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Apostila - Editora Solução Enfermagem

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CÓD: SL-106ST-23
7908433242239
DEFENSORIA PÚBLICA DO MATO GROSSO DO SUL
DPE-MS
Técnico de Defensoria – 
Administrativa
a solução para o seu concurso!
Editora
EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO DPGE Nº 
002/2023
INTRODUÇÃO
a solução para o seu concurso!
Editora
Como passar em um concurso público?
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro 
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como 
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução 
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
Então mãos à obra!
• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter 
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você 
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma 
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, 
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não 
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É 
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha 
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto 
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque 
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses 
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais 
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma 
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é 
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo 
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação 
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de texto ..................................................................................................................................... 9
2. Tipologia e gêneros textuais ...................................................................................................................................................... 10
3. Figuras de linguagem ................................................................................................................................................................. 12
4. Significação de palavras e expressões. Relações de sinonímia e de antonímia ......................................................................... 15
5. Ortografia ................................................................................................................................................................................... 15
6. Acentuação gráfica ..................................................................................................................................................................... 16
7. Uso da crase. .............................................................................................................................................................................. 16
8. Morfologia: classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto. Locuções verbais (perífrases verbais) ....... 17
9. Funções do “que” e do “se”. ..................................................................................................................................................... 22
10. Elementos de comunicação e funções da linguagem. .............................................................................................................. 24
11. Domínio dos mecanismos de coesão textual: emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conec-
tores e de outros elementos de sequenciação textual. ............................................................................................................. 25
12. Emprego de tempos e modos verbais. ...................................................................................................................................... 26
13. Domínio dos mecanismos de coerência textual ........................................................................................................................ 26
14. Reescrita de frases e parágrafos do texto: significação das palavras ......................................................................................... 26
15. substituição de palavras ou de trechos de texto........................................................................................................................ 26
16. reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto ................................................................................................ 27
17. reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. .......................................................................................... 31
18. Sintaxe: relações sintático-semânticas estabelecidas na oração e entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e 
período composto por coordenação e subordinação). .............................................................................................................. 31
19. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................................................ 31
20. Regência verbal e nominal. ........................................................................................................................................................ 32
21. Colocação pronominal ............................................................................................................................................................... 35
22. Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto. .........................................................................................................35
23. Função textual dos vocábulos .................................................................................................................................................... 37
24. Variação linguística .................................................................................................................................................................... 38
Matemática
1. Leitura e representação de numerais: o número em diferentes situações. ............................................................................... 55
2. Sequência numérica................................................................................................................................................................... 55
3. Antecessor e sucessor ................................................................................................................................................................ 57
4. Par e ímpar ................................................................................................................................................................................. 58
5. Conceito de metade, dobro e triplo ........................................................................................................................................... 59
6. Conceito de maior/menor; largo/estreito; comprido/curto; grosso/fino; alto/baixo; pesado/leve .......................................... 60
7. Noções básicas de medida: comprimento, valor, tempo e massa ............................................................................................. 61
8. Proposições, conectivos, equivalência e implicação lógica, argumentos válidos ...................................................................... 63
9. Resolução de problemas envolvendo adição e subtração; Resolução de problemas por meio de ilustração e/ou operações; 
Resolução de problemas envolvendo frações, conjuntos, porcentagens, sequências (com números, com figuras, de pala-
vras). .......................................................................................................................................................................................... 72
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Noções Básicas de Informática
1. Conceitos e fundamentos básicos; Conceitos básicos de Hardware (Placa mãe, memórias, processadores, CPU); Periféricos 
de computadores ....................................................................................................................................................................... 87
2. Conhecimento e utilização dos principais softwares utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de e-mails, repro-
dutores de vídeo, visualizadores de imagem, antivírus) ............................................................................................................ 90
3. Ambientes operacionais: utilização básica do sistema operacional Windows........................................................................... 92
4. Utilização de ferramentas de texto, planilha e apresentação do pacote Microsoft Office (Word, Excel e PowerPoint) ............ 111
5. Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet, busca e pesquisa na Web ........................................................................... 133
6. Navegadores de internet: Microsoft Edge, Mozilla Firefox, Google Chrome ............................................................................. 136
7. Conceitos básicos de segurança na Internet e vírus de computadores ..................................................................................... 138
Atualidades
1. Realidade Étnica, Social, Histórica, Geográfica, Cultural, Política e Econômica do Estado do Mato Grosso do Sul ................... 149
Direito Administrativo, Direito Constitucional, Legislação 
Institucional da Defensoria Pública e Legislação Aplicável 
ao Quadro de Pessoal de Apoio Técnico-Administrativo da 
Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul
1. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 ........................................................................................................... 157
2. Princípios fundamentais ............................................................................................................................................................ 159
3. Aplicabilidade das normas constitucionais: normas de eficácia plena, contida e limitada; Normas programáticas ................. 159
4. Poder Constituinte ..................................................................................................................................................................... 162
5. Controle de constitucionalidade das leis; Ação direta de inconstitucionalidade; Ação declaratória de constitucionalidade ... 162
6. Emenda, reforma e revisão constitucional ................................................................................................................................ 165
