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PRINCIPIOLOGIA DO PROCESSO DO TRABALHO - PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - (Processo do Trabalho)

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Resumos | Brenda Alves | Passei Direto 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
1.1 Princípio da igualdade ou isonomia 
É uma das bases do Estado constitucional democrático. Encontra-se retratado pelo art. 
5º, caput e I, da CRFB. 
Pelo princípio da igualdade ou isonomia, as partes e os procuradores devem receber 
tratamento igualitário dentro do processo, com a finalidade de lhes garantir as mesmas 
oportunidades de defesa de seus interesses, em juízo. 
Assim, transporta-se a igualdade perante a lei (CF, art. 5º, caput) para a igualdade 
perante o juiz, devendo-se observar a chamada “igualdade proporcional” ou “igualdade 
substancial”, caracterizada pelo tratamento igual aos substancialmente iguais e, contrario 
sensu, pelo tratamento desigual aos desiguais, buscando-se alcançar, dessa forma, o equilíbrio 
dos contendores na relação processual. 
O princípio em tela é sublinhado no processo por meio do princípio da paridade de 
armas, que pode ser verificado em duas passagens do Código de Processo Civil de 2015 quando 
preconiza que: 
Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de 
direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de 
sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo- 
lhe: – assegurar às partes igualdade de tratamento. 
Consequentemente, o juiz deve assumir uma postura ativa para extinguir as 
desvantagens diretamente decorrentes da hipossuficiência de qualquer das partes. Podemos 
dizer que o juiz deve se utilizar de seus poderes assistenciais e não se colocar apenas como um 
mero convidado de pedra no processo, auxiliando e elevando as partes mais fracas para que se 
igualem às contrapartes. 
Pode, dessa forma, o magistrado atuar por diversos mecanismos, dentre eles: 
- inverter o ônus da prova, com base não apenas no CDC (art. 6º, VIII 6), mas, também, 
com espeque no CPC/2015, o qual traz a ideia de carga dinâmica do ônus da prova, na forma do 
art. 373; 
- conceder o benefício da justiça gratuita a quem não pode litigar, em virtude de 
questões financeiras; 
- reduzir o rigorismo das regras sobre competência territorial, sobretudo na Justiça do 
Trabalho, justamente para garantir o efetivo acesso do trabalhador hipossuficiente. 
 
