Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – 6p – Ginecologia e Obstetrícia Perda gestacional quando o feto pesa < 500g ou tem < 20 semanas de gestação; Pode ser espontâneo ou provocado; Abortamentos espontâneos de repetição não são NOR-MAIS Pode ser precoce ou tardio; Precoce: < 12 semanas Tardio: > 12 semanas Fatores de risco 50% dos abortamentos espontâneos ocorrem devido alterações cromossômicas; Idade materna: extremos da vida reprodutiva; DM1 Fatores imunológicos: Síndrome do Anticorpo Anti- fosfolípide (SAF) – causa necrose placentária, provocando abortamento precoce; História prévia de abortamento; Sinéquias uterinas: dificuldade de implantação; Traumatismo (difícil de ocorrer no início da gestação), tabagismo, álcool, infecções (sífilis, gonorreia, clamídia, etc...) (candidíase não causa!!!!!) Formas clínicas: Ameaça de abortamento Abortamento inevitável Abortamento completo Abortamento incompleto Abortamento infectado Abortamento habitual Insuficiência istmo-cervical Aborto retido Complicação frequente: 15-20% das gestações; DOR EM HIPOGASTRO, SANGRAMENTO VAGINAL DISCRETO; Colo FE-CHADO e compatível com a idade gestacional; Conduta: Repouso relativo Progesterona Sem relação sexual!!! Anti-espasmódico: diazepam simples/composto; Imunoglobulina anti D: NÃO PRECISA!!! *Não iniciar a avaliação de sangramento pelo toque: começar pelo ESPECULAR. HEMORRAGIA; Colo A-BERTO, mas o produto da concepção não foi eliminado; Pode ser eliminado durante o exame; Pode se manifestar pela primeira vez com iminente expulsão; USG: Saco gestacional irregular e em posição anômala (próximo ao orifício cervical); Conduta: Expectante Pode usar misoprostol 400-800mcg via vaginal, caso não elimine completamente, para poder fazer a curetagem; Tratamento cirúrgico (até 12 semanas!!!): aspiração à vácuo ou curetagem uterina; TEM QUE FAZER IMUNOGLOBULINA ANTI-D. Frequente até 10 semanas de gestação; Cólicas fortes e sangramento intenso; Após expulsão do ovo, cessam as cólicas e há sangramento discreto; Toque vaginal: colo FE-CHADO USG: ausência de conteúdo/eco endometrial até 15mm (1,5cm); Até 1,5cm NÃO PRECISA CURETAR!!!! Conduta: Medicação sintomática; TEM QUE FAZER IMUNOGLOBULINA ANTI-D. Cólica intensa e hemorragia persistente; Útero amolecido Colo A-BERTO USG: evidencia restos ovulares; Conduta: Esvaziamento cirúrgico: curetagem ou aspiração (amil); TEM QUE FAZER IMUNOGLOBULINA ANTI-D. Geralmente ocorre devido más condições técnicas (aborto ilegal); Bactérias envolvidas: peptococos, peptostreptococos, bacteroides, E. coli, Clostridium perfrigens; MUITA DOR Vagina quente, colo doloroso a mobilização, saída de secreção purulenta pelo orifício cervical externo; Pode cursar com endometrite, pelveperitonite e peritonite Conduta: Vivianne Beatriz – Medicina ufal – 6p – Ginecologia e Obstetrícia Iniciar antibioticoterapia: CLINDA + GENTA na maioria das vezes; Se não tem sinais de sepse: faz antibiótico, se a paciente ficar até 48h afebril, pode dar alta sem antibiótico; Se tem sinais de sepse: faz antibiótico, se teve febre, interna e continua o tratamento por pelo menos 14 dias; Histerectomia nas formas disseminadas e/ou refratárias ao tratamento. TEM QUE FAZER IMUNOGLOBULINA ANTI-D. Útero retém o ovo morto, pode ou não haver sangramento vaginal; USG: ausência de BCF em embriões com comprimento cabeça-nádegas ≥ 7mm; Gestação anembrionada: NÃO VISUALIZAÇÃO DO EMBRIÃO com diâmetro interno do SG ≥ 25mm; USG espaçadas de 7-10 dias; Conduta: expectante, ou