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Perfil do usuário de crack
O perfil típico do usuário de crack é complexo e diverso, englobando
pessoas de diferentes idades, classes sociais e contextos de vida. No
entanto, alguns padrões comuns podem ser observados. Muitos usuários
iniciam o consumo de crack ainda na adolescência, atraídos pela rápida
euforia e pela sensação de poder que a droga proporciona. Esses jovens,
muitas vezes em busca de aceitação ou fuga de problemas pessoais,
acabam se tornando dependentes e enfrentando graves consequências
para sua saúde, relacionamentos e trajetória de vida.
Um outro grupo comum de usuários são os adultos em situação de
vulnerabilidade social, incluindo moradores de rua, desempregados e
pessoas com transtornos mentais. O crack se torna uma forma de aliviar a
dor emocional, a angústia e a sensação de desamparo. Infelizmente, essa
fuga acaba aprofundando ainda mais o ciclo de exclusão e problemas.
Outro aspecto preocupante é a presença de mulheres usuárias, muitas
vezes envolvidas com o tráfico de drogas ou em relacionamentos abusivos.
Elas enfrentam desafios ainda maiores, como a gravidez e a maternidade
durante o vício, colocando em risco sua própria saúde e a de seus filhos.
Efeitos do crack no
organismo
O uso do crack causa uma série de efeitos devastadores no organismo
humano. Devido à sua composição química altamente tóxica, o crack
provoca uma intensa estimulação do sistema nervoso central, que se
traduz em sensações extremas de prazer e euforia, seguidas por uma
queda abrupta, caracterizada por irritabilidade, ansiedade e depressão.
Esse ciclo vicioso leva a uma rápida dependência física e psicológica.
No corpo, o crack afeta diversos sistemas, como o cardiovascular,
causando taquicardia, hipertensão e risco de infarto. O sistema respiratório
também é prejudicado, com danos aos pulmões e dificuldades de
respiração. Além disso, o uso repetido pode levar a problemas
neurológicos, como convulsões e derrames, e a problemas hepáticos e
renais, colocando em risco a vida do usuário.
Outro efeito devastador do crack é a perda drástica de peso e desnutrição,
devido à supressão do apetite e à dificuldade de absorção de nutrientes.
Isso enfraquece todo o organismo e deixa o usuário mais suscetível a
doenças oportunistas. O uso de crack também está associado a um maior
risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, como HIV e hepatite
C, devido aos comportamentos de alto risco.

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