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Curso_ 202210 ead-29782368 06 - ENGENHARIA E INOVAÇÃO - GR0847

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introdução
Introdução
Iniciamos o conteúdo em que discutiremos sobre “O novo per�l do Engenheiro” e, nesta etapa,
exploraremos tópicos sobre prática pro�ssional, contextualizando a motivação e a relevância das
novas demandas de mercado e negócios; as novas exigências quanto às competências pro�ssionais;
a crescente importância da interdisciplinaridade no ensino e nos postos de trabalho; e, por �m, o
impacto social, econômico e ambiental dessas mudanças nas empresas e no mercado pro�ssional
relacionado à engenharia. Discutiremos como o engenheiro da atualidade e do futuro serão mais
valorizados não apenas pela excelência nas competências técnicas, mas também,
ENGENHARIA E INOVAÇÃOENGENHARIA E INOVAÇÃO
O NOVO PERFIL DO ENGENHEIROO NOVO PERFIL DO ENGENHEIRO
Autor: Me. Lorena Tâmara Sena da Silva
Revisor : Rafae l Gonçalves Bezerra de Araújo
IN IC IAR
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concomitantemente, a familiaridade com conceitos mercadológicos e de habilidades
comportamentais.
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Em termos de linha do tempo, a história da engenharia no Brasil começa em 1549, com a fundação
do Governo Geral e da Cidade do Salvador, por Thomé de Souza. As construções anteriores são
muito precárias e com pouca informação. O primeiro Governador Geral trouxe, consigo, um grupo
de pro�ssionais construtores e a ordem do Rei D. João III, para que �zessem uma fortaleza de pedra
e cal e uma cidade grande e forte, como melhor puder ser. Portanto, a engenharia entrou no Brasil
por meio das atividades de duas categorias de pro�ssionais: os o�ciais-engenheiros e os então
chamados mestres de risco construtores da edi�cação civil e religiosa, antepassados dos nossos
arquitetos, e, graças à esta atividade, os brasileiros tiveram teto, repartições e templos (TELLES,
1984).
É evidente que, desde o Brasil colônia, o mundo evoluiu bastante, pois passamos por várias
revoluções industriais, pelo surgimento de novos mercados, negócios e nações. O pro�ssional de
engenharia obteve, cada vez mais, status e possibilidades de atuação. Com o desenvolvimento
cientí�co e tecnológico que perpassa a sociedade, em conjunto à tendência de especialização do
conhecimento, a maior complexidade de postos de trabalho conduziu a engenharia a subdividir-se
em diferentes e variadas rami�cações, de formas e em intensidades distintas demandadas pelo
mercado.
Partindo do pressuposto de que o engenheiro é o pro�ssional responsável por planejar, projetar e
acompanhar a execução de um empreendimento, a sua atuação é essencial para a manutenção da
vida em sociedade, independente da existência de crises que, ciclicamente, estabilizam o mercado,
pois sempre haverá demanda por funções exercidas por pro�ssionais da área de engenharia. Além
disso, o Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) (2018) demonstra uma
desproporcionalidade do total de pro�ssionais registrados, 1.003.387. Mais de 77% são formados
em apenas quatro especialidades: técnico industrial (339.822 ou 33,87% do total), engenheiro civil
(201.290 ou 20,06%), engenheiro eletricista (122.066 ou 12,16%) e engenheiro mecânico e
metalúrgico (109.788 ou 10,94%). Com a concentração em poucas especialidades, o mercado �ca
ainda mais carente em outros nichos.
Somada à pesquisa do Confea, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) detalhou as medidas para
aumentar a competitividade do país nos próximos anos, no documento Mapa Estratégico da
Indústria 2018-2022. Segundo a CNI (2018), o Brasil possui seis engenheiros para cada grupo de 100
mil pessoas. O ideal seria, pelo menos, 25 engenheiros por 100 mil habitantes, proporção veri�cada
nos Estados Unidos e Japão.
Os Cursos de EngenhariaOs Cursos de Engenharia
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No entanto, você conhece todos os cursos de engenharias reconhecidos no Brasil? São mais de 30
modalidades!
Engenharia civil
Engenharia de produção
Engenharia mecânica
Engenharia elétrica
Engenharia química
Engenharia ambiental
Engenharia ambiental e sanitária
Engenharia de computação
Engenharia de petróleo
Engenharia de 
automação e controle
Segundo o Confea (2018) existem, pelo menos, 34 tipos de engenharias diferentes. No infográ�co,
foi possível conhecer um pouco sobre o que as principais engenharias podem desenvolver.
praticar
Vamos Praticar
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A evolução do per�l do engenheiro, incluindo expertises gerenciais e comportamentais, mostra-se cada vez
mais presente nas empresas. Considerando o que foi apresentado neste material e em pesquisas
complementares, assinale a alternativa que indica a a�rmação correta sobre a área e os cursos de
engenharia.
a) Existem apenas 10 engenharias reconhecidas no Brasil.
b) A existência de engenheiros no Brasil é relatada desde a década de 1930.
c) O número de engenheiros por área e cursos é equilibradamente distribuído.
d) As engenharias especializaram-se, ao longo do tempo, conforme as demandas de mercado,
porém a Engenharia Civil possui o maior número de pro�ssionais registrados.
