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Gestão integrada em ambientes industriais

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DESCRIÇÃO
Abordagem do sistema de gestão integrada (SGI), a congregação de três sistemas de gestão com grande
importância para a produção industrial. Entendimento sobre essa produção e sua correlação com esses
sistemas.
PROPÓSITO
Demonstrar ao engenheiro de segurança do trabalho a importância do SGI em políticas integradas de qualidade,
meio ambiente e saúde e segurança do trabalhador para a produção industrial.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer o conceito de produção industrial
MÓDULO 2
Reconhecer a importância da administração da produção industrial
MÓDULO 3
Reconhecer a importância do SGI como ferramenta de administração da produção
INTRODUÇÃO
A IMPORTÂNCIA DO SGI PARA A PRODUÇÃO
INDUSTRIAL
MÓDULO 1
 Reconhecer o conceito de produção industrial
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Neste conteúdo, debateremos a aplicação do SGI em ambientes industriais. Mas o que isso significa? Será que
há diferença entre a produção das indústrias e das empresas de serviços, ou é tudo igual? Qual é a distinção
entre uma indústria e uma fábrica? O que é um sistema de gestão da produção? São muitas as dúvidas, não é
mesmo?
Para esclarecer essas questões, vamos acompanhar o debate sobre um novo empreendimento da ZPK
Logística, empresa brasileira legalmente estabelecida que se instalou recentemente no estado do Rio de Janeiro.
Seus principais acionistas são grandes empresas de e-commerce brasileiras. Especializada no transporte de
cargas leves, ela apresenta como diferenciais o alto nível de automação de suas operações e a velocidade com
que realiza o transporte de cargas, conseguida graças a parcerias com empresas de aviação e de transporte
rodoviário.
Em uma reunião mantida recentemente entre acionistas e administradores, uma preocupação geral com a crise
mundial de semicondutores pela qual o mundo está passando ficou bem definida. Por outro lado, as altas taxas
de câmbio do dólar americano estão encarecendo as importações de robôs e drones utilizados nos ambientes da
empresa. Também foi debatido um estudo recente sobre a implantação de uma nova organização que formará
um grupo econômico com a ZPK: ela se chamará a ZPK Tecnologia Robótica (ZPKTR).
A ZPKTR, em uma primeira fase, montará no Brasil robôs e drones importados da China e prestará serviços de
administração da produção e de manutenção de equipamentos da operação. Será assim remunerada
parcialmente a sua operação. Em uma segunda fase, ela produzirá semicondutores; em uma terceira, construirá
robôs e drones no Brasil com tecnologia transferida pelo produtor chinês, que será sócio do empreendimento.
De início, a nova fábrica vai atender apenas a ZPK. Ao final dos primeiros seis meses de operações, poderá ser
considerada a negociação com outras empresas.
Em reunião, os administradores definiram diversas ações para a primeira fase da implantação. Mas eles estão
agora debatendo a seguinte questão: será que, no lançamento da empresa, já deverá entrar em produção do
SGI dessa nova empresa?
Outra dúvida estava na localização da fábrica: será que ela deve ficar junto ao prédio da matriz no Rio de
Janeiro, o que facilitaria a interação com a operação lá instalada, incluindo o atendimento rápido para a
manutenção, ou deveria ficar próximo a um campus universitário, aproveitando, assim, o conhecimento e a
experiência de alunos e professores no lançamento de um projeto tão inovador, além de integrar os estudantes à
vida prática? Por fim, surgiu um debate sobre se estaria sendo construída uma fábrica ou uma indústria.
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos e ajudar a
equipe de projeto com as decisões a serem tomadas?
1. OS ADMINISTRADORES TIVERAM DÚVIDAS SOBRE A NATUREZA DO
EMPREENDIMENTO EM QUESTÃO. AFINAL, TRATA-SE DE UMA FÁBRICA OU DE UMA
INDÚSTRIA? O QUE VOCÊ ACHA?
A) Tanto faz, já que os termos são sinônimos.
B) O debate não faz sentido, pois, se temos um fábrica, não temos uma indústria – e vice-versa.
C) Os dois termos podem ser usados, porque a fábrica contém a indústria como parte dela.
D) Os dois termos podem ser usados, já que a indústria contém a fábrica como parte dela.
E) O termo “fábrica” só poderá ser usado se houver referência à cadeia de produção. Se não
2. SERÁ QUE, NA ENTRADA DE OPERAÇÃO DA NOVA FÁBRICA, JÁ SERIA
INTERESSANTE IMPLEMENTAR OS SISTEMAS DE GESTÃO QUE COMPÕEM O SGI?
A) Não. Vai estar tudo muito confuso para lançar esses sistemas de gestão.
B) O SGI e seus componentes devem ser implementados e substituir logo o sistema de gestão da produção.
C) Formalmente, o SGI só poderá ser criado de um a dois anos após o lançamento da fábrica.
D) O SGQ pode ser implementado. Os demais devem esperar um pouco.
E) O SGI pode e deve ser lançado com a fábrica, já auxiliando a sua operação.
GABARITO
1. Os administradores tiveram dúvidas sobre a natureza do empreendimento em questão. Afinal, trata-se
de uma fábrica ou de uma indústria? O que você acha?
A alternativa "D " está correta.
O termo “indústria” é mais abrangente, englobando tanto a fábrica quanto áreas como a logística, a
administração ou a de vendas. Também pode se referir à cadeia de produção. O termo “fábrica” deve ser usado
exclusivamente para o ambiente de produção. A escolha do termo adequado vai depender da forma de
implantação do novo negócio, ou seja, se ele já nascerá com a fábrica acompanhado das demais áreas ou se a
fábrica será implantada valendo-se da estrutura atual da ZPK.
2. Será que, na entrada de operação da nova fábrica, já seria interessante implementar os sistemas de
gestão que compõem o SGI?
A alternativa "E " está correta.
O SGI inclui a proposição de políticas integradas de qualidade, meio ambiente e saúde e segurança do
trabalhador. Também estão inclusos elementos como o gerenciamento de riscos e o monitoramento das
operações. A sua entrada em operação com a empresa permitirá que essa operação já se inicie alinhada às boas
práticas que compõem o SGI.
3. A LOCALIZAÇÃO DA FÁBRICA É POLÊMICA. AS DUAS
OPÇÕES APRESENTADAS POSSUEM PÓS E CONTRAS.
SUPONDO QUE A PRIORIDADE SEJA A GESTÃO DA QUALIDADE,
QUAL SERIA A LOCALIZAÇÃO MAIS ADEQUADA? EXPLIQUE A
SUA RESPOSTA.
RESPOSTA
Se a prioridade é a gestão da qualidade, a localização junto ao prédio da matriz é mais
adequada. Com isso, ela atenderá mais adequadamente aos seus objetivos de
monitorar as operações e, principalmente, de responder rápido às chamadas de
manutenção dos equipamentos dessa operação. Essa proximidade será uma vantagem
importante em atendimentos a paradas não programadas da operação que costumam
causar prejuízos devido aos atrasos que causam.
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ENTENDENDO O QUE É A PRODUÇÃO INDUSTRIAL
PARA ENTENDER COMO O SGI FUNCIONA EM UMA
INDÚSTRIA, É INTERESSANTE CONHECER ANTES O QUE
ELA É E QUAIS SÃO AS SUAS CARACTERÍSTICAS, ALÉM
DE COMENTAR ALGUNS ASPECTOS-CHAVE SOBRE A
GESTÃO DA PRODUÇÃO NO AMBIENTE INDUSTRIAL.
O QUE É UMA INDÚSTRIA?
Quando pensamos em uma indústria, imaginamos logo um ambiente amplo, como um galpão, onde pessoas,
máquinas, equipamentos, ferramentas, matérias-primas, energia e água, entre outros recursos, estão reunidos.
Todos esses recursos estão dispostos ordenadamente de modo a viabilizar a sua aplicação para a transformação
de matérias-primas e demais insumos em bens duráveis e tangíveis (mensuráveis). Moreira (2012, p. 3)
concorda com esse entendimento ao afirmar que “pensar em uma indústria é pensar em um ou mais produtos”.
Você pode estar imaginando que todos os recursos na fábrica estão sendo transformados, ou seja, montados
parte por parte sobre uma esteira mecânica em movimento, ao final da qual um bem sai pronto e embalado,
sendo encaminhado diretamente para alguma área de estocagem. Trata-se da chamada linha de montagem, que
é comumente associada ao empresário norte-americano Henry Ford, que a implantou em sua fábrica de
automóveis há mais de cem anos.
ESSA NOTORIEDADE SE DEVE À GRANDE INOVAÇÃO
QUE ESSAIMPLANTAÇÃO REPRESENTOU PARA A
PRODUÇÃO INDUSTRIAL DA ÉPOCA. TODO ESSE
CONJUNTO DE PESSOAS, MÁQUINAS E OUTROS
RECURSOS SE MOVIMENTA O TEMPO TODO,
DIARIAMENTE. ESSE MOVIMENTO INCLUI INÚMERAS
TAREFAS DIFERENTES E NECESSÁRIAS PARA SE
PRODUZIR OS BENS COM A FORMA, O VOLUME E O
TEMPO ESPERADOS, E QUE FAZEM PARTE DO MÉTODO
DE TRABALHO EMPREGADO.
