OFICINA DE ANÁLISE CRÍTICA - Gestão dos serviços em saúde

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UNIVERSIDADE DE FRANCA
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL (BACHARELADO)
COORDENAÇÃO DE CURSO/COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO
DISCIPLINA: ESTÁGIO CURRICULAR EM SERVIÇO SOCIAL
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
PROBLEMATIZAÇÃO:
Você atua na Coordenação de Saúde Mental de seu município e existem muitas reclamações acerca da “demora” para conseguir uma consulta para diversas especialidades, sobretudo na área de psiquiatria. Neste contexto, é feita a solicitação pelo Secretário de Saúde para que “acabe” com as filas de espera para consultas de psiquiatria, que chegam a dezenas de usuários que, por vezes, esperam por meses para conseguir tal atendimento. A dificuldade é que o município em questão conta com apenas um profissional psiquiatra contratado para uma jornada de 30 horas semanais, distribuídas da seguinte forma: 18 horas semanais em atuação direta no CAPS e as outras 12 horas fazendo consultas individuais para a população com quadros leves de transtorno mental e que não se encaixam no perfil do CAPS local. As queixas da população se aplicam justamente a estas consultas individuais, que apresenta longa fila de espera. Já foi realizado processo seletivo para contratação de mais profissionais, onde não supriu a deficiência de profissionais, pois apenas dois aceitaram, mas logo pediram exoneração visto que a demanda era muito alta e eles “não queriam ter tanto trabalho”. Devido a falta de concurso público, não se consegue alocar mais trabalhadores e o psiquiatra que atua na rede não possui interesse de aumentar sua carga horária, já que possui outros trabalhos. 
REALIDADE LOCAL:
Município de 50.000 habitantes, que possui 5 Equipes de Saúde da Família e um CAPS que atua com pessoas com transtornos mentais moderado e severo. O CAPS já está com sua capacidade instalada máxima e possui equipe composta por assistente social, psicólogo, psiquiatra, enfermeiro, técnico de enfermagem e monitores de oficinas de teatro, artesanato e música. O município conta com hospital geral de referência em outro município, distante 54 km. Os profissionais da rede de atenção básica apresentam muitas queixas em relação ao que consideram a pouca assistência do serviço CAPS à rede, e queixam que não possuem conhecimento suficiente para atender esse público da saúde mental. Apresentam também queixa da demora no agendamento das consultas ambulatoriais de psiquiatria, acrescentando a pouca resolutividade do serviço. Estas consultas de psiquiatra para as pessoas encaminhadas pela rede básica de Saúde da Família, para os casos mais leves, são atendidos em um Ambulatório de Especialidades em três períodos semanais de quatro horas cada. Por determinação do profissional psiquiatra são agendadas quatro usuários novos e três retornos em cada um destes três períodos, totalizando 48 consultas iniciais por mês e 36 retornos/mês. Assim, por ano, existe capacidade instalada de 528 consultas novas e 396 retornos. Atualmente a fila de espera é de 800 pessoas, com acréscimo médio de 10 a 15 novos encaminhamentos por mês, e assim, com potencial para crescimento de 120 a 180 novos encaminhamentos por ano. Considerando a demora no agendamento das consultas, existe também muita falta por abandono, e alguns munícipes justificam melhora no quadro sintomático no intervalo entre o encaminhamento e o agendamento. Esta realidade cria o paradoxo de ociosidade na agenda do profissional ao mesmo tempo em que existe uma interminável lista de espera para as consultas. 
QUESTÃO PARA REFLEXÃO E DEBATE:
Considerando o funcionamento da RAPS e o reordenamento dos serviços em saúde, apresente propostas para diminuir as dificuldades de acesso e de resolutividade ao serviço de psiquiatria do município em questão, em atenção à problemática apresentada pelo gestor municipal e pela população.
PROPOSIÇÕES DE RESOLUÇÃO
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