Feedback: alternativa correta , pois, segundo dados do Confea, a Engenharia Civil ainda concentra
o maior número de pro�ssionais registrados.
e) As especialidades e diferenciações entre as engenharias mantêm-se constantes.
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O mercado atual pressiona os pro�ssionais para serem cada vez mais diferenciados, com resiliência
para adaptarem-se às mais diversas situações e, principalmente, com capacidade de resolver
problemas. Estamos em meio à quarta revolução industrial; pro�ssionais, empresas e Estados
conectados e com necessidades de urgência nas tomadas de decisões. Tais decisões precisam ser
mais acuradas, com o uso inteligente e sustentável de recursos.
Sendo assim, neste tópico, apresentaremos algumas das competências mais valorizadas no
mercado, bem como o motivo pelo qual todo pro�ssional deve investir em seu desenvolvimento
para aumentar as chances de obter sucesso pro�ssional.
As Diferentes Habilidades: Hardskills e Softskills
Não é raro escutar, de um colega de faculdade, um familiar ou de você mesmo, que, ao participar de
um processo seletivo e não conseguir avançar de fase, obteve o seguinte feedback : “infelizmente,
você não possui o per�l aderente à vaga e/ou empresa”. Acredite, tal justi�cativa, na maioria das
vezes, é verdade. Não é demérito pro�ssional, apenas faltou o match com a empresa.
Nesta análise do empregador, não são observados apenas quesitos técnicos, por exemplo, domínio
de um software de modelagem; mas são, principalmente, aspectos comportamentais, como
liderança.
Nesse contexto, destacamos o termo skill , em inglês, cuja tradução é “habilidade de fazer uma
atividade ou fazer bem um trabalho” (INTERNATIONAL DICTIONARY..., 2017). Portanto,
apresentaremos mais detalhes sobre os conceitos de tipos de habilidades que podem ajudar a
construir o per�l mais competitivo possível às melhores vagas.
Hard Skills
Segundo Boyatzis (2004), as dimensões da competência podem ser mais bem compreendidas se
analisadas sob a seguinte ótica:
o que precisa ser feito? (conhecimento);
como deve ser feito? (habilidades);
por que será feito? (atitudes).
As Novas CompetênciasAs Novas Competências
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A importância da combinação desses elementos está no fato de que um indivíduo, apesar de
tecnicamente apto a uma função, pode não obter os resultados desejados, em função de seu
comportamento.
Portanto, hard skills , technical abilities são habilidades de foro técnico, quanti�cáveise de
aprendizado técnico particularmente adquiridas, por meio de uma formação pro�ssional, acadêmica
ou da experiência adquirida, mas que incluem, ainda, procedimentos administrativos relacionados
ao âmbito de atividades da organização (RAO, 2012).
Segundo Jamison (2010), o ensino de habilidades técnicas é importante e necessário, mas isso não
garante que o funcionário ou candidato torne-se um bom empregado ou um bom líder. Sabe-se que
a excelência oriunda somente das hard skills não assegura, ao pro�ssional, a permanência no
ambiente de trabalho, ao menos que a técnica esteja intimamente aliada às habilidades
comportamentais (PASTORE, 2001).
Este cenário em que as hard skils perdem parte da importância de outrora é reforçado quando
analisamos o cenário da crescente automação do trabalho. Se processos previsíveis e repetitivos já
vêm sendo substituídos por máquinas e robôs, com o desenvolvimento exponencial da inteligência
arti�cial e suas aplicações, outros postos de trabalho – e competências atreladas – se tornarão
obsoletos. Schwab (2016) acrescenta que os empregos com menores riscos de automação serão
aqueles em que os pro�ssionais estiverem mais ligados às atividades sociais e criativas (como o
desenvolvimento de novas ideias), bem como as pro�ssões nas quais as tomadas de decisões não
sejam relacionadas a processos lógicos, mas a situações de incerteza.
Soft skills
Para Pastore (2001), o mercado de trabalho não mais contrata apenas pelos diplomas, currículos ou
recomendações. Atualmente, o contratado permanece no ambiente organizacional pela qualidade
das ideias e da exposição revelada e evidenciada pela habilidade de argumentação. A busca do
ambiente corporativo por pessoas quali�cadas, que dominem as soft skills e que as coloquem em
prática com e�ciência e e�cácia é cada vez mais crescente. Como já dito anteriormente, as chamadas
soft skills implicam em características como hábitos pessoais; capacidade de comunicação, iniciativa,
simpatia, tratamento e postura; e capacidade de relacionar-se com o próximo. Essas habilidades
atuam como um complemento às hardskills , que são as exigências técnicas requeridas no atual
cenário e, tratando-se de estudantes de engenharia, podem ser de�nidas como características
inerentes (CHAVES et al., 2009).