Essa descrição é mesmo adequada para se caracterizar genericamente uma fábrica. Torna-se interessante
observar que é possível se diferenciar as fábricas de diversas maneiras, incluindo a origem de seu capital, seu
porte, sua área de atuação, seus meios de produção e seu tipo de produção ou produto final, por exemplo. De
modo geral, podemos considerar que elas são elementos importantes, já que concentram diversos fatores de
risco que podem afetar positiva ou negativamente a gestão da qualidade, do meio ambiente ou da saúde e da
segurança ocupacional.
 SAIBA MAIS
Mas o termo “indústria” também pode caracterizar a chamada cadeia produtiva ou de produção, ou seja, o
conjunto de atividades que permite a extração da matéria-prima, a sua transformação em um produto final e a
sua distribuição aos consumidores, que, aliás, vão além da empresa fabricante. Como se pode imaginar, essa
cadeia envolve atividades empresariais desenvolvidas por outras empresas, os chamados fornecedores.
Essas atividades podem ser muito diferenciadas e incluir, por exemplo, a produção de matérias-primas ou de
embalagens, ou ainda a estocagem, a distribuição, a assistência técnica e até o descarte de tratamento de
resíduos. Algumas dessas atividades podem ser desenvolvidas dentro das instalações do fabricante,
complementando o seu ciclo de produção. Outra forma de aplicação desse termo está na citação genérica do
seu setor de negócios, ou seja, a parcela da economia nacional em que esse fabricante e suas partes
relacionadas atuam.
NESSE CONTEXTO, ALÉM DAS EMPRESAS QUE
COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA, SÃO CONSIDERADOS
OS ÓRGÃOS REGULADORES, AS EMPRESAS
CONCORRENTES, AS ENTIDADES DE CLASSE E ATÉ OS
CENTROS DE FORMAÇÃO TÉCNICA OU CLIENTES,
ENTRE OUTROS POSSÍVEIS COMPONENTES.
O PROCESSO DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Podemos entender o processo de produção de uma empresa como a aplicação ordenada de determinado
conjunto de pessoas, máquinas, materiais e métodos necessário para se produzir bens duráveis e tangíveis.
Esse processo também pode ser conhecido como produção industrial (ou simplesmente produção).
É IMPORTANTE OBSERVAR QUE O TERMO PODE SE
APLICAR A EMPRESAS INDUSTRIAIS OU DE SERVIÇOS.
Fechando agora nosso foco no processo de produção realizado no ambiente de trabalho da fábrica, podemos
entender que esse ambiente comporta a linha de produção e seus recursos, práticas e métodos. Esses
elementos constituem, é claro, os fatores de risco ou perigos que temos estudado ao longo desta disciplina.
Também podemos compreender que esse processo produtivo segue determinado conjunto de práticas e
métodos desenvolvidos e aplicados na produção do seu produto final. Tais práticas e métodos definem quais
serão os recursos materiais e humanos a serem empregados para gerar bens duráveis e tangíveis
(mensuráveis). Esse método inclui técnicas, padrões, fórmulas, medições, especificações etc.
 VOCÊ SABIA
Note que é comum a disponibilidade no mercado de várias opções de métodos de produção, de práticas de
trabalho, de máquinas, de recursos, de especificações etc. O emprego do conjunto mais apropriado desses
elementos faz parte da chamada gestão da produção. Essa gestão também inclui decisões, ações e mecanismos
diversos para a execução de direcionamento, planejamento, programação, monitoramento e ajuste da produção.
Se uma empresa produz vários tipos de bens, ela apresenta diversos processos de produção. Para facilitar a sua
análise, saiba que cada um desses processos de produção pode ser subdividido em subprocessos, os quais, por
sua vez, podem se subdividir em atividades; depois, em procedimentos; e, por fim, em passos.
POR ISSO, PODEMOS DIZER QUE OS PROCESSOS
PODEM SER DOCUMENTADOS EM NORMAS OU
MANUAIS (CONJUNTO DE NORMAS) QUE APRESENTAM
O PASSO A PASSO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO. ISSO
É MUITO ÚTIL PARA O TREINAMENTO E A ORIENTAÇÃO
DE EQUIPES SOBRE O QUE DEVE SER FEITO.
Um ponto importante a ser considerado é que os sistemas de produção variam entre as empresas, mesmo que
elas atuem no mesmo setor ou segmento de negócios e produzam produtos muito similares. Acontece que essas
empresas possuem diferentes disponibilidades de investimentos, recursos (humanos, materiais, informacionais
etc.), layouts, conjuntos de equipamentos etc.
OS RECURSOS HUMANOS ALOCADOS À PRODUÇÃO
Foto: Shutterstock.com
É importante destacar o papel das pessoas que participam da produção industrial. Elas reúnem inteligência,
conhecimentos, habilidades e competências necessários para o desempenho de diversos papéis na
administração, gestão e operação da produção. A inteligência e as habilidades são naturais das pessoas,
enquanto os conhecimentos e as competências podem ser obtidos por meio de treinamentos, da experiência
prática e de orientações.
A ação das pessoas permite que os processos de produção sejam desenvolvidos e direcionados da maneira
esperada, sempre considerando e priorizando o atendimento dos objetivos estabelecidos para o processo de
produção. No contexto desse conteúdo, as pessoas desenvolvem papéis diversos e importantes na gestão da
qualidade, do meio ambiente e, é claro, da saúde e segurança ocupacional.
TIPOS DE INDÚSTRIAS
Conforme veremos mais à frente, há vários tipos de indústrias. Algumas são especializadas em produzir insumos
e máquinas para outras indústrias, enquanto outras produzem bens e insumos para as pessoas. No presente
estudo, vamos considerar apenas a chamada indústria de transformação. Também vamos ter em conta a
aplicação do termo “indústria” com o sentido que envolve toda a cadeia de produção do bem.
ENTENDENDO OS SERVIÇOS
O QUE OCORRE QUANDO A ATIVIDADE DE PRODUÇÃO
NÃO GERA UM BEM DURÁVEL E MENSURÁVEL?
IMAGINE, POR EXEMPLO, O TRABALHO DE UM(A)
PROFISSIONAL QUE ATUA COMO CABELEIREIRO(A),
ADVOGADO(A), PROFESSOR(A) OU MÉDICO(A). QUE
TIPO DE TRABALHO É ESSE? ESSE TRABALHO É O
CHAMADO SERVIÇO, QUE PODE SER PRESTADO ÀS
PESSOAS E ÀS EMPRESAS.
 ATENÇÃO
Moreira (2012, p. 3) afirma que os serviços são “prestados por ações, realizados por pessoas ou máquinas”. Os
serviços prestados por profissionais envolvem o emprego de suas habilidades e competências para o suprimento
de alguma ação requerida por outras pessoas e ou empresas. Já as máquinas “prestam serviços” ao serem
utilizadas por indivíduos para complementar o atendimento às outras pessoas ou às empresas.
É o caso de uma oficina mecânica que usa um equipamento para elevar um carro, permitindo que o mecânico
acesse partes sob o automóvel para efetuar a sua parte da prestação e serviços. Também há o caso de
máquinas que atendem a pessoas sozinhas, como é o caso de uma máquina de autoatendimento em vendas
(também conhecida pelo termo em inglês vending machine). Essa máquina pode lhe “vender” um refrigerante ou
biscoitos sem a intervenção de um ser humano, por exemplo.
Os serviços formam um segmento muito variado, abrangente e importante para a economia do Brasil e do
mundo. Sua importância é tão grande que os estudiosos da economia e da administração costumam empregar o
termo “indústria de serviços”, já que os serviços, no seu conjunto, rivalizam e até superam vários segmentos da
indústria.
TRATA-SE DO MAIOR EMPREGADOR DO MERCADO,
SENDO SEMPRE LEMBRADO COMO A PORTA DE
ENTRADA NO MERCADO DE MÃO DE OBRA MENOS
PREPARADA OU INEXPERIENTE. O SETOR REÚNE
DESDE PEQUENOS NEGÓCIOS OU PRESTAÇÕES DE
SERVIÇOS INDIVIDUAIS ATÉ GRANDES
EMPREENDIMENTOS, COMO HOSPITAIS, CONSULTORIAS
OU ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA, POR EXEMPLO.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL VERSUS PRODUÇÃO EM
SERVIÇOS
Uma grande diferença entre a produção industrial e a de serviços está na maneira como cada uma
desenvolve a sua produção. EXEMPLO
As indústrias de bens costumam produzi-los fora das vistas dos seus consumidores finais. Eles são estocados
em centros de distribuição das fábricas e transportados para revendedores, ficando novamente estocados
nesses revendedores até o momento da venda ao consumidor final.
Seguindo o descrito acima, um automóvel, um computador, uma roupa ou um alimento processado pode levar
dias ou semanas para chegar às mãos de seus consumidores finais, que o utilizará em algum momento após sua
aquisição. Já os serviços, como envolvem horas de trabalho de profissionais, não podem ser “estocados” para
algum uso futuro. A entrega ao cliente pode ocorrer no momento de sua produção, e ele pode fazer seu juízo de
valor sobre a qualidade do serviço de imediato.
