Buscar

Ação Trabalhista 1

Prévia do material em texto

Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo 
0000538-80.2023.5.08.0113
Com base nas informações fornecidas, a Autora busca o reconhecimento da estabilidade gravídica e verbas rescisórias após ser demitida sem justa causa enquanto grávida. O processo anterior foi extinto sem resolução de mérito em relação ao período de indenização dos salários após o parto, motivo pelo qual a presente ação foi movida.
A concessão da gratuidade da justiça parece ser justificada, considerando a alegação da Autora de falta de condições financeiras. Se a Autora comprovou a gravidez em março de 2022 e foi demitida em junho, a solicitação de estabilidade por cinco meses após o parto, até abril de 2023, parece razoável, conforme a legislação trabalhista brasileira.
O pedido de salários indenizados referente ao período após o parto (de 22/11/2022 até 04/2023) e seus reflexos sobre FGTS, contribuição social e IRPF segue a lógica da busca pela reparação integral dos prejuízos causados pela demissão durante o período de estabilidade.
O valor atribuído à causa (R$24.211,62) parece estar relacionado aos pedidos apresentados, incluindo salários indenizados, reflexos e honorários advocatícios. O pedido de 15% sobre o valor da causa para honorários advocatícios é uma prática comum e está de acordo com a legislação brasileira.
Em resumo, com base nas informações disponíveis, a Autora parece ter fundamentos válidos para buscar a estabilidade gravídica, salários indenizados e demais reflexos. A análise detalhada de documentos e provas durante o processo é crucial para determinar a validade desses pedidos.
Contudo, a reclamada alega que jamais foi comunicada sobre a gravidez da Autora durante a relação de emprego. Isso pode ser crucial, pois a estabilidade provisória decorre do conhecimento da gestação pelo empregador. Se a Autora não comunicou a gravidez, a Reclamada pode argumentar que não tinha obrigação de garantir a estabilidade.
A Reclamada acusa a Autora de agir com má fé, buscando obter ganhos financeiros sem fundamento jurídico. Esse é um argumento forte, mas a análise dessa questão dependerá de elementos concretos apresentados no processo.
A argumentação parece se concentrar em defender a Reclamada da acusação de não ter cumprido a estabilidade requerida pela Autora. A abordagem destaca a falta de comunicação formal por parte da Autora, reforçando a ideia de que a Reclamada não tinha conhecimento da gravidez e, portanto, não poderia ter tomado medidas relacionadas à estabilidade.
A argumentação se baseia em jurisprudência para sustentar a posição da Reclamada, citando casos em que a ocultação intencional do estado gravídico com o único propósito de receber a indenização substitutiva é considerada abuso de direito, violando a boa-fé objetiva.
Mediante a análise da argumentação de ambas as partes, o caso parece envolver disputas significativas quanto à estabilidade gravídica e à concessão da gratuidade da justiça. A análise precisa dessas questões dependerá da avaliação detalhada de documentos e provas durante o desenvolvimento do processo. A alegação de má fé da Autora pode impactar a credibilidade de suas reivindicações, mas a decisão final caberá ao Judiciário, com base nos elementos apresentados ao longo do processo.
Cabe destacar que o parecer apresentado pela Reclamada busca desqualificar a Autora, enquanto a Autora defende seu direito à estabilidade.

Continue navegando