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Missão Artística Francesa

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8o
História
2o bimestre – Aula 11
Ensino Fundamental: Anos Finais
Missão Artística Francesa: povos originários e escravizados 
ANO
2024_AF_V1
(EF08HI14) Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade brasileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil e nas Américas.
Cotidiano de negros escravizados e de indígenas retratados pela Missão Artística Francesa.
Compreender o cotidiano de negros escravizados e de povos indígenas, segundo a óptica da Missão Artística Francesa.
Conteúdo
Objetivo
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Antecipe sua escrita 
3 MINUTOS
Portugal
Em 2016, o Brasil comemorou 200 anos da vinda da Missão Artística Francesa. Por conta disso, os Correios lançaram selos comemorativos que vocês podem observar na imagem ao lado. Acerca disso, levantem hipóteses respondendo aos questionamentos: 
Selos comemorativos pelos 200 anos da Missão Artística Francesa. Artistas: Joachim Le Breton, Auguste Henry Victor Grandjean de Montigny, Nicolas Antoine Taunay, Jean-Baptiste Debret.
a) Pesquise em dicionários e registre o significado da palavra “missão”.
b) Você imagina qual foi a importância da Missão Francesa no Brasil? Explique.
Para começar
2024_AF_V1
a) Pesquise em dicionários e registre o significado da palavra “missão”.
Resposta: Segundo o dicionário Michaelis, missão pode ser: 1. Tarefa que é dever de alguém realizar; encargo, incumbência; 2. Trabalho oficial importante, em geral realizado por um grupo de pessoas, frequentemente em um país estrangeiro; 3. Aquilo que se tornou responsabilidade de alguém; compromisso imposto ou adquirido, obrigação; entre outros.
b) Você imagina qual foi a importância da Missão Francesa no Brasil? Explique.
Resposta pessoal.
Correção
Para começar
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Estudante, você acabou de levantar hipóteses sobre qual foi a importância da vinda da Missão Artística Francesa para o Brasil. Na aula de hoje, além de vermos o quão importante foi a Missão Artística Francesa, vamos observar e compreender como o cotidiano de escravizados e de indígenas foi representado, analisando algumas de suas obras.
No próximo slide, vamos ler um fragmento que explica o contexto histórico que proporcionou a vinda da missão artística francesa para o Brasil e qual foi seu objetivo.
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a Missão Artística Francesa, acesse: Série Relações Diplomáticas: Brasil – França. 200 Anos da Missão Artística Francesa. In: https://www.selosefilatelia.com.br/PastaLancamentos2016/Editais/03.pdf. 
Foco no conteúdo
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A queda de Napoleão proporcionou a retomada dos laços culturais entre a França e Portugal. A convite da Corte Portuguesa, aporta no Rio de Janeiro, em 26 de março de 1816, a Missão Artística Francesa, liderada por Joachim Lebreton (1760-1819), ex-secretário do Institut de France. Acompanham-no o pintor Debret (1768-1848), o paisagista Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), o arquiteto Grandjean de Montigny (1776-1850) e outros artistas. O objetivo da Missão era fundar a primeira Academia de Artes no Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Série Relações Diplomáticas: Brasil – França. 200 Anos da Missão Artística Francesa
Como o objetivo de nossa aula é compreender o cotidiano de negros escravizados e povos indígenas, segundo a óptica da Missão Artística Francesa, vamos analisar algumas das obras de Jean-Baptiste Debret, pois esse foi o artista que mais se dedicou a representar essa temática.
Foco no conteúdo
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Nesta obra, Debret representa pessoas escravizadas e suas nacionalidades.
No próximo slide, iremos ver uma representação dos povos indígenas.
DEBRET. J-B. Diferentes Nações Negras de escravos no Brasil, cerca de 1830.
Foco no conteúdo
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DEBRET. J-B. Soldados índios da província de Curitiba escoltando selvagens. Sec. XIX.
Reparem como o artista descreve sua obra. Por que você acha que ele qualificou os povos indígenas como selvagens? E quem seriam os “soldados índios”? Reflitam sobre esses questionamentos e oralmente levantem hipóteses.
De surpresa
Foco no conteúdo
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Acerca das hipóteses levantadas, é importante observar que, ao analisar as obras de Debret, é possível identificar como os negros e os indígenas eram representados em termos de aparência, cultura e cotidiano. Assim devemos levar em conta que essas representações podem ter sido influenciadas pelas visões do artista e da sociedade em que ele viveu, e que podem não ser totalmente precisas ou respeitosas em relação às culturas representadas, tendo em vista que hoje, graças à luta destes povos, houve várias conquistas que garantem a eles juridicamente um tratamento digno, considerando sua ancestralidade, tradições e influências na construção da identidade da população brasileira.
