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levou a uma queda na biodiversidade e incentivou certas pragas a florescerem. Os fertilizantes químicos e pesticidas afetaram cada vez mais as safras consumidas, bem como o abastecimento de água, a cadeia alimentar e a atmosfera. A modificação genética das culturas também traz problemas. Muitos cientistas acreditam que alterar geneticamente as culturas para lhes dar, digamos, maior resistência a doenças ou reduzir sua necessidade de pesticidas tem o potencial de aumentar a produção de alimentos e acabar com a fome. Mas, embora tenham sido amplamente mitigadas as preocupações sobre os efeitos potenciais na saúde humana do consumo de culturas geneticamente modificadas, há temores de que modificações genéticas possam pular entre espécies de plantas, com consequências imprevisíveis. A pesquisa e a produção de transgênicos são, em grande parte, feitas por grandes corporações, e há o temor de que elas visem o lucro com seus produtos patenteados sem considerar o bem- estar mais geral da humanidade. A engenharia genética aplicada à saúde humana também é uma questão de pesquisa e debate. Temos uma capacidade cada vez maior de mapear o código genético de indivíduos e usar técnicas que alteram a constituição genética de um organismo. Em 2015, cientistas chineses alteraram o DNA de embriões humanos para modificar o gene responsável pela talassemia, uma doença sanguínea fatal. A recente ciência da epigenética estuda mudanças hereditárias (às vezes com origens ambientais) que afetam a maneira como os genes funcionam – sua “expressão” –, mas não modificam o DNA em si. Os pesquisadores continuam descobrindo o papel dos fatores epigenéticos em todos os tipos de transtornos humanos e doenças fatais. Isso pode levar a um avanço, por exemplo, no combate a alguns tipos de câncer. “A manipulação genética de espécies vegetais ou animais permite às
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