7. Direitos e garantias fundamentais ............................................................................................................................................. 166
8. Direitos e deveres individuais e coletivos .................................................................................................................................. 167
9. Direitos sociais ........................................................................................................................................................................... 170
10. Da Nacionalidade – dos direitos políticos .................................................................................................................................. 172
11. Organização político-administrativa do Estado. Estado federal brasileiro. União, Estados, Distrito Federal, Municípios e Terri-
tórios .......................................................................................................................................................................................... 175
12. Administração pública; Disposições gerais; Servidores públicos ............................................................................................... 182
13. Da organização dos poderes ...................................................................................................................................................... 187
14. Poder Executivo: atribuições e responsabilidades ..................................................................................................................... 188
15. Poder regulamentar e medidas provisórias ............................................................................................................................... 191
16. Poder Legislativo: Estrutura, funcionamento e atribuições; Processo legislativo; Comissões parlamentares de inquérito ...... 191
17. Fiscalização contábil, financeira e orçamentária ........................................................................................................................ 199
18. Poder Judiciário; Disposições gerais. Órgãos do Poder Judiciário: organização e competências............................................... 201
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
19. Funções essenciais à Justiça; Ministério Público; Advocacia Pública; Advocacia; Defensoria Pública; Emenda Constitucional nº 
80, de 4 de junho de 2014 ......................................................................................................................................................... 212
20. Lei Complementar nº 80, de 12 de janeiro de 1994 .................................................................................................................. 217
21. Lei Complementar nº 132, de 7 de outubro de 2009 ................................................................................................................ 237
22. Lei Complementar Estadual de Mato Grosso doSul nº 111, de 17 de outubro de 2005 e suas alterações .............................. 243
23. Lei nº 5.761, de 30 de novembro de 2021 (Lei que Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Quadro de 
Pessoal de Apoio Técnico – Administrativo da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providên-
cias) ............................................................................................................................................................................................ 273
24. Lei nº 1.102 de 10 de outubro de 1990 ..................................................................................................................................... 296
25. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal): Título XI: dos crimes contra a administração pública ......... 321
Conhecimentos Específicos 
Técnico de Defensoria – Administrativa
1. Conhecimentos básicos de administração: planejamento, organização, direção e controle ..................................................... 339
2. Atendimento ao público: comunicação, postura profissional e relações interpessoais............................................................. 358
3. Organização e gestão de documentos; tipos de correspondências oficiais e suas especificações ............................................ 371
4. Conhecimentos sobre gestão de materiais, controle de patrimônio e inventários, gestão de Recursos Humanos e de adminis-
tração financeira ........................................................................................................................................................................ 375
5. Organização do ambiente de trabalho ....................................................................................................................................... 386
6. Comunicações oficiais: Aspectos gerais da redação oficial, Redação dos atos normativos e comunicações; Aplicação de prin-
cípios da ortografia e de elementos da gramática à redação oficial .......................................................................................... 388
7. Serviços Públicos: conceitos, elementos de definição, princípios e classificação ...................................................................... 409
8. Atos e contratos administrativos ............................................................................................................................................... 420
9. Arquivologia: Gestão, classificação e avaliação de documentos; Organização, planejamento, sistemas e métodos de arquiva-
mento; Arquivística e informática; Legislação arquivística ........................................................................................................ 441
10. Noções de administração pública: modelos de administração pública; princípios fundamentais da administração pública; 
órgãos, entidades e organização da administração pública; administração pública direta e indireta; descentralização, descon-
centração e delegação; controle interno e externo aplicados à administração pública. ........................................................... 445
11. Serviço público ........................................................................................................................................................................... 452
12. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021 – Lei de Licitações ........................................................................................................... 452
13. Lei nº 12.527, de 18/11/2011, que regula o acesso a informações ........................................................................................... 493
14. Lei nº 13.709, de 14/08/2018, Lei Geral de Proteção de Dados ................................................................................................ 499
15. Ética no Serviço Público ............................................................................................................................................................. 512
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
9
a solução para o seu concurso!
Editora
LÍNGUA PORTUGUESA
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que 
de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao 
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha 
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia 
principal. Compreender relações semânticas é uma competência 
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
Busca de sentidos
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo 
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma 
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já 
citadas ou apresentando novos conceitos.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder 
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas 
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer 
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. 
Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se 
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos 
específicos, aprimora a escrita.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros 
fatores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes 
presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz 
suficiente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o 
texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen-
dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na 
busca de sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos 
frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos 
não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira 
aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem ne-
cessários, estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento 
defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos con-
ceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo 
autor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço 
para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entreli-
nhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que 
você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental 
que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecífi-
cas. Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaus-
tão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.
Diferença entre compreensão e interpretação
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do 
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O 
leitor tira conclusões subjetivas do texto.
Gêneros Discursivos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou 
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma 
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No 
romance nós temos uma história central e várias histórias secun-
dárias.
 
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmenteimaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única 
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações 
encaminham-se diretamente para um desfecho.
 
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia-
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a 
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O 
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um 
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais 
curto.
 
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que 
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para 
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não 
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos 
como horas ou mesmo minutos.
 
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, 
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de 
imagens. 