Sendo assim, as s oft skills, employability skills, critical abilities, generic skills, transferable skills, key
quali�cations, transversal skills, non-academic skills e people skills constituem competências
transversais, denominadas, por vezes, como habilidades gerais, críticas, universais, humanas, não
acadêmicas ou competências necessárias para conseguir manter o trabalho/emprego.
Para Shakir (2009), as competências técnicas proporcionam o trabalho, mas, depois, são necessárias
competências transversais para mantê-lo. Possuir competências técnicas constitui, portanto, uma
condição necessária, porém insu�ciente para manter-se no mercado ou no posto (função) de
trabalho, na medida em que as competências técnicas e transversais complementam-se
mutuamente. Os indivíduos com melhor desempenho possuem, simultaneamente, competências
técnicas adequadas, assim como comportamentais.
O relatório “O Futuro do Trabalho”, publicado em 2016, pelo World Economic Forum (WEF) (Fórum
Econômico Mundial), traz o alerta de que a economia mundial sentirá os efeitos da Quarta
Revolução Industrial, que promete ser muito mais rápida, abrangente e impactante que as
anteriores. Itens como computação em nuvem, Internet das Coisas, Big Data, Robótica, Inteligência
Arti�cial, Impressão em 3D, Biotecnologia e a�ns devem, até 2020, eliminar 5,1 milhões de vagas, em
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15 países e regiões que respondem por dois terços da força mundial de trabalho, incluindo o Brasil.
Em contrapartida, segundo o CNI (2018), devem surgir 30 novas funções em oito áreas distintas da
tecnologia.
Segundo o World Economic Forum (WEC) (2016), dentre as principais tecnologias que devem
impulsionar as mudanças no trabalho, estas foram as apontadas no estudo:
1. Internet móvel e tecnologia em nuvem – 34%.
2. Crescimento no poder de computação e Big Data – 26%.
3. Novas fontes e tecnologias de energia – 22%.
4. Internet das coisas – 14%.
5. Crowdsourcing e economia de compartilhamento – 12%.
6. Robótica avançada e transportes autônomos – 9%.
7. Inteligência arti�cial – 7%.
8. Produção avançada e impressão 3D – 6%.
9. Materiais avançados, biotecnologia e genômica – 6%.
Sendo assim, o novo pro�ssional deve atentar-se às novas tendências mercadológicas, tecnológicas
e de competências pro�ssionais, assim, posicionando-se com diferenciais, que o fará destacar-se no
mercado. 
No Brasil, os fatores que mais devem in�uenciar na mudança de dinâmica dos postos de trabalho,
segundo o WEC (2016), são:
1. Crescimento da classe média em mercados emergentes – 45%.
2. Mudanças no ambiente de trabalho e acordos �exíveis de trabalho – 42%.
3. Crescimento no poder de computação e Big Data – 27%.
4. Novas fontes e tecnologias de energia – 27%.
5. Internet móvel e tecnologia em nuvem – 24%.
6. Mudanças climáticas e escassez de recursos naturais – 21%.
7. Crowdsourcing e economia de compartilhamento – 18%.
8. Maior interesse do novo consumidor em relação a questões éticas e de privacidade – 12%.
Isso signi�ca que um terço das competências consideradas essenciais, hoje, será substituído até
2020. Segundo o mesmo estudo, até 2020, pelo menos 10 Soft Skills serão essenciais para você
destacar-se entre os pro�ssionais:
1. Pensamento crítico.
2. Criatividade.
saiba mais
Saiba mais
O vídeo 4ª Revolução Industrial, produzido pelo World
Economic Forum (WEF), apresenta uma gama de novas
tecnologias, a qual vem transformando o modo como o ser
humano vive e trabalha. O vídeo traz depoimentos de
especialistas, mostrando tendências e impactos
econômicos, sociais, políticos e ambientais da 4ª Revolução
Industrial no mundo inteiro.
ASS I ST IR
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3. Coordenação.
4. Negociação.
5. Inteligência emocional.
6. Resolução de problemas complexos.
7. Tomada de decisões.
8. Flexibilidade cognitiva.
9. Orientação para servir.
10. Gestão de pessoas.
Então, para aprimorarmo-nos pro�ssionalmente, devemos focar em nosso autoconhecimento
pessoal e pro�ssional.
praticar
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir.
“[...] As soft skills estão relacionadas com a inteligência emocional e com as habilidades mentais enquanto
que as hard skills fazem referência às habilidades técnicas adquiridas mediante formação escolar ou técnica.
