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A Ditadura Militar e o Estado Novo
Após a queda da Monarquia e a implantação da Primeira República Portuguesa em 1910, o país entrou em um 
período de grande instabilidade política e social. Em 1926, um golpe militar liderado pelo general Gomes da Costa 
pôs fim à Primeira República e instaurou uma ditadura militar. Este novo regime político, conhecido como Estado 
Novo, seria liderado por António de Oliveira Salazar a partir de 1932.
O Estado Novo impôs uma ditadura autoritária e corporativista, com fortes restrições às liberdades políticas e 
individuais. Salazar centralizou o poder, abolindo os partidos políticos e silenciando a oposição. Sua ideologia 
conservadora e nacionalista baseava-se no lema "Deus, Pátria e Família", com uma forte ênfase no patriotismo, na 
moral cristã e no papel da mulher como dona de casa.
Apesar da estabilidade econômica e política trazida pelo Estado Novo, a ditadura de Salazar foi marcada pela 
censura, perseguição política e repressão aos dissidentes. A polícia política, a PIDE, atuava de forma violenta 
contra qualquer ameaça ao regime, consolidando uma atmosfera de medo e opressão.
Somente após a Revolução dos Cravos em 1974 é que Portugal se tornaria uma democracia pluralista, encerrando 
os 48 anos de ditadura salazarista.
A Revolução dos Cravos e a 
Democratização de Portugal
A Revolução dos Cravos, também conhecida como a Revolução de 25 de Abril, foi um dos mais marcantes e 
transformadores eventos da história de Portugal. Em 1974, um golpe militar liderado pelo Movimento das Forças 
Armadas (MFA) derrubou o regime autoritário do Estado Novo, pondo fim a 48 anos de ditadura e abrindo 
caminho para a democratização do país.
O levantamento militar foi pacífico e recebeu o nome de "Revolução dos Cravos" devido à população civil que 
aderiu ao movimento, colocando flores nos canos das espingardas dos soldados. Esse ato simbólico demonstrava 
o apoio popular à transição democrática e a rejeição ao regime opressivo da ditadura.
A queda do Estado Novo e a subsequente implementação de uma constituição democrática marcaram o início de 
um novo capítulo na história de Portugal. O país abraçou um sistema pluripartidário, com eleições livres e justas, 
garantia de direitos e liberdades fundamentais, e o estabelecimento de instituições democráticas sólidas.
A Revolução dos Cravos também teve impactos profundos na política externa de Portugal, levando à 
descolonização de seus territórios ultramarinos e ao fim do império colonial português. Esse processo de 
transição democrática e descolonização é visto como um marco histórico na história de Portugal, representando a 
superação de um longo período de autoritarismo e o início de uma nova era de liberdade e prosperidade.