1.2 Princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário ou acesso ao Poder Judiciário 
Princípio da indeclinabilidade da Jurisdição, determina que “a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, em conformidade com o art. 5º, 
XXXV, da CF. Esse preceito é repetido, expressamente, no art. 3º do CPC/2015. O jurista italiano 
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Mauro Cappelletti desenvolveu a teoria em que explicita as três ondas de desenvolvimento na 
busca do pleno acesso à ordem jurídica justa. 
A primeira onda envolve a luta pela assistência gratuita aos litigantes necessitados, 
partindo do princípio de que a prestação do serviço judiciário é quase sempre onerosa, o que 
dificulta o acesso. Na seara trabalhista, a Lei 1.060/1950 garantia o pleno acesso dos 
hipossuficientes econômicos ao Judiciário, com isenção no pagamento de despesas processuais, 
custas etc. 
A segunda onda de Cappelletti se relaciona à possibilidade de se postular direitos 
difusos, coletivos e individuais homogêneos em juízo, obtendo um provimento jurisdicional 
coletivo, que eliminaria uma multidão de ações individuais com as mesmas pretensões. Essa 
onda dá destaque aos direitos meta ou transindividuais, elencados no art. 81 da Lei 8.078, que, 
em conexão com a Lei 7.347/1985, engendrou a gênese do microssistema de tutela coletiva no 
Brasil. 
A terceira onda de acesso à justiça diz respeito às formas alternativas de resolução de 
conflitos individuais ou coletivos, pelos vários canais de acesso ao sistema de justiça (sindicatos, 
Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, Defensorias Públicas, 
Procons etc.). O autor também preconiza a garantia de simplificação nos procedimentos em 
juízo, a desformalização dos procedimentos judiciais, a luta contra o formalismo (não contra a 
forma), já que o aspecto formal é garantia do procedimento e deve ser mantido para se obter 
um resultado útil e justo do processo. 
Privilegiam-se formas alternativas de solução dos conflitos por meio da mediação, da 
conciliação extrajudicial e judicial, da arbitragem etc. Observemos que praticamente todas as 
sugestões contidas no estudo sobre as ondas de acesso à justiça de Cappelletti foram 
contempladas no NCPC. 
Modernamente, esse princípio é compreendido como acesso à ordem jurídica justa, 
entendimento que possui quatro ideais principais: 
– efetivo acesso ao processo (ingressar em juízo): os obstáculos para o ingresso em juízo 
devem ser proscritos, por intermédio do oferecimento da gratuidade da justiça, pelas atuações 
dos órgãos que prestam a assistência judiciária gratuita, ou pela tutela jurisdicional coletiva e os 
seus regramentos específicos, como a Lei de Ação Civil Pública e o Código de Defesa do 
Consumidor. Além disso, não há necessidade do esgotamento prévio de vias administrativas 
(ressalvadas as ações relativas à disciplina desportiva e às competições desportivas); 
– respeito ao devido processo legal: as partes têm o direito de desempenhar um papel 
efetivo no processo, por meio do contraditório e da cooperação, influenciando, sobremaneira, 
no convencimento do juiz. Este, por sua vez, deverá manter-se equidistante em relação às 
partes, mas deverá ter uma postura ativa, permitindo o diálogo entre os litigantes e aplicando 
as regras processuais prefixadas; 
– as decisões devem ser justas: embora o conceito de justiça seja amplo e 
indeterminado, no qual existe uma parcela de subjetivismo, o juiz, por meio do devido processo 
legal, deve proferir uma decisão em que a norma jurídica seja eficazmente aplicada, em um 
tempo razoável, gerando a pacificação do conflito; 
- eficácia das decisões: a decisão justa não envolve somente a aplicação correta da 
norma, ofertando o o direito-pretensão a quem o tem, abarca, também, medidas de efetivação 
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para que essa decisão seja faticamente concretizada, não se tornando etérea. Essa efetividade 
pode ser concretizada pelo juiz quando concede as tutelas provisórias, que é um gênero do qual 
são espécies as tutelas de urgência e as tutelas de evidência. As primeiras são as que já 
conhecemos (tutelas antecipada e cautelar), enquanto as segundas permitem que o juiz ofereça 
a tutela mesmo que não haja urgência, em razão da completa evidência (demonstração por 
prova préconstituída) do direito material do autor. 
Art. 139, IV, do CPC/2015 prevê uma cláusula executiva geral, por meio da qual o juiz 
tem a liberdade para tomar todas as medidas necessárias para efetivar a tutela, atuando de 
ofício, e utilizando a medida mais adequada para tal. 
Por fim, o acesso à ordem jurídica justa só será realidade se o processo tiver uma 
tramitação célere, com o menor gasto de recursos e de tempo. Todavia, essa presteza deve ser 
limitada pelas demais garantias fundamentais do processo. O art. 4º do CPC/2015 o anuncia 
expressamente. 
✓ Só tem acesso à ordem jurídica justa quem recebe justiça. E receber justiça significa ser 
admitido em juízo, poder participar, contar com a participação adequada do juiz e, ao 
fim, receber um provimento jurisdicional consentâneo com os valores da sociedade. 
 
1.3 Princípio do contraditório e princípio da ampla defesa 
Assegurado pelo art. 5º, LV, da Lei Maior, o princípio em lume garante às partes, seja 
em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, o direito de serem cientificados 
de todos os atos processuais praticados pelo juiz ou pela parte adversa, com a finalidade de lhe 
garantir contradizer os fatosalegados, buscando a proteção de seus interesses. O art. 5º, LV, da 
CRFB dispõe que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral 
são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. 
Tradicionalmente, esse princípio é configurado no binômio informação e reação. As 
partes devem ser comunicadas sobre os atos praticados no processo e devem possuir prazo 
adequado para que se manifestem sobre eles. 
Modernamente, o princípio do contraditório sofreu recentes evoluções, podendo ser 
compreendido como contraditório participativo e, até mesmo, como contraditório com 
cooperação. Dessa forma, as partes e o juiz estariam em cooperação para que o processo se 
desenvolva e produza um resultado efetivo e justo. 
O contraditório, além de garantir o direito de manifestação das partes, pode ser 
revelado pela efetiva participação desses agentes. Ao juiz compete controlar e possibilitar a 
efetiva participação daqueles. 
O próprio juiz se encontra envolto como o contraditório, pois está proibido de prolatar 
decisões de terceira via, ou seja, decisões surpresa, mesmo em questões envolvendo matéria 
de ordem pública, as quais poderiam ser julgadas de ofício. Nessa linha, o CPC assevera que não 
se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida, salvo quando 
se tratar de tutela provisória de urgência, hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, 
II e III, e decisão prevista no art. 701 (art. 9º do CPC/2015). 
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No mesmo passo, o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em 
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, 
ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício (art. 10 do CPC). 
 