No mundo cyber-físico da Indústria 4.0 o desenvolvimento fez com que as soft skills passassem a ser cada
vez mais exigidas dado que são precisamente tais habilidades que os robôs não podem automatizar ou
similar. Assim sendo, é desejável que os atuais pro�ssionais desenvolvam habilidades como criatividade,
adaptabilidade, capacidade de persuasão, capacidade de administrar o tempo, colaboração e�ciente, dentro
outras. O melhoramento, ou antes, o incentivo, destas habilidades constituem requisitos cada vez mais
desejáveis para os novos pro�ssionais na Quarta Revolução Industrial”.
DIAS, C. M. C. A Indústria 4.0 chama simbiose entre hard skills e soft skills. FNE , 2019.
Disponível em: https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5448-artigo-a-industria-4-0-chama-
simbiose-entre-hard-skills-e-soft-skills. Acesso em: 1º dez. 2019.
Considerando a citação apresentada, assinale a alternativa que apresenta apenas soft kills .
a) Modelagem planta baixa, liderança e proatividade.
Feedback: alternativa incorreta , pois a modelagem em planta baixa é atrelada a uma competência
técnica, logo, hard skill .
b) Resiliência, �exibilidade e inglês avançado.
Feedback: alternativa incorreta , pois possuir inglês avançado é atrelado a uma competência
técnica, logo, hard skill .
c) Paciência, gestão de cronograma e cordialidade.d) Ética, boa comunicação e capacidade analítica.
Feedback: alternativa correta , pois as competências listadas são expertises relacionadas a
relacionamentos e comportamentos, características das soft skills .
e) Flexibilidade, altruísmo e programação.
Feedback: alternativa incorreta , pois a programação é atrelada a uma competência técnica, logo,
hard skill .
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A atuação do engenheiro é relacionada às revoluções tecnológicas que a sociedade vive no
momento. Até o período histórico em que as trocas comerciais eram abastecidas, basicamente, pelo
método artesanal de produção, bem como a energia era de tração animal e máquinas a vapor
rudimentares, o engenheiro tradicionalmente restringia-se a obras militares e básicas de construção
de moradias em geral, do advento das manufaturas em série e formas de energia. Por exemplo, o
Engenheiro Civil em obras de construção de pontes e fortes ou, ainda, Engenheiros Mecânicos para
a indústria bélica terrestre ou naval. Posteriormente, com a produção em massa motivada pelas
novas formas de uso da energia, somada a novos meios de exploração de recursos naturais,
bene�ciamento e processos químicos, surgiram, dentre outros, os Engenheiros Eletricistas e os
Engenheiros Químicos.
Após a primeira Revolução Industrial e o desenvolvimento da tecnologia, muitas especializações
surgiram nas engenharias. Nesta fase, de acordo com Laurdares (2000), ao engenheiro portador de
um saber essencialmente teórico era atribuída a responsabilidade de direção técnica da implantação
de um setor industrial, com a função de organizar e gerenciar os processos de trabalho de acordo
com padrões tecnológicos importados.
Sendo assim, Szanjberg e Zakon (2001) entenderam que a função do cientista é conhecer, enquanto
que a do engenheiro é fazer (projetar e construir). Na área da Física, o cientista adiciona dados e
informações ao conhecimento veri�cado e sistematizado do mundo físico; o engenheiro torna útil
esse conhecimento na solução de problemas práticos, os quais envolvem o projeto e a construção
de artefatos, engenhos, máquinas, equipamentos, instrumentos, instalações e a concepção de
sistemas e processos, por via de regra, envolvendo os elementos anteriores, de modo a serem
operados de forma econômica. É importante ressaltar que todo pro�ssional é, também, cidadão,
então, deve-se pensar em retornos para a sociedade.
Com o fortalecimento e a disseminação da importância das soft skills pelas organizações, aspectos
comportamentais vêm sobressaindo-se, bem como competências antes voltadas aos pro�ssionais
da gestão, como criatividade, inovação e empreendedorismo.
Para Silveira (2005), a “empregabilidade” do engenheiro passa a depender mais de suas
competências gerenciais e de sua capacidade de resolução de problemas que de seu conhecimento
técnico especializado, só que, agora, em um mercado globalizado: a formação transnacional (duplos
diplomas e intercâmbios internacionais). Sendo assim, muda-se o papel do engenheiro: de um
técnico especializado, com ou sem formação cientí�ca suplementar, passa-se ao papel de um
As Funções do EngenheiroAs Funções do Engenheiro
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gerente, com visão tecnológica, podendo atuar no mercado ou no desenvolvimento de inovações e
produtos.
Nesse contexto, vamos apresentar alguns conceitos, modelos e tendências motivadores para a
atuação diferenciada do pro�ssional de engenharia na atualidade, mais especi�camente nos
escopos meio ambiente e social.
