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AULA 7 - 25 04 - CORREÇÃO ATIVIDADE DE CONSIGNAÇÃO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO - UNIFSA
CURSO: DIREITO 
PROCESSO CIVIL 3
PROFESSOR JOÃO SANTOS
ATIVIDADE DE REVISÃO
1) A ação de consignação em pagamento, procedimento especial de jurisdição contenciosa, é o meio pelo qual o devedor ou terceiro poderá requerer a consignação da quantia ou da coisa devida com efeito de pagamento. 
A respeito da resposta do réu na referida ação, assinale a afirmativa correta. 
a) Por ser o réu o credor, ainda que não ofereça contestação, não estará sujeito aos efeitos da revelia, caso em que haverá procedência do pedido e extinção da obrigação, devendo arcar com as custas e os honorários de sucumbência.
Nota:. O réu está sujeito aos efeitos da revelia na ação de consignação em pagamento, mesmo que seja credor.
b) Alegado em contestação que o depósito não é integral, o autor poderá completá-lo, salvo se o inadimplemento acarretou a rescisão contratual, mas o réu ficará impedido de levantar o valor ou coisa depositada até que a sentença conclua acerca da parcela controvertida. 
c) Na contestação o réu poderá alegar que foi justa a recusa e que o depósito não é integral, e, na segunda hipótese, tal argumento somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido. (CORRETO)
d) Caso o objeto da prestação seja coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será citado para exercer o direito no prazo legal e, em vez de contestar, receber e dar quitação, a obrigação será extinta, sem condenação em custas e honorários.
Nota: é com sucumbência, pois é com custas.
2) A respeito da ação de consignação em pagamento, considere: 
I. Quando a consignação se fundar em dúvida sobre quem deva legitimamente receber, comparecendo dois pretendentes, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os credores, pelo rito ordinário. 
Nota: hoje utilizamos o rito comum ou ritos especiais, não há mais esse nome rito ordinário.
II. Tratando-se de prestações periódicas, o devedor, para o ajuizamento da ação, deverá consignar a totalidade do débito. 
Nota: Deverá contestar as prestações vincendas após cinco dias do vencimento.
III. Tratando-se de obrigação em dinheiro e tendo o devedor optado pelo depósito da quantia devida em estabelecimento bancário, cientificará o credor, por carta com aviso de recepção, assinado o prazo de 10 dias para a manifestação de recusa. 
IV. Alegada insuficiência do depósito, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia depositada, com a conseqüente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. 
Está correto o que se afirma APENAS em
 a) I e II.
 b) I, III e IV.
 c) I e IV.
 d) II, e III.
 e) II, III e IV.
3) Sobre a ação de consignação em pagamento, assinale a alternativa INCORRETA:
 a) Na dúvida sobre quem deva receber o pagamento, o devedor requererá o depósito e a citação de todos os que disputam o pagamento.
 b) Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor ou terceiro optar pelo depósito da quantia devida em estabelecimento bancário oficial.
 c) O foro de eleição prevalece sobre o do lugar do pagamento.
 d) Uma vez consignada a primeira, as prestações periódicas vincendas podem ser depositadas nos mesmos autos, no prazo de cinco dias, contados da data do vencimento.
 e) Na consignação de aluguel e encargos da locação, o foro competente é o do local do imóvel.
Nota: o problema dessa questão é que é problemática. O art. 540 diz que ação de consignação será ajuizado no foro do lugar do pagamento. A doutrina diz que a regra prevalece sobre o foro de eleição.
Ex: Unifsa compra mercadoria de S&A, o local do pagamento: Teresina. No contrato, diz que o foro de eleição diz São Paulo. 
Art. 540, CPC
4) A competência para a ação de consignação em pagamento:
 a) é do foro do domicílio do devedor, por ser a ação de seu interesse.
 b) não se prorroga caso seja ajuizada equivocadamente e caso não seja oposta a exceção.
 c) é do foro do domicílio do devedor, em se tratando de dívida portável.
 d) é do foro do local do pagamento, em detrimento mesmo do foro de eleição.
 e) segue a regra geral, de modo que é do foro do domicílio do réu.
Nota: é a mesma coisa da questão anterior. Está pegando uma nota doutrinária.
Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
5) Sobre os procedimentos especiais de jurisdição contenciosa, indique a alternativa correta.
A) No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. (Art. 554, §1º)
B) Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, ainda que a pretensão seja deduzida em face de terceira pessoa.
Nota: salvo, exceto
C) Por exigirem prova pericial, a demarcação e a divisão de terras particulares não poderão ser realizadas por escritura pública, sendo imprescindível intervenção judicial.
Nota: pode ser feito por escritura pública, é uma novidade do CPC.
D) Concedida ou não a liminar em ação de manutenção de posse, deverá o réu ser citado para contestar a ação no prazo de 05 (cinco) dias.
