito da condenação!!!! 
Somente recai sobre instrumentos utilizados na prática do crime, cujo uso é vedado por 
lei, ou produto auferido com a prática do crime. Ex: com o dinheiro da droga compra 
uma lancha, essa lancha pode ser confiscada – é efeito da condenação!!! A perda de 
bens e valores refere-se ao patrimônio LÍCITO do infrator; temos na realidade 
impedimentos para que isso aconteça: 1. Proprietário do bem – se não for, Estado não 
pode ficar com, não transcende da pessoa do indivíduo; 2. Morte: art. 107, acaba a 
punibilidade, não se falando em perda de bens e valores; 
5. Pena de multa substitutiva: Pergunta: houve revogação da multa substitutiva do cp, pela 
lei 9714? No nosso sistema de penas, art. 32, lep, três espécies de pena: a PPL, a PRD e 
a multa, essa pode vir prevista isoladamente no tipo penal, acumulada no tipo penal ou 
alternada no tipo penal. Estando no tipo, o juiz na condenação pode cumulá-la (prisão 
e multa) ou aplicar em isolado (multa). Quando alternada (restritiva ou multa), é um ou 
outro. A questão é: a multa prevista no tipo, é aplicada independentemente das 
hipóteses de substituição. Ex: condenação 4 anos prisão e multa, por crime que pode 
haver substituição por PRD, acima 1 ano, duas restritivas ou uma restritiva e multa; fica 
uma situação estranha, pois haverá três penas a ser cumpridas, a restritiva e a multa 
prevista na substituição, e a multa vinda do tipo ... pode, fica estranho, mas pode sim, o 
mais comum é de os juízes não aplicarem a multa do tipo, pois foi substituída por outra 
multa. O problema é quando a multa é em substituição à prisão, art. 44, CP, par 2 (**** 
multa substitutiva alternativa: § 2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a 
substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior 
a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de 
direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. (Acrescentado pela L-009.714-1998)), 
lep, ppl até 4 anos sem violência e grave ameaça, podendo ser substituída por PRD e 
multa, cria-se a situação de a multa entrar em cena sem estar previamente prevista no 
tipo original, essa (do art. 44, par 2°) é a multa substitutiva, que entra no rol das outras 
9 alternativas já faladas, compondo o rol das 10 penas alternativas. Ocorre que a 
nomenclatura “multa substitutiva” já preexistia na redação do art. 60, CP, par 2 (§ 2º - A 
pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída 
pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do Art. 44 deste Código), nas 
condenações até 6 meses, juiz pode substituir ppl por multa, mas essa multa (art. 60) 
não tem a ver com o art. 44 (aquele está no tipo e esse, na substituição), pois teria 
derrogado o art. 60, porém, coexistem as duas (Celso Delmanto), pois 1. nos casos onde 
há a possibilidade de condenação a ppl por violência e grave ameaça, não é possível a 
substituição; 2. Se inferior a 6 meses também não é possível; 3. Pode haver a 
substituição por multa não havendo vedação expressa no par 2° do art. 60, tendo 
perspectiva de harmonia entre os dois institutos; 4. Por hermenêutica, deve-se integrar 
as normas, evitando expurgá-las do sistema; Lembrando a alteração profunda da multa 
(se do tipo – art. 60 - ou alternativa – art. 44), estando ambas vinculadas à redação da 
lei 9268/96, que transformou a multa em dívida de valor, não havendo mais a conversão 
em prisão, se o sujeito tem a pena dele convertida em multa e tendo a descumprido, 
não mais haverá a sua reconversão em prisão, mas sim, será executada conforme lei

Continue navegando