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diante. A primeira evidência arqueológica de uma roda, encontrada na Mesopotâmia e datada de 3500 a.C., era provavelmente uma roda de oleiro, embora esta possa ter sido inventada mil anos antes (veja a p. 90). Uma roda é mais que um simples cilindro que gira. Esses rolos, na forma de troncos de árvores, provavelmente foram usados muito antes do surgimento do conceito de roda-e-eixo e serviam para mover cargas pesadas, como grandes pedras, por distâncias curtas. A combinação roda-e-eixo reduziu a fricção entre o chão e o cilindro que gira, e o uniu em uma plataforma estável. No entanto, a tecnologia trouxe desafios. Cada ponta do eixo, junto com os furos no centro das rodas, tinha que ser lisa e redonda, do contrário haveria fricção demais para as rodas girarem. As primeiras rodas eram pedaços sólidos de madeira, antes da introdução dos raios de madeira da roda, por volta de 2000 a.C., feitos para um dispositivo muito mais leve e de melhor amortecimento. Não há um consenso quanto ao local e à data em que foi inventada a primeira combinação roda-e-eixo. Alguns sugerem que foi na Mesopotâmia e em várias partes das estepes eurasianas, com datas entre 3300 e 3000 a.C. Nessas partes do mundo, os veículos com rodas teriam sido puxados inicialmente apenas por bois, mas a domesticação do cavalo e do asno selvagem por volta de 3000 a.C. ofereceu uma força de tração mais veloz. Foi pouco antes de a carroça agrícola ter sido adaptada para a guerra como biga (veja a p. 97). “Quando o homem quis imitar o caminhar, criou a roda, que não parece uma perna.” Guillaume Apollinaire, poeta francês, na introdução de As mamas de Tirésias (1917) Veículos com rodas entraram em uso na China no segundo milênio a.C. e, posteriormente, em grande parte da Eurásia, mas nunca foram usados pelos
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