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Ação Trabalhista 2

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Ação Trabalhista - Rito Ordinário 
0000482-57.2021.5.08.0003
Trata-se de uma ação trabalhista em que o reclamante busca a rescisão indireta do contrato de trabalho, alegando o não recolhimento do FGTS, ausência de pagamento de salários e falta de recolhimento das contribuições previdenciárias por parte da reclamada. Além disso, o reclamante pleiteia verbas rescisórias, indenização por danos morais e a responsabilidade subsidiária da tomadora de serviços.
A estratégia adotada pelo reclamante é fundamentar os pedidos com base em dispositivos legais, jurisprudência e documentos que comprovem o descumprimento das obrigações trabalhistas por parte da empresa reclamada. A alegação de rescisão indireta se baseia em fundamentos como a falta de recolhimento do FGTS, atraso no pagamento dos salários e ausência de depósitos previdenciários.
O reclamante destaca ainda, a responsabilidade subsidiária da tomadora de serviços, argumentando que a mesma se beneficiou diretamente dos serviços prestados pelo empregado e deveria ter fiscalizado o cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa contratada
O reclamante alega ainda, que a conduta da reclamada causou prejuízos à dignidade do trabalhador, configurando danos morais, solicitando assim, uma indenização correspondente.
Contudo, a segunda reclamada argumenta que não há vínculo direto entre o reclamante e a segunda reclamada, destacando a ausência dos requisitos essenciais do vínculo empregatício, como pessoalidade e subordinação direta. Além disso, o texto enfatiza que a segunda reclamada possui um vínculo jurídico com a primeira reclamada apenas por meio de licitações regulares e contratos administrativos, nos quais a responsabilidade pelos direitos trabalhistas é atribuída integralmente à primeira reclamada.
A argumentação se baseia na legalidade dos contratos administrativos firmados entre as partes, que, segundo o texto, estabelecem cláusulas específicas atribuindo à primeira reclamada a responsabilidade pelos direitos trabalhistas de seus empregados. A segunda reclamada ressalta que a licitante contratada (primeira reclamada) assume integralmente essa responsabilidade e, portanto, deve responder por questões trabalhistas, previdenciárias, tributárias e cíveis relacionadas aos serviços prestados.
No geral, a segunda reclamada, argumenta que ela não deve ser responsabilizada pelos direitos trabalhistas do reclamante, pois a responsabilidade recai sobre a primeira reclamada de acordo com os termos dos contratos administrativos. 
A primeira reclamada alega a improcedência do dano moral em um conceito específico, fazendo uso de uma referência constitucional (Constituição Federal de 1988). Dessa maneira, que, na relação de emprego, o abalo moral e o direito à indenização decorrem do sentimento de humilhação ou dor, que ofendem a esfera moral ou existencial do empregado, conforme o art. 223-B da CLT. Essa é uma referência importante à legislação trabalhista.
Mediante isso, a primeira reclamada alega que, para que seja reconhecida a responsabilidade civil por dano moral na relação de emprego, é necessário comprovar a presença dos elementos citados, incluindo a existência de ato ilícito, dano moral e nexo causal. 
Essa parte, nega veementemente os fatos narrados pelo reclamante, caracterizando-os como fruto de sua "imaginação fértil". Essa estratégia busca desacreditar a versão apresentada pelo reclamante desde o início. Destaca ainda, que a realização de sucessão de contratos é uma faculdade da empresa e não uma obrigação convencional. Isso sugere que a reclamada está argumentando que não há descumprimento de norma coletiva nesse aspecto.
A primeira reclamada sugere que o reclamante estaria tentando induzir o juiz ao erro ao alegar rescisão indireta por inadimplência de FGTS, enquanto, na verdade, já estaria empregado em outra empresa. A referência à possibilidade de justa causa por abandono de emprego é apresentada como um elemento que o reclamante estaria tentando evitar. Essa, adota uma postura defensiva, contestando as alegações do reclamante e apresentando uma versão alternativa dos fatos.
Em conclusão, mediante análise de provas e documentos apresentados pelas três partes deste processo, e de acordo com a leis trabalhistas aplicáveis a este caso, deve-se considerar consistente e lógico a alegação do reclamante, que pleiteia verbas rescisórias e cabe à primeira reclamada, juntamente com a segunda reclamada, arcarem com o montante. Contudo, deve ser indeferido o pedido de indenização por abalo moral, uma vez que as provas foram insuficientes para comprovar ações humilhantes que pudessem ofender a moral do requerente.

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