Novos desa�ios no Contexto Ambiental
Os termos ou #tags ambientais não são mais raridade em nosso dia a dia. Constantemente, temos a
opção de consumir algo “verde”, biodegradável, retornável e com uma fonte de energia “limpa”. É
notório que este vocabulário demonstra que a consciência ambiental, hoje, ocupa uma parte dos
esforços empresariais e da sociedade como um todo.
Desenvolvimento Sustentável x Sustentabilidade
Desenvolvimento sustentável é, segundo Sidkar (2003), um balanço entre o desenvolvimento
econômico, gestão ambiental e igualdade social. Uma maneira de estimular a integração dos
interesses ambientais, sociais e econômicos às estratégias de negócio consiste em investigar o
desempenho de seus processos em termos dos aspectos de impacto relacionados à
sustentabilidade.
O termo desenvolvimento sustentável é elencado em diversas áreas de conhecimento, mas todas
advêm de um primeiro conceito em comum citado no Relatório de Brundtland . As de�nições
comumente mais conhecidas, citadas e aceitas são as do Relatório Brundtland ( World Commission
On Environment And Development, 1987) e o documento “Agenda 21”. A mais conhecida de�nição
supracitada deste relatório contém dois conceitos-chave: o conceito de necessidade - mencionando,
particularmente, as necessidades dos países mais subdesenvolvidos - e a ideia de limitação, imposta
pelo estado da tecnologia e de organização social, para atender às necessidades do presente e do
futuro (VAN BELLEN, 2005).
A sustentabilidade vem pautando muitos discursos acadêmicos e ações empresariais, a partir da
década de 1990, visto que o meio ambiente vem sofrendo impactos e exibindo suas limitações
decorrentes do consumo, que aumentou em todo o mundo, despertando a conscientização
ambiental. Essa preocupação com as futuras gerações tem feito muitos consumidores buscarem por
produtos sustentáveis, os quais equacionam o consumo de recursos e a geração de resíduos a um
nível aceitável, almejando a satisfação do consumidor e a viabilidade econômico-ambiental
(PIGOSSO, 2008).
O modo como a questão ambiental está em evidência tem fortalecido os seus valores e imposto, às
indústrias, novos desa�os para atender à demanda de um mercado consumidor, com crescente
interesse na forma em que os produtos e serviços são produzidos, utilizados e descartados, além de
como estes afetam o meio ambiente. As indústrias também têm se interessado, igualmente, pela
cobrança de práticas de produção mais limpas das grandes organizações parceiras, pelas
certi�cações com reconhecimento internacional e pela diminuição dos recursos naturais, etc.
(OLIVEIRA; SERRA, 2010).
O conceito atual de desenvolvimento sustentável, que foi expresso na Cúpula Mundial, em 2002,
envolve a de�nição mais concreta do objetivo de desenvolvimento atual (a melhoria da qualidade de
vida de todos os habitantes) e, simultaneamente, distingue o fator que limita tal desenvolvimento e
pode prejudicar as gerações futuras (o uso de recursos naturais além da capacidade da Terra).
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Da RIO+10, resultou a Declaração do Desenvolvimento Sustentável, que rea�rmou o compromisso
de atingir todas as metas de desenvolvimento acordadas pela ONU desde 1992, bem como o Plano
de Implementação, contendo 170 itens distribuídos em 11 capítulos, os quais abordam temas como
equidade social, redução da pobreza, mudança de padrões insustentáveis de produção e consumo e
meio ambiente (SANTOS, 2008).
Em 2012, realizou-se, novamente, no Brasil, a 20ª Conferência Mundial sobre Desenvolvimento e
Meio Ambiente, a Rio+20, em que foram discutidos temas sobre “a economia verde no contexto do
desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza” e “a estrutura institucional para o
desenvolvimento sustentável” resultando, posteriormente, na publicação do relatório o�cial “The
future we want”, rea�rmando o compromisso dos países com o desenvolvimento sustentável
(NASCIMENTO et al ., 2012).
O histórico dos eventos e seus produtos são organizados conforme quadro a seguir. 
Quadro 1.1 - Fatos históricos ligados ao desenvolvimento sustentável 
Fonte: Elaborado pela autora.
Economia Verde e Ecoe�iciência
Segundo Abramovay (2012), a economiaverde é o termo mais utilizado nas organizações
multilaterais, no mundo empresarial e na própria sociedade civil, pois envolve três dimensões
fundamentais. A primeira é a mais conhecida e corresponde à transição do uso em larga escala de
combustíveis fósseis como fontes renováveis de energia. A segunda dimensão fundamental da
economia verde está no aproveitamento dos produtos e serviços oferecidos pela biodiversidade .
Trata- se do processo pelo qual a demanda é respondida com base em técnicas capazes de reduzir
as emissões de poluentes (foco contra os gases que provocam o efeito estufa), de reaproveitar
parte crescente de seus rejeitos e, acima de tudo, de diminuir o emprego de materiais e energia dos
quais os processos produtivos organizam-se.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) cita que a economia verde é aquela
que resulta em melhorias do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que
reduz, signi�cativamente, os riscos ambientais e a escassez ecológica (GUELERE, 2009).
