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Disciplina: Terapia Nutricional Enteral e Parenteral Aula 5 - Microbiota, permeabilidade, trofismo intestinal e nutrição enteral Whiteside, S. A. et al. Nat. Rev. Urol. advance online publication 20 January 2015; doi:10.1038/nrurol.2014.361 População de microrganismos que habita a pele e as membranas mucosas de um indivíduo Conjunto de microrganismos, genes e metabólitos de microrganismos presentes no local que colonizam Composição da microbiota em diferentes regiões Desenvolvimento da Microbiota Intestinal Função Metabólica/Nutricional da Microbiota Intestinal ✓Cerca de 80% de todas as células imunológicas ativas do corpo humano estão localizadas no TGI (WALL et al., 2009; ANDRADE, 2010); ✓ A microbiota normal influencia minimizando a resposta para certos antígenos, estimulando células repressoras, levando a imunoestimulação contra bactérias não benéficas e a imunoaceitação da própria microbiota (BARBOSA et al., 2010); ✓ As células epiteliais da mucosa intestinal são as grandes responsáveis pelo reconhecimento inicial do sistema imunológico, o contato direto com a luz intestinal é primordial para que ocorra esse processo. Função Imunomoduladora da Microbiota Intestinal Disbiose = Desequilíbrio da Microbiota Síndrome do Intestino Hiperpermeável Ausência de secreções intestinais, peristaltismo lento - bactérias encontram um meio favorável para proliferação, em especial no colón Com isso, a possibilidade de desenvolver translocação bacteriana e a sepse ficam potencializadas Disbiose Intestinal ✓ O desequilíbrio da microbiota pode levar a perda de efeitos imunes normais reguladores na mucosa do intestino, sendo associada a um número de doenças inflamatórias e imuno mediada. ✓ Obter uma homeostase adequada do TGI é um dos principais elementos para a modulação adequada do sistema imune e indução da tolerância imunológica. Antibióticos X Disbiose Intestinal Um dos grandes problemas para o tratamento em ambiente hospitalar é a infecção causada por bactérias resistentes aos antibióticos mais potentes que estão disponíveis no mercado. Gerando preocupação por ser a causa de infecções hospitalares por bactérias com alto poder de disseminação e difícil tratamento. Acomete, principalmente, pacientes com sistema imune abalado em unidade de terapia intensiva (UTI) Crit Care 26, 105 (2022). ➢ 57 pacientes adultos internados na UTI -outubro e novembro de 2019; ➢ Comorbidades - doença respiratória crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, insuficiência cardíaca crônica, doença coronariana crônica, doença renal crônica, imunossupressão e câncer sólido ativo; ➢ Amostra fecal coletada para avaliação da composição; ➢ Resultados: 13 pacientes foram à óbito nos primeiros 28 dias – câncer sólido – baixa diversidade da microbiota. Sobreviventes – maior diversidade da microbiota. ➢ Conclusão: Houve uma redução nas diversidades de bactérias e fungos da microbiota intestinal em pacientes que não sobreviveram e elas foram independentemente associadas à mortalidade precoce na UTI. O que pode ser feito para reestabelecer a microbiota? Probióticos – Microrganismos vivos que quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro (OMS). FLESCH et al., 2014 Prébioticos – São ingredientes alimentares que não são digeridos e que afetam de maneira “benéfica” o hospedeiro por estimularem seletivamente o crescimento e/ou a atividade de uma ou de um número limitado de bactérias do colón. Exemplos: Inulina, Fruto-oligossacarídeos, galacto- oligossacarídeos Efeitos dos probióticos ✓a modulação de funções fisiológicas chaves, como a absorção de cálcio, magnésio e ferro, o metabolismo lipídico; ✓a modulação da composição da microbiota intestinal, a qual exerce um papel primordial na fisiologia intestinal → aumento de bifidobactérias e lactobacilos; redução de bactérias da classe Clostridia; ✓a redução do risco de câncer de cólon. Conclusão: uso de fibras solúveis em todos os pacientes graves hemodinamicamente estáveis é seguro e deve ser considerado benéfico para redução da incidência de diarreia nesta população Exercício Paciente de 38 anos, sexo masculino deu entrada no hospital após um acidente de carro grave. Nas primeiras 6 horas de internação apresentou frequência cardíaca aumentada e instabilidade nos níveis pressóricos. Após aproximadamente 7 horas de internação o paciente passou por uma reavaliação pela equipe multidisciplinar para iniciar a terapia nutricional. Com o acidente, o paciente teve fraturas no maxilar inferior, membros e costelas. Ao se avaliar o TGI constatou-se que estava funcionante e o esvaziamento gástrico normal. Não apresenta risco de aspiração. Após avaliação obteve-se IMC de 18,8 Kg/m2. 1)Por que a Terapia Nutricional só foi iniciada após 7h de internação? 2)Qual tipo de Terapia Nutricional deve ser adotada? Justifique. 3)Qual a via de acesso deve ser utilizada? Justifique. 4)Quais as vantagens de se escolher essa via de administração? 5)Quais as complicações ou desvantagens associadas a essa via de administração? Slide 1: Disciplina: Terapia Nutricional Enteral e Parenteral Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23
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