interna e inicia misoprostol e curetagem após 6h faz curetagem; TEM QUE FAZER IMUNOGLOBULINA ANTI-D. 3 ou mais abortamentos espontâneos consecutivos; Fator de risco: idade materna avançada (declínio tanto na quantidade como na qualidade de oócitos remanescentes); 3-15% são causadas por SAF; Deficiência luteínica, hipotireoidismo, SOP, malformação uterina, insuficiência cervical, miomas; Incapacidade do colo uterino em reter o produto da concepção no 2º trimestre, na ausência de sinais e sintomas de contração/parto; Diagnóstico clínico: perda tardia!!! Fatores de risco: Traumatismo cervical causado por conização (tratamento de câncer de colo), laceração cervical intraparto; Dilatação traumática para abortamento provocado. Conduta: cerclagem pela técnica de Mcdonald; o Realizada entre 12-14 semanas de gestação, após USG revelar feto vivo e sem anomalias; o Indicada com colo uterino < 25mm, com dilatação < 4cm e herniação de membranas sem contrações, afastada infecção intramniótica; o Complicações: ruptura das membranas, corioammionite, laceração cervical e deslocamento da sutura; o Deve ser removida com 36-37 semanas de gravidez. Medida do colo: morfológica do 2º trimestre pela via endovaginal. Toda gravidez com implantação e desenvolvimento fora da cavidade endometrial; MAIS COMUM: TUBAS UTERINAS (95-98%); Pode ocorrer em ovários (1-3%), cavidade abdominal e colo uterino (< 1%); Fatores de risco: DIPA DIU Antecedentes de gravidez ectópica Cirurgia tubária prévia Procedimentos relacionados a reprodução assistida Anticoncepção de emergência Tabagismo Diagnóstico Clínico: dor abdominal, sangramento vaginal e atraso ou irregularidade menstrual Sinal de laffond - dor escapular Exame físico: sinais de instabilidade hemodinâmica, dor a palpação abdominal localizada/ difusa; sinal de cullen; sinal de blumberg Exame ginecologico: sangramento discreto, exame do fundo de saco posterior doloroso (sinal de proust/grito de douglas) Laboratorial: betaHCG quantitativo (são menores que nas gestações tópicas), ausência de duplicação do beta em 48h, USG transvaginal: saco gestacional observado com beta de 1500-2000 mUI/ml, USG transabdominal: beta de 6000-6500; Conduta Salpingectomia (radical): indicada em sangramento de difícil controle no sítio de implantação da gestação ectópica, GE recorrente na mesma tuba, tuba uterina severamente danificada, gestação tubária 5cm em mulheres com prole completa, difícil seguimento e plano de fertilização in vitro. Após cirurgia, monitorar o beta SEMANALMENTE até negativação. Diminuição de pelo menos 50% do beta após cirurgia: baixa probabilidade de recorrer; Metrotexato (quimioterápico) 50mg/m² ou cirurgia radical; Vivianne Beatriz – Medicina ufal – 6p – Ginecologia e Obstetrícia Via laparoscópica/laparotômica: gravidez ectópica intersticial, diâmetro > 5cm, beta > 20,000, obesidade e instabilidade hemodinâmica; Expectante: A GE pode resolver-se espontaneamente por meio de regressão ou aborto tubário. Entretanto, cerca de 90% das mulheres com GE e níveis de -HCG maiores do que 2.000 UI/L irão requerer intervenção cirúrgica devido à intensidade dos sintomas ou à ruptura tubária. Essa opção só deve ser oferecida quando a ecografia transvaginal não conseguir detectar a localização do saco gestacional com -HCG <2.000 e em declínio, associado à progesterona também em queda, e quando as condições da paciente assim permitirem (estabilidade hemodinâmica). INDICAÇÕES DO METROTEXATO: Profilaxia da gestação ectópica persistente após