Vírus ou bactéria Causa da faringite vai determinar o tratamento

Prévia do material em texto

1/3
Vírus ou bactéria? Causa da faringite vai determinar o
tratamento
4 minutos para ler
Faringite é o nome dado a inflamação da faringe, órgão que está na parte de trás da garganta. Por
conta disso, ela é mais conhecida como um tipo de “dor de garganta”. Geralmente, ela pode ser causada
por infecções bacterianas ou virais. 
No entanto, para tratar adequadamente a faringite, é importante identificar sua causa. 
O que é faringe?
A faringe é o órgão que faza ligação do nariz e da boca com a laringe e com o esôfago. Por ela passam
o ar na respiração e os alimentos que ingerimos. Ela pertence, ao mesmo tempo, ao sistema respiratório
e ao sistema digestivo. 
O que causa faringite? 
Os vírus são a causa mais comum, sendo que ela geralmente acompanha outras infecções virais, como
o resfriado comum e a gripe. 
https://vidasaudavel.einstein.br/resfriado-e-a-doenca-viral-mais-comum-em-todas-as-idades/
https://vidasaudavel.einstein.br/gripe-sintomas-transmissao-e-tipos-do-virus/
2/3
Aproximadamente 15% a 30% de todos os casos de faringites são causados pela bactéria Streptococcus
pyogenes, principalmente em crianças na idade escolar, já que a faringite estreptocócica é transmitida
de pessoa para pessoa via gotículas respiratórias. 
Outras formas de transmissão podem ocorrer pelo contato com secreções, como saliva, secreção de
feridas ou secreções nasais de uma pessoa infectada. O período de incubação da faringite
estreptocócica vai de dois a cinco dias.
Diversos microrganismos podem ser as causas de faringites. As inflamações são mais comuns durante
os meses frios do ano. 
Quais os sintomas de faringite? 
Os sintomas mais frequentes de faringite são a dor local, sensação de arranhões na garganta e
dificuldade para engolir.
Nas faringites virais, é comum termos junto nariz escorrendo (coriza), tosse, lacrimejamento olhos.
Também é possível ter febre, porém esta costuma ser mais baixa. 
As faringites causadas pela bactéria Streptococcus pyogenes podem provocar febre elevada (acima de
38,5ºC), dor de cabeça e calafrios. Ao olhar a garganta (num espelho, por exemplo) a pessoa pode ver a
úvula (conhecida como “campainha”) inchada, um lado da garganta bem maior que o outro, placas
brancas ou amareladas, pontos vermelhos ou roxos no céu da boca. Nestes casos, é sugerido procurar
atendimento médico. 
Diagnóstico
O médico faz a avaliação do paciente com base nos sinais e sintomas clínicos. Ao suspeitar de que se
trata de uma faringite estreptocócica (causada pela bactéria Streptococcus pyogenes), ele pode fazer o
teste rápido que detecta antígenos da bactéria. 
Tratamento
Nos casos de faringite estreptocócica, o médico irá receitar um antibiótico adequado. O tratamento
deve ser seguido à risca por todo o período recomendado para evitar a resistência bacteriana. Muitos
pacientes tendem a abandonar a medicação quando os sintomas desaparecem, o que não é correto e
pode levar ao surgimento de complicações tardias.
No caso das infecções virais, como elas não respondem aos antibióticos, o tratamento tem o propósito
de reduzir os sintomas. Pode-se fazer lavagem nasal com soro fisiológico e gargarejos com soluções
salinas para aliviar a dor. Também existem casos em que são usados remédios para alívio da dor. Os
sintomas costumam durar poucos dias (2 a 5 dias).
A dor de garganta tende a responder muito rapidamente ao tratamento. A automedicação deve ser
evitada. Se a suspeita for de infecção por bactéria, é indicado procurar atendimento médico. 
https://vidasaudavel.einstein.br/antibioticos-por-que-e-importante-seguir-com-o-tratamento-ate-o-fim/
https://vidasaudavel.einstein.br/automedicacao-para-emagrecer-oferece-riscos-graves-a-saude/
3/3
Revisão técnica: Erica M. Zeni, médica da Unidade de Pronto Atendimento do Hospital Israelita
Albert Einstein. Possui graduação e residência em Clínica Médica pela Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e residência em Medicina Interna pela Universidade de São Paulo (USP).
Também possui pós-graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamérica
Medicina Paliativa, em Buenos Aires, Argentina.
Compartilhe:
Share
Post
Share
Share
Posts relacionados