Imagine um serviço de corte de cabelo, por exemplo. Ele precisa ser prestado diretamente na “cabeça” do seu
consumidor. A mesma lógica ocorre com um exame médico, que é feito por meio da análise da situação ou das
reações do paciente. Ambos são serviços que precisam ser prestados na presença do cliente e não podem ser
estocados. Na prática, uma hora não aplicada em uma atividade produtiva está desperdiçada ou perdida.
Imagem: Shutterstock.com
Há outros aspectos que diferenciam essas duas indústrias, sendo alguns relacionados ao conteúdo de
nossa disciplina. Por exemplo:
IMPACTO NO MEIO AMBIENTE
As duas indústrias trazem impactos ao meio ambiente. Mas os processos de produção industrial tendem a ser
mais agressivos aos ambientes nos quais atuam. Isso ocorre devido a aspectos que vão desde a forma como
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eles extraem insumos para suprir as suas atividades de produção até os resíduos dessa produção liberados
nesse mesmo ambiente.
EMPREGO DE MÃO DE OBRA
As duas indústrias utilizam mão de obra com ou sem especializações. Mas os serviços costumam absorver mais
mão de obra inexperiente ou menos preparada.
FOCO NA QUALIDADE
Ambas as indústrias buscam gerenciar e melhorar a qualidade da produção, otimizar seus custos e atender da
melhor forma às expectativas e às necessidades de seus clientes.
Esses aspectos serão aprofundados nos próximos módulos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SOBRE O CONCEITO DE INDÚSTRIA, PODEMOS AFIRMAR QUE:
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I – A INDÚSTRIA INCLUI A FÁBRICA E OUTRAS ÁREAS, COMO A LOGÍSTICA, AS
VENDAS OU A ADMINISTRAÇÃO.
II – ESSE CONCEITO PODE SER USADO PARA SE REFERIR AOS SEGMENTOS OU AO
SETOR DE NEGÓCIOS EM QUE A EMPRESA ATUA.
III – ELE NÃO INCLUI OS FORNECEDORES E OUTROS PARTICIPANTES DA CADEIA DE
PRODUÇÃO.
SOBRE ESSAS AFIRMAÇÕES, PODE-SE CONCLUIR QUE:
A) apenas a afirmativa II está correta.
B) apenas a afirmativa III está correta.
C) apenas as afirmativas I e II estão corretas.
D) apenas as afirmativas II e III estão corretas.
E) apenas as afirmativas I e III estão corretas.
2. OS SERVIÇOS REPRESENTAM UM SEGMENTO DE GRANDE IMPORTÂNCIA DA
ECONOMIA. ALÉM DE SEREM OS MAIORES EMPREGADORES E DISPONIBILIZAREM
OPORTUNIDADES PARA UMA MÃO DE OBRA SEM EXPERIÊNCIA, ELES APRESENTAM
UMA CARACTERÍSTICA BÁSICA QUE OS DESTACA DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL.
ASSINALE A SEGUIR ESSA CARACTERÍSTICA BÁSICA.
A) Os serviços não podem ser estocados.
B) Eles não podem ser prestados em frente aos seus clientes.
C) Eles não podem ser planejados ou programados.
D) É sempre possível verificar a sua qualidade antes de entregá-los ao cliente.
E) Eles não podem ser prestados por máquinas.
GABARITO
1. Sobre o conceito de indústria, podemos afirmar que:
I – A indústria inclui a fábrica e outras áreas, como a logística, as vendas ou a administração.
II – Esse conceito pode ser usado para se referir aos segmentos ou ao setor de negócios em que a
empresa atua.
III – Ele não inclui os fornecedores e outros participantes da cadeia de produção.
Sobre essas afirmações, pode-se concluir que:
A alternativa "C " está correta.
O conceito de indústria é abrangente. Primariamente, envolve o ambiente de produção ou fábrica e as demais
áreas organizacionais que apoiam a produção, como logística e administração, por exemplo. Expandindo o
conceito, o termo pode se referir aos participantes da cadeia de produção, incluindo os fornecedores.
Eventualmente, ele também pode dizer respeito ao conjunto de empresas que forma o segmento ou o setor de
negócios no qual atua. Com isso, podemos entender que as afirmações I e II estão corretas e que a III está
errada.
2. Os serviços representam um segmento de grande importância da economia. Além de serem os maiores
empregadores e disponibilizarem oportunidades para uma mão de obra sem experiência, eles
apresentam uma característica básica que os destaca da produção industrial. Assinale a seguir essa
característica básica.
A alternativa "A " está correta.
Os serviços envolvem horas de profissionais que atendem às necessidades dos clientes. Como são horas, elas
ou são imediatamente aplicadas na produção, ou são perdidas. Não é possível estocá-los, mas se pode planejar
e programar a sua prestação. Por outro lado, tais serviços podem ser prestadas na frente dos clientes por
pessoas ou por máquinas, como, por exemplo, vending machines. Os clientes poderão, com isso, fazer o seu
juízo de valor sobre eles de imediato.
MÓDULO 2
 Reconhecer a importância da Administração da Produção Industrial
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
A produção de produtos ou de serviços pode ser administrada. Essa administração envolve a alocação e A
aplicação de recursos humanos, materiais e tecnológicos que permitem planejar, direcionar, implementar e
monitorar a produção.
Mas como isso funciona na prática? Existe uma área de planejamento e controle da produção (PCP)? Existe um
sistema de gestão da produção? E esse sistema pode se conectar ao SGI? Para entendermos isso, vamos ver o
que ocorre com uma velha conhecida nossa, a ZPK Logística, e sua nova parceira de negócios: a TRD.
A nova fábrica da TRD foi implantada em um prédio que estava ocioso junto a seu principal centro logístico, na
matriz. Conforme o planejamento da primeira fase da implementação da fábrica, a nova empresa vai assumir a
administração da sua produção e a do centro logístico.
Para isso, ela recebeu a transferência da equipe e dos recursos que faziam a administração da produção nesse
centro. Em algumas semanas, essa empresa vai assumir a administração da produção dos demais centros,
aproveitando parte das equipes locais que serão transferidas para a sua gestão.
A TRD também iniciou o seu trabalho de manutenção agindo a mesma maneira: assumir primeiramente a equipe
da matriz e, mais tarde, as das outras unidades. Na primeira reunião da nova equipe da empresa com a equipe
egressa da ZPK, surgiram algumas dúvidas. Por exemplo:
A administração será da produção ou da operação? E o que significam esses termos? Os presentes tinham
opiniões diversas a respeito.
Todos concordaram com a importância, a estrutura necessária e as funções básicas do PCP. No entanto,
eles discordaram sobre qual seria o direcionamento desse planejamento, ou seja, se seria em função do
planejamento estratégico, das vendas, das demandas da operação ou da priorização das movimentações de
cargas, que é o seu principal negócio.
Outra questão envolveu a gestão de resíduos da produção. Os presentes até entendem o que e quais são
os resíduos da produção, mas discordam se a gestão deles faz parte da administração da produção ou se
isso seria tarefa da área administrativa (afinal, esses detritos são lixo, concorda?).
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos e ajudar a
equipe de projeto com as decisões a serem tomadas?
1. O PLANEJAMENTO E O CONTROLE DA PRODUÇÃO SÃO UMA FUNÇÃO DE
NEGÓCIOS DE GRANDE IMPORTÂNCIA NAS INDÚSTRIAS. MAS A EQUIPE FICOU
DIVIDIDA EM RELAÇÃO À FONTE DE DIRECIONAMENTO DA PRODUÇÃO. MARQUE A
OPÇÃO QUE VOCÊ CONSIDERA A ORIGEM CORRETA DO DIRECIONAMENTO PARA A
PRODUÇÃO.
A) Do planejamento estratégico, é claro! Ele direciona a todas as operaçõesda empresa.
B) Claro que virá da operação, já que ela é que vive o dia a dia.
C) Da programação de movimentação de cargas, que, com certeza, é o seu principal negócio.
D) Das vendas, pois elas mostram que cargas serão movimentadas, assim como as suas características, a sua
prioridade e o seu destino.
E) Da administração da produção, pois é ela que determina o que será movimentado.
2. A EQUIPE FICOU EM DÚVIDA COM OS TERMOS “PRODUÇÃO” E “OPERAÇÃO”.
ALGUNS ESTAVAM CERTOS DE QUE DEVERIA SER “PRODUÇÃO”, JÁ QUE ESSE
TERMO TRATA DE PROCESSOS PRODUTIVOS E SE APLICA À INDÚSTRIA E AOS
SERVIÇOS. OUTROS ENTENDIAM QUE A PALAVRA “PRODUÇÃO” SÓ PODE SER
USADA NA INDÚSTRIA E QUE, EM SERVIÇOS, COMO OS DE LOGÍSTICA, SÓ SE DEVE
USAR O TERMO “OPERAÇÕES”. QUEM ESTÁ CERTO NESSA DISCUSSÃO?
A) Realmente, os termos “produção” e “operação” não se misturam. A produção diz respeito à indústria; as
operações, exclusivamente aos serviços.
B) Realmente, os termos “produção” e “operação” não se misturam. A produção diz respeito à indústria; as
operações, exclusivamente à indústria.
