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teorias da personalidade

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Centro Universitário do Distrito Federal
Curso de Psicologia
Teorias da Personalidade II 
Prof: André Luís
Turma: N4
Nomes: Sthefany Jamilli Gonçalves Dutra 34170413,Thayany Rosa de Lima 33934568,Amanda da Silva de Medeiros Souza 26760886,Francisca Ilana de Araujo Sales 30140510, Hayana de Sá R Vianna 34096663.
Teorias da Personalidade II Psicologia transpessoal 
A Psicologia Transpessoal tem sua origem na necessidade comum de compreender a relação entre a prática religiosa e a vida cotidiana. Seu foco está em valores, considerações morais e na conveniência de viver de acordo com padrões espirituais. Argumenta-se que viver dentro de um código moral tem efeitos benéficos sobre a consciência, destacando a importância do crescimento transpessoal, a tendência de cada pessoa a se relacionar com algo maior do que o self individual. Essa abordagem busca ir além dos aspectos individuais, explorando a dimensão espiritual e transcendental da experiência humana, integrando o desenvolvimento pessoal com uma compreensão mais ampla do universo e da existência ao considerar a interconexão entre a prática espiritual e a vida diária.
O Budismo, baseado nos ensinamentos de Siddhartha Gautama, o Buda, é uma tradição espiritual que busca compreender a condição humana e solucionar o sofrimento. Gautama, inicialmente um príncipe em um palácio luxuoso, abandonou a vida de conforto após confrontar a realidade do sofrimento humano. Após anos de estudo e autodisciplina, alcançou a iluminação e dedicou 44 anos de sua vida ao ensinamento.
Existem duas principais tradições no Budismo: a Theravada (ou Hinayana), predominante no Sudoeste da Ásia, e a Mahayana, que floresceu na China, Coréia e Japão. O Zen, uma seita Mahayana, destaca-se pela ênfase na contemplação e disciplina pessoal sobre rituais religiosos, fundado por Bodhidharma no século VI na China e expandido para o Japão nos séculos XI e XII.
O termo "Buda" não é um nome próprio, mas um título que significa "aquele que sabe" ou "aquele que despertou da ignorância". Gautama percebeu a inevitabilidade da doença, velhice e morte, mesmo nas vidas mais alegres. O Zen Budismo remonta à iluminação de Gautama, sendo uma seita que enfatiza a disciplina pessoal, fundada por Bodhidharma no século VI.
A filosofia do "caminho do meio" no Budismo é um guia para uma vida equilibrada, consciente e compassiva, encorajando a evitar extremos e buscar uma abordagem moderada em ações e pensamentos, fundamental na busca pela iluminação e na aplicação desses princípios na vida cotidiana.
Três características fundamentais da existência permeiam a filosofia budista. A temporalidade destaca que tudo está em constante mudança, refletindo na doutrina budista, que evolui ao longo do tempo. Mesmo Buda está sujeito à mudança, sendo parte desse fluxo constante.
A segunda característica, o desprendimento, rejeita a existência de uma alma imortal ou self eterno em cada indivíduo. Corpos e personalidades são vistos como componentes temporais e em constante mutação. A analogia da carruagem ilustra essa ideia, onde nenhum componente isolado define a carruagem, assim como o indivíduo é apenas uma designação para a totalidade de suas partes mortais e mutáveis, sem uma entidade imutável por trás delas.
A terceira característica, a insatisfação ou sofrimento, abrange diversas manifestações. O cerne desse problema reside no egoísmo e na limitação do self de cada indivíduo. Os ensinamentos budistas buscam transcender essa limitação, proporcionando uma relativa satisfação consigo mesmo e com o mundo, sem adotar uma visão pessimista. Essa abordagem reflete a busca budista por uma compreensão profunda da existência e a aplicação prática desses princípios na jornada rumo à iluminação, destacadas nas Quatro Verdades Nobres.
Gautama buscou superar o sofrimento e a limitação que via como partes inevitáveis da vida humana, delineando as características essenciais da existência humana nas Quatro Verdades Nobres. A primeira Verdade reconhece a existência da insatisfação. A segunda destaca que a insatisfação resulta de anseios ou desejos, criando uma estrutura mental instável. A terceira propõe que a eliminação dos desejos leva à extinção do sofrimento. A quarta apresenta o Nobre Caminho Óctuplo como meio de alcançar essa eliminação, promovendo a moderação.
O Caminho Óctuplo consiste em discurso, ação, modo de vida, esforço, cautela, concentração, pensamento e compreensão adequados. O princípio básico é que certas formas de pensamento e ação tendem a magoar os outros e a ferir a si mesmos. A determinação do que é "adequado" deve ser feita por cada indivíduo, responsabilizando-se por suas ações e trabalhando para se tornar um ser humano mais maduro.
Obstáculos ao crescimento 
Os três venenos do Budismo são a cobiça, o ódio e o erro alguns indivíduos são dominados pela cobiça, outros pelo ódio, outros pelo erro embora o equilíbrio possa mudar, dependendo das circunstâncias. Cobiça é o desejo avassalador ou ganância excessivo por bens materiais, prazeres mundanos e apegos, isso pode levar á insatisfação constante e á busca incessante por mais impedindo paz e o despertar interior. Raiva é uma emoção poderosa que surge quando nos sentimos ameaça, ofendidos ou frustrados. No zen-budismo a raiva é vista como uma manifestação do ego ferido e do apego a nossa visão limitada das coisas. Elas perturba a mente e mantém presos em um ciclo de reatividade e sofrimento.Erro ou ignorância é a falta de compreensão da verdadeira natureza das coisas. É a incapacidade de enxergar a impermanência, a interdependência e a ausência de um permanente. A ignorância leva a ilusão do eu separado e a busca da felicidade em coisas transitórias. Para superar esses “três venenos” o zen-budismo enfatiza a prática da meditação , da atenção plena e cultivo do desapego, compaixão e sabedoria podemos transformar esses venenos em caminhos para o despertar espiritual 
Referências 
Livro teorias da Personalidade, autores James Fadman e Robert Frager, editora Harbra ltda capítulo 10 Zen-Budismo

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