1.4 Princípio da imparcialidade do juiz 
A própria Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 estabelece, em seu art. 
10, que “Toda pessoa tem direito, em condições de plena igualdade, de ser ouvida publicamente 
e com justiça por um tribunal independente e imparcial, para a determinação de seus direitos e 
obrigações ou para o exame de qualquer acusação contra ela em matéria penal”. 
Com a finalidade de assegurar referida imparcialidade, o Estado-juiz confere aos seus 
órgãos (magistrados) garantias constitucionais de vitaliciedade, inamovibilidade e 
irredutibilidade de vencimentos, previstas no art. 95 da CF. 
 
1.5 Princípio da motivação das decisões 
Sob pena de serem nulas, as decisões judiciais devem ser motivadas, ou seja, 
devidamente fundamentadas, visando à verificação da efetiva imparcialidade do juiz e à 
legalidade das decisões. A própria CF/1988, em seu art. 93, IX, estipula que todos os 
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, 
sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias 
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à 
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. 
O juiz é obrigado a fundamentar suas decisões, expondo suas razões fáticas e jurídicas, 
justamente para demonstrar para as partes envolvidas quais motivos o levaram a decidir 
daquela maneira. A motivação das decisões judiciais também está inserida nos objetivos dos 
princípios constitucionais da publicidade e da informação do processo. 
Indiretamente, podemos falar em controlabilidade dos atos judiciais e na ideia de 
preservação do princípio do contraditório. O princípio da motivação das decisões judiciais atua 
como uma garantia das partes envolvidas no processo, permitindo-lhes a impugnação delas, 
quando da interposição de recursos. Em outras palavras, assegura às partes condições para 
fundamentar seus recursos, pois estes refutam as razões/motivos das decisões. Deve-se saber 
o que fundamentou a decisão do juiz para que ela seja atacada em recurso. 
O CPC, ratificando o preceito constitucional, dispõe que “todos os julgamentos dos 
órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de 
nulidade” (art. 11 do CPC/2015) Igualmente, o art. 832 da CLT determina que da decisão 
deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, 
os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão. A motivação das decisões deve ser 
substancial e não meramente formal, no contexto do princípio da persuasão racional do 
magistrado, ou do convencimento motivado. Tem por objetivo não apenas convencer as partes, 
a sociedade, mas também possibilitar aos juízos superiores (2º e 3º graus de jurisdição) a análise 
da legalidade das decisões, em sede recursal. 
 
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1.6 Princípio do devido processo legal 
Constitucionalmente previsto no art. 5º, LIV, de nossa Lei Maior, determina que 
ninguém será privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Também 
denominado due processo of law, o princípio do devido processo legal pode mesmo ser 
entendido como a condensação de vários outros princípios, como os do juiz natural, o do 
contraditório e o da ampla defesa, o do duplo grau de jurisdição, o da motivação das decisões, 
o da publicidade do processo, entre outros, o que permitirá a observância das máximas 
processuais, garantidoras de um processo legal, legítimo, escorreito e justo. 
 
1.7 Princípio da razoável duração do processo 
Introduzido no art. 5º, LXXVIII, da CF pela EC 45/2004, o princípio da razoável duração 
do processo, ou princípio da celeridade processual, assegura a todos a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação, seja em âmbito judicial ou 
administrativo. Todavia, o Pacto de São José da Costa Rica, tratado de direitos humanos 
ratificado pelo Brasil pelo Decreto 678/1992, bem antes, já assegurava mencionado direito. Em 
sede infraconstitucional, o art. 4º do CPC/2015 ratifica que “as partes têm o direito de obter em 
prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa”. 
O intuito desse princípio constitucional fundamental é garantir a máxima efetividade do 
processo, com o menor dispêndio possível de recursos e de tempo. Porém, essa celeridade deve 
respeitar o devido processo legal, sendo, portanto, limitada. 
 