1971 • Club de Roma • Output : Limites do Crescimento
1972
• Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano •
Output : Declaração de Estocolmo
1983 • Criação da CMMAD • Output: Nosso Futuro Comum
1987
• Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento •
Output: Nosso Futuro Comum
1992
• Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento – RIO-92 • Output: Declaração do Rio, Declaração
sobre as Florestas, Agenda 21, além dos limites
1997
• RIO +5 • Output: Protocolo de Kioto, Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo- MDL
2002 • RIO +10 • Output: Declaração do DS, Plano de Implementação
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O foco em sustentabilidade pode ser utilizado para ajudar empresas na melhoria de suas operações,
inovações e crescimento estratégico, enquanto ganham uma vantagem competitiva sustentável e
entregam valores sustentáveis para a sociedade (COLLBERT; KURUCZ, 2007; HART; MILSTEIN, 2003).
Kiron et al . (2012) citam alguns fatores que sustentam os investimentos relacionados à adoção de
práticas de sustentabilidade. Dentre eles, estão: maior participação no mercado, maior potencial de
inovação em seus modelos de negócios e processos, acesso a novos mercados e maior vantagem
competitiva.
Nesse contexto, Hitchcock e Willard (2002) listam outros benefícios de obter práticas de
sustentabilidade: redução de energia, desperdício e custos; diferenciação em relação aos
competidores; retenção e atração dos melhores funcionários; melhoria da imagem perante os
acionistas e consumidores; fornecimento de uma melhor qualidade de vida; dentre outros.
Na esfera corporativa, o marco teórico conceitual foi de autoria de John Elkington, em 1997, citando
o termo triple bottom line . Além do desempenho �nanceiro, a “saúde” de uma empresa deve ser
medida em relação aos impactos no meio ambiente causados por operações humanas. Segundo
Sikdar (2003), o desenvolvimento sustentável é um balanço entre o desenvolvimento econômico, a
gestão ambiental e a igualdade social.
Para Elkington (1997), o desenvolvimento sustentável deve ser cienti�camente apoiado,
ecologicamente equilibrado, energeticamente renovável, tecnicamente exequível, culturalmente
assimilável e socialmente justo.
O Triple Bottom Line (TBL) capta a essência da sustentabilidade ao medir o impacto das atividades
das organizações no mundo. Quando positivo, re�ete em um aumento no valor da empresa, em
termos tanto de lucratividade e de contribuição para os acionistas quanto sob o aspecto de seu
capital social, humano e ambiental (WEBER, 2007).
Para atingir resultados expressivos em sustentabilidade, as empresas devem manter e basear-se no
desempenho do negócio e, simultaneamente, mostrar consideração pelo planeta.
Assim, de forma objetiva, traduz-se que a sustentabilidade somente ocorrerá quando as condições
econômicas e sociais forem melhoradas ao longo do tempo, sem extrapolar a capacidade ambiental.
Figura 1.1 - Abordagem Triple Bottom Line 
Fonte: Sikdar (2003, p. 1932).
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Dessa forma, o monitoramento da sustentabilidade dos processos resulta em benefícios para as
companhias, para a sociedade em geral e para o meio ambiente. Muitas oportunidades aparecem de
práticas sustentáveis na manufatura. Tomando, por exemplo, o caso do uso de recursos materiais
em projetos de produtos e processos, bons resultados podem aparecer da reciclagem e da coleta de
materiais, bem como da utilização de materiais substitutos, que proporcionam menores perdas,
produtos com tempo de vida útil superior ou, ainda, a possibilidade de recuperação de partes de
produtos ao �nal de sua vida (CASCIO, 1996).
Novos Desa�ios no Contexto Social
De acordo com o aumento das exigências no mercado de trabalho, a Responsabilidade Social
Empresarial (RSE) vem tornando-se uma das maiores preocupações das empresas. A RSE é um
método de gestão de negócios, visando os objetivos da empresa, nos quais a sua de�nição envolve
as relações comerciais sustentáveis e socialmente responsáveis. Sendo assim, o autor Ashley (2005)
relata que o termo responsabilidade social abrange uma variedade de interpretações, dentre elas, a
ideia de que seja de responsabilidade ou compromisso legal; para outros, é uma obrigação
�duciária, impondo, às empresas, padrões mais altos de comportamento. Já outra interpretação
traduz a responsabilidade social como prática social, papel social e função social, porém, para
alguns, esta está relacionada à prática eticamente responsável ou uma contribuição caridosa.