C) Os dois termos nasceram na indústria e são usados tanto nela quanto em serviços.
D) Apenas o termo “produção” está correto. A palavra “operações” não pode ser usado nesse contexto.
E) Os dois grupos estão errados. Esses dois termos não têm aplicação no contexto da administração da
produção.
GABARITO
1. O planejamento e o controle da produção são uma função de negócios de grande importância nas
indústrias. Mas a equipe ficou dividida em relação à fonte de direcionamento da produção. Marque a
opção que você considera a origem correta do direcionamento para a produção.
A alternativa "D " está correta.
As empresas, incluindo a ZPK, dependem da realização e das informações de vendas para programar a sua
produção, já que ela busca atendê-las. Sem as vendas, a ZPK não teria como operar. Assim, a resposta correta é
a letra d. As demais respostas não fazem sentido, já que indicam direcionadores não relacionados às vendas. É
interessante observar a opção c, que cita uma programação de movimentação. Essa programação é uma saída
do processo de PCP.
2. A equipe ficou em dúvida com os termos “produção” e “operação”. Alguns estavam certos de que
deveria ser “produção”, já que esse termo trata de processos produtivos e se aplica à indústria e aos
serviços. Outros entendiam que a palavra “produção” só pode ser usada na indústria e que, em serviços,
como os de logística, só se deve usar o termo “operações”. Quem está certo nessa discussão?
A alternativa "C " está correta.
O termo “produção” tem sido usado há muito tempo para designar as atividades de geração dos produtos.
Atualmente, ele também pode ser empregado para se referir aos serviços prestados. O termo “operações”
também nasceu na indústria e designa as atividades de produção, além de outras da indústria. Ele também foi
absorvido pelos serviços, sendo usado da mesma forma que na indústria. Assim, ambos os termos estão
corretos e podem ser usados como se fossem sinônimos na ZPK para fins do PCP. Mas vale ressaltar que o
termo “operações” é mais abrangente em relação às funções da empresa.
3. A QUESTÃO DOS RESÍDUOS É INTERESSANTE? AO MESMO
TEMPO QUE CONSTITUEM SOBRAS OU REFUGOS DA
PRODUÇÃO, ELES PRECISAM RECEBER UM TRATAMENTO
ESPECIALIZADO PARA NÃO DANIFICAR O MEIO AMBIENTE?
QUAIS DESSES TRATAMENTOS ENVOLVEM A SUA
RECICLAGEM? COMO VOCÊ RESPONDERIA A ESSAS DÚVIDAS
DA EQUIPE?
RESPOSTA
A gestão de resíduos é um dos focos do SGI. Por meio do SGQ, busca-se reduzir a sua
quantidade, já que resíduos representam perdas para empresa. Pelo sistema de gestão
ambiental (SGA), busca-se dar um destino adequado ao lixo, preferencialmente o
reciclando ou reduzindo seus efeitos negativos sobre a natureza. Para o sistema de
gestão de saúde e segurança ocupacional (SGSSO), os resíduos representam riscos
ambientais para os empregados e precisam ser gerenciados. Todos esses aspectos
justificam o fato de eles fazerem parte da administração da produção.
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O QUE É O SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DA
PRODUÇÃO?
ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
MOREIRA (2012, P. 12) DEFINE A ADMINISTRAÇÃO DA
PRODUÇÃO E OPERAÇÕES COMO “O CAMPO DE
CONHECIMENTO VOLTADO À GERÊNCIA, ISTO É, AO
PLANEJAMENTO, À ORGANIZAÇÃO E AO CONTROLE DA
PRODUÇÃO INDUSTRIAL E DA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS”.
O termo “produção”, como vimos, está focado no conjunto de atividades produtivas da empresa industrial. Já a
expressão “operações” nasceu na indústria e foi adotada pelos serviços a partir dos anos 1970 (MOREIRA, 2012,
p. 12). Mas as empresas de serviços também usam “produção” para se referir às suas atividades produtivas.
 SAIBA MAIS
A administração da produção é uma função de negócios fundamental para a indústria, já que envolve ações e
decisões que permitem o atingimento dos objetivos da empresa, além da entrega de valor para os seus clientes.
Ela faz isso por meio do planejamento da produção, da alocação de recursos, da definição dos processos de
produção, do direcionamento das atividades de produção, do monitoramento do desenvolvimento das operações
e da validação de seus resultados. Trata-se do gerenciamento dos sistemas de produção.
Note que o ritmo de produção de qualquer indústria é definido pelas suas vendas. Da mesma maneira, o sucesso
de sua operação depende da entrega da satisfação do cliente obtida com a entrega de valor. Esses fatos
demonstram como a administração da produção e da operação precisa estar integrada com outras atividades
corporativas – e vice-versa.
Essas vendas alimentam o processo de PCP. Com ele, a administração da produção pode programar o que,
quanto, quando (data, hora, minuto) e onde (unidade/linha de produção) vai ser produzido – e até o custo da
produção. Com isso, será possível programar a alocação de linhas de produção de matérias-primas, de mão de
obra e de insumos, como água e energia, entre outros recursos. Esse processo ainda pode acionar outros
processos correlacionados, como a gestão de estoques, a aquisição de recursos, a programação de pessoal etc.
É importante observar que o PCP também alimenta o SGI, já que essa programação deverá afetar a gestão da
qualidade (como monitoramento e ajuste da produção), a ambiental (como o emprego de matérias-primas e os
descartes de resíduos) e a de saúde e segurança do trabalho, como, por exemplo, a exposição a riscos da
equipe que participa da produção programada.
O PROCESSO DE PRODUÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE
BENS DURÁVEIS
O processo de produção das indústrias envolve a transformação de matérias-primas e de outros insumos em, por
exemplo, bens duráveis e de consumo – ou até em energia. Esse é o caso de tintas, remédios ou produtos de
limpeza, que são gerados a partir de diferentes combinações de matérias-primas de origem mineral, animal e/ou
vegetal. Essa produção pode, assim, gerar produtos a serem enviados para distribuidores, os quais, por sua vez,
os venderão para os clientes finais.
Há ainda produtos de uma indústria que serão insumos para outras indústrias! Vejamos como isso
funciona:
 EXEMPLO
Pense no caso das montadoras de veículos. As peças utilizadas são produzidas por empresas de autopeças ou
forjas, que usaram produtos, como, por exemplo, aço, ferro, óleo diesel ou energia elétrica, como matérias-
primas ou insumos. Já essas matérias-primas, por sua vez, vieram de siderúrgicas, refinarias de petróleo ou
termoelétricas.
Da mesma maneira, o microcomputador, o tablet ou o smartphone que você está usando foi montado em uma
empresa (vide a marca dela no seu equipamento), que, por outro lado, utilizou partes (exemplos: caixa, placas,
processadores, tela etc.) adquiridas de outras empresas fornecedoras. Cada uma dessas empresas desenvolveu
o próprio processo de produção para completar seu produto e entregá-lo para o cliente (marca do seu micro)
dentro do contratado.
Como se pode observar, a cadeia de produção a gerar os produtos que consumimos pode ser bem longa e
envolvervários produtos que geram outros – e assim por diante. O processo de produção pode ser muito
complexo e dependente de vários fornecedores. O de uma indústria de transformação pode ser caracterizado da
seguinte maneira:
Imagem: Ronaldo Granha
 Processo de produção
Em que:
ENTRADAS
PROCESSAMENTO
SAÍDAS
ENTRADAS
Representam matérias-primas e insumos que serão consumidos pelo processo produtivo. Com isso, eles vão
compor proporcionalmente cada item produzido.
PROCESSAMENTO
Envolve o conjunto de atividades de transformação dessas matérias-primas em produtos e ocorre com o auxílio
dos insumos. Essas atividades podem ser muito diversificadas e envolver a separação, a mistura, a fermentação,
a união, a fervura, o resfriamento, o transporte e a estocagem, entre outras etapas desses elementos. A
combinação dessas atividades varia muito de um produto para outro e são definidas pelo processo de produção
de cada um.
SAÍDAS
Podem ser os produtos acabados que serão distribuídos para os clientes dessa empresa. Esses clientes podem
ser os consumidores finais ou as empresas que utilizarão esses produtos nos processos produtivos de outros.
Essas saídas também podem ser sobras, falhas, líquidos, gases, poeiras ou energias liberadas durante o
processamento. São os denominados resíduos de produção, a respeito dos quais estudaremos a seguir.
OS RESÍDUOS DA PRODUÇÃO
A partir de agora, confira os aspectos importantes relacionados aos resíduos de produção.
IMPORTÂNCIA DOS RESÍDUOS
Os resíduos de produção representam um aspecto-chave tanto para o presente estudo da produção quanto para
a nossa disciplina. Esses resíduos representam preocupações para as empresas e as partes relacionadas, pois
ambas podem ser afetadas de diversas maneiras direta ou indiretamente.
Isso ocorre porque os resíduos podem ser fontes de riscos ou perigos para a gestão da qualidade da produção,
do ambiente e da saúde e segurança ocupacional. Eles têm potencial, portanto, para afetar, de alguma forma,
todas essas partes.
