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Buda incentivava seus discípulos a seguirem o “caminho do meio” entre a satisfação material e o ascetismo extremo. Esse “caminho dourado” é um ponto em comum de muitos pensamentos sobre o que constitui a vida boa. O sábio chinês Confúcio (551-479 a.C.) aconselhava esse equilíbrio. Ensinava que, para alcançar a felicidade, as pessoas devem seguir a “vontade do Céu”, cultivando cinco qualidades: lealdade ao Estado, amor à família