Estudante, agora que você já sabe que obras refletem o contexto histórico de sua época, voltemos para nossas análises.
Foco no conteúdo
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DEBRET. J-B. Uma sessão de palmatória em pessoas escravizadas.Sec. XIX.
Foco no conteúdo
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DEBRET. J-B. Execução da punição de açoitamento. Sec. XIX.
De surpresa
A partir da observação das representações de Debret, resuma em uma frase o que, na sua opinião, a escravidão representou para o nosso país. 
Foco no conteúdo
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São muitas as imagens em que Debret representou o cotidiano do tratamento dispensado às pessoas escravizadas. As que observamos no slide anterior nos permitem perceber que: 
Quando um escravo cometia o que era considerado crime, ele era punido segundo as leis daquela época. Mas quando cometia um delito menor, como desobedecer à ordem de seu senhor, ou se o senhor julgasse que houvesse feito um trabalho malfeito, por exemplo, o próprio senhor decidia qual punição aplicar, desde que respeitasse o número de chibatadas permitido por lei. No entanto, esse tipo de lei era frequentemente desrespeitado e não havia fiscalização. A única coisa que fazia o castigo ser dosado era o medo de acabar matando o escravo, pois, para o senhor, isso acarretaria prejuízo. Contudo, era comum escravizados sofrerem mutilações, bem como morrerem por conta dos castigos físicos.
Adaptado de: GARUTI, Selson. Representações de Jean-Baptiste Debret sobre a sociedade escravista brasileira na viagem pitoresca ao Brasil. p. 212.
Foco no conteúdo
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A visão eurocêntrica de Debret sobre os povos nativos
Representação dos selvagens e dos civilizados em duas obras de Debret: Botocudos, Puris, Pataxós e Maxacalis e Bugres, província de Santa Catarina - Imagens: Domínio Público/Catálogo BBM-USP
No próximo slide, a historiadora Fabiane Bicalho nos ajuda a entendê-las:
Foco no conteúdo
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“Durante toda a obra, ele [Debret] usa uma dupla linguagem, ‘os índios selvagens’ e ‘civilizados’, então há esse binarismo. Normalmente o indígena dito selvagem está colocado dentro da natureza, no interior brasileiro, enquanto o ‘civilizado’ é aquele que está vestido e que usa utensílios próprios da cultura europeia”.
[...] esse tipo de representação dos nativos também indica uma hierarquia, sendo aquele com hábitos europeus considerado superior. “O chamado ‘índio selvagem’ [na obra] tem uma oca muito simples, até chegar àquele que tem uma habitação parecida com a do colono, com janelas e portas, que seria o ‘civilizado’.”
BICALHO, Fabiane. O pitoresco e o sublime: os “indiens de carton-pâte” de Debret em Viagem pitoresca e histórica ao Brasil. In: SANTANA, Crisley. Jornal da USP.
Foco no conteúdo
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Todo mundo escreve
Acabamos de ver como a Missão Artística Francesa, a partir do artista Jean-Baptiste Debret, representou em algumas de suas obras o cotidiano dos povos indígenas e dos negros escravizados. Acerca disso e conforme seus conhecimentos adquiridos na aula de hoje, responda aos questionamentos em sequência:
Como era o cotidiano de negros escravizados, segundo as análises das obras de Debret? Argumente.
Debret tinhauma visão binária sobre os indígenas: selvagens ou civilizados. Identifique e explique quem eram esses indígenas e por que foram classificados desta maneira por Debret.
10 MINUTOS
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Na prática
a) Como era o cotidiano de negros escravizados, segundo as análises das obras de Debret? Argumente.
Resposta: Um cotidiano marcado pela escravidão e pela violência provocada por ela. Escravizados eram punidos quando seus senhores julgavam necessário, desde que fosse respeitado o número de chibatadas permitido por lei. No entanto, esse tipo de lei era frequentemente desrespeitado e não havia fiscalização. Assim, era comum escravizados sofrerem mutilações, bem como morrerem por conta dos castigos físicos.
 
Correção
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Na prática
b) Debret tinha uma visão binária sobre os indígenas: selvagens ou civilizados. Identifique e explique quem eram esses indígenas e por que foram classificados desta maneira por Debret.