PERDAS QUE OS RESÍDUOS REPRESENTAM
Os resíduos de produção podem ser divididos em dois grandes grupos compostos em função das perdas que
representam para a empresa:
a) Alguns resíduos podem ser resultados inevitáveis dos processos produtivos, sendo considerados perdas
esperadas devido aos processos de produção empregados. Esse é o caso, por exemplo, de sobras de material
após o corte, o polimento ou outro procedimento aplicado para adaptar sua forma aos requisitos do produto final;
do calor e dos gases emitidos por motores; ou de energias sonoras geradas por equipamentos de alto impacto.
b) Outros resíduos podem ser o resultado da ocorrência de falhas, erros ou acidentes na aplicação desses
mesmos processos, podendo ser gerados por causas tão diversas, como, por exemplo, erros na operação de
máquinas e equipamentos, problemas de manutenção dessas máquinas e desses equipamentos, emprego de
matérias-primas de má qualidade ou rompimento de tubulações.
Note que que o primeiro grupo envolve resíduos cuja geração é previsível ou esperada. Eles são previstos ainda
na etapa de concepção e desenho do projeto do processo de produção. Sua ocorrência é, portanto, inevitável
com métodos, máquinas, matérias-primas e/ou insumo hoje disponíveis no mercado.
A evolução tecnológica poderá eventualmente reduzir seu volume e/ou seus impactos no futuro. Porém, desde o
projeto, os ambientes, as máquinas, os equipamentos e a própria equipe já podem ser preparados para lidar com
os resíduos, tratando-os preventivamente.
Já o segundo grupo envolve perdas que poderiam ser evitadas. Elas podem vir de falhas da concepção e/ou
aplicação do processo de produção, da operação errada de equipamentos ou de erros de manutenção de
equipamentos, por exemplo. São falhas que poderiam ser evitadas e que geram perdas para a empresa. Elas
podem ser reduzidas por meio de ações preventivas dos administradores da produção.
AS RAZÕES TÉCNICAS PARA OS RESÍDUOS DE PRODUÇÃO
Nesse ponto, você já deve estar estranhando o que parece ser uma tolerância com essas perdas evitáveis!
Como os administradores, gestores e equipes as permitem? Os projetos de processos de produção não as
consideram? Por que elas existem?
O fato é que as indústrias costumam ser muito intolerantes com essas perdas, sejam evitáveis ou não. Elas
representam riscos dos processos de produção para os quais as empresas preveem tratamentos preventivos,
detectivos e corretivos. Tais tratamentos costumam ser implementados pelas equipes da operação e manutenção
e são avaliados constantemente por gestores e auditores.
Essas perdas acontecem porque os riscos não estão (nem poderiam estar) eliminados, e sim mitigados, ou seja,
com as suas probabilidades de ocorrência e consequências reduzidas mediante a aplicação de diversos
mecanismos de prevenção e de monitoramento ou controle. O problema é que esses mecanismos, por mais
automatizados ou mecanizados que estejam, podem falhar. E essas falhas ocorrem por motivos tão diversos
quanto problemas de fabricação ou operação de equipamentos, assim como erros de sistemas automatizados ou
falha humana.
Os tratamentos para a prevenção dessas falhas costumam ser numerosos e intensos. Podem ser criadas
redundâncias (vários mecanismos para tratar o mesmo risco), alarmes, verificações periódicas ou planos de
contingência. Vários mecanismos possuem características que os tornam quase infalíveis na sua aplicação.
OS IMPACTOS FINANCEIROS DOS RESÍDUOS DE PRODUÇÃO
 Os resíduos são percebidos como perdas ou desperdícios de recursos, representando gastos de produção que,
mesmo que sejam necessários e inevitáveis, oneram preços, reduzindo, assim, vendas e resultados e afetando a
produtividade e a lucratividade da empresa.
As reduções das vendas se devem ao fato de haver uma diminuição de redução de produtos produzidos. Essa
redução representa a perda de oportunidades de venda e do consequente aumento das receitas e dos lucros.
Essa constatação leva as empresas a investir bastante em ações e recursos que permitam a redução ou a
eliminação dessas perdas. Esses gastos são percebidos como um investimento, pois se espera que gerem
reduções de gastos com perdas e o aumento da quantidade de produtos para a venda. Desse modo, eles serão
compensados ao longo do tempo, ou seja, após alguns meses ou anos subsequentes à sua implementação,
devido à redução das perdas.
Os gastos para a redução de perdas da operação podem envolver desde o investimento em processos de
produção melhores e/ou inovadores até o treinamento e a orientação de equipes quanto à correta operação de
máquinas, equipamentos e ferramentas ou à intensificação da manutenção preventiva sobre esses mesmos
recursos.
Muitas empresas implementam indicadores que medem as perdas evitáveis e inevitáveis. Eles costumam ser
usados para avaliar a performance de administradores, gestores e equipes de produção. Além disso, permitem o
acompanhamento corporativo de sua evolução e o acionamento de ações que previnam ou evitem as perdas.
Essas perdas afetam tanto a qualidade da produção quanto o meio ambiente, a saúde e a segurança
ocupacional, ou seja, são foco dos sistemas de gestão que forma o SGI. Esses três sistemas podem incorporar
indicadores para acompanhar a evolução da geração, a disseminação, o armazenamento e o descarte de cada
tipo de resíduo, permitindo o gerenciamento de seus riscos e a proposição de ações que os reduzam.
Por fim, é importante lembrar que há várias legislações e regulamentações relacionadas à gestão do meio
ambiente ou do trabalho que são voltadas para resíduos, estabelecendo os métodos, os limites e os controles a
serem observados. O seu descumprimento pode levar a penalizações diversas, podendo incluir multas ou até a
interrupção das atividades de produção, com claros impactos financeiros e de reputação para a empresa.
OS RISCOS DA PRODUÇÃO
As operações das empresas possuem vários riscos que precisam ser identificados, avaliadose tratados, isto é,
gerenciados. As indústrias seguem essa regra, mas com agravantes: seus ambientes de produção podem trazer
mais exposições a riscos que os de outros segmentos do mercado, como comércio, fianças ou outros serviços.
DA MESMA MANEIRA QUE OCORRE EM OUTROS
SEGMENTOS, OS PROCESSOS DA INDÚSTRIA PRECISAM
SER IDENTIFICADOS E AVALIADOS EM RELAÇÃO A
ESSAS EXPOSIÇÕES AO RISCO. COMO JÁ VIMOS, PARTE
DESSES RISCOS ENVOLVE A EMISSÃO DE RESÍDUOS NO
AMBIENTE DE PRODUÇÃO. SÃO OS CHAMADOS RISCOS
AMBIENTAIS, OU SEJA, DO AMBIENTE DE TRABALHO.
Há outros riscos que envolvem, por exemplo, acidentes derivados das movimentações tanto de máquinas e
equipamentos da linha de produção, como esteiras ou prensas, quanto de cargas ou de veículos dentro do
ambiente de trabalho.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AS EMPRESAS TÊM SE DEPARADO COM QUESTÕES DIFÍCEIS RELACIONADAS À
SUA PRODUÇÃO. POR UM LADO, OS PROCESSOS DE PRODUÇÃO ESTÃO CADA VEZ
MAIS COMPLEXOS. POR OUTRO, AS METAS CORPORATIVAS RELATIVAS À
PRODUÇÃO ESTÃO CADA VEZ MAIS AGRESSIVAS, ENFATIZANDO A BUSCA PELA
OTIMIZAÇÃO DE GASTOS E PELA MELHORIA DA QUALIDADE DE PRODUÇÃO,
EFICÁCIA, EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE. NESSE CENÁRIO, A ADMINISTRAÇÃO DA
PRODUÇÃO SE APRESENTA COMO UMA SOLUÇÃO QUE AS EMPRESAS PODEM
LANÇAR MÃO PARA GERENCIAR ESSAS QUESTÕES. ASSINALE A MELHOR
DEFINIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO.
A) Envolve a organização da gestão integrada em ambiente virtual.
B) Envolve o planejamento, a organização e o controle da produção industrial.
C) São ações judiciais movidas contra a empresa (sociedade empresarial).
D) Trata-se exclusivamente da saúde e da segurança das pessoas necessitadas.
E) É um dos três sistemas que compõem o SGI.
2. JOÃO CONTRATOU UMA EMPREITEIRA PARA PODER REFORMAR A SUA CASA. O
ENGENHEIRO CIVIL RESPONSÁVEL DISSE A ELE QUE DOIS DOS SEUS SEIS
QUARTOS TERIAM DE SER DEMOLIDOS, POIS APRESENTAM RACHADURAS EM
PAREDES E TETOS, MEDINDO 45°, DEVIDO AO MAL DIMENSIONAMENTO DA FLEXÃO
DO CONCRETO. JOÃO ENTÃO PERGUNTOU O QUE SERIA FEITO COM O ENTULHO DA
DEMOLIÇÃO. O ENGENHEIRO RESPONDEU QUE DEVERIA SER CONTRATADA UMA
CAÇAMBA PARA PODER ALOCAR ESSES RESÍDUOS E QUE POSTERIORMENTE ELES
SERIAM COLETADOS PELA PREFEITURA. A SITUAÇÃO DESCRITA REPRESENTA UMA
PERDA. QUAL TIPO DE PERDA FOI APRESENTADA?
