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AD2 EDUCAÇÃO INFANTIL-2024 1 (1)

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AD2 – 2024.1 
 
 
DISCIPLINA: Educação Infantil 2 
Coordenação: Leandro Henrique de Jesus Tavares 
 
Avaliação a Distância 2 (AD 2) 
 
 
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A partir do TEXTO 4: Sociologia da Infância: traçando algumas linhas, 
de Anete Abramowicz, responda os itens a seguir UTILIZANDO AS SUAS 
PALAVRAS (e quando usar as ideias de outras/os autoras/es, fazer a 
devida referência) 
 
 
1. Fale sobre o papel da Sociologia da Infância e seu surgimento na 
Europa. (3,5) 
 
 
2. Disserte brevemente sobre o surgimento da Sociologia da 
Infância no Brasil. (3,5) 
 
 
3. De acordo com a autora, quais são as dificuldades em se realizar 
pesquisas com crianças? (3,0) 
 
 
 
 
 
 
Macaé 
Milena Amorim da Silva 
21216080162 
Respostas: 
 
1- Desde o século XIX, a Sociologia da Infância considera a criança 
como um ator social e histórico, pertencente a uma categoria 
geracional própria. Na década de 80, houve uma renovação no 
campo teórico francês, com a Sociologia voltando seu foco para a 
criança como objeto de pesquisa. O surgimento da Sociologia da 
Infância na Europa marcou a mudança do enfoque psicológico para o 
sociológico no estudo da infância. Essa abordagem consagra à 
criança o papel de sujeito e protagonista da história, capaz de atribuir 
significados, sentidos e construir sua própria cultura. A diversidade e 
a alteridade são essenciais para entendermos a chamada “cultura da 
infância” e a relevância da criança como ator social. 
 
 
 
 
2- No contexto brasileiro, a Sociologia da Infância ganhou destaque com 
autores como Florestan Fernandes e Virgínia Leone Bicudo. A pesquisa de 
Florestan, em particular, foi marcante. Seu texto “As Trocinhas do Bom 
Retiro”, publicado na década de 1940, explorou as especificidades e 
diversidade das crianças brasileiras em relação a classes sociais, gênero, 
raça e etnia. Essa abordagem proporcionou um novo olhar sobre as crianças 
e suas pesquisas. 
 
A partir dos anos 90, as pesquisas em Sociologia da Infância aumentaram 
no Brasil. Três premissas fundamentais orientam esses estudos: Criança 
como Sujeito de Direitos; Infância como construção social histórica e em 
universal e crianças como atores sociais, o que implica dizer que as crianças 
atuam positivamente e ativamente nos processos de socialização e são, 
acima disso, produtoras de cultura. 
 
É essencial considerar as especificidades do contexto brasileiro ao utilizar 
a Sociologia da Infância como referencial teórico e metodológico na 
pesquisa com crianças, pois cada criança é um ser social único, complexo 
e dinâmico. 
 
 
3-Segundo a autora Anete Abramowicz, há inúmeras dificuldades em 
se realizar pesquisas com crianças, seja na perspectiva histórica, 
sociológica, ou qualquer outra 
A criança, ao nascer, traz consigo uma infância inscrita na história de 
gênero, sexualidade, raça, etnia e classe social. Essa inscrição ocorre à 
medida que nossas práticas moldam as crianças e, simultaneamente, elas 
também exercem uma força sobre si próprias e sobre nós. A micropolítica 
desempenha um papel crucial, pois a sociedade e a escola muitas vezes não 
conseguem realmente escutar as crianças, ignorando suas vozes e 
perspectivas. Essas complexidades nos lembram da importância de 
considerar a criança como um sujeito social ativo e protagonista, capaz de 
atribuir significados e construir sua própria cultura. Portanto, ao pesquisar 
com crianças, devemos estar atentos não apenas ao passado que as 
constituem, mas também ao presente que elas representam e ao futuro que 
ajudam a moldar.

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