Estudo descobre que a estima corporal elevada está ligada a uma maior harmonia sexual em casais recém

Prévia do material em texto

1/3
Estudo descobre que a estima corporal elevada está ligada a
uma maior harmonia sexual em casais recém-casados
Maior estima corporal está associada a uma maior harmonia sexual entre casais românticos, de acordo
com uma nova pesquisa publicada no The Journal of Sex Research. Os resultados fornecem evidências
de que sentir-se confortável com o seu corpo é importante tanto para o seu próprio bem-estar sexual
quanto para o bem-estar sexual do seu parceiro.
“A imagem corporal é algo que tantas pessoas lutam com os desafios com ela, parece algo que é
realmente importante para entender melhor através da pesquisa”, disse a autora do estudo, Amber A.
Price, um educador de relacionamento e estudante de doutorado na Brigham Young University.
“É difícil definir um número exato, mas algumas pesquisas mostram que até 97% das mulheres podem
estar insatisfeitas com algum aspecto de seu corpo e para os homens, está se tornando cada vez mais
comum sentir-se insatisfeito com o corpo também com a maioria dos homens sentindo pelo menos
alguma insatisfação.”
“A coisa é, se você está em um relacionamento sexual e seu foco é em como seu corpo se parece, em
vez de como ele se sente, você vai perder a oportunidade de aproveitar a experiência e desenvolver
uma conexão mais profunda com seu parceiro”, explicou Price. “A pesquisa mostrou isso por anos.”
“O que queríamos entender melhor é como a imagem corporal de uma pessoa pode afetar a experiência
do parceiro no relacionamento sexual também. Tipo, se eu tenho uma imagem corporal pobre, a
experiência sexual do meu parceiro vai mudar?”
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00224499.2022.2164243
http://amberaprice.com/
http://amberaprice.com/
2/3
Os pesquisadores examinaram dados de uma amostra nacionalmente representativa de 2.177 casais
recém-casados, que foi extraída de duas ondas do estudo de Relacionamentos de Casais e
Experiências de Transição (CREATE).
Price e seus colegas usaram um Modelo de Mediação de Interdependência de Atores-Parceiros, um
método estatístico que ajuda os pesquisadores a entender como fatores individuais, como personalidade
ou comportamento, afetam tanto a pessoa (o ator) quanto seu parceiro no relacionamento. Em particular,
o estudo procurou desvendar como a estima corporal estava relacionada à paixão sexual e à satisfação
com o relacionamento.
Os pesquisadores descobriram que uma maior estima corporal, tanto para os indivíduos quanto para
seus parceiros, estava ligada a uma maior harmonia sexual. Em outras palavras, aqueles que
concordaram com declarações como “Eu gosto do que vejo quando me olho no espelho” e “Estou muito
feliz com a minha aparência” eram mais propensos a concordar com declarações como “Meus fortes
interesses sexuais estão bem integrados ao meu relacionamento com meu parceiro” – e seu parceiro era
mais propenso a concordar com a última declaração também.
“O que descobrimos é que, para aqueles que se sentiam bem com seu corpo, isso teve um efeito
positivo não apenas em sua experiência sexual, mas também em seu parceiro. Então, sentir-se bem
com seu corpo é uma parte importante de desfrutar do sexo. Isso era verdade para homens e mulheres”,
disse Price ao PsyPost.
Além disso, aqueles com maior harmonia sexual tendiam a também ter maior satisfação no
relacionamento, e a harmonia sexual das mulheres estava positivamente associada à satisfação do
relacionamento dos homens.
“Pesquisas sobre imagem corporal geralmente são sobre a relação sexual e não sobre o relacionamento
como um todo, mas nossa descoberta mostrou uma associação entre a imagem corporal e a satisfação
do relacionamento, mesmo depois de contabilizar a parte sexual”, observou Price. Portanto, não apenas
sua imagem corporal tem o potencial de afetar seu relacionamento sexual, mas sua felicidade geral com
seu parceiro pode estar ligada a como você se sente sobre seu corpo.
A baixa estima corporal, em contraste, foi associada a maior inibição sexual.
“Se homens ou mulheres tivessem uma imagem corporal ruim, a experiência sexual da mulher era mais
provável de ser inibida (o que significa que ela se afastou de desfrutar autenticamente da experiência)”,
explicou Price. “Isso mostra que ela não só precisa se sentir confiante com seu próprio corpo para se
sentir confortável desfrutando de sexo, mas também precisa de seu parceiro para se sentir confortável
com seu corpo.”
“É quase como se ela estivesse espelhando seu nível de conforto ou seguindo sua liderança e ela
pudesse sentir que se ele estivesse desconfortável com seu corpo, talvez ela também devesse estar.
Talvez ela sinta que se ele está julgando seu próprio corpo, ele pode estar julgando o dela também.
O estudo lança uma nova luz sobre as relações entre a estima corporal e os estilos de paixão sexual.
Mas, como toda a pesquisa, os resultados têm algumas ressalvas.
https://familylife.byu.edu/create
3/3
“Este estudo usou casais heterossexuais recém-casados, por isso é difícil saber como isso se traduz em
outros tipos de relacionamentos”, explicou Price. Por exemplo, esses recém-casados eram bastante
jovens (idade média em seus 20 e poucos anos), então os resultados seriam os mesmos em casais mais
tarde na vida? Talvez eles tenham ficado mais confortáveis com seu corpo ou talvez com a idade e os
efeitos colaterais corporais que vêm com ele tornaria ainda mais um desafio?
“Preocupar-se com o que seu corpo se parece, em vez de como ele se sente ou como ele funciona,
pode ser realmente prejudicial ao seu relacionamento, especialmente ao seu relacionamento sexual”,
disse Price. “Mudar o foco longe da aparência e, em vez disso, para a conexão e estar presente pode
realmente ajudá-lo não apenas seu próprio prazer no relacionamento sexual, mas também o do seu
parceiro. Vale a pena trabalhar em como você se sente sobre o seu corpo!
O estudo, “Criato e Sexo Corporal: Um Exame Dyadic de Estimação Corporal e Inibição Sexual,
Obsessão e Harmonia”, foi de autoria de Amber A. Preço, Kimberly G. Y. (em inglês). Endereço:
McCann, Lyndsey Kunzler, Chelom E. - Leavitt e a Erin K. O Holmes.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00224499.2022.2164243