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As áreas de risco urbanas Como já estudamos, existem, pelo menos, três fatores naturais que influenciam a ocorrência de movimentos de massa: o tipo de solo, a declividade do terreno e a quanti- dade de chuva. Outro fator importante é o desmatamento das áreas íngremes. Esse fator é provocado, principalmente, pelas atividades humanas. As áreas de risco referem-se aos locais propensos a sofrer movimentos de massa, que podem ser mais lentos ou mais rápidos, dependendo do grau de alteração, de desmata- mento e da quantidade de água da chuva que o solo absorveu. Para minimizar o efeito dessas movimentações, a fim de evitar os riscos para a popu- lação que vive nesses locais, é necessário ter atenção aos afundamentos no terreno, às aberturas ou rachaduras nas paredes das casas, ao surgimento de minas de água e à inclinação de troncos de árvores e de postes. Caso seja possível notar essas características no local, é preciso que os moradores da área sejam avisados imediatamente, assim como os bombeiros e a Defesa Civil. Para essas áreas, é importante a elaboração de um plano de evacuação com sistema de alarme, a fim de que todos os moradores possam sair de suas casas em caso de chuvas fortes. Além disso, é necessário o investimento em infraestrutura e, em alguns casos, a construção de moradias em outros locais, para a retirada das pessoas que moram nas áreas de risco. Escorregamento de solo, em Petrópolis (RJ), 2022. R IC A R D O M O R A E S /R E U T E R S /F O T O A R E N A A 90 ENCAMINHAMENTO Neste tema, o objetivo é estudar as áreas de risco, ou seja, as áreas vulneráveis à desastre em consequência das ações humanas, principalmente. Trataremos das habilidades EF06GE05, EF06GE09, EF06GE10 e EF06GE11, cada uma delas com os devidos recortes, os quais, no conjunto do volume, permitirão o aprofundamento dos conteúdos. Com maior enfoque nas habili- dades EF06GE10 e EF06GE11, nossa intenção é dar condições de aprofundar a temática dos processos erosivos e das formas de relevo. Na página 90, temos uma fotografia de um processo de escorregamento na vertente de um morro em Petrópolis (RJ), em 2022. Na página 91, temos a mesma unidade de relevo, o morro, mas mostrando medidas paliativas de contenção de escorregamento. Trabalhe com os estudantes a semelhança entre as formas de relevo e as diferenças nas formas de ocupação, associando as duas fotografias e o processo de movimento de massa (escorre- gamento). Faça perguntas que realcem a analogia espacial e a diferenciação, tais como: quais elementos diferenciam as fotografias A e B? Explique quais elementos levaram ao processo de escorregamento na imagem A. Se necessário, relembre que existem diferen- ças processuais nos movimentos de massa, indicados a seguir. Desmoronamento: trata-se da queda de uma massa de solo que perdeu sua sustenta- ção na parte baixa da vertente. Escorregamento: é um movi- mento rápido, que pode ocorrer com o solo ou com fragmentos de rocha. Geralmente, acon- tece em períodos de chuvas fortes e de longa duração. Deslizamento: ocorre em ver- tentes bastante íngremes, de onde a vegetação foi retirada. A massa de solo saturada de água desliza sobre a rocha, levando tudo o que estiver sobre a superfície. Depois de trabalhar com a leitura de imagens, avalie a possibilidade de contextualizar uma prática considerando o lugar de vivência dos estudantes. Essa atividade pode partir de uma situação geográfica, trabalhando com a escala local e com o conceito de área de risco. Sugerimos, por exemplo, a prática cartográfica de mapeamento colaborativo com a elaboração de um mapa colaborativo digital (Google My Maps) ou mental, identifi- cando, com pins ou alfinetes, as áreas de risco no município. Nessa proposta, pode-se traba- lhar com a localização de áreas no município, em ambientes rurais ou urbanos, detectando onde haverá risco de escorregamento. Para ajudar os estudantes, parta dos conhecimentos prévios que eles têm. Separe uma aula apenas 90
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