tratamento cirúrgico conservador; Tratamento de GE persistente; Gestações ectópicas não usuais; GE tubárias em pacientes hemodinamicamente estáveis, com caso gestacional < 3,5cm, beta < 5000 e sem eco embrionário; CONTRAINDICAÇÕES DO METROTEXATO: Recidiva de gravidez ectópica na mesma tuba; Sensibilidade prévia ao medicamento; Amamentação Imunodeficiencia, úlcera péptica ativa ou doença pulmonarativa; Impossibilidade de acompanhamento. ANTES DE INICIAR METOTREXATO: Hemograma completo, coagulograma, testes de função hepática e renal, dosagem do beta quantitativo; Dose de 50mg, dosagem dia 4 e 7, se não houver queda, faz outra dose; Gravidez ovariana Gravidez intersticial Gravidez cervical Gravidez abdominal Gravidez heterotópica Gravidez na cicatriz de cesárea DEFINIÇÃO: proliferação anormal dos diferentes tipos de epitélio trofoblástico FATORES DE RISCO: idade materna, estado nutricional, consaguinidade, antecedente de mola hidatiforme Classificação: o MOLA HIDATIFORME: mola completa, mola parcial e mola invasora o CORIOCARCINOMA GESTACIONAL o TUMOR TROFOBLÁSTICO DE SITIO PLACENTÁRIO o TUMOR TROFOBLÁSTICO EPITELIOIDE Mola parcial: embrião ou feto com inúmeras malformações associado a placenta aumentada com presença de vesículas; Vilosidades normais e hidrópicas. QUADRO CLÍNICO: sangramento vaginal, vômito, cisto tecaluteínicos, HAS, hipertireoidismo. EXAMES: beta hcg, USG TTO: corrigir anemia, tireotoxicose, hipotensão arterial e HAS Dosar HCG, hemograma, coagulograma, funções tireoidianas, hepática, renal, tipagem sanguínea, RX de tórax; Esvaziamento da cavidade uterina: acompanhar; Histeré; MOLA de alto risco: Dosagem seriada de beta; Retornos mensais por 6 meses após a negativação. Uso de ACHO. FORMAS MALIGNAS: MOLA INVASORA CONCENTRAÇÃO DE hCG>100.000mUI/ml EM URINA DE 24HORAS CONCENTRAÇÃO DE hCG>40.000mUI/mlNO SANGUE ÚTERO GRANDE PARA IDADE GESTACIONAL CISTO TECALUTEÍNICO>6cm MOLA DE REPETIÇÃO HIPERTIREOIDISMO DHEG EMBOLIZAÇÃO TROFOBLÁSTICA MOLA INVASORA CORIOCARCINOMA GESTACIONAL TUMOR TROFOBLÁSTICO DO SÍTIO PLACENTÁRIO TUMOR TROFOBLÁSTICO EPITELIOIDE VILOSIDADES MOLARES INVADINDO O MIOMÉTRIO RARAMENTE EMITE METÁSTASE TRATAMENTO DE ESCOLHA É A QUIMIOTERAPIA HISTERECTOMIA Vivianne Beatriz – Medicina ufal – 6p – Ginecologia e Obstetrícia CORIOCARCINOMA GESTACIONAL TUMOR TROFOBLÁSTICO DO SÍTIO PLACENTÁRIO TUMOR TROFOBLÁSTICO EPITELIOIDE • Formado a partir de células intermediárias ,com padrão de crescimento nodular • Raramente emite metástase • Formação bem definida na parede uterina com conteúdo sólido e líquido e pode se estender a endocérvix • Imuno-histoquímica possui pouca ou nenhuma expresão de hcg, hormônio lactogênico placenário e mel-cam, e forte marcação para o p63 • Não é sensível a quimioterapia, indicando-se tratamento cirúrgico - Diagnóstico - Quimioterapia FORMA AGRESSIVA DE DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL EMITE METÁSTASE PREFERENCIALMENTE PARA O PULMÃO SECUNDÁRIO A QUALQUER GESTAÇÃO TUMOR SÓLIDO VERMELHO ESCURO TRATAMENTO QUIMIOTERAPIA FORMA RARA DE NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL MASSA SÓLIDA CIRCUNSCRITA AO MIOMÉTRIO, PORÉM PODE OCORRER PROJEÇÃO DO TUMOR PARA DENTRO DA CAVIDADE UTERINA TRATAMENTO RESSECÇÃO SEGMENTAR E QUIMIOTERAPIA HISTERECTOMIA PLATÔ E/OU ELEVAÇÃO DE Hcg DIAGNÓSTICO HISTOLÓGICO DE CORIOCARCINOMA GESTACIONAL EVIDÊNCIA DE DOENÇA METASTÁTICA METOTREXATO METOTREXATO E ÁCIDO FOLÍNICO ACTINOMICINA D METOTREXATO E ACTINOMICINA D 5-FLUOROURACILA ETOPOSÍDEO
Compartilhar