Resposta: Nas obras de Debret, normalmente o indígena dito selvagem está colocado dentro da natureza, no interior brasileiro, enquanto o ‘civilizado’ é aquele que está vestido e que usa utensílios próprios da cultura europeia. Portanto, a visão de Debret indica uma hierarquia, que considera o nativo com hábitos europeus superior ao selvagem, que preserva seus próprios hábitos. 
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Na prática
Para analisar essas obras de forma histórica, é preciso considerar a posição dos negros e indígenas na sociedade brasileira da época. Nesse sentido, as obras de Debret não são isentas de visões eurocêntricas e colonizadoras sobre os povos indígenas e afrodescendentes do momento histórico em que foram produzidas. 
Faça agora
15 MINUTOS
Continua...
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Aplicando
Acerca disso, e considerando que somos pessoas do nosso tempo, você é novo integrante da Missão Artística Francesa e seu objetivo é representar uma das obras de Debret na atualidade. É só escolher uma das obras do artista para se inspirar, e recriá-la como se fosse produzida em nossos dias. Para criar sua representação, reflita: a partir de qual visão você poderia retratar os povos indígenas e os afrodescendentes no mundo de hoje? Como recriar uma pintura de Debret, de forma a respeitar e a valorizar esses povos e suas culturas? Missão aceita, missão cumprida. Vamos lá?
Para lhe ajudar a escolher uma obra de Debret, assista ao vídeo: Jean-Baptiste Debret: 35 Obras. Período no Brasil (1816 a 1831) (youtube.com). 
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Aplicando
Compreendemos o cotidiano de negros escravizados e de povos indígenas, segundo a óptica da Missão Artística Francesa.
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O que aprendemos hoje?
BICALHO, F. O pitoresco e o sublime: os “indiens de carton-pâte” de Debret em Viagem pitoresca e histórica ao Brasil. In: SANTANA, Crisley. Como a arte retratou nativos brasileiros no século 19? Estudo analisa litogravuras de Debret. Jornal da USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/universidade/como-a-arte-retratou-nativos-brasileiros-no-seculo-19-estudo-analisa-litogravuras-de-debret/. Acesso em: 1o mar. 2024.
DEBRET, J-B. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Tradução: Sérgio Milliet; apresentação: Lygia da Fonseca F. da Cunha. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia Limitada / São Paulo: Editora da USP, 1989.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1996.
LEMOV, D. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023.
LIMA, V. A. E. J-B. Debret, historiador e pintor: A viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1816-1839).Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.
MEIRELLES, J. G. A família real no Brasil: política e cotidiano (1808-1821). São Bernardo do Campo: Editora UFABC, 2015. Disponível em: http://books.scielo.org/id/j56gd/pdf/meirelles-9788568576960.pdf. Acesso em: 1o mar. 2024.
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Referências
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista, 2019.
São Paulo (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria Pedagógica – COPED, 2023. Currículo em Ação. SCHWARCZ, L.M. e STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. 
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Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 3 – SELOS E FILATELIA. Selos comemorativos pelos 200 anos da Missão Artística Francesa. Disponível em: https://www.selosefilatelia.com.br/PastaLancamentos2016/Editais/03.pdf. Acesso: 1o mar. 2024.
Slide 7 – http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?pagina=espaco%2Fvisualizar_aula&aula=8518&secao=espaco&request_locale=es 
Slide 8 – DEBRET. J-B. Soldados índios da província de Curitiba escoltando selvagens. Sec. XIX. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jean-Baptiste_Debret_-_Soldados_%C3%ADndios_da_prov%C3%ADncia_de_Curitiba_escoltando_selvagens.JPG. Acesso em: 1o mar. 2024. 
Slide 10 – Uma sessão de palmatória em pessoas escravizadas. Sec. XIX. Disponível em: https://studhistoria.com.br/qq-isso/palmatoria/. Acesso em: 1o mar. 2024. 
Slide 11 – DEBRET. J-B. Execução da punição de açoitamento. Sec. XIX. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:L'Ex%C3%A9cution_de_la_Punition_de_Fouet_by_Jean-Baptiste_Debret.jpg . Acesso em: 1o mar. 2024. 
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Referências
Slide 13 – Representação dos selvagens e civilizados em duas obras de Debret: Botocudos, Puris, Pataxós e Maxacalis e Bugres, província de Santa Catarina - Imagens: Domínio Público/Catálogo BBM-USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/universidade/como-a-arte-retratou-nativos-brasileiros-no-seculo-19-estudo-analisa-litogravuras-de-debret/. Acesso em: 1o mar. 2024. 
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Referências
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