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adequado - válida) para ser legítima (eficaz), mas também tendo legalidade material 
(conteúdo). Esse papel cabe ao Judiciário também (de declarar ilegítima – ineficaz). As ppl 
são legítimas (adequadas) para as infrações de menor e médio potencial ofensivo? Essa 
conceituação merece análise contextual: de um lado, a defesa social e de outro, os direitos 
fundamentais do infrator; a tendência é de ficar no lado da sociedade, ocorre que se 
analisarmos profundamente, ver-se-á que não se limita à segurança pública, ou o combate 
ao crime (inimigo n 1) – minimizando conceito social. Todos os esforços concentram-se 
nesse inimigo n 1, desprezando o fator social (melhores condições de vida) estar-se-á 
minimizando o conceito de segurança pública, que se limita ao combate ao crime e por 
conseqüência, a justiça, a defesa social e a prisão, só existindo todas essas se existir prisão. 
Estamos afunilando o horizonte, o que está errado. Ao se falar em defesa social, está-se 
travestindo o poder de punir do Estado, a defesa social não pode excluir o infrator, mas sim, 
está incluindo (direitos fundamentais), se conseguirmos remontar esta equação, 
perceberemos que a posição do Estado Democrático de Direito é outro, quem fica ao lado 
do poder de punir é ninguém, vamos mudar de posição. Essa deve ser a visão correta!!! O 
Estado forte é o que promove a cidadania, fazendo o cidadão ascender, ao invés de fazer do 
crime um destino, faz-se uma opção!!! O que é legitimidade nesse contexto? Obediência ao 
conteúdo principiológico constitucional, não é um espaço de quase direito, o qual não se 
pode macular a dignidade da pessoa humana, bem como da humanização das penas, com 
intervenção penal mínima. Se cominada pena, essa deve ser a que viole minimamente os 
direitos fundamentais, a pena é conseqüência, devendo-se atacar a causa (problemas 
sociais). Adequação: é a que atende ao conteúdo constitucional, cumprindo efetivamente 
as finalidades da pena (preventiva e retributiva – teoria mista); para calcular o nível de 
adequação das PRD e das PPL, temos que trabalhar com institutos como reincidência, custo, 
cumprimento e reinserção social; 1. Reincidência, pena efetiva do ponto de vista, onde 
indivíduo não retorne ao crime – eficácia; 2. Descumprimento, sobre a efetividade e do 
cunho retribucionista, não sendo cumprida, não há retribuição; 3. Custo e reinserção, 
aspectos ligados à adequação da intervenção penal. Quadro comparativo entre PRD e PPL, 
mas antes, vamos às perguntas: 
Pergunta: qual é o índice de reincidência entre quem cumpre PRD e PPL? 
 Estudos técnicos demonstram que um homem em PPL, quando sai, retorna ao crime em 
70%-80% dos casos, enquanto que as PRD, desde que acompanhados pelo sistema das 
centrais, o índice varia entre 2%-12%, com média de 6%, Bahia é 8%, mas é gritante o não 
retorno. Em ou 88% dos casos de PRD, o indivíduo não retorna ao crime, enquanto que na 
PPL, a variação de descumprimento está entre 25%-35% (fogem, não cumprem a pena, fora 
outras perspectivas). Na PRD, o descumprimento está entre 4%-9%, mais de 90% das 
pessoas encaminhadas cumprem efetivamente suas penas. Isso foi possível pela criação das 
centrais, por sua metodologia e integração de saberes, além do monitoramento e do 
acompanhamento, considerando que somente 9% das Comarcas têm centrais. Imagina se 
fosse maior o percentual de centrais!!!! 
 
Pergunta: quanto custa para o sistema quem cumpre PRD e PPL?

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