A responsabilidade social empresarial está correlacionada com a sustentabilidade, já que a RSE é
uma forma de gestão que se de�ne pela relação ética e transparente da empresa com todos os
Figura 1.2 - Sustentabilidade e Ecoe�ciência 
Fonte: Guelere (2009. p. 45).
saiba mais
Saiba mais
Para exempli�car as iniciativas que remodelam
positivamente os processos conhecidos e rotineiros, temos
os Postos Ecoe�cientes e o Posto Ipiranga, que utilizam de
vários sistemas de reuso e reciclagem. Diante disso, leia o
conteúdo do site apresentado em detalhes sobre o conceito
de Posto Ecoe�ciente.
Fonte: Elaborado pela autora.
ACESSAR
https://portal.ipiranga/wps/portal/ipiranga/postoselojas/postoecoeficiente
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públicos que se relaciona, bem como pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionam
o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as
gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais
(INDICADORES ETHOS... 2018).
A partir desses conceitos abordados sobre a Responsabilidade Social no ramo empresarial, percebe-
se o quanto é importante a procura pela perfeição nas empresas, buscando a visibilidade na
qualidade no setor econômico, social e ambiental. De acordo com Carroll (1999), as características
da RSE são formadas por quatro dimensões de responsabilidade que representam a expectativa da
sociedade em relação às empresas, assim como o grau de importância das dimensões econômicas,
legais, éticas e �lantrópicas.
Concluindo a ideia com Indicadores... (2018), relata-se que a Responsabilidade Social Empresarial
está além do que a empresa deve fazer por obrigação legal, pois cumprir a Lei não faz uma empresa
ser socialmente responsável.
Certi�icados
Para ganhar um espaço no mercado empresarial, as empresas têm de buscar o seu diferencial e
suas quali�cações. De acordo com o Portal de Educação (2013), foi realizado um levantamento, em
abril de 2003, pela consultoria italiana Value Partners , nas bolsas de valores da Europa e Estados
Unidos, no qual foi veri�cado que, nos últimos anos, as empresas que possuem certi�cado de
responsabilidade social tiveram um maior reconhecimento;em média, 30% a mais, comparadas às
que não possuem esta certi�cação.
Vidigal (2012) descreve que há diferentes formas de certi�cações que passam a ocupar a vida das
empresas e de seus respectivos consumidores, no intuito da comunicação em especí�cos padrões
do setor ambiental, social e geográ�co, por exemplo. O mais abundante nas empresas é o
certi�cado socioambiental, o que demonstra ações sociais dentro das empresas relacionadas à
preocupação na inserção de novos produtos no mercado que não agridem o meio ambiente. Com
isso, o autor �naliza dizendo que as certi�cações surgem de forma global, para descrever índices,
padrões e conceitos que classi�quem produtos e serviços.
Conforme Viana et al . (2002), a certi�cação ambiental é um compromisso voluntário da organização,
no sentido de adotar um comportamento ambientalmente correto em relação ao gerenciamento da
empresa ou do processo produtivo, baseado em normas padronizadas e reconhecidas nacional ou
internacionalmente. Para Rodrigues (2016), a certi�cação é o elemento central de propulsão e
tangibilização do movimento, atendendo à necessidade da empresa em relação à medição de
maneira pragmática, criteriosa e abrangente, bem como sua performance ou impacto
reflita
Re�ita
Já ouviu falar em “consumo consciente?” Esse é o foco do Instituto Akatu, uma
Organização sem �ns lucrativos, criada no âmbito do Instituto Ethos, em 15 de
março de 2001 (Dia do Consumidor), com a missão de educar, sensibilizar e
mobilizar para o Consumo Consciente. Sendo assim, re�ita sobre as mobilizações
que podem ser realizadas para prezar o consumo consciente no link:
https://www.akatu.org.br/akatu-nas-empresas/
https://www.akatu.org.br/akatu-nas-empresas/
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socioambiental. Com isso, o movimento atrai empreendedores que já têm o valor socioambiental
como um dos alicerces de seus negócios.
Nesse sentido, Santos (2017) comenta que a presença de organizações terceiras reconhecidas torna-
se fundamental na validação do certi�cado, sendo, portanto, de grande importância o seu
reconhecimento e respeito no mercado e na sociedade. Há de ser, portanto, uma instituição
reconhecida pelo mercado, para que, assim, tal certi�cado seja validado e aceito pela sociedade e
demais instituições. São instituições governamentais ou não, as quais possuem políticas e
procedimentos implementados para atestar a identidade de um titular de certi�cado. Um exemplo
mais próximo da realidade brasileira é o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia), que certi�ca a qualidade dos produtos brasileiros.
B CORP
O autor Elkington (2001) relata que as empresas não estão olhando apenas para o seu meio
econômico e social, devido à gradativa importância que a sustentabilidade socioambiental vem
alcançando na esfera organizacional, pois o meio ambiente tem papel fundamental na gestão
corporativa. De acordo com essa necessidade, as empresas B certi�cadas são aquelas que atendem
aos mais altos padrões de desempenho social e ambiental veri�cados, transparência pública e
responsabilidade legal para equilibrar lucro e propósito.