 
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a 
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto 
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
vencer o leitor a concordar com ele.
LÍNGUA PORTUGUESA
1010
a solução para o seu concurso!
Editora
 Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um 
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. 
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas 
de destaque sobre algum assunto de interesse. 
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as 
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando 
os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
 
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo 
de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
berdade para quem recebe a informação.
TIPOLOGIA E GÊNEROS TEXTUAIS.
Tipos e genêros textuais
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem 
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e 
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma 
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás-
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou 
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns 
exemplos e as principais características de cada um deles. 
Tipo textual descritivo
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo 
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma 
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, 
um movimento etc.
Características principais:
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje-
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função 
caracterizadora.
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu-
meração.
• A noção temporal é normalmente estática.
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini-
ção.
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo.
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún-
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial.
Exemplo:
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero
(Vinícius de Moraes)
Tipo textual injuntivo
A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, 
instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o 
tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e 
comportamentos, nas leis jurídicas.
Características principais:
• Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver-
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro 
do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas).
• Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª 
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc.
Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-
ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se 
na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi-
nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde 
que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou 
suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-
perior para formação de oficiais.
Tipo textual expositivo
A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição, 
discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação 
pode ser expositiva ou argumentativa. 
A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
Características principais:
• Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
• O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
mar.
• Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
• Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa 
de ponto de vista.
• Apresenta linguagem clara e imparcial.
Exemplo:
O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no 
questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
terminado tema. 
Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.
Tipo textual dissertativo-argumentativo
Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias 
apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade, 
clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor 
(leitor ou ouvinte).
Características principais:
• Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento e 
conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estratégias 
LÍNGUA PORTUGUESA
11
a solução para o seu concurso!
Editora
argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo, enumera-
ção...); conclusão (síntese dos pontos principais com sugestão/solução).
• Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente nas 
argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e um caráter de verdade ao que está sendo dito.
• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modalizações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou proba-
bilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados.
• Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o desenvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios.
Exemplo:
A maioria dos problemas existentes em um país em desenvolvimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente admi-
nistração política (tese), porque a força governamental certamente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência de nossos 
representantes – vêm aterrorizando as grandes metrópoles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os traficantes, o que 
comprovou uma verdade simples: se for do desejo dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da população, isso é plenamente 
possível (estratégia argumentativa: fato-exemplo). É importante salientar,portanto, que não devemos ficar de mãos atadas à espera de 
uma atitude do governo só quando o caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma cobrança efetiva (conclusão).
Tipo textual narrativo
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, 
envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo).
Características principais:
• O tempo verbal predominante é o passado.
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da história – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história – oniscien-
te).
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em prosa, não em verso.
Exemplo:
Solidão
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e feliz. Tão 
iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se unirem, um 
tirou do outro a essência da felicidade. 
Nelson S. Oliveira
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossurreais/4835684 
Gêneros textuais
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um texto 
se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu produtor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem funções sociais 
específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservando características 
preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos textuais que neles predo-
minam. 
Tipo Textual Predomi-
nante
Gêneros Textuais
Descritivo Diário
Relatos (viagens, históricos, etc.)
Biografia e autobiografia
Notícia
Currículo
Lista de compras
Cardápio
Anúncios de classificados
Injuntivo Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
Regulamento
Textos prescritivos
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Monografia, dissertação de mestrado e tese de douto-
rado
Narrativo Romance
Novela
Crônica
Contos de Fada
Fábula
Lendas
Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da forma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infinitos 
e mudam de acordo com a demanda social. 
FIGURAS DE LINGUAGEM. 
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso 
linguístico para expressar de formas diferentes experiências comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tornando-o 
poético. 
As figuras de linguagem classificam-se em
– figuras de palavra;
– figuras de pensamento;
– figuras de construção ou sintaxe.
Figuras de palavra
Emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expres-
sivo na comunicação.
Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos conectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente vem 
com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.
Exemplos
...a vida é cigana
É caravana
É pedra de gelo ao sol.
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença)
Encarnado e azul são as cores do meu desejo.
(Carlos Drummond de Andrade)
Comparação: aproxima dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal como, 
que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a comparação: parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplo
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando você entrou em mim como um sol no quintal.
(Belchior)
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Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o 
qual não existe uma designação apropriada.
Exemplos
– folha de papel
– braço de poltrona
– céu da boca
– pé da montanha
Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-
tidos físicos.
Exemplo 
Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva) 
mecânica.
(Carlos Drummond de Andrade)
A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste-
sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen-
ça gelada”.
Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade, 
atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o.
Exemplos
O filósofo de Genebra (= Calvino).
O águia de Haia (= Rui Barbosa).
Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que 
a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.
Exemplos
Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
Tomei um Danone. (iogurte)
Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-
doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.
Exemplo
A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro 
sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo 
plural)
(José Cândido de Carvalho)
Figuras Sonoras
Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-
mente em posição inicial da palavra.
Exemplo
Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve-
ladas.
(Cruz e Sousa)
Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um 
verso ou poesia.
Exemplo
Sou Ana, da cama,
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam.
(Chico Buarque)
Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou 
na prosódia, mas diferentes no sentido.