Nota: o prazo é de 15 dias (Art. 564, CPC)
6) No que concerne aos interditos possessórios, é INCORRETO afirmar que:
a) o ajuizamento de uma ação possessória, em vez de outra que seria realmente a cabível, não configura óbice à resolução do meritum causae; 554, CPC
b) ao pleito de tutela possessória pode ser cumulado o de ressarcimento dos danos sofridos em razão do esbulho perpetrado; 555, CPC
c) em se tratando de ação possessória de força nova, o seu autor pode requerer a concessão de medida liminar, a qual assume a natureza de tutela antecipatória de mérito; a ação deve ser proposta no foro de situação do imóvel objeto da lide, sob pena de gerar o vício de incompetência absoluta;
d) a ação deve ser proposta no foro de situação do imóvel objeto da lide, sob pena de gerar o vício de incompetência absoluta;
e) o réu, caso entenda ter tido a sua posse turbada ou esbulhada pelo autor, pode pleitear a tutela possessória em seu favor no mesmo processo, desde que se valha da reconvenção.
Nota: Art. 554, Caput, CPC – É a regra de fungibilidade e se vale para as outras alternativas. Já no art. 556 diz que não cabe reconvenção. Deve simplesmente fazer o pedido da ação possessória na contestação.
7) Assinale a alternativa INCORRETA, a respeito das ações possessórias.
a) No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. (Art. 554, §1º)
b) No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há menos de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias.
Nota: ao invés de ser menos, tem de ser mais. Art. 565, CPC
Vai ser cobrado na prova, prestar atenção.
c) O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito. (Art. 567, CPC)
d) Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou reintegrado na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de sucumbência, responder por perdas e danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para requerer caução, real ou fidejussória,sob pena de ser depositada a coisa litigiosa, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente.
e) É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de condenação em perdas e danos.
8) Sobre as ações possessórias, à luz do Código de Processo Civil, é correto afirmar:
a) Na pendência de ação possessória o autor e o réu poderão, em regra, propor ação de reconhecimento de domínio.
Nota: poderão é o erro, na verdade é vedado.
b) O prazo para o réu apresentar contestação na ação de reintegração de posse é de cinco dias.
Nota: é 15 dias.
c) O juiz deverá designar audiência de mediação antes de apreciar a medida liminar em caso de litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho houver ocorrido há mais de ano e dia. (Art. 565, CPC)
d) O possuidor indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse não poderá se valer do interdito proibitório.
e) A alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa obsta a manutenção ou a reintegração de posse.
Nota: é não obsta.
9) Um grupo de pessoas sem-teto invadiu um terreno pertencente ao Município que, para recuperar a posse integralmente excluída do imóvel, ajuizou, após seis meses, 
ação de manutenção de posse, devidamente acompanhada de prova da posse, do esbulho e da data de sua ocorrência. Foi requerida a concessão de medida liminar. Considerando as disposições do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), no que concerne às ações possessórias, ao receber a inicial, o Juiz deverá:
a) Conhecer o pedido e deferir, após audiência de conciliação, a tutela antecipatória, se presentes os seus requisitos.
b) Indeferir a petição inicial, por inadequação da via eleita, diante do longo lapso temporal decorrido.
c) Conhecer o pedido como de reintegração de posse e deferir, sem a oitiva dos réus, a expedição de mandado liminar de reintegração de posse.
d) Indeferir a petição inicial, por inadequação da via eleita, diante do não cabimento de ação de manutenção de posse no caso.
e) Conhecer o pedido como de reintegração e designar audiência de conciliação, tendo em vista o não cabimento de liminar, sem oitiva dos réus, quando for parte a Fazenda Pública.
Nota: seis meses é ação de força nova. Não deveria ser de manutenção, é de reintegração (prof passou para o estagiário). Aplica a regra de fungibilidade (Art. 554) combinado com Art.562, CPC
10) Leandro ajuizou ação exigindo contas de Bruno, que administrava seus bens. Citado, Bruno negou a obrigação de prestar contas, afirmando que não administrava os bens. Convencido de que Bruno tem o dever de prestar contas, o juiz deverá:
a) proferir sentença, determinando que Bruno apresente as contas, as quais, depois de apresentadas, serão decididas também por sentença, que terá natureza meramente declaratória de eventual saldo credor, não servindo de base para execução. 
b) determinar, por meio de decisão interlocutória, que Bruno apresente as contas, as quais, depois de apresentadas, serão decididas por sentença, que servirá de base para execução de eventual saldo credor. 
c) determinar, por meio de decisão interlocutória, que Bruno apresente as contas, as quais, depois de apresentadas, serão decididas por sentença, que terá natureza meramente declaratória de eventual saldo credor, não servindo de base para execução. 
d) determinar, por meio de decisão interlocutória, que Bruno apresente as contas, as quais, depois de apresentadas, serão decididas por nova decisão interlocutória, que, depois de liquidada, servirá de base para execução de eventual saldo credor. 
e) proferir sentença, determinando que Bruno apresente as contas, as quais, depois de apresentadas, serão decididas também por sentença, que servirá de base para execução de eventual saldo credor.
Nota:
1ª fase – fase cognitiva, em que o juiz reconhece o direito de exigir de prestar contas.
2º fase – se inicia com a decisão, e deve ser procedente. Essa fase vai terminar, pois aqui é a própria prestação de contas, com a finalidade de verificar se existe saldo credor-devedor. O saldo é reconhecido em uma decisão que será dada na sentença. Depois, vem o cumprimento de sentença p/ exigir quantia certa.
Temos uma decisão que pode ser:
1. Procedente – tem a natureza de decisão interlocutória de mérito; 
2. Improcedente (extinto o processo sem resolução de mérito) – tem a natureza de sentença, e dela caberá apelação.
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