No entanto, com o site B Corporation ( on-line ), a B Corp está acelerando uma mudança na cultura
global, para rede�nir o sucesso nos negócios e construir uma economia mais inclusiva e sustentável.
O objetivo do movimento B, segundo Rodrigues (2016), é rede�nir o conceito de sucesso nos
negócios, ao incluir o valor socioambiental lado a lado com o lucro, unindo pessoas que buscam
valores e propósitos iguais. O movimento também oferece uma forma para que as empresas
passem a agir com o intuito de valor socioambiental compartilhado, para o alcance da concretização
em seu diferencial, em que o networking e a reputação pessoal são os principais impulsionadores do
movimento, já que colocam empreendedores, investidores de impacto e personalidades
reconhecidas igualmente.
Santos (2017) relata que o movimento B Corp começou em 2007, nos Estados Unidos, tendo, em sua
essência, a aplicação de conceitos relacionados tanto à responsabilidade socioambiental quanto ao
hibridismo corporativo. O principal objetivo do movimento era estimular um tipo diferente de
organização, a qual buscasse padrões rigorosos de desempenho social e ambiental, bem como de
responsabilidade e transparência.
O Certi�cado B Corp é emitido pelo B Lab , responsável por reconhecer empresas que seguem
determinados padrões de transparência, responsabilidade e desempenho (BOAS PRÁTICAS..., 2018).
Essas empresas estão liderando um movimento global para rede�nir o sucesso nos negócios, as
quais vêm destacando-se no mercado, oferecendo uma visão positiva melhorada aos negócios.
Desa�os sistêmicos exigem soluções sistêmicas, e o movimento B Corp oferece uma solução
concreta, escalável e baseada no mercado.
O Relatório Anual Sistema B Brasil expõe que existem centenas de iniciativas vinculadas ao Sistema
B, as quais são promovidas em toda a América Latina, no sentido da construção de um ecossistema
favorável, para que as Empresas B multipliquem-se e desenvolvam-se na forma de fazer negócios.
Parâmetros de políticas públicas e legislação, mercado, consumidores e acadêmicos são interligados
e debatidos em importantes setores para a sociedade, sendo o Sistema B responsável por promover
esta articulação.
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praticar
Vamos Praticar
Um equívoco comum é pensar que �lantropia é sinônimo de responsabilidade social. Filantropia, segundo o
consciente popular, remete a ações de caridade, sem a expectativa de retornos �nanceiros ou econômicos à
empresa. O conceito e aplicação de Responsabilidade Social extrapola o da �lantropia.
Sobre a RSE e sua relação com a �lantropia, assinale a alternativa correta.
a) A RSE inclui somente as dimensões éticas e �lantrópicas.
Feedback: alternativa incorreta , pois a RSE inclui as dimensões econômicas, legais, éticas e
�lantrópicas.
b) A RSE inclui somente as dimensões ambientais e �lantrópicas.
c) A �lantropia inclui somente as dimensões éticas e RSE.
d) A RSE inclui somente as dimensões econômicas, sociais, ambientais e �scais.
e) A RSE inclui as dimensões econômicas, legais, éticas e �lantrópicas.
Feedback: alternativa correta , pois estas dimensões estão presentes no conceito de
responsabilidade social empresarial.
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Agilidade Emocional
Susan David
Editora: Cultrix
ISBN: 10: 8531614503
Comentário: nessa obra, a autora explica que a maneira como lidamos
e reagimos com as nossas emoções re�ete em como vivemos, amamos
e comportamo-nos diante da sociedade. Isso extrapola a vida pessoal.
Muitas empresas já têm ciência sobre esta relação. O saber gerenciar o
lado emocional é, também, uma habilidade importante para as
organizações, principalmente na hora de lidar com problemas e
desa�os.
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conclusão
Conclusão
Conforme estudamos nesta unidade, compreendemos que, com o desenvolvimento econômico e o
aumento da complexidade dos negócios a nível mundial, os engenheiros disseminaram-se para
diversas especialidades. Além disso, destacamos que as novas tecnologias, como a Inteligência
Arti�cial, Big Data, Impressão 3D, Novas Formas de Telecomunicações e as Biotecnologias não só
deram origem a novas ferramentas, exigindo uma formação complementar, mas também alteraram,
profundamente, os processos de trabalho e suas representações.
Apresentamos o conceito de skill e enaltecemos a importância crescente das soft skills (competências
transversais), como o mercado cada vez mais as valorizam, além da tendência da contratação pelas
competências. Por �m, contextualizamos o papel do engenheiro dentro dos novos desa�os sociais e
ambientaisem que a sustentabilidade e responsabilidade social são temas mandatórios para o
pro�ssional que deseja destaque.
referências
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