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“Desde os anos 90, vem-se realizando Cúpulas Mundiais no âmbito das Nações Unidas, com grande participação dos países, sobre temas de relevância à humanidade. Tais encontros refinaram e ampliaram o marco conceitual, recolheram experiências exitosas e produziram recomendações de políticas de enfrentamento dos determinantes sociais de saúde, sobretudo com vistas a diminuir as iniquidades sociais e em saúde. (Carvalho, 2013)
Neste último século, o país cresceu, as condições de vida melhoraram significativamente, incorporando novas parcelas da população aos benefícios do crescimento e do desenvolvimento tecnológico. No entanto, permanecem distorções quanto à equidade que devem ser equacionadas. (Carvalho, 2013)
O coeficiente de Gini, indicador que mede a desigualdade, reduziu-se de 0,584 em 1981 para 0,543 em 2009, no Brasil. Essa queda pode ser explicada por melhorias na educação e pelo impacto dos vários programas de transferência de renda instituídos no país, nos últimos anos. Variações regionais persistem (IPEA, 2011). (Carvalho 2013).
No tocante à linha da pobreza, definida segundo conceitos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação em números absolutos, o Brasil contava com 20.600.000 domicílios extremamente pobres em 2005, passando a 13.400.000 em 2009 (IPEA, 2011). Essa queda demonstra, seguramente, efeito do Programa Bolsa Família. (Carvalho 2013).
O Programa Bolsa Família contava em 2009 com 12,4 milhões de famílias atendidas, com valor médio do benefício por família de R$ 94,92. Avaliação de impacto do Programa Bolsa Família demonstra resultados no incremento da matrícula escolar, no acesso a serviços de saúde, na cobertura vacinal e no aumento ponderal das crianças beneficiárias (IPEA, 2011). (Carvalho, 2013).
Outros programas no Brasil com êxito na redução das iniquidades e auxilio na redução das desigualdades em saúde foi o programa mais médicos e o programa PNPICS no Brasil (Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS).
As PNPICS incluem: 29 práticas: Apiterapia, Aromaterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Bioenergética, Constelação familiar, Cromoterapia, Dança Circular, Geoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Imposição de mãos, Medicina Antroposófica/ Antroposofia Aplicada à Saúde, Medicina Tradicional Chinesa/ Acupuntura/ Tai Chi Chuan, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Ozonioterapia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Terapia de Florais, Termalismo social/ Crenoterapia e Yoga. (Almeida, 2020).
	Pude acompanhar a criação, aprovação da PNPICS no Brasil, pude realizar a formação em auriculoterapia, que é uma das modalidades, para profissionais da saúde da atenção básica. Participei da implantação na atenção básica de dois Municípios, realizada por sessões na câmara de vereadores e aprovação do conselho de saúde e prefeitura, nos Municípios, onde atuo e em ambos continuo a exercer esta atividade paralela ao meu cargo de Fonoaudióloga e posso afirmar após inclusive a apresentadas inclusive no 4 congresso Paranaense de Saúde Pública que os questionários aplicados aos pacientes, cuidadores e funcionários públicos que receberam esse tratamento relataram pelo menos um fator positivo de redução de sintomas e benefício e nenhum fator negativo associado a este tipo de tratamento.
Associado ao benefício da prática, encontra-se o acolhimento, a escuta Terapêutica, a redução de atestados por dores e aumento da qualidade de vida do paciente e redução da automedicação, o fato de ser um tratamento de baixo-custo que pode ser ofertado em qualquer local, inclusive no atendimento de pacientes oncológicos e em tratamento paliativo. Também utilizamos esta prática com pacientes com dores crônicas como bruxismo, fibromialgia, grupos de dor, grupos do Parkinson, entre outros e assim prevenindo e promovendo saúde, temos obtido resultados suficientes para manter até o momento as atividades em funcionamento. As Secretarias Municipais de saúde ainda incentivam as equipes da atenção básica a realizar outros cursos complementares, para implantar também nas UBS como complementares ao serviço.
Referências Bibliográficas:
Almeida, J. P. (2020, outubro 2). Governo confirma a permanência da PNPIC na atenção primária à saúde. CFN. https://www.cfn.org.br/index.php/noticias/governo-confirma-a-permanencia-da-pnpic-na-atencao-primaria-a-saude/
Carvalho, A.I. (2013). Determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde. In FUNDAÇÃO Osvaldo Cruz. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: população e perfil sanitário. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. Vol. 2. pp. 19-38.
Silva, K. L., Sena, R. R. de, Belga, S. M. M. F., Silva, P. M., & Rodrigues, A. T. (2014). Promoção da saúde: desafios revelados em práticas exitosas. Revista de saude publica, 48(1), 76–85. https://doi.org/10.1590/s0034-8910.2014048004596.

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