Exemplo
Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
[erro
quero que você ganhe que
[você me apanhe
sou o seu bezerro gritando
[mamãe.
(Caetano Veloso)
Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-
duzido por seres animados e inanimados.
Exemplo
Vai o ouvido apurado
na trama do rumor suas nervuras
inseto múltiplo reunido
para compor o zanzineio surdo
circular opressivo
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor
da noite em branco 
(Carlos Drummond de Andrade)
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados 
onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc.
Figuras de sintaxe ou de construção
Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os 
termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
Podem ser formadas por:
omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
ruptura: anacoluto;
concordância ideológica: silepse.
Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, 
frase ou verso.
Exemplo
Dentro do tempo o universo
[na imensidão.
Dentro do sol o calor peculiar
[do verão.
Dentro da vida uma vida me
[conta uma estória que fala
[de mim.
Dentro de nós os mistérios
[do espaço sem fim!
(Toquinho/Mutinho)
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1414
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Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam 
vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por 
vírgulas.
Exemplo
Não nos movemos, as mãos é
que se estenderam pouco a
pouco, todas quatro, pegando-se,
apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis)
Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde-
nativa mais vezes do que exige a norma gramatical.
Exemplo
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem 
tuge, nem muge.
(Rubem Braga)
Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter-
mo já expresso.
Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres-
são, dando ênfase à mensagem.
Exemplos
Não os venci. Venceram-me
eles a mim.
(Rui Barbosa)
Morrerás morte vil na mão de um forte.
(Gonçalves Dias)
Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia-
na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.
Exemplos
Ouvir com os ouvidos.
Rolar escadas abaixo.
Colaborar juntos.
Hemorragiade sangue.
Repetir de novo.
Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-
tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-
junções, preposições e verbos.
Exemplos
Compareci ao Congresso. (eu)
Espero venhas logo. (eu, que, tu)
Ele dormiu duas horas. (durante)
No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
(Camões)
Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-
mente.
Exemplos
Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
(Camilo Castelo Branco)
 Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
(Machado de Assis)
Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen-
tos na frase.
Exemplos
Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
(Carlos Drummond de Andrade)
Paciência tenho eu tido...
(Antônio Nobre)
Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a 
frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do 
período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem 
função sintática definida.
Exemplos
E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
(Manuel Bandeira)
Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-
tassem as mãos.
(José Lins do Rego)
Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que 
pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).
Exemplo
...em cada olho um grito castanho de ódio.
(Dalton Trevisan)
...em cada olho castanho um grito de ódio)
Silepse
Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo 
ou pronome com a pessoa a que se refere.
Exemplos
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
(Rachel de Queiroz)
V. Ex.a parece magoado...
(Carlos Drummond de Andrade)
Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com 
o sujeito da oração.
Exemplos
Os dois ora estais reunidos...
(Carlos Drummond de Andrade)
Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.
(Machado de Assis)
Silepse de número: Não há concordância do número verbal 
com o sujeito da oração.
Exemplo
Corria gente de todos os lados, e gritavam.
(Mário Barreto)
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SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS E EXPRESSÕES. RELAÇÕES DE 
SINONÍMIA E DE ANTONÍMIA. 
Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo 
da semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das 
palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas.
Denotação e conotação 
Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das 
palavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das 
palavras. Exemplos: 
“O gato é um animal doméstico.”
“Meu vizinho é um gato.” 
No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro 
sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase, a 
palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma 
de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano. 
Hiperonímia e hiponímia
Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo, 
palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um 
hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito.
Exemplos: 
– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia.
– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho.
Polissemia e monossemia 
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra 
apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com o 
contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas 
palavras apresentam apenas um significado. Exemplos: 
– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma 
ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida. 
– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não 
tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica. 
 
Sinonímia e antonímia 
A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem 
semelhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados 
opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras 
expressam proximidade e contrariedade.
Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = 
veloz. 
Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x 
atrasado.
Homonímia e paronímia 
A homonímia diz respeito à propriedade das palavras 
apresentarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de 
sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas 
distinção gráfica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças 
gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas). 
A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de 
forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Veja 
os exemplos:
– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo 
caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer). 
– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar 
(definir o preço); arrochar (apertar com força) e arroxar (tornar 
roxo).
– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); 
boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo 
chorar) . 
– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e 
apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento 
(saudação).
ORTOGRAFIA. 
ORTOGRAFIA OFICIAL
• Mudanças no alfabeto: O alfabeto tem 26 letras. Foram rein-
troduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O 
P Q R S T U V W X Y Z
• Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a 
letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, 
gui, que, qui.
Regras de acentuação
– Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das 
palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima 
sílaba)
Como era Como fica
alcatéia alcateia
apóia apoia
apóio apoio
Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas 
continuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
– Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no 
u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era Como fica
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em 
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: 
tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
– Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem 
e ôo(s).
Como era Como fica
abençôo abençoo
crêem creem
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1616
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– Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/
para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. 
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. 
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural 
dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, 
reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as 
palavras forma/fôrma.
Uso de hífen
Regra básica:
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-ho-
mem.
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
– Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
– Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, 
semicírculo.
– Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracis-
mo, antissocial, ultrassom.
– Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-on-
das.
2. Prefixo terminado em consoante:
– Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
-bibliotecário.
– Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su-
persônico.
– Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações:
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra 
iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem 
essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala-
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano.
• O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento, 
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope-rar, cooperação, cooptar, coocupante.
• Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al-
mirante.
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam 
a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, 
pontapé, paraquedas, paraquedista.
• Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, 
usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, 
recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando 
muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso 
vamos passar para mais um ponto importante. 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA. 
Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons 
com mais relevo do que outros. Os sinais diacríticos servem para 
indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras. 
Vejamos um por um:
Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre 
aberto.
Já cursei a Faculdade de História.
Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre 
fechado.
Meu avô e meus três tios ainda são vivos.
Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este 
caso afundo mais à frente).
Sou leal à mulher da minha vida.
As palavras podem ser:
– Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-
-já, ra-paz, u-ru-bu...)
– Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa, 
sa-bo-ne-te, ré-gua...)
– Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima 
(sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)
As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos: 
• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico, 
íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...)
• São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N, 
R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável, elétron, éter, 
fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
• São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S), 
E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu, 
dói, coronéis...)
• São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais 
(aí, faísca, baú, juízo, Luísa...)
Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei-
nar e fixar as regras. 
USO DA CRASE.
Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou 
“contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial, 
em palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a 
(preposição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela 
(pronome demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + 
aquilo (pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção 
das vogais, a crase, como regra geral, ocorre diante de palavras 
femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos 
aquilo e aquele, que recebem a crase por terem “a” como sua vogal 
inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno 
de união representado pelo acento grave. 
A crase pode ser a contração da preposição a com: 
– O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não 
LÍNGUA PORTUGUESA
17
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assistiu às aulas.” 
– O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.” 
– Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: 
“Retorne àquele mesmo local.” 
– O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às 
quais devemos o maior respeito e consideração”. 
Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de 
duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na 
construção sintática. 
Técnicas para o emprego da crase 
1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe 
semelhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da 
palavra feminina. 
Exemplos: 
“Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.” 
“Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.”
“Comprei o carro / a moto.” 
“Irei ao evento / à festa.” 
2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir, 
chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da, 
ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não 
deve ser empregado.
Exemplos: 
“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.” 
“Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.” 
“Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”
3 – Troque o termo regente da preposição a por um que 
estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não 
se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas 
pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá. 
Exemplos:
“Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta 
de estudar / Insiste em estudar.” 
“Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua 
filha / Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.” 
“Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você / 
Gosto de você / Penso em você.”
4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que 
expressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada 
se a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como 
núcleo uma palavra feminina, ocorrerá crase. 
Exemplos: 
“Tudo às avessas.” 
“Barcos à deriva.” 
5 – Outros casos envolvendo locuções e crase: 
Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão 
“moda de”, ficando somente o à explícito. 
Exemplos: 
“Arroz à (moda) grega.”
“Bife à (moda) parmegiana.” 
Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso 
de horas especificadas e definidas: Exemplos: 
“À uma hora.” 
“Às cinco e quinze”. 
MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS E INVA-
RIÁVEIS E SEUS EMPREGOS NO TEXTO. LOCUÇÕES VER-
BAIS (PERÍFRASES VERBAIS). 
CLASSES DE PALAVRAS
Substantivo 
São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi-
nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen-
timentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata. 
Classificação dos substantivos
SUBSTANTIVO SIMPLES: 
apresentam um só radical em 
sua estrutura. 
Olhos/água/
muro/quintal/caderno/
macaco/sabão
SUBSTANTIVOS 
COMPOSTOS: são formados 
por mais de um radical em sua 
estrutura.
Macacos-prego/
porta-voz/
pé-de-moleque
SUBSTANTIVOS 
PRIMITIVOS: são os que dão 
origem a outras palavras, ou 
seja, ela é a primeira.
Casa/
mundo/
população
/formiga
SUBSTANTIVOS 
DERIVADOS: são formados 
por outros radicais da língua.
Caseiro/mundano/
populacional/formigueiro
SUBSTANTIVOS 
PRÓPRIOS: designa 
determinado ser entre outros 
da mesma espécie. São 
sempre iniciados por letra 
maiúscula.
Rodrigo
/Brasil
/Belo Horizonte/Estátua 
da Liberdade
SUBSTANTIVOS COMUNS: 
referem-se qualquer ser de 
uma mesma espécie.
biscoitos/ruídos/estrelas/
cachorro/prima
SUBSTANTIVOS 
CONCRETOS: nomeiam seres 
com existência própria. Esses 
seres podem ser animadoso 
ou inanimados, reais ou 
imaginários.
Leão/corrente
/estrelas/fadas
/lobisomem
/saci-pererê
SUBSTANTIVOS 
ABSTRATOS: nomeiam 
ações, estados, qualidades 
e sentimentos que não tem 
existência própria, ou seja, só 
existem em função de um ser.
Mistério/
bondade/
confiança/
lembrança/
amor/
alegria
LÍNGUA PORTUGUESA
1818
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SUBSTANTIVOS 
COLETIVOS: referem-se a um 
conjunto de seres da mesma 
espécie, mesmo quando 
empregado no singular e 
constituem um substantivo 
comum.