1.8 Princípio do juiz natural 
É aquele que é aprovado em concurso público de provas e títulos e toma posse 
legalmente depois de preenchidos todos os requisitos para tal ato administrativo. Este princípio 
foi introduzido pela Constituição da República de 1946, a qual dispunha que “Não haverá foro 
privilegiado nem juízes e tribunais de exceção”. A CF/1988, no mesmo passo, em seu art. 5º, 
XXXVII, dispõe que “não haverá juízo ou tribunal de exceção”. Da mesma forma, é vedada a 
criação de órgãos jurisdicionais após a ocorrência dos fatos. 
 
1.9 Princípio da liceidade das provas 
Este princípio tem como pressuposto que todas as provas obtidas para utilização na 
justiça devem ser obtidas licitamente. O regramento constitucional encontra-se insculpido no 
art. 5º, LVI, cujo teor indica que “São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios 
ilícitos”. Em sede infraconstitucional, o art. 369 do NCPC fixa que “as partes têm o direito de 
empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não 
especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a 
defesa e influir eficazmente na convicção do juiz”. 
A doutrina pacificou o entendimento de que a prova obtida ilicitamente contamina todo 
o processo, de acordo com a teoria dos frutos da árvore envenenada. A ilicitude da prova pode 
se apresentar de forma material ou formal. 
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A ilicitude material emerge quando a prova deriva de um ato contrário ao direito e peloqual se consegue um dado probatório, como, por exemplo: invasão domiciliar, violação de sigilo 
epistolar, quebra de segredo profissional, escuta clandestina, constrangimento físico ou moral 
na obtenção de confissão ou depoimento testemunhal. 
Já a ilicitude formal se apresenta quando a prova decorre da forma ilegítima pela qual é 
produzida, embora seja lícita a sua origem. Podemos citar como exemplos as razões de 
legalidade emoralidade como causas restritivas de livre atividade probatória do Poder Público. 
 
1.10 Princípio da autoridade competente 
Tal princípio, na verdade, é um corolário lógico do princípio do juiz natural, na medida 
em que a CF assegura aos jurisdicionados, com base no princípio da legalidade estrita, que as 
autoridades ou agentes políticos devem ser regularmente investidos no cargo, dentro da 
competência de cada órgão da jurisdição. 
 
1.11 Princípio da publicidade dos atos processuais 
É importante destacar a importância do princípio da publicidade, na medida em que o 
processo não se restringe apenas às partes, mas é de pleno interesse de toda a sociedade. 
Ademais, sendo as decisões judiciais públicas, poderão nortear o comportamento dos juristas e 
dos indivíduos na judicialização das controvérsias. Todavia, esse princípio não é absoluto, 
podendo o magistrado restringir a publicidade dos atos processuais. Essa situação ocorre, em 
regra, quando há litígios envolvendo direitos fundamentais, como a intimidade e a dignidade da 
pessoa humana. Tais disposições encontram-se abarcadas pela CF, em seus arts. 5º, LX, e 93, IX. 
 
1.12 Princípio do duplo grau de jurisdição 
Consiste na possibilidade de impugnar a decisão judicial, que, dessa forma, seria 
reexaminada pelo mesmo ou outro órgão jurisdicional. Este princípio indica a possibilidade de 
reanálise ou revisão, por via recursal, das lides julgadas pelo juízo de primeiro grau, garantindo, 
em tese, destarte, um novo julgamento por parte dos órgãos de jurisdição superior. O princípio 
do duplo grau de jurisdição acha-se intrinsecamente relacionado à teoria da substituição no 
processo, que, a rigor, consiste na substituição da sentença pelo acórdão. O presente princípio 
não se encontra contemplado na Constituição Federal de 1988, mas uma corrente doutrinária 
se posiciona no sentido de que ele está implícito no art. 5º, LV, da Magna Carta. 
Porém, o TST o considera como simples norma de organização judiciária, e não garantia 
constitucional, deixando claro que o legislador infraconstitucional pode impor certa limitação 
recursal, como, por exemplo, na Lei 5.584/1970, que, em seu art. 2º, não admite recurso em 
ações de alçada (até dois salários mínimos), a não ser que haja ofensa direta à CF.

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