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+ Doença Trofoblástica Gestacional Prof. Dr. Edison Capp Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FAMED/UFRGS Doença trofoblástica gestacional ➢ Gestação molar (80 %) ➢Tumores gestacionais (20 %) ➢ Mola invasora ➢ Coriocarcinoma gestacional ➢ Tumor do sítio placentário Fertilização Diferenciação tecidual • Tecidos fetais • Tecidos extra-embrionários • placenta • membranas • cordão umbilical Invasão trofoblástica do endométrio Invasão trofoblástica do endométrio Então ocorre algo errado... Doença Trofoblástica Gestacional • incidência • Indonésia 1:85 • Israel 1:300 • Japão 1:522 • Reino Unido 1,5:1000 • Estados Unidos 1:1500 • Brasil 1:200 Classificação Mola hidatidiforme - completa - parcial Tumores trofoblásticos gestacionais - não-metastático - metastático - baixo risco – sem fator de risco - alto-risco - hCG > 40000 mUI/mL - duração > 4 meses - metástase para fígado ou cérebro - falha prévia de quimioterapia Mola hidatidiforme completa - degeneração hidrópica - edema de vilos - ausência de vasos nos vilos edemaciados - ausência de feto e âmnio Mola hidatidiforme completa Mola hidatidiforme completa - androgênese Mola hidatidiforme incompleta - triploidia - múltiplas malformações congênitas - restrição de crescimento - fetos inviáveis 4% Mola hidatidiforme incompleta Mola hidatidiforme incompleta Quadro clínico Sangramento vaginal Anemia Aumento uterino excessivo Aumento ovariano Pré-eclâmpsia Hiperêmese gravídica Dor Hipertireoidismo Achados clínicos Porcentagem de pacientes Quadro clínico - cistos teca-luteínicos – hiperestimulação por hCG - sangramento vaginal: de spotting a hemorragias graves - tamanho uterino > IG -pré-eclâmpsia < 24 semanas - náuseas, vômitos - devido hCG semelhante ao TSH = tiroxina sérica aumentada hCG RBGO,1:3-6,1989. hCG • 36 pacientes • 15-49 anos • hCG seriado • 3 corioCa hCG Interrupção da gestação molar • evacuação por sucção • reservar sangue e estabelecer acesso venoso • dilatação cervical quando cérvice fechada • após retirada, administrar ocitocina • após a contração realizar curetagem • se idade > 40 anos, considerar histerectomia pelo risco alto de corioCa Princípios de seguimento para mola hidatidiforme 1. Prevenir gestação durante o período de seguimento – mínimo 1 ano 2. Medida dos níveis de hCG séricos a cada 2 semanas 3. Manter terapia enquanto níveis séricos continuarem a regredir. Um aumento ou persistência de níveis séricos exige avaliação e, em geral, tratamento 4. Uma vez que os níveis séricos de hCG atingiram o limite inferior, a testagem mensal por 6 meses e, então, a cada 2 meses, por 1 ano 5. Seguimento pode ser interrompido e a gestação permitida após 1 ano Tumor trofoblástico gestacional • mola invasora • coriocarcinoma • tumor de sítio placentário • 50 % após mola hidatidiforme • 25 % após abortamento • 25 % após gestação normal • diagnóstico geralmente feito por hCG elevado 3-4 % Coriocarcinoma • crescimento invasivo • erosão de vasos • aparência grosseira • massa de crescimento rápido • invade miométrio e vasos • plexos desorganizados • ausência de padrão de vilos • metástases precoces Distribuição de metástases Pulmão SNC Vagina Pelve Fígado Abdômen Rins Ossos Mamas Supra-renal Mola invasora • crescimento trofoblástico exagerado • penetração do miométrio por elementos trofoblásticos • invasão local • não possuem tendência pronunciada para metástases Tumor do sítio placentário • tumor trofoblástico que surge no sítio da placenta após uma gestação à termo ou abortamento Tumor trofoblástico epitelióide • raro • até 2008, apenas 52 casos descritos • histologia: trofoblasto intermediário, pode ser confundido com carcinoma de células epitlióides • maioria ocorre após gestação à termo ou abortamento • sangramento vaginal principal sintoma • 1/3 tem doença metastática Características clínicas • sangramento irregular: contínuo, intermitente, súbito, maciço • 1ª indicação pode ser lesão metastática • sangramento não-usual após gestação • níveis de hCG persistentemente elevados • nódulos solitários ao RX de tórax Estadiamento anatômico para DTG Estádio DTG Estádio I Doença confinada ao útero Estádio II DTG se estende para fora do útero, porém é limitada às estruturas genitais (anexos, vagina e ligamento largo) Estádio III DTG se estende para os pulmões, com ou sem envolvimento do trato genital Estádio IV Todos os outros sítios metastáticos Tratamento • monoquimioterapia para baixo risco • metotrexato ou actinomicina D • poliquimioterapia para alto risco • doença há mais de 4 meses • hCG > 40000 mUI/mL • metástases hepáticas ou SNC • tumor após gestação à termo • falha da quimioterapia - etoposida, metotrexato e actinomicina, ciclofosfamida e vincristina = resposta em 90 % NOC, 25 a, Gesta I, Para 0 • O+, amenorréia há 17 sem • Diagnóstico de DTG por ecografia • sangramento, dor hipogástrica • Ht 33, Hb 11 • curetagem por aspiração • AP: mola hidatidiforme com marcada proliferação trofoblástica • 2 meses após: subinvolução uterina e sangramento vaginal • hCG em elevação Caso clínico MSDL, 40 a, Gesta IV, Para III • B+, amenorréia há 13 sem • sangramento vaginal • Ht 24, Hb 7,4 • curetagem por aspiração = 1 kg • transfusão sangüínea • AP: mola hidatidiforme • 2 meses após: subinvolução uterina e hCG elevado • nova curetagem • AP: hidatidiforme com marcada proliferação trofoblástica Caso clínico Prognóstico • mortalidade alta em mulheres de alto risco: • coriocarcinoma extenso no momento do diagnóstico • falta de tto inicial adequado e agressivo • falha da QxT em uso Gestação após doença trofoblástica • não há dificuldade com fertilidade após DTG • mulheres submetidas a QxT não têm risco aumentado de feto anômalo Centro de Doencas Trofoblásticas ISCMPA-RS Dra. Elza Uberti R. Prof. Annes Dias, 285 Fone: 3214 8155 elzauberti@terra.com.br
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