Elenco (de atores)/
acervo (de obras 
artísticas)/buquê (de flores)
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS 
PALAVRAS QUE NÃO ESTÃO AQUI!
Flexão dos Substantivos
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi-
no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou 
uniformes
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta 
uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o 
presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única 
forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em 
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariá-
veis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira 
macho/palmeira fêmea.b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto 
que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a 
testemunha (o testemunha), o individuo (a individua).
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto 
para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente, 
o/a estudante, o/a colega.
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
– Singular: anzol, tórax, próton, casa.
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.
• Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau 
diminutivo.
– Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
– Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
– Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula. 
Adjetivo 
É a palavra variável que especifica e caracteriza o substantivo: 
imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão com-
posta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo por 
preposição com o mesmo valor e a mesma função que um adjetivo: 
golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal vesper-
tino).
Flexão do Adjetivos
• Gênero:
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o femini-
no: homem feliz, mulher feliz.
– Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra 
para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria 
japonesa, aluno chorão/ aluna chorona. 
• Número:
– Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de 
número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namorado-
res, japonês/ japoneses.
– Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas 
branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.
• Grau:
– Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vito-
rioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vito-
rioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso 
quanto o seu.
– Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssi-
mo.
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito fa-
moso.
– Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o 
mais famoso de todos.
– Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é me-
nos famoso de todos.
Artigo 
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o 
substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
• Classificação e Flexão do Artigos
– Artigos Definidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
As meninas brincavam com as bonecas.
– Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.
Numeral 
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou 
coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade: 
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência: 
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma 
quantidade é multiplicada: 
O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam a parte de um todo: 
Dois terços dos alunos foram embora.
Pronome 
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, 
indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em 
uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso. 
LÍNGUA PORTUGUESA
19
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Pessoas do Discurso Pronomes Retos
Função Subjetiva
Pronomes Oblíquos
Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela, Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as
• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação. 
Pronomes de Tratamento Emprego
Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade 
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Vossa Senhoria Empregado nas correspondências e textos 
escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.
• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.
Pessoa do Discurso Pronome Possessivo
1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas
• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo 
ou no espaço.
Pronomes Demonstrativos Singular Plural
Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles
LÍNGUA PORTUGUESA
2020
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• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes 
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).
Classificação Pronomes Indefinidos
Variáveis
algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pou-
co, pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário, 
vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais, 
um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.
• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas.
Classificação Pronomes Interrogativos
Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
Invariáveis quem, que.
• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repetição. Eles também podem ser 
variáveis e invariáveis. 
Classificação Pronomes Relativos
Variáveis o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Invariáveis quem, que, onde.
Verbos 
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo. 
• Flexão verbal
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas. 
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é dividido 
em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo (ordem, pedido). 
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: presente, 
passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pre-
térito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural. 
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles amaram).
• Formas nominais do verbo
Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exercem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infinitivo 
(terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particípio (terminado em –DA/DO). 
• Voz verbal 
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva. 
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo 
sujeito. Veja:
João pulou da cama atrasado
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim,não pratica, mas recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz passiva 
analítica é formada por:
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no particípio + preposição por/
pelo/de + agente da passiva.
A casa foi aspirada pelos rapazes
A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
Aluga-se apartamento.
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21
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Advérbio 
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro advérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circunstância. 
As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, amanhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem, breve-
mente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez em quando, 
em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em cima, 
à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapidamente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às ocul-
tas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc. 
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, assaz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco, de 
todo, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, porventura, etc.
Preposição 
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo complete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes: 
Conjunção 
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam 
orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que ligam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é de-
terminante e o outro é determinado). 
• Conjunções Coordenativas
Tipos Conjunções Coordenativas
Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
Adversati-
vas contudo, entretanto, mas, não obstante, no entanto, porém, todavia...
Alternati-
vas já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, quer…
C o n c l u s i -
vas
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso, portan-
to...
Explicativas pois (antes do verbo), porquanto, porque, que...
LÍNGUA PORTUGUESA
2222
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• Conjunções Subordinativas
Tipos Conjunções Subordinativas
Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
Concessivas Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc.
Condicionais Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, etc.
Conformativas Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante, 
etc.
Finais Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que, etc.
Proporcionais À medida que, ao passo que, à proporção que, etc.
Temporais Quando, antes que, depois que, até que, logo que, etc.
Comparativas Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, melhor, 
etc.
Consecutivas Que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, De maneira que, 
etc.
Integrantes Que, se.
Interjeição 
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações das 
pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a fun-
ção de cada classe de palavras, não terá dificuldades para entender o estudo da Sintaxe. 
FUNÇÕES DO “QUE” E DO “SE”. 
— Funções do “QUE”
Funções Morfológicas
A palavra “QUE” pode pertencer às seguintes classes gramaticais:
a) Substantivo: É precedido de artigo ou outro termo que funcione como adjunto adnominal. Recebe acento. 
Ex.: Há nisso um quê de mistério.
b) Pronome:
– Interrogativo: Que (= quais) livros você leu? A que (= qual) filme você assistiu ontem? O que (= que coisa) viste na Bahia? De que (= 
que coisa) elas estavam falando? 
– Indefinido: é precedido por substantivo. Equivale a QUANTO(A). 
Ex.: Veja que (= quantas) horas são. 
– Relativo: inicia a oração subordinada adjetiva. Pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais, as quais. 
Ex.: Os amigos que (= os quais) me restam são de data recente.
c) Preposição: Equivalente à preposição “de”. 
Ex.: Você tem que (= de) comparecer à reunião. 
Ex.: Doença é pior que (= de) todas as coisas.
d) Advérbio de intensidade: Aparece antes de adjetivos. Equivale a QUÃO. 
Ex.: Que (=quão) triste é a solidão! 
Ex.: Que (=quão) difícil foi o exame! 
LÍNGUA PORTUGUESA
23
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e) Interjeição: Representa surpresa. Recebe acento e é usado 
com ponto de exclamação. 
Ex.: Quê! Eles saíram! 
Ex.: Quê! Todos morreram!
f) Partícula expletiva (ou de realce): É uma expressão 
dispensável no ponto de sintático. Usada apenas para dar realce. 
Ex.: Quase que ele morreu. 
Ex.: O último que chegar que feche a porta.
g) Conjunção subordinativa:
– Integrante: inicia a oração subordinada substantiva. Pode ser 
trocada pelo termo “isso”. 
Ex.: É justo que ele seja recompensado. Ex.: Desconfiei de que 
você armava um plano qualquer.
– Causal: carrega em si a relação de causa e efeito. Pode ser 
substituída por “porque”. 
Ex.: Trevas, caí, que o dia é morto. 
 Ex.: Antes que cases, olha o que fazes, que não é nó que 
desates.
– Comparativa: estabelece uma comparação. 
Ex.: Os homens são mais ponderados que as mulheres.
– Temporal: indica circunstância de tempo. 
Ex.: Porém já cinco sóis eram passados que dali nos partíramos.
– Consecutiva: indica uma consequência. Ex.: Estudou tanto, 
que conseguiu a aprovação. 
Ex.: Tão penetrante foi seu olhar, que todos se calaram.
– Concessiva: indica uma concessão, admite uma contradição. 
Ex.: Velho que é, pratica esporte. 
Ex.: Muito que ele come, nunca engorda. 
Ex.: Que tenha estudado, não conseguiu aprovação.
h) Conjunção coordenativa:
– Aditiva: denota a ideia de adição. Pode ser trocada pela 
conjunção “e”. 
Ex.: Dize-me com quem andas, que te direi quem és. 
Ex.: Maravilha feita de Deus que não de humilde braço.
– Explicativa: equivale a “porque”, “pois”. 
Ex.: Não corras, que podes morrer. 
Ex.: Não saiam, que vai chover.
– Adversativa: denota a ideia de oposição. Pode ser substituída 
por “mas”, “porém”, “contudo”. 
Ex.: Façam eles, que não eu. Ex.: O medo guarda a vinha que 
não o vinhateiro.
– Alternativa: denota alternância entre ideias. 
Ex.: Uma vez que outra, ele estuda. 
Ex.: Que permitam, que não permitam, irei vê-la.
Funções Sintáticas
O pronome “QUE” pode desempenhar as seguintes funções 
sintáticas:
a) Sujeito: 
Ex.: Há paixões que dominam os impérios. 
Ex.: Quero ver do alto o horizonte, Que foge sempre de mim.
b) Objeto direto: 
Ex.: Sofro as penas que eu próprio busquei. 
Ex.: Os livros que compramos são interessantes.
c) Objeto indireto: 
Ex.: A pessoa a que me referi, chegou.
d) Predicativo: 
Ex.: Não conheço que fui no que hoje sou.
e) Adjunto adnominal: 
Ex.: A que filme você assistiu ontem? 
Ex.: Que horas são?
f) Complemento nominal: 
Ex.: O projeto a que sou favorável é este e não aquele.
g) Adjunto adverbial: 
Ex.: Esta é a escola em que estudo.
h) Agente da passiva: 
Ex.: Encontrou-se a arma por que ela foi ferida.
— Funções do “SE”
Funções Morfológicas
a) Conjunção subordinativa
– Integrante: Não sei se vocês já leram Guimarães Rosa.
– Condicional: estabelece uma condição. 
Ex.: Se você pretende ser universitário, estude.
– Concessiva:indica uma concessão, admite uma contradição. 
Ex.: Se não teceu o Próprio enxoval, ganhou-o, fio a fio, no tear.
– Causal:
 Ex.: Se a morte sabes dar com fogo e ferro, sabe também dar 
vida com clemência.
b) Conjunção coordenativa alternativa: 
Ex.: Se há lágrimas, se há risos, o amor brilha nos seus lábios.
c) Pronome (ou partícula) apassivador: 
Ex.: Alugam-se apartamentos. 
Ex.: Nota-se que eles estão animados.
d) Partícula (ou índice) de indeterminação do sujeito: 
Ex.: Vive-se bem. 
Ex.: Precisa-se de operários especializados. 
Ex.: Admira-se a estes poetas.
e) Parte integrante de verbo: 
Ex.: Queixa-se sempre de sua falta de sorte. 
Ex.: Ele se arrependeu do tempo perdido.
f) Partícula expletiva ou de realce (junto a verbos intransitivos): 
Ex.: Ele riu-se e foi-se embora. 
Ex.: Passam-se as horas.
LÍNGUA PORTUGUESA
2424
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g) Pronome:
– Reflexivo: Ex.: O presidente matou-se. 
Ex.: Ele feriu-se gravemente.
– Recíproco: Ex.: Os noivos abraçaram-se. 
Ex.: Mãe e filho deram-se as mãos.
Funções Sintáticas
Como pronome, o “SE” pode exercer as seguintes funções sintáticas:
a) Objeto direto: 
Ex.: Martinho se trancou por dentro, calado, esperando.
b) Objeto indireto: 
Ex.: O chefe reservou-se um objetivo ambicioso: a chaminé.
c) Sujeito (de uma oração infinitiva): 
Ex.: Sofia deixou-se estar à janela.
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO E FUNÇÕES DA LINGUAGEM. 
Dentro do processo de comunicação existem alguns fatores que são imprescindíveis de serem citados como elementos da comunica-
ção, que são: 
Emissor: é a pessoa, ou qualquer ser capaz de produzir e transmitir uma mensagem.
Receptor: é a pessoa, ou qualquer ser capaz de receber e interpretar essa mensagem transmitida. 
Codificar: é transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um sistema de signos, ou seja, é interpretar 
a mensagem transmitida para a sua correta compreensão.
Descodificar: Decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa.
Mensagem: trata-se do conteúdo que será transmitido, as informações que serão transmitidas ao receptor, ou seja, é qualquer coisa 
que o emissor envie com a finalidade de passar informações.
Código: é o modo como a mensagem é transmitida (escrita, fala, gestos, etc.)
Canal: é a fonte de transmissão da mensagem, ou o meio de comunicação utilizado (revista, livro, jornal, rádio, TV, ar, etc.)
Contexto: é a situação que estão envolvidos o emissor e receptor.
Ruído: são os elementos que interferem na compreensão da mensagem que está sendo transmitida, podem ser ocasionados pelo 
ambiente interno ou externo. Podem ser tanto os barulhos de uma maneira geral, uma palavra escrita incorretamente, uma dor de cabeça 
por parte do emissor como do receptor, uma distração, um problema pessoal, gírias, neologismos, estrangeirismos, etc., podem interferir 
no perfeito entendimento da comunicação. 
Linguagem verbal: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de senti-
do. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar 
as palavras). 
Linguagem não-verbal: as pessoas não se comunicam apenas por palavras, os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, 
e a entonação são também importantes (são os elementos não verbais da comunicação).
Retroalimentação ou Feedback: é o processo onde ocorre a confirmação do entendimento ou compreensão do que foi transmitido 
na comunicação.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Macromodelo do Processo de Comunicação
Fonte: Kotler e Keller, 2012.
Em resumo, a comunicação é um processo pelo qual a informação é codificada e transmitida por um emissor a um receptor por meio 
de um canal, ela é, portanto, um processo pelo qual nós atribuímos e transmitimos significado a uma tentativa de criar entendimento 
compartilhado.
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL: EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPE-
TIÇÃO, DE CONECTORES E DE OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL. 
Coesão 
É a ligação entre as partes do texto (palavras, expressões, frases, parágrafos) por meio de determinados elementos linguísticos. Com 
ela, fica mais fácil ler e compreender um texto.
Veja um exemplo de texto coeso:
Último Recurso
Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, 
quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os senti-
mentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. 
Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são 
sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem 
nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-
-nos um só caminho... o de mais nada fazer.
Clarice Lispector
Coerência
É a relação semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimen-
to, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. Enquanto a coesão está para os elementos conectores de ideias no texto, a 
coerência está para a harmonia interna do texto, o sentido.
Muitos professores, infelizmente, ainda ensinam que só há coerência se houver coesão. Não obstante, vejamos:
Coeso e incoerente
“Os jornalistas se comprometem a divulgar artigos políticos de maneira polida e imparcial, no entanto eles comumente afligem a 
opinião daqueles que se empenham em ter um cerne ou um ponto de vista menos fundamentalista. ”
Do que o texto fala mesmo? O elemento coesivo “no entanto” estabelece uma relação de oposição com o quê? Com o fato de os 
artigos ou os jornalistas afligirem a opinião de quem? Dos leitores, dos jornalistas ou dos artigos políticos? Percebe que há uma confusão, 
que gera uma incompreensão do texto? Logo, podemos dizer que não houve coerência, apesar de ter havido coesão.
LÍNGUA PORTUGUESA
2626
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Incoeso e coerente
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme 
dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, 
água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para 
cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, 
gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, len-
ço. Relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos, jornal. Mesa, ca-
deiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. 
Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, 
papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, blocos de no-
tas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, 
quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro 
e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, 
memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, 
cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, blo-
co de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, 
fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia. Água. Táxi, mesa, 
toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xí-
cara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, 
água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, ci-
garro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, 
caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e cane-
ta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, 
cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de 
fósforos. Paletó, gravata. Poltrona,