Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Apresentação Sem luz, não há cor nem beleza e funcionalidade. A iluminação transforma qualquer ambiente, e sua utilização é imprescindível dentro da arquitetura. O bom uso da iluminação é capaz de trazer encantamento e saúde aos usuários da edificação. Tanto a iluminação natural como a artificial demandam estudos para o seu dimensionamento e bom uso, gerando um ambiente salutar e prazerozo aos usuários. O ambiente bem iluminado, não demasiado ou insuficiente para o fim a que se destina, torna a eficácia de sua utilização muito mais proxima do que é chamado de lugar perfeito. Nesta Unidade de Aprendizagem, você entenderá a importância do bom dimensionamento de iluminação em ambientes internos e como gerar bom resultado para criar um ambiente saudável, bonito, agradável e confortável. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar padrões de lâmpadas e luminárias.• Dimensionar a aplicação da distribuição de pontos de iluminação no leiaute.• Elaborar cálculos luminotécnicos de interiores residenciais.• Desafio Todos os ambientes em que vive o ser humano, sejam internos ou externos, devem ser planejados e programados para servir aos usuários conforme suas necessidades. Porém, nada que se relacione com a praticidade do ambiente pode existir sem o uso adequado da luz. A luz não só ilumina o ambiente, como também evidencia texturas e objetos, sinaliza, oferece segurança, modifica o humor dos usuários, proporciona conforto térmico e cor. A luz transforma o ambiente em local seguro, saudável e confortável quando bem usada. Imagine que você é um designer de interiores e se depara com a seguinte situação: Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Descreva e marque no desenho a seguir a localização dos pontos de luz escolhidos. Infográfico Projetar uma residência de maneira correta exige conhecimentos de várias áreas, ou seja, não apenas de normas e leis edilícias para a definição e o dimensionamento dos espaços, mas também dos recursos que serão necessários nos espaços edificados. A iluminação é, certamente, um tema de grande importância para tornar os espaços mais eficientes no uso e gerar maior conforto e funcionalidade, além de evidenciar esteticamente os espaços e seu mobiliário e objetos. Neste Infográfico, você vai conhecer os índices de iluminância dos principais ambientes de uma residência e absorver mais informações para fazer um bom projeto de arquitetura. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/acfbd40b-0dd6-4764-b425-85f0a10c41b0/a4e08241-ebf9-414d-a341-203d3dfa64d7.png Conteúdo do livro Uma boa iluminação de ambiente residencial merece cuidados, os quais são, muitas vezes, mais simples do que se imagina. Não se pode ignorar que a iluminação adequada faz a diferença de uma forma incontestável no cotidiano das pessoas, transformando sua saúde e seu humor de maneira direta. No capítulo Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais, da obra Conforto ambiental: iIuminação natural, você vai conhecer um pouco mais sobre a iluminação residencial e entender por que o cuidado com ela é tão importante para a eficiência da edificação habitacional. Boa leitura. CONFORTO AMBIENTAL: ILUMINAÇÃO NATURAL Laura Jane Lopes Barbosa Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar padrões de lâmpadas e luminárias. � Dimensionar a aplicação da distribuição de pontos de iluminação no leiaute. � Elaborar cálculos luminotécnicos de interiores residenciais. Introdução A iluminação é a chave de muitas funcionalidades dentro da arquitetura e interfere substancialmente na percepção de seus elementos. Uma iluminação bem dimensionada confere aos ambientes muito mais do que cores e claridade, proporcionando diferenças importantes na saúde física e emocional dos usuários: melhor visão, melhor humor, mais segurança e melhores condições de trabalho ou mesmo de tarefas domésticas. Além da saúde física e emocional, o ambiente com iluminação bem dimensionada gera economia financeira e coopera com a sustentabili- dade ambiental. Neste capítulo, você vai estudar o dimensionamento de iluminação residencial. Vai ler sobre os problemas e as soluções existentes para um melhor aproveitamento da iluminação residencial e ver como calcular o índice luminotécnico dos ambientes residenciais e qual a importância desse processo. 1 Padrões de lâmpadas e luminárias Em 1810, com a criação de um arco de carbono, o inglês Humphry Davy demonstrou a primeira luz elétrica credível. Em 1878, o inglês Joseph Swan inventou a lâmpada incandescente e, durante o ano de 1879, o estadunidense Thomas Edison construiu a primeira lâmpada de viabilidade comercial (TRE- GENZA; LOE, 2015). O relato histórico conta que a primeira lâmpada protótipo comerciável de Edison, considerada um sucesso, durava 48 horas; hoje, de acordo com o Manual Philips (2012), uma lâmpada LED requer o mínimo de manutenção, podendo chegar até 45.000 horas de vida útil. Além da questão do conforto e da produtividade adquiridos pelo simples fato de um ambiente estar bem iluminado, o consumo de energia é uma preocupação na sociedade em geral devido aos investimentos no setor elétrico, na geração de energia limpa. Estudos indicam que 19% de toda energia consumida é gasta com iluminação no mundo. Se forem observados setores específicos, desses 19%, 35% advém do consumo da iluminação residencial (PHILIPS, 2012). O critério de conforto luminoso é desejado pelo usuário, que, em casa, irá utilizar a iluminação para fazer suas atividades corriqueiras na melhor qualidade e no menor custo. O conforto almejado provém da quantidade de luz certa, da distribuição e do nível de contraste aplicados para cada função dada aos ambientes (OSRAM, [2009?]). Para ajudar no projeto, a NBR ISO/CIE 8995-1:2013, da Associação Brasi- leira de Normas Técnicas (2013), indica no item 5 os requisitos para o plane- jamento da iluminação. Recomenda-se, para diversos ambientes e atividades, os requisitos mínimos para a execução de tarefas, dedicados às condições operacionais de trabalho. No entanto, hoje, um projeto doméstico, residencial, pode e deve se atentar para alguns padrões de referência, pois estamos na era dos chamados home offices, ou seja, pessoas vêm trabalhando em escritórios em casa e, para isso, necessitam de cuidados com seu conforto visual. O Quadro 1 mostra alguns itens pinçados como referência, nos quais temos os parâmetros de lux, unidade de quantidade de luz disponível no am- biente, também chamada de nível de iluminância (lm/m2), o índice limite de ofuscamento unificado (UGRL) e o índice de reprodução de cor mínimo (Ra). Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais2 Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013). Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Em/lux UGRL Ra Observações Refeitório 200 22 80 Cozinha 500 22 80 Sala de descanso 100 22 80 Sala para exercícios físicos 300 22 80 Vestiários, banheiros, toaletes 200 25 80 Depósitos, estoques 100 25 60 200 lux, se forem continuamente ocupados. Corte e triagem de frutas e vegetais 300 25 80 Fabricação de alimentos finos, cozinha 500 22 80 Vestiários 200 25 50 Lavagem e limpeza a seco 300 25 80 Passar roupas 300 25 80 Escreve, teclar, ler, processar dados 500 19 80 Salas de reunião e conferência 500 19 80 Recomenda-se que a iluminação seja controlável Área de leitura 500 19 80 Salas para exercícios físicos 300 22 80 Quadro 1. Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância, limitação de ofuscamento e qualidade da cor 3Dimensionamento de iluminação deinteriores residenciais Para atender às características de conforto luminoso dependemos das condições do ambiente, por exemplo comprimento; largura; área; pé-direito; altura do plano de trabalho; altura do pendente da luminária; pé-direito útil; índice do recinto direto e indireto; coeficiente de reflexão do teto, da parede e do piso; fator de depreciação. Segundo a apostila OSRAM ([201-?]), é ne- cessário também saber: � Características da iluminação, por exemplo, iluminância planejada, tonalidade ou temperatura da cor, e índice de reprodução da cor. � Consumo da instalação. � Tipos de lâmpadas e luminárias, o item mais importante neste conjunto de fatores, principalmente porque, na maioria das vezes, é o mais prático e fácil de mudar. As luminárias são de grande importância para a qualidade da iluminação. Não são meros dispositivos que conectam os fios à lâmpada — além de terem função estética, têm capacidade de gerar efeitos ora desejados, ora evitáveis. Ainda de acordo com OSRAM ([201-?]), para o projeto de iluminação, visando à melhor especificação dos tipos de lâmpadas e luminárias, é necessário o conhecimento dos seguintes itens: � tipos de lâmpadas; � potência das lâmpadas; � fluxo luminoso de cada lâmpada; � número de lâmpadas por luminária; � tipos de luminárias; � eficiência das luminárias; � eficiência do recinto; � fator de utilização; � quantidades de lâmpadas; � quantidades de luminárias; � marca, fabricante. Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais4 Logo precisamos revisar alguns conceitos básicos de luminotécnica a fim de entender o que significa cada elemento de especificação. Conceitos básicos de luminotécnica para a escolha de lâmpadas e luminárias O primeiro princípio a ser atendido quanto à escolha das lâmpadas e luminárias é o das boas práticas de iluminação, algo que represente a facilidade na exe- cução das tarefas e conforto. No Quadro 1, vimos que a iluminância mantida (Em/lux) é o valor mínimo de iluminância média da superfície especificada. Com o interesse de identificar os fatores que cercam as boas práticas de ilumi- nação, veremos o espectro visível, a luz e cor, a intensidade de reprodução de cor, a luminância, o nível de iluminação, o fluxo luminoso, a direcionalidade e ofuscamento, e a eficiência energética. Espectro visível É com a velocidade da luz que as ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo, transportando momento e energia para longe de uma fonte. O espectro eletromagnético é o intervalo de possíveis frequências que a onda eletro- magnética magnética pode ter. O que o nosso olho consegue enxergar dentro do espectro eletromagnético se resume a uma pequena faixa entre as ondas ultravioleta e infravermelha, o chamado espectro visível de luz, ou faixa visível. Conforme mencionam Tregenza e Loe (2015), assim como o calor radiante, as ondas de rádio e os raios X, a luz como fluxo de energia faz parte do espectro eletromagnético, tendo como grande diferença ser definida pela visão humana. Como mostra a Figura 1, as ondas da faixa visível são bem restritas diante da faixa de ondas existente entre as ondas de rádio e os raios gama. 5Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Figura 1. Espectro eletromagnético e faixa visível de luz. Fonte: Tregenza e Loe (2015, p. 24). A Figura 1 mostra que enxergamos apenas a faixa entre 400 e 700 na- nômetros (nm). As fontes de luz artificiais, as lâmpadas, não conseguem imitar a faixa solar na plenitude, e mesmo o Sol, que não é constante, pode variar a visualização das cores durante o dia — por exemplo, ao meio-dia ou ao entardecer, no verão ou no inverno podem ocorrer alterações da fonte luminosa. A especificação da lâmpada irá afetar a cor do objeto em análise. Luz e cor Sem luz não há cor. Os espectros de luz mostram as cores dos objetos de acordo com o índice de reprodução de cor da iluminação direcionada ao ob- jeto. Conforme o tipo de iluminação, as cores visíveis ao ser humano podem variar consideravelmente. Decompondo a luz branca em um prisma de cristal, obtemos sete cores (vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta), que é o espectro visível ao ser humano. Conforme afirma Klotsche (2000), a absorção e o reflexo de luz resultam na cor de um objeto. Quando essa luz atinge a superfície do objeto, alguns raios coloridos são absorvidos e outros são refletidos. As cores são vistas pelo olho quando os objetos coloridos absorvem algumas radiações e refletem outras. Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais6 A cor que vemos corresponde à parcela de cor da luz refletida por esse objeto. Acompanhe na Figura 2 como o reflexo correspondente às cores absorvidas e à cor refletida visível ao olho humano. Figura 2. O que determina a cor de um objeto. Fonte: Adaptada de Designua/Shutterstock.com. Luz branca Luz branca re�etida Luz branca Sem luz re�etida Luz branca Luz vermelha re�etida De acordo com Philips (2012), desde o surgimento das lâmpadas fluores- centes, disponibilizadas nas cores suave (de 2.700k, as amareladas) e claras (de 6.500k, as brancas), observou-se que as amareladas tornam o ambiente mais aconchegante, sendo recomendadas para salas, quartos e corredores. Com a luz branca, o ambiente fica mais estimulante, por isso é indicada para escritórios, cozinhas, áreas de serviço, banheiros, etc. Com o aperfeiçoamento das lâmpadas de LED (light emitting diode, ou diodo emissor de luz), as pos- sibilidades aumentaram e, hoje, podem ser encontradas de 1.000 a 10.000k, saindo do bem amarelado para o branco-azulado. 7Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Índice de reprodução de cor No índice de reprodução de cor (IRC), um objeto ou uma superfície são vistos de formas diferentes em relação a sua cor quando sob diferentes fontes de luz. Essa variação se relaciona com a capacidade da lâmpada de reproduzir as cores dos objetos. O IRC varia de 0 a 100 e está diretamente relacionado com a reprodução de cor por meio da luz natural. A escolha da cor e dos materiais tem total relevância na concepção das paredes, mobílias e objetos em uma sala, por exemplo, por causa dos seus diferentes coeficientes de reflexão ou reflectâncias (MIGUEL, 2006). A melhor iluminação artificial é aquela que mais se assemelha com a luz natural. A Figura 3 demonstra a diferença entre a graduação do IRC e como isso se reflete na reprodução da cor dentro dessa escala. Figura 3. Índice de reprodução de cor. 100 80 60 40 25 Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais8 Intensidade luminosa A concentração de luz em uma direção específica radiada por segundo é denominada intensidade luminosa. Ela é representada pelo símbolo I, cuja unidade de medida é a candela (cd). Luminância Quando os raios luminosos não são visíveis, mas há sensação de luminosidade pela reflexão desses raios em uma superfície, isso é chamado de luminância. Sua unidade é a candela por metro quadrado (cd/m2). Nível de iluminação ou nível de luminância O nível de iluminação ou iluminância é a quantidade de luz ou fluxo luminoso que atinge, por segundo, uma unidade de área de uma superfície. É dimen- sionada em lux e representada pelo símbolo E. Um lux equivale a um lúmen por metro quadrado (lm/m2). Fluxo luminoso O fluxo luminoso é a potência luminosa total emitida por segundo por uma fonte em todas as direções, dimensionada pela unidade de medida lúmen (lm) representada pelo símbolo Ø. Direcionalidade e ofuscamento Quando se deseja destacar um quadro ou determinado objeto de decoração, ou se deseja fazer contrastes em paredes, deixando mais visíveis os ressaltos ou a textura, a iluminação direcional pode ser utilizada. O direcionamento errado pode gerar o ofuscamento. O ofuscamento é a sensação produzida por áreas brilhantes dentro da área de visão. Evitar o ofuscamento ajuda a prevenir erros, a fadiga e acidentes (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,2013). 9Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Eficiência luminosa A eficiência luminosa é o resultado da divisão entre o fluxo luminoso emitido em lúmens e a potência consumida pela lâmpada em Watts, portanto sua unidade de medida é o lúmen por Watt (lm/W). A quantidade de luz emitida em relação ao gasto energético dessa luz é o que a determina. A vida útil da lâmpada é calculada pelo tempo, medido em horas. No site da Philips você encontra mais informações sobre iluminação, além de calculadoras que ajudam na solução de iluminação. Com uma busca rápida na internet, você encontra o site facilmente. Munidos desses fundamentos, agora podemos observar os tipos de lâm- padas, analisando a melhor utilização para cada caso. Tipos de lâmpadas As lâmpadas se dividem, basicamente, em cinco grupos principais: incandes- centes; fluorescentes; halógenas; de descarga HID; LEDs. Podem ainda ser subdivididas de acordo com os critérios de forma e matéria-prima. Incandescentes São as lâmpadas mais antigas do mercado. São indicadas para uso residencial, porém sua venda para uso em ambientes está proibida. Ainda são fabricadas para usos específicos, como iluminação interna de geladeiras e fogões. Têm baixa eficiência energética e uma vida útil muito curta (aproximadamente 1.000 horas). Veja um exemplo de lâmpada incandescente na Figura 4. Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais10 Figura 4. Lâmpada incandescente. Fonte: rafastockbr/Shutterstock.com. A sugestão de OSRAM ([201-?]) é que estas lâmpadas sejam aplicadas onde não há preocupação com a eficiência energética, por ficarem pouco tempo em uso. Outras características: podem ser dimerizadas, ter o formato de velas e também ser indicadas a decorações. Fluorescentes Também chamadas de lâmpadas eletrônicas, têm maior eficiência do que as incandescentes (de 50 a 80 lm/W), porém seu IRC é menor. têm vida útil mais prolongada, de aproximadamente 10.000 h, e têm baixo consumo de energia. São fabricadas em três modelos: tubular, compacta eletrônica e compacta não integrada, na qual o transformador deve ser instalado de forma separada. Veja um exemplo de lâmpada fluorescente na Figura 5. As lâmpadas fluorescentes compactas se apresentam no formato de espiral e têm ótima qualidade e durabilidade. Algumas fontes de pesquisa indicam que elas não têm proteção ultravioleta (UV), o que acaba por envelhecer a pintura de quadros e provocar efeitos em longo prazo no ser humano. 11Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Figura 5. Lâmpada fluorescente. Fonte: HomeStudio/Shutterstock.com. Halógenas Estas lâmpadas têm o funcionamento parecido com o das incandescentes, porém têm o halogêneo em sua composição. Elas podem recuperar o calor liberado, reduzindo a necessidade de maior consumo de energia. Sua vida útil chega a 4.000 h. Estão disponíveis em vários tamanhos e formatos. Veja um exemplo na Figura 6. Modelos em cápsula já têm bloqueador de raios UV. A maioria opera a baixa tensão, 12 V, e necessita de transformador; no entanto alguns modelos já estão disponíveis em 127 V ou 220 V. A aplicação geralmente é decorativa e de destaque a objetos, utilizadas em museus, galerias de arte, restaurantes, hotéis. Figura 6. Lâmpada halógena. Fonte: Stefan Weis/Shutterstock.com. Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais12 De descarga As lâmpadas de descarga (HID, high-intensity discharge, ou “descarga de alta intensidade”) produzem iluminação extraída da condução de corrente elétrica em um meio gasoso e se diferenciam pelo tipo de gás utilizado no processo de descarga, como vapor metálico, vapor de sódio, vapor de mercúrio e vapor misto. Não têm IRC muito eficiente, porém têm um baixo consumo de energia. Acompanhe um exemplo de lâmpada de descarga na Figura 7. São aplicadas em iluminação pública, esportiva, shopping centers, in- dústrias, lojas. Podem ser úteis para a iluminação de residências com quintal grande, onde há grande área a iluminar, e em iluminação pública. Entretanto, com o avanço da tecnologia LED, muitos municípios já estão trocando a iluminação pública do tipo HID pela LED, mais econômica. Figura 7. Lâmpada de descarga. Fonte: MZinchenko/Shutterstock.com. LED São as mais tecnológicas do mercado. Possibilitando diversos formatos, sua tecnologia converte energia elétrica diretamente em energia luminosa por meio de pequenos chips incorporados. Seu consumo de energia é ínfimo e sua vida útil é longa — de, aproximadamente, 25.000 horas. Embora seu preço ainda seja mais alto, são hoje uma das melhores alternativas do mercado, pois 13Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais podem gerar uma redução de energia de mais de 80%. Também têm a vantagem de não serem poluidoras como as lâmpadas florescentes. Veja exemplos de lâmpadas LED na Figura 8. Figura 8. Lâmpada de LED. Fonte: eightstock/Shutterstock.com. As lâmpadas LED estão cada vez mais populares. Elas podem ter diversos formatos, como tubos, aproveitando luminárias que antes eram usadas somente para halogenadas tubulares, mas agora sem a necessidade dos reatores, favo- recendo a economia de energia. Há também as fitas de LED e as luminárias de LED. Para facilitar ao consumidor, atualmente, o rótulo de todas as lâmpadas apresenta informações sobre potência, tensão, temperatura de cor, cor, IRC, se é dimerizável ou não e a vida útil em horas, conforme mostra o Quadro 2. Entendendo melhor os rótulos das lâmpadas, a compra e o uso serão bem mais eficientes. Definir e comprar certo faz uma grande economia e adapta melhor o ambiente ao uso. Todas as deficiências luminosas de um ambiente poderão ser supridas pela escolha correta do produto. Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais14 Fonte: Adaptado de Trybo Design (2017). Potência 40 W Potência da lâmpada em Watts por hora. Tensão 110 V Tensão de entrada em volts. Temperatura de cor 4.000 k Tonalidade da lâmpada dentro do espectro de luz visível. Cor Branca Cor do vidro, que pode ser branco, âmbar ou leitoso. IRC 80% Indica a fidelidade da reprodução; quanto mais próximo de 100, mais se assemelha à luz do sol. Dimerizável Sim Se permite ou não a graduação da intensidade da luz com um dispositivo chamado dimmer. Sem esta opção, a lâmpada apenas acende e apaga. Vida 5.000 h Durabilidade em horas quando acesa. Quadro 2. Informações dos rótulos das lâmpadas A escolha da lâmpada deve ser sempre conjugada ao tipo de luminária, buscando o maior conforto visual. O grande desafio dos arquitetos e enge- nheiros é lidar com os efeitos positivos, otimizadores, que a boa iluminação pode gerar nas pessoas, pois o ambiente pode ficar mais sereno, animado de acordo com o padrão luminoso apresentado. O princípio de HCL (human centric lighting, ou “iluminação centrada no ser humano”) é difundido no mundo todo e sua prática tem revolucionado a indústria da iluminação. A ideia é utilizar a tecnologia da iluminação focada nas questões de saúde, bem- -estar e desempenho, combinando benefícios visuais, biológicos e emocionais da luz. De maneira simplificada, HCL é a forma mais coerente de proporcionar luz certa no horário certo a cada pessoa. 15Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Você sabe quais são os efeitos da luz no bem-estar do ser humano? � A luz orienta nosso relógio interno. � Direta ou indiretamente, a luz afeta diferentes hormônios, influenciando na pressão arterial, nos batimentos cardíacos, na energia. � A luz correta no momento certo equilibra o organismo e ajuda o corpo humano a ficar acordado e ativo durante o dia e relaxado para dormir à noite. Fonte: Adaptado de Human Centric Lighting (2020) e Ledvance ([2020]). Luminárias Além de serem um elemento que conecta à rede elétrica à lâmpada, as lumi- nárias têm apelo estético e função de posicionar a fonte luminosa à distância específica, geralmente fixa. Na maioria das vezes disponibilizafluxo luminoso final inferior ao fornecido pela lâmpada, devido às propriedades físicas das suas peças, absorvendo, refletindo e transmitindo a luz via materiais constituintes (OSRAM, [2009?]). A combinação de enorme variedades de formatos, com as lâmpadas e suas características resultam em uma infinidade de opções de iluminação. Conhecer os tipos básicos de luminárias, considerando suas variações conceituais, é fundamental. As luminárias embutidas quase não aparecem, pois somente a faixa externa da lâmpada fica exposta. São simples, mas podem ser fixas ou di- recionais, e são muito utilizadas em ambientes de pé-direito baixo. Já as luminárias pendentes normalmente são utilizadas para criar um foco de luz direta. Muito usadas em mesas de jantar e bancadas, necessitam de um desenho agradável, pois ficam visíveis e se destacam. São recomendadas para ambientes com pé-direito alto. Os plafons são quase como as luminárias embutidas, mas são externos e colados ao teto. Produzem efeito de luz indireta, muito usados para iluminação geral. As arandelas são luminárias de parede que, normalmente, emitem luz difusa e indireta. Combinadas com a lâmpada adequada, podem produzir uma luz de foco com muita eficiência, evidenciando quadros, texturas e outros objetos. Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais16 As luminárias de mesa e de pé, mais conhecidas como abat-jour ou abajur, são uma iluminação de apoio para trabalho, leitura ou outra tarefa que demande uma luz mais direcionada, mas também são usadas para gerar uma iluminação difusa aconchegante para o ambiente. Após conhecer os tipos de iluminação artificial extraídos de diversos tipos de lâmpadas, a escolha das lâmpadas e seus dispositivos de luminárias será mais assertiva conforme o ambiente e o uso necessário. Fiorini (2006, documento on-line) menciona, “Projetos com uma distribuição luminosa ruim normalmente ocorrem devido à escolha da luminária inadequada ao tipo de ambiente.” 