A) Perda esperada.
B) Perda repentina.
C) Perda por falha de manutenção.
D) Perda por falha de concepção.
E) Perda por falha de operação.
GABARITO
1. As empresas têm se deparado com questões difíceis relacionadas à sua produção. Por um lado, os
processos de produção estão cada vez mais complexos. Por outro, as metas corporativas relativas à
produção estão cada vez mais agressivas, enfatizando a busca pela otimização de gastos e pela melhoria
da qualidade de produção, eficácia, eficiência e produtividade. Nesse cenário, a administração da
produção se apresenta como uma solução que as empresas podem lançar mão para gerenciar essas
questões. Assinale a melhor definição da administração da produção.
A alternativa "B " está correta.
A administração da produção envolve a ideia embrionária da produção, em que há o planejamento e a
organização tanto financeira quanto física de mão de obra (gestão de pessoas), culminando no controle da
produção, com a ideia de produzir sempre com o menor custo, impacto ambiental e desperdício possível,
garantindo, desse modo, a segurança no ambiente de trabalho e a lucratividade.
2. João contratou uma empreiteira para poder reformar a sua casa. O engenheiro civil responsável disse
a ele que dois dos seus seis quartos teriam de ser demolidos, pois apresentam rachaduras em paredes e
tetos, medindo 45°, devido ao mal dimensionamento da flexão do concreto. João então perguntou o que
seria feito com o entulho da demolição. O engenheiro respondeu que deveria ser contratada uma
caçamba para poder alocar esses resíduos e que posteriormente eles seriam coletados pela prefeitura. A
situação descrita representa uma perda. Qual tipo de perda foi apresentada?
A alternativa "D " está correta.
O engenheiro civil afirma que houve uma falha no dimensionamento à flexão do concreto, isto é, um erro de
cálculo que culminou em erro de construção, causando, assim, a rachadura a 45°. Isso é uma falha na
concepção do projeto que acabou gerando uma perda de material e de capital.
MÓDULO 3
 Reconhecer a importância do SGI como ferramenta de Administração da Produção
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
A administração da produção é uma atividade fundamental em qualquer empresa, seja ela industrial ou de
serviços. Essa função de negócios é conduzida por meio de um sistema de gestão da produção que une diversos
elementos de planejamento, direcionamento, execução e monitoramento da produção. Por outro lado, o SGI
congrega três sistemas de gestão de grande importância para a empresa e especificamente para a
administração da operação.
Mas como esses quatro sistemas podem interagir entre si? Como o SGI pode contribuir para o aperfeiçoamento
do processo de produção? Para entendermos isso, vamos ver o que ocorre nas nossas conhecidas ZPK
Logística e TRD.
Já se passou um ano desde o início da operação (startup) da TRD. Nesse período, ela implementou e consolidou
seus processos de PCP e de manutenção de equipamentos. Agora chegou a hora de iniciar a sua fábrica de
semicondutores em parceria com um investidor chinês. Nos últimos seis meses, uma equipe de engenheiros e
técnicos foi para a China ser preparada para ser treinada nos métodos de fabricação chineses e conhecer os
equipamentos que foram importados para a produção no Brasil.
Nesse momento, está ocorrendo uma reunião on-line envolvendo as equipes técnicas do Brasil e da China. Essa
reunião visa a definir as ações e o cronograma de implementação, assim como as metas de produção. Também
são debatidos os sistemas de controle da produção e suas interações com os sistemas que compõem o SGI, os
quais, por sua vez, foram implantados e estão em produção há meses.
Entretanto, há algumas dúvidas:
Os chineses querem conduzir o sistema de gestão da qualidade (SGQ), entendendo que essa será uma boa
forma de controlar a produção e a sua qualidade.
Houve discordâncias sobre se deveria ser empregado ou não um sistema único de geração de indicadores
para o acompanhamento da gestão da qualidade, ambiental e da saúde e segurança ocupacional.
Também está sendo debatida a proposta de se buscar a certificação dos sistemas de gestão que compõem
o SIG. Parte dos participantes acredita que seria fundamental para a reputação da empresa. Mas um grupo
considera que os gastos com a certificação não são baixos, sendo, por isso, desnecessários em um
momento em que a empresa está ainda decolando.
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos e ajudar a
equipe de projeto com as decisões a serem tomadas?
1. A EQUIPE BRASILEIRA COMPREENDEU A PREOCUPAÇÃO CHINESA COM O
CONTROLE DA PRODUÇÃO E DE SUA QUALIDADE QUE OS LEVA A QUERER
CONDUZIR O SGQ. NO ENTANTO, ELA SE POSICIONOU CONTRA A MUDANÇA,
ALEGANDO PREOCUPAÇÃO COM SEUS POSSÍVEIS EFEITOS SOBRE O SGI. MARQUE
QUAL SERIA UM DESSES EFEITOS.
A) A perda do controle sobre todos os sistemas que compõem o SGI.
B) A inevitável perda de qualidade da produção pelo mau uso do sistema.
C) A possível separação dos elementos do SGQ do SGI, reduzindo sua efetividade.
D) A inevitável disputa pelo controle dos outros dois sistemas.
E) Os sistemas de gestão ambiental e de saúde e segurança ocupacional deixarão de funcionar.
2. HOUVE UMA POLÊMICA NO DEBATE SOBRE O EMPREGO DE SISTEMAS DE
GERAÇÃO DE INDICADORES ESPECÍFICOS PARA CADA SISTEMA DE GESTÃO OU DE
UM ÚNICO SISTEMA QUE INTEGRE E GERE ESSES INDICADORES. QUAL É O
POSSÍVEL PROBLEMA ENVOLVIDO?
A) Certamente, serão gerados indicadores conflitantes, inviabilizando o SGI.
B) Os indicadores apresentariam erros devido ao cálculo de três formas diferentes.
C) Melhoria da qualidade da produção em detrimento do meio ambiente.
D) Aumentodos gastos devido ao emprego de três sistemas em vez de um único.
E) Melhoria da qualidade da produção em detrimento da saúde e da segurança ocupacional.
GABARITO
1. A equipe brasileira compreendeu a preocupação chinesa com o controle da produção e de sua
qualidade que os leva a querer conduzir o SGQ. No entanto, ela se posicionou contra a mudança,
alegando preocupação com seus possíveis efeitos sobre o SGI. Marque qual seria um desses efeitos.
A alternativa "C " está correta.
A razão de ser do SGI e do seu principal fator de sucesso está na integração dos três sistemas de gestão que o
compõem. Se um sistema é operado em separado, seguindo interesses de terceiros, pode haver uma separação
de elementos que antes estavam integrados, prejudicando a efetividade do SGI e até o inviabilizando.
2. Houve uma polêmica no debate sobre o emprego de sistemas de geração de indicadores específicos
para cada sistema de gestão ou de um único sistema que integre e gere esses indicadores. Qual é o
possível problema envolvido?
A alternativa "D " está correta.
A princípio, o emprego de três sistemas em separado, em vez de um único, traria gastos adicionais, uma vez que
haveria sistemas a mais. Esses gastos viriam do tempo de processamento, do custo de licenças de software, do
treinamento de mão de obra energia etc. Por outro lado, significaria que um elemento comum aos três sistemas
que poderia ser integrado não o foi, prejudicando os objetivos e a lógica do SGI.
3. A DISCUSSÃO SOBRE A CERTIFICAÇÃO É MESMO POLÊMICA.
POR UM LADO, ELA É DE FATO CUSTOSA. POR OUTRO, PODE
AFETAR POSITIVAMENTE A REPUTAÇÃO DA EMPRESA. OS
EVENTUAIS BENEFÍCIOS DE UMA AÇÃO CORPORATIVA PODEM
SUPERAR OS CUSTOS DE SUA IMPLEMENTAÇÃO (RELAÇÃO
CUSTO X BENEFÍCIO). LISTE AO MENOS TRÊS POSSÍVEIS
BENEFÍCIOS QUE JUSTIFICARIAM ESSES CUSTOS.
RESPOSTA
A melhoria da reputação traria como benefícios:
a) O aumento do valor da empresa no mercado, que vê positivamente essas
certificações.
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b) A melhoria das vendas devido à visão positiva que a certificação gera no mercado e
na argumentação de venda.
c) A certeza de que os três sistemas de gestão seguem as normas correlacionadas,
aproveitando efetivamente o seu conteúdo.
COMO O SGI PODE APOIAR A ADMINISTRAÇÃO DA
PRODUÇÃO?
A PRODUÇÃO E O SGI
COMO JÁ PONTUAMOS, O SGI FAZ PARTE DE
PROCESSOS E SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DA
PRODUÇÃO INDUSTRIAL. MUITOS DOS ELEMENTOS
COMUNS DOS TRÊS SISTEMAS DE GESTÃO TAMBÉM
FAZEM PARTE DO SISTEMA GESTÃO DA PRODUÇÃO DA
EMPRESA.
Esse é o caso dos sistemas de informação corporativos, que geram indicadores de desempenho utilizados para
todos esses sistemas. Também há a atuação de gestores ou de equipes de monitoramento da produção, que
podem desempenhar tarefas ou exercer controles relacionados ao SGI e à produção.
 VOCÊ SABIA
O SGI pode influenciar ou até direcionar o planejamento estratégico e tático da produção. Ele o faz por meio da
apresentação de políticas, estatísticas, referências, critérios, procedimentos ou métodos observados nesses
planejamentos, alinhando-os às boas práticas de gestão da qualidade, de gestão ambiental e de gestão de
saúde e segurança ocupacional.
Desse modo, as administrações de produção deverão ter grande interesse em seguir essas disposições e
orientações do SGI. Muitas delas representam ou impactam objetivos estratégicos, táticos e/ou operacionais da
empresa, podendo constituir metas de desempenho de processos, áreas ou profissionais.
O SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) NA
PRODUÇÃO
APLICAÇÃO PRÁTICA DO SGQ
O SGQ ORGANIZA E FOCA RECURSOS E ESFORÇOS DA
EMPRESA NO SENTIDO DE PROMOVER A MELHORIA DA
QUALIDADE DE SUA PRODUÇÃO E DOS SEUS
PRODUTOS OU SERVIÇOS. EM NOSSO ESTUDO,
CONSIDERAREMOS O SGQ COMO UM APOIO
IMPORTANTE PARA O BOM DESEMPENHO DA
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO.
Por meio da política que compõe o SGQ, administradores, gestores e equipes envolvidas com o processo de
produção podem conhecer os objetivos corporativos e as diretrizes da administração sobre a qualidade da
produção e dos seus produtos, além das definições de responsabilidades sobre a gestão da qualidade na
empresa.
No lado mais operacional, o SGQ disponibiliza meios para identificar oportunidades de melhoria de processos de
produção, principalmente por intermédio da identificação e da redução de causas de falhas ou de melhoramentos
e inovações. Ele ainda pode desenvolver essa atividade continuamente, possibilitando a redução de erros e a
melhoria da conformidade com as especificações técnicas e de custeio do produto que está sendo produzido. É a
chamada melhoria contínua com a aplicação do Ciclo PDCA (sigla de plan, do, check e act).
 SAIBA MAIS
Como resultado, as taxas de perdas de produto devido às falhas de produção em relação à produção total caem.
Desse modo, há uma melhoria da produtividade corporativa, entendida como a razão entre a produção total
(todos os itens produzidos) e todos os gastos efetuados para haver essa produção. Com menos perdas, a
quantidade de produtos disponibilizados para a venda eleva, aumentando, assim, o numerador dessa razão, que
é a produção total. Eis aqui um fator de grande importância para a empresa, justificando a implementação do
SGQ na indústria.
Por outro lado, a redução de falhas representa uma redução de desperdícios de recursos causados por essas
falhas. Com isso, as perdas a serem consideradas no custeio do produto são reduzidas, afetando positivamente
resultados e preços.
Isso reduz o denominador da equação da produtividade, isto é, todos os gastos efetuados com essa produção.
Por fim, a redução de preços afeta o numerador – produção total.
SISTEMA DE MEDIÇÕES DE INDICADORES DE
DESEMPENHO DO SGQ
As empresas costumam medir essa produtividade com indicadores que medem o que foi produzido, o quanto foi
gasto, as perdas ocorridas e a produtividade propriamente dita. Esses indicadores costumam ser usados para a
avaliação da performance de áreas, administradores, gestores e equipes envolvidas com a produção.
Pela descrição acima, você já deve imaginar como as áreas de produção se preocupam em alcançar e superar
as metas definidas para esses indicadores, atingindo, assim, seus objetivos. Muitas empresas vinculam o
alcance de seus objetivos ao pagamento de premiações de produção ou às participações nos lucros, por
exemplo.
Outros aspectos que também formam indicadores são as medições que representam a eficácia, a eficiência e a
efetividade dos processos de produção. Esses indicadores podem representar, por exemplo, o cruzamento de
medidas, como tempos de processamento, custos de produção, perdas identificadas, volumes de produtos
produzidos, produção per capita/hora etc. O acompanhamento e a interpretação constantes desses indicadores
permitem identificar oportunidades de melhoria de processos, o efeito de melhorias já introduzidas ou o
entendimento de variações ocorridas, entre outras tantas aplicações.
 ATENÇÃO
O acompanhamento desses indicadores, que compõem a gestão do SGQ nas empresas, permite a ação rápida
sobre problemas ou desvios de qualidade da produção observados. A rapidez entre essa identificação, a sua
análise e a sua correção é uma maneira de medição da eficiência e da eficácia do próprio SGI. Isso também
demonstra a sua importância prática para os gestores, o que ocasiona a sua rápida aceitação nas empresas.
A QUALIDADE E A EXCELÊNCIA EMPRESARIAL
Um aspecto muito valorizado pelos stakeholders é a certificação técnica dos processos segundo a NBR ISO
9001:2018. Essa certificação não garante ou define que o processo certificado já atingiu um bom nível de
qualidade, e sim que há elementos e ferramentas implantados que possibilitam o atingimento dessa qualidade.
Isso é muito positivo para a empresa, demonstrando a preocupação e o comprometimento dela com a busca da
melhoria da qualidade.
Também já verificamos que a execução dos requisitos e as disposições dessa norma ISO levam a empresa a
produzir mais, melhore com menor custo, havendo, assim, entrega de valor ao cliente dentro do prometido. A
continuidade de sua aplicação propicia o tratamento das causas de falhas, a redução de custos, o aumento das
vendas e consequentemente a melhoria da produtividade e da qualidade.
ESSA MELHORIA DA PRODUÇÃO, QUE SE REFLETE EM
INDICADORES DE DESEMPENHO E RESULTADOS DA
EMPRESA PUBLICADOS PARA SEUS STAKEHOLDERS,
FAZ A COMPANHIA SE DESTACAR NO MERCADO.
Há diversas premiações de entidades nacionais e internacionais que representam as diferentes indústrias e
premiam anualmente as empresas que mais se destacam pela qualidade. Essas premiações, que se baseiam
em diversas análises dessas entidades sobre operações e resultados das indústrias, são muito desejadas por
administradores e stakeholders, pois melhoram a reputação e o valor da organização no mercado e abrem a
porta para novos negócios no Brasil e no exterior.
O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA) NA
PRODUÇÃO
APLICAÇÃO PRÁTICA DO SGA
POR MEIO DO SGA, É POSSÍVEL COORDENAR OS
ESFORÇOS DA EMPRESA PARA TRATAR
PREVENTIVAMENTE OS RISCOS RELACIONADOS AO
MEIO AMBIENTE. MUITOS DESSES RISCOS SÃO
PROVENIENTES DE SUA ATIVIDADE NORMAL, QUE,
MESMO DESEMPENHADA ESTRITAMENTE DENTRO DO
PLANEJADO, PODE TRAZER DANOS AMBIENTAIS.
 VOCÊ SABIA
Assim como o SGQ, o SGA possibilita que administradores, gestores e equipes envolvidas com o processo de
produção conheçam os objetivos corporativos, as diretrizes da administração sobre a gestão e a preservação do
meio ambiente. Essas políticas também definem as responsabilidades sobre a gestão do meio ambiente ou
condicionam o desenvolvimento de processos e projetos da empresa à realização de estudos de impacto
ambiental.
As certificações sobre a aplicação da NBR ISO 14001:2015 e os prêmios de excelência pela gestão ambiental
são muito desejados pelas empresas que atuam dentro da responsabilidade ambiental. Eles fazem a diferença
para a valorização da organização no mercado ou mesmo para novos negócios, atraindo empresas de qualquer
parte do mundo.
Ao pesquisar sites corporativos de empresas que exploram o agronegócio ou a mineração, por exemplo, você
encontrará com facilidade afirmações dessas companhias sobre a maneira com que tratam seus footprints
(pegadas) deixados no meio ambiente. Um instrumento muito comum hoje em dia são os relatórios sobre a
gestão ambiental que elas praticam, os quais são realizados ou validados por auditorias externas.
MUITAS EMPRESAS CONDICIONAM A REALIZAÇÃO DE
NEGÓCIOS COM OUTRAS COMPANHIAS À
APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS DESSE TIPO, ALÉM
DAS CERTIFICAÇÕES CITADAS ACIMA. ESSE ACORDO
OCORRE DEVIDO À IMPORTÂNCIA CADA VEZ MAIOR
QUE INVESTIDORES, CLIENTES E OUTROS
STAKEHOLDERS ATRIBUEM À GESTÃO AMBIENTAL.
O SGA E OS FORNECEDORES
Retomando o nosso enfoque na indústria de transformação, muitos danos ao meio ambiente trazidos pelo
processo de produção podem comprometer a reputação e os negócios da indústria. Esses danos são
decorrentes de ações das empresas que compõem a sua cadeia de produção, ou seja, dos fornecedores de suas
matérias-primas. A verdade é que esses fornecedores são associados à indústria à qual atendem quando são
citados positiva ou negativamente na mídia, ou seja, por beneficiarem o meio ambiente ou por prejudicá-lo,
respectivamente.
Foto: Shutterstock.com
As indústrias do agronegócio e da mineração são exemplos desses fornecedores, pois fazem parte da cadeia de
produção, fornecendo matérias-primas a serem transformadas. Isso quer dizer que, embora a indústria que tenha
comprado essas matérias-primas aplique todos os meios possíveis para tratar os seus resíduos de produção,
apagando os próprios footprints, ela pode vir a ser penalizada de várias formas pelos descuidos ou pelas
agressões ao meio ambiente realizados por seus fornecedores.
A operação desses fornecedores poderá alterar por um longo prazo ou permanentemente o solo e os
ecossistemas do local onde atuam e de suas redondezas. Para tratar isso, essas empresas costumam
compensar os danos que causam de outras maneiras, muitas vezes recuperando outras áreas degradadas como
parte da compensação ao meio ambiente.
Isso ocorre porque essa indústria, ao comprar os produtos dos fornecedores, os estimula a produzir mais para
atendê-la melhor. Com isso, quem compra está contribuindo ou até motivando indiretamente os danos
ambientais que esses fornecedores causam. Se eles não cumprirem o seu papel com a gestão ambiental, os
efeitos negativos também poderão atingir essa indústria.
ESSA CONSTATAÇÃO LEVA AS EMPRESAS
COMPROMETIDAS COM A SUA RESPONSABILIDADE
AMBIENTAL A CONDICIONAR SEUS NEGÓCIOS COM
FORNECEDORES À REALIZAÇÃO COMPROVADA DE
RECUPERAÇÕES OU COMPENSAÇÕES AO MEIO
AMBIENTE CONDUZIDAS PELO FORNECEDOR SOBRE
OS DANOS QUE ELE VIER A CAUSAR. A INDÚSTRIA
COMPRADORA PODERÁ INCLUSIVE SE ASSOCIAR AO
FORNECEDOR NESSA AÇÃO CONFORME SEJA A
NEGOCIAÇÃO ENTRE ELES.
Por outro lado, ela também pode substituir um fornecedor que não demonstre esforço de redução de seus
impactos ambientais e/ou de compensação pelos danos causados. Esse condicionamento à realização de
esforços de proteção ou à recuperação do meio ambiente (e de sua penalização pela omissão) pode constar nos
contratos firmados com esses fornecedores.
MAS SERÁ QUE ISSO FUNCIONA MESMO?
Funciona sim! As empresas, sejam elas clientes ou fornecedoras, buscam divulgar nas mídias disponíveis as
ações ambientais que praticam. Isso ocorre tanto pelo esforço de se atuar em conformidade com a legislação e a
regulamentação ambiental quanto – e principalmente – pelos danos que a indústria pode ter ao se omitir e não
obrigar o fornecedor a cumprir seu dever com o tratamento dos danos que causa ao meio ambiente.
 SAIBA MAIS
Muitas empresas do Brasil e do exterior condicionam a realização de seus negócios à comprovação de que a
indústria e os seus fornecedores atuam efetivamente na preservação do meio ambiente ou na compensação dos
danos que causam.
O SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA
OCUPACIONAL (SGSSO)
APLICAÇÃO PRÁTICA DO SGSSO
O ambiente ocupacional das empresas apresenta inúmeras exposições a riscos e perigos. Apontamos que, nos
ambientes industriais, os processos de produção apresentam agravantes a esses riscos representados pelos
movimentos das máquinas, dos resíduos lançados no ambiente ou de veículos, por exemplo.
A APLICAÇÃO DO SGSSO APRESENTADO PELA NORMA
ISO 45001:2018 PODE TRAZER DIVERSAS VANTAGENS
PARA A EMPRESA E OS TRABALHADORES, JÁ QUE
ESTABELECE UM PROCESSO CONTÍNUO DE AVALIAÇÃO
E TRATAMENTO DOS RISCOS PARA O TRABALHADOR.
 RELEMBRANDO
Vale lembrar que a concepção e a aplicação desse sistema devem incluir todos os quesitos do Programa de
Gestão de Riscos (PGR) apresentado pela nova NR-1. É importante ressaltar que, com o SGSSO, é possível
identificar riscos, classificá-los e gerenciá-los. Isso aumenta a segurança no ambiente de trabalho, pois ocorre o
gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO). Uma vez que se tem o conhecimento de suas ocorrências, é
possível reduzir a probabilidade dos acontecimentos em todos os setores da empresa por meio do controle
estatístico da produção.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SOBRE A APLICAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE DA INDÚSTRIA,
PODEMOS AFIRMAR QUE:
I – O PDCA É APLICADO TANTO NA MELHORIA DO PRÓPRIO SISTEMA DE GESTÃO
QUANTO NO PROCESSO DE PRODUÇÃO.
II – O PDCA BUSCA IDENTIFICAR TANTO AS CAUSAS DE FALHAS OBSERVADAS
QUANTO A OPORTUNIDADE DE MELHORIA DO PROCESSO.
III – A APLICAÇÃO CONTÍNUA DO PDCA ELEVA OS GASTOS TANTO COM O SISTEMA
DE GESTÃO QUANTO COM O PROCESSO DE PRODUÇÃO.
ASSINALE A ALTERNATIVA COM A(S) AFIRMATIVA(S) CORRETA(S).
A) Apenas a afirmativa II está correta.
B) Apenas a afirmativa III está correta.
C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
E) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
2. HÁ PRÊMIOS DE EXCELÊNCIA EMPRESARIAL DEDICADOS A EMPRESAS
INDUSTRIAIS QUE SE DESTACAM QUANTO ÀPRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE OU
À MELHORIA DA QUALIDADE. TRATA-SE DE UMA PREMIAÇÃO DADA POR ENTIDADES
LIGADAS À INDÚSTRIA OU AO GOVERNO A EMPRESAS QUE DEMONSTRARAM TER
SE ESFORÇADO PARA SE APRIMORAR NESSAS ÁREAS. SOBRE ESSAS
PREMIAÇÕES, PODE-SE AFIRMAR QUE:
A) não são bem-vistas ou desejadas no mercado.
B) têm valor apenas para os administradores.
C) são executadas apenas para satisfazer alguns acionistas mais críticos.
D) valorizam a empresa frente às suas partes relacionadas.
E) servem apenas para encarecer preços.
GABARITO
1. Sobre a aplicação do sistema de gestão da qualidade da indústria, podemos afirmar que:
I – O PDCA é aplicado tanto na melhoria do próprio sistema de gestão quanto no processo de produção.
II – O PDCA busca identificar tanto as causas de falhas observadas quanto a oportunidade de melhoria
do processo.
III – A aplicação contínua do PDCA eleva os gastos tanto com o sistema de gestão quanto com o
processo de produção.
Assinale a alternativa com a(s) afirmativa(s) correta(s).
A alternativa "C " está correta.
A afirmação I está correta sobre a aplicação do PDCA (melhoria contínua), que se faz presente nos sistemas que
compõem a produção e no próprio sistema de gestão. A afirmação II também está correta quanto ao foco geral
do PDCA, que é a busca contínua de causas de falhas para tratamento e de oportunidades de melhoria. Já a
afirmação III está incorreta, pois o PDCA reduz gastos.
2. Há prêmios de excelência empresarial dedicados a empresas industriais que se destacam quanto à
preservação do meio ambiente ou à melhoria da qualidade. Trata-se de uma premiação dada por
entidades ligadas à indústria ou ao governo a empresas que demonstraram ter se esforçado para se
aprimorar nessas áreas. Sobre essas premiações, pode-se afirmar que:
A alternativa "D " está correta.
Essas premiações são o reconhecimento da indústria às empresas que mais se destacaram, sendo valorizadas
por todas as partes interessadas. Elas geram novos negócios, melhoram a reputação das empresas e aumentam
o seu valor de mercado. As outras opções trazem afirmações sem sentido ou falsas.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo deste estudo, conhecemos as aplicações do SGI e dos três sistemas que o compõem no ambiente das
indústrias. Vimos como eles podem atender tanto às demandas de stakeholders quanto a estas três gestões: da
qualidade, ambiental e da saúde e da segurança ocupacional.
Aprendemos também a reconhecer os conceitos de produção industrial, fábrica e indústria. Isso viabilizou a
compreensão sobre a aplicação do SGI nesse ambiente.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT catálogo. Consultado na internet em: 30 jul. 2021.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 45001: sistemas de gestão de saúde e segurança
ocupacional - requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9000: sistemas de gestão da qualidade –
fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001: sistemas de gestão da qualidade –
requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001: sistemas de gestão ambiental —
requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 16001: responsabilidade social - sistemas
de gestão — requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 26000: diretrizes sobre responsabilidade
social. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
BRASIL. Portaria n° 3.214, de 08 de junho de 1978. Aprova as normas regulamentadoras que consolidam as
leis do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. Norma Regulamentadora nº 01 (NR-1):
Disposições gerais e gerenciamento de riscos.
MOREIRA, D. Administração da produção e operações. São Paulo: Saraiva, 2012.
EXPLORE+
Para explorar mais o assunto estudado, recomendamos o seguinte artigo:
FERREIRA, D. H.; DINIZ, H. H. L. Sistema de gestão integrado (SGI): estudo de caso em uma indústria de
abrasivos. Revista de trabalhos acadêmicos - universo Recife. v. 4. n. 2.
CONTEUDISTA
Ronaldo Augusto Granha

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