2 Distribuição de pontos de luz no leiaute Conforme visto no início deste capítulo, iluminar um ambiente habitacional, assim como um ambiente comercial ou industrial, está totalmente relacionado com saúde, bem-estar e conforto dos usuários. Segundo a frase atribuída a Niemeyer, “Uma boa iluminação levanta uma arquitetura medíocre, e uma iluminação ruim acaba com o melhor projeto”. As melhores soluções projetu- ais podem ser prejudicadas e indevidamente julgadas porque não estão bem iluminadas. A determinação dos pontos de luz, do tipo de luminária e do tipo de iluminação promoverá a edificação a um total sucesso ou a um fracasso indescritível de conceituação. O bom projeto de arquitetura deve contemplar todo o processo de ambientação, considerando a iluminação natural e artificial dos ambientes. De acordo com a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, para a identificação dos pontos de iluminação no leiaute, é relevante saber o local de trabalho, da tarefa a ser feita, e a região do entorno, circunscrito a 50 centímetros ao redor de onde será feita a tarefa ou serviço (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013). É importante evitar os excessos, pois a iluminação excessiva pode ofuscar e gerar fadiga nos contrastes; se for sem contrastes, o ambiente pode se tornar monótono, tedioso. 17Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Para fazer a melhor distribuição de iluminação, adequando o leiaute conforme a área de tarefa e entorno imediato, observe a Figura 9. Figura 9. Área de tarefa e entorno imediato. Fonte: Adaptada de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013). O fator uniformidade (U) é a razão entre o valor mínimo e o valor médio. Segundo a norma, a área da tarefa deve ser o mais uniformemente iluminada possível. Na área da tarefa, o fator uniformidade não pode ser menor do que 0,7 e, no entorno imediato, deve ser, no mínimo, igual a 0,5. Observando a Figura 10, avaliamos a área da tarefa. Figura 10. Área da tarefa. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013, p. 26). Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais18 A área da tarefa (quadrado superior) abrange a mesa; o espaço retangular inferior é o espaço do usuário. Neste caso de sobreposição, é recomendado não separar o tampo da mesa, uma faixa marginal, da área de trabalho, avaliando ambos como uma coisa só. De acordo com Giacobbo (2014), a norma ABNT vigente, NBR ISO 8995- 1:2013, deu um salto de qualidade em relação à anterior, NBR 5413. A principal mudança foi focada na metodologia para o dimensionamento da iluminação. Com isso, a definição do leiaute passou a exigir mais pontos para garantir um bom estudo. Um ponto que foi suprimido da NBR 5413 é que o projeto valorizava a faixa de idade do grupo de usuários da iluminação. Dando destaque aos fatores acrescidos, agora, temos o seguinte: � índice de ofuscamento; � sugestão de que o fator IRC (índice de reprodução de cor) seja fornecido pelo fabricante; � estabelecimento das áreas de tarefa e entorno imediato; � anexo sobre a manutenção; � critérios para a elaboração de grade de cálculos, visando a utilização de softwares e ajudando na determinação dos espaçamentos entre lâmpadas; � destaque para a uniformidade da iluminação; � recomendação de temperatura de cor mínima. O processo de determinação inicia quando utilizamos o Quadro 1, obtendo dados para o número de lux, ou seja, a iluminância, o UGRmáx (ofuscamento desconfortável) e o IRC mínimo. O segundo passo é a obtenção das luminá- rias com o fator de ofuscamento desconfortável menor do que o Quadro 1 permite, e a obtenção da temperatura de cor necessária. Utiliza-se a tabela de correlação dos dados para a obtenção do fator de utilização. A norma tem, em anexo, uma tabela, que ajuda a sintetizar os dados para aplicar o cálculo e determinação do número mínimo de luminárias. 19Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais O arranjo dos locais de trabalho deve sempre descartar a faixa marginal. A faixa marginal é aquela próxima das paredes, onde as tarefas de acuidade não serão feitas. O parâmetro de altura para o platô de trabalho é de 0,75 metros acima do piso. Nos casos em que é sabido que o arranjo das áreas funcionais, de trabalho, acomete todo o espaço até os limites da sala, devemos iluminar a sala completamente. No estudo de leiaute da iluminação em residências, observamos a existência de poucos lugares cujas atividades tendem a ser muito prolongadas e de grande acuidade, dependendo muito da rotina dos seus usuários. O planejamento da iluminação pode ficar condicionado ao estabelecimento da mobília. Esses estudos devem, de preferência, ocorrer quando já se tem minimamente fixada a posição padrão do recheio doméstico. O mundo hoje é de total automatização. Quase todos os processos mecânicos de uma edificação têm se tornado automatizados. A iluminação residencial automatizada vem, junto com outros processos, como climatização, abertura de portas e janelas, irrigação, etc., expandindo-se e criando novos adeptos com muita rapidez. A domótica, termo que vem da junção das palavras domus (casa) e robótica, é a área do conhecimento que trata da automação de uma casa. A redução do consumo de energia, a segurança, a facilidade de uso e a versatilidade do processo torna o automação uma peça-chave no dimensionamento da iluminação, que ainda deve ser cuidadosamente calculado, porém, com esse recurso, muito mais bem aproveitado. A automação da iluminação residencial pode ser controlada por controles remotos, smartphones, tablets ou computadores, programando a hora, a lâmpada e a intensidade da luz, e por quanto tempo ficará ligada. Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais20 3 Cálculo luminotécnico de interiores residenciais O cálculo luminotécnico de interiores residenciais deve seguir a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013. Para um bom projeto de iluminação é necessário definir a quantidade de iluminância necessária aoconforto e à segurança. A norma se dedica a considerar as áreas da tarefa e áreas do entorno; é relevante evitar fadiga visual devido a pontos muito iluminados e outros com baixa iluminação. A preocupação aplicada à norma são as operações de trabalho, mas é claro que, em se tratando de residências, devemos prever os comportamentos e rotinas dos usuários ainda não normatizados. Segundo Martau (2009), as normas técnicas levam muito tempo para serem revisadas e atualizadas e se limitam aos aspectos relacionados à eficiência energética somente; entre- tanto o grande desafio dos projetos é também o atendimento às exigências psicológicas e fisiológicas do organismo humano. Considerando que é necessário o melhor aproveitamento lumínico dos ambientes para gerar saúde, bem-estar e segurança, a Figura 11 demonstra a eficiência energética das lâmpadas elétricas e suas respectivas potências, o que ajuda a calcular os pontos de iluminação da residência. Figura 11. Potência e eficiência energética (lm/W) das lâmpadas elétricas. Fonte: Adaptada de OSRAM ([2009?]). 21Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Para calcular e dimensionar cada área você pode seguir o seguinte roteiro (ILUMINÂNCIA..., [201-?]). 1. Determinar a iluminância (E). 2. Calcular o índice do local (k), conforme apresentado a seguir. k = C × L (C + L) × A onde: � C = comprimento do local; � L = largura do local; � A = altura entre a luminária e o plano de trabalho. 3. Escolher o tipo de lâmpada e a luminária. 4. Em função do índice do local (k), dos índices de refletância do piso, parede e teto (Quadro 3), determinar o fator de iluminação na tabela da luminária escolhida. Fonte: Adaptado de Iluminância... ([201-?]). Branco Claro Médio Escuro Teto 80% 70% 50% 30% Parede 50% 30% 10% Piso 30% 10% Quadro 3. Fatores de iluminação Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais22 5. Verificar o fator de manutenção (FM), que você pode ver no Quadro 4. Fonte: Adaptado de Iluminância... ([201-?]). Ambiente Limpo Médio Sujo Fator de manutenção (FM) 0,9 0,8 0,6 Quadro 4. Fatores de manutenção 6. Calcular a quantidade de luminárias, conforme apresentado a seguir. N = E × S φ × FU × FM onde: � N = quantidade de luminária; � E = iluminância desejada; � S = área do local; � φ = fluxo da luminária = fluxo luminoso da lâmpada × quantidade de lâmpada por luminária; � FU = fator de utilização; � FM = fator de manutenção. 7. O espaçamento das luminárias, para se obter uma distribuição uniforme, deve ser, via de regra, entre 1 e 1,5 a altura entre a luminária e o plano de trabalho (A). Todo cálculo deve ter uma tolerância, isso significa que devemos sempre estar de acordo com o preconizado pela norma ABNT NBR ISO/CIE 8995- 1:2013, baseada em dados práticos, e ter uma variação em torno de 10% para os valores obtidos de iluminância e luminância. 23Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Evidências de uma boa iluminação Podemos contar com cálculos, índices, normas e equipamentos para melhorar a iluminação dos ambientes residenciais, porém há que se contar também com a sensibilidade de cada pessoa que vive no local. Muitas vezes não se nota o quanto a iluminação está errada até que a pessoa se muda para o local, mas também muitas vezes não é necessário um ponto de comparação para se notar o quanto o ambiente está mal iluminado. As mudanças no humor, na limpeza, na rotina da família pode significar má iluminação. Com a infinidade de recursos disponíveis no mercado, dar solução ao problema pode não ser tão fácil do ponto de vista estético, mas no quesito técnico é tudo bem mais simples. Shuboni e Yan (2010) defendem que os benefícios da iluminação artificial para a nossa sociedade têm grandeza e obviedade, porém o impacto e a importância da luz noturna sobre o nosso corpo necessita ser reconhecido e compreendido. A Figura 12 evidencia um bom exemplo de iluminação distribuída em uma sala de estar integrada com o jantar, que está adequada ao uso sem muito luxo conforme a legenda a seguir. 1. A iluminação pontual foi distribuída difusamente a todo o ambiente usando o tecido da luminária de teto como filtro. 2. A luz do abajur oferece uma iluminação mais amena e suave. 3. Os lustres pendentes sobre a mesa de jantar evidenciam e marcam o ambiente, focalizam o ponto de referência da sala e proporcionam iluminação focal, adequada ao uso do local. 4. Assim como os pendentes da mesa de jantar, os da bancada divisória da cozinha fazem uma iluminação focal sem incidir na vista, iluminando apenas o balcão. Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais24 1 3 4 2 Figura 12. Iluminação de sala de estar integrada. O dimensionamento do projeto luminotécnico residencial deve atender aos usuários, observando a rotina da casa. Hoje, como a casa vem sendo cada vez mais lugar de trabalho, fazer reuniões de negócios e também de receber visitas são questões a serem ponderadas para um perfeito planejamento do projeto elétrico em consonância ao luminotécnico. Quando o uso do ambiente é alterado, deve ser mudado também o projeto. Assim os moradores devem estar preparados para buscar, de tempos em tempos, fazer uma atualização do sistema lâmpadas–luminárias, atendendo a evolução da dinâmica doméstica. Isso resultará, muitas vezes, em maior economia, pela simples melhoria da eficiência das lâmpadas e luminárias, além de trazer mais segurança aos moradores. 25Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013: Ilumi- nação de ambientes de trabalho: parte 1: interior. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. GIACOBBO, J. Estudos de caso comparativos entre normas de iluminação: NBR 5413 e NBR ISO 8995-1. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/105051. Acesso em: 2 abr. 2020. FIORINI, T. M. S. Projetos de iluminação de ambientes internos especiais. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica)- Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2006. Disponível em: https://hosting.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/ Arquitetural/interiores/projeto_de_iluminacao_de_ambientes_internos_especiais. pdf. Acesso em: 2 abr. 2020. HUMAN CENTRIC LIGHTING. [S. l.], 2020. Disponível em: https://www.humancentricli- ghting.org/. Acesso em: 2 abr. 2020. ILUMINÂNCIA e cálculo luminotécnico. [S. l., 201-?]. Disponível em: https://hosting.iar. unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/tabelas/luminotecnica.pdf. Acesso em: 2 abr. 2020. KLOTSCHE, C. A medicina da cor: o uso prático das cores na cura vibracional. São Paulo: Pensamento, 2000. MARTAU, B. T. A luz além da visão: iluminação e sua relação com a saúde e bem-estar de funcionárias de lojas de rua e de shopping centers em Porto Alegre. 2009. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo)- Universidade Estadual de Campinas, Cam- pinas, 2009. Disponível em: http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/CAMP_edcb53011820c- 451c467210a1d42cece. Acesso em: 2 abr. 2020. MIGUEL, A. S. S. R. Manual de higiene e segurança do trabalho. 9. ed. Porto: Porto Editora, 2006. OSRAM. Iluminação: conceitos e projetos. [S. l., 201-?]. Disponível em: http://www.fau.usp. br/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0262/Af_Apostila_Conceitos_e_ Projetos.pdf. Acesso em: 2 abr. 2020. OSRAM. Manual luminotécnico prático. [S. l., 2009?]. Disponível em: https://hosting.iar. unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/ManualOsram.pdf. Acesso em: 2 abr. 2020. PHILIPS. Guia prático Philips iluminação. [S. l.],2012. Disponível em: https://www.luxfor- tdobrasil.com/wp-content/uploads/attachments/4c1bd9_46001963fd9d489c96509 0667ba19702.pdf. Acesso em: 2 abr. 2020. SHUBONI, D.; YAN, L. Nighttime dim light exposures alters the responses of the circadian system. Neuroscience, v. 170, n. 4, p. 1172–1178, 2010. TREGENZA,P.; LOE, D. Projeto de iluminação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais26 TRYBO DESIGN. Entenda o que diz no rotulo de uma lâmpada. [S. l.], 2017. Disponível em: https://www.trybo.com.br/blog?single=Entenda-oque-diz-no-rotulo-de-uma-lampada. Acesso em: 2 abr. 2020. Leituras recomendadas A LUZ certa em sua casa. Algés: ADENE, 2009. ARQPLANE. O fim das lâmpadas incandescentes e a economia na conta de luz. [S. l.], 2015. Disponível em: https://arqplane.wordpress.com/2015/08/05/o-fim-das-lampadas- -incandescentes-e-a-economia-na-conta-de-luz/. Acesso em: 2 abr. 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5410/2010: instalações elétricas de baixa tensão I: proteção e segurança. Rio de Janeiro: ABNT, 2010. AVANT ILUMINAÇÃO. [S. l., 2020]. Disponível em: http://avantlux.com.br/luminotecnica/ attachment/irc/. Acesso em: 2 abr. 2020. CHING, D. K. F.; SHAPIRO, M. I. Edificações sustentáveis ilustradas. Porto Alegre: Bookman, 2017. DAYCHOUM, M. Manual de sobrevivência a reformas. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. DIAS, C. L. A.; PIZZOLATO, N. D. Domótica: aplicabilidade e sistemas de automação residencial. Vértices, v. 6, n. 3, p. 9, 2004. FRANCO, J. T. Como projetar casas inteligentes?: 8 conselhos para incorporar a domótica na arquitetura. In: ARCHDAILY. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/ br/908938/como-projetar-casas-inteligentes-8-conselhos-para-incorporar-a-domotica- -na-arquitetura. Acesso em: 2 abr. 2020. FREITAS, P. C. F. de. Luminotécnica e lâmpadas elétricas. Uberlândia, 2009. Disponí- vel em: https://www.academia.edu/22557314/UNIVERSIDADE_FEDERAL_DE_ UBERL%C3%82NDIA_FACULDADE_DE_ENGENHARIA_EL%C3%89TRICA_LUMINOT %C3%89CNICA_E_L%C3%82MPADAS_EL%C3%89TRICAS. Acesso em: 2 abr. 2020. GUERRINI, D. P. Iluminação: teoria e projeto. 2. ed. São Paulo: Érica, 2008. HCL, o ser humano no centro da iluminação. [S. l., 2020]. Disponível em: https://www. aecweb.com.br/cont/a/hcl-o-ser-humano-no-centro-da-iluminacao_15809. Acesso em: 2 abr. 2020. LEDVANCE. O que realmente sabemos sobre a luz?. [S. l., 2020]. Disponível em: https:// www.voltimum.pt/artigos/artigos-tecnicos/o-que-realmente-sabemos. Acesso em: 2 abr. 2020. MIGLIANI, A. Qual iluminação é melhor para banheiros?. In: ARCHDAILY. [S. l., 2020]. Dis- ponível em: https://www.archdaily.com.br/br/924751/qual-iluminacao-e-melhor-para- -banheiros?ad_source=search&ad_medium=search_result_articles?v=1597520622. Acesso em: 2 abr. 2020. 27Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. PAIS, A. M. G., Condições de iluminação em ambiente de escritório: influencia no conforto visual. 2011. Dissertação (Mestrado em Ergonomia na Segurança no Trabalho)- Uni- versidade de Lisboa, Lisboa, 2011. Disponível em: http://hdl.handle.net/10400.5/3048. Acesso em: 2 abr. 2020. PINHEIRO, A. C. da F. B. Conforto ambiental: iluminação, cores, ergonomia, paisagismo e critérios para projeto. São Paulo: Érica, 2014. (Série Eixos). POTÊNCIA de iluminação por cômodo! Cálculo e luminotécnica! [S. l.: s. n.], 2016. 1 vídeo (6 min). Publicado pelo canal Mundo da Elétrica. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=5Zf3oojMGDg. Acesso em: 2 abr. 2020. QUEIROZ, P. Iluminação: guia completo para a sua casa. Casa e Jardim, 2018. Disponível em: https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Decoracao/noticia/2016/11/ iluminacao-guia-completo-para-sua-casa.html. Acesso em: 2 abr. 2020. REITER JÚNIOR, R. A. Sistema de automação residencial com central de controle micro- controlada e independente de PC. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências da Computação)- Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2006. Disponível em: http://dsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/2006-2reneareiterjrvf. pdf. Acesso em: 2 abr. 2020. SILVA, D. C. M. Decomposição da luz branca. [S. l., 2020]. Disponível em: https://mundoe- ducacao.bol.uol.com.br/fisica/decomposicao-luz-branca.htm. Acesso em: 13 mar. 2020. SOUZA, C. D. de et al. Luminotécnica aplicada. Porto Alegre: SAGAH, 2018. UNWIN, S. Análise da arquitetura. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. Dimensionamento de iluminação de interiores residenciais28 Dica do professor Você já sabe da importância de se planejar para executar um bom projeto de iluminação e já considera que há aspectos imprescindíveis e que não podem deixar de ser analisados. O processo de especificação dos itens como lâmpadas e luminárias exige atualizações sistemáticas para a eficiência do projeto. Na Dica do Professor, você vai conhecer quatro passos importantes para projetar com eficiência a iluminação de um ambiente residencial, considerando cada tipo de iluminação nos ambientes em geral e a importância da compatibilização de projetos complementares para maior assertividade. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/cc03d3ba34b9bae4238b5d36096d68ef Exercícios 1) Para uma boa iluminação residencial, é necessário que, em primeiro lugar, se faça um diagnóstico do local. Diante das condições de iluminação necessárias ao bom aproveitamento e uso do ambiente, qual a alternativa correta no que diz respeito a essa informação? A) O ambiente deve ser estudado e analisado sem a preocupação com o tipo de uso, pois a iluminação é condição básica para o melhor aproveitamento do local. B) Os ambientes a serem iluminados dependem de informações de uso e de tarefas a serem executadas. C) O ambiente a ser iluminado, além de necessitar de informações de uso, precisa ser diagnosticado quanto ao tipo de fundação e estrutura em que foi construído. D) É de extrema importância analisar os revestimentos, a iluminação natural e as tarefas a realizar, porém o tipo de lâmpada a ser usada não faz diferença. E) Para realizar um bom projeto de iluminação, basta saber quais tarefas serão realizadas no ambiente. 2) A norma ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, trouxe um salto de qualidade perante a NBR 5413. Elemento foram suprimidos e outros começaram a fazer parte do raciocínio dos cálculos para o dimensionamento da iluminação e logo o cálculo do número de luminárias. Qual das alternativas melhor representa o que foi acrescentado nesta norma atual. A) A valorização da faixa de idade do grupo de pessoas, além de ter o índice de ofuscamento, o fator IRC, estabelece áreas de tarefa e entorno. B) A valorização da faixa de idade do grupo de pessoas, além de aplicar o índice de ofuscamento, sugere que o fator IRC, estabelece as áreas de tarefa e entorno imediato, traz anexo sobre manutenção, critérios para grade de cálculos visando softwares na determinação de espaçamentos entre lâmpadas, destaca a uniformidade da iluminação, recomenda temperatura de cor mínima. O índice de ofuscamento, sugere que o fator IRC, estabelece as áreas de tarefa e entorno imediato, traz anexo sobre manutenção, critérios para grade de cálculos visando softwares na C) determinação de espaçamentos entre lâmpadas, destaca a uniformidade da iluminação, recomenda temperatura de cor mínima. D) A valorização da faixa de idade do grupo de pessoas, além de critérios para grade de cálculos visando softwares na determinação de espaçamentos entre lâmpadas, destaca a uniformidade da iluminação, recomenda temperatura de cor mínima. E) Estabelece as áreas de tarefa e entorno imediato, traz anexo sobre manutenção, critérios para grade de cálculos visando softwares na determinação de espaçamentos entre lâmpadas,destaca a uniformidade da iluminação, recomenda temperatura de cor mínima. 3) Dentro dos parâmetros de diferenciação das lâmpadas, existem vários índices e características diferentes que definem cada tipo de lâmpada e as variações de cada um desses tipos. Uma das características é a vida útil, que pode ser considerada como: A) o tempo de uso em relação ao ambiente, considerando mais 25% de atividade. B) o tempo de uso em anos, desconsiderando como é usada. C) a durabilidade de todos os componentes, considerando 12% de depreciação. D) É o tempo de uso e a durabilidade dos materiais, com 20% depreciado. E) É o tempo medido em horas, em que 25% do fluxo luminoso foi depreciado. 4) A melhor iluminação artificial é aquela que mais se assemelha com a luz natural. Essa característica é muito considerada e importante no processo de escolha do equipamento de iluminação do ambiente. Qual das alternativas especifica o índice que mede essa característica das lâmpadas? A) A eficiência luminosa (lm/W), que, quanto maior, mostra mais fielmente a reprodução das cores. B) O índice de reprodução de cor (IRC), que vai de 0 a 100 e, quanto maior, melhor reproduz as cores, comparando com a luz natural. C) A luminância (cd/m2), que reproduz a fidelidade das cores através da iluminação. D) O fluxo luminoso (lm), que mostra, em raios ultravioleta a infravermelho, a reprodução fiel das cores. E) A intensidade luminosa (cd), que, por detectar a intensidade da luz, mostra melhor a fidelidade das cores. 5) É com a velocidade da luz que as ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo; elas transportam momento e energia para longe de uma fonte. O espectro eletromagnético é a forma mais simples de uma onda eletromagnética e é o que o nosso olho consegue enxergar. Com base nessa informação, pode-se afirmar que: A) o espectro visivel é a faixa de ondas que o olho humano não consegue detectar. B) O espectro eletromagnético é amplo e perceptível pelo olho humano. C) As ondas de luz são percebidas pelo olho humano dentro de uma pequena faixa. D) O olho humano enxerga desde o raio-x às micro-ondas com perfeição. E) O olho humano não enxerga mais de seis cores dentro do espectro visível. Na prática As atividades do cotidiano de uma família dependem muito da iluminação. Não há como negar a importância de se planejar e dimensionar adequadamente a iluminação residencial. Desde o uso geral em salas e quartos, até em banheiros e cozinhas, nestes últimos com um cuidado ainda maior, a luz deve ser bem dimensionado. Em Na Prática, você vai conhecer a história de uma família que ignorou o bom dimensionamento da iluminação da cozinha e sofreu sérias consequências por isso. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Iluminação: tudo sobre lâmpadas e como iluminar Entender os diversos tipos de lâmpadas no mercado pode parecer muito complicado diante de tantas opções atuais, mas, com algumas informações básicas, você pode escolher de maneira assertiva e especificar com muita eficácia a iluminação de um ambiente. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Qual iluminação é melhor para banheiros? Dentro de um ambiente muitas vezes pequeno e de grandes exigências de limpeza, a iluminação pode melhorar a forma como se usa. É sempre bom saber que tipo de iluminação será ideal para que um banheiro tenha eficiência em asseio e salubridade. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Iluminação - Guia completo para sua casa Para iluminar artificialmente e com eficiência a edificação residencial, é necessário que se tenha conhecimento das demandas e do cotidiano do local, mas, fundamentalmente, o conhecimento das novas tecnologias também auxilia no processo de dimensionamento. https://www.youtube.com/embed/pbRaJEu7OC8 https://www.archdaily.com.br/br/924751/qual-iluminacao-e-melhor-para-banheiros?ad_source=search&ad_medium=search_result_articles?v=1597520622 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Decoracao/noticia/2016/11/iluminacao-guia-completo-para-sua-casa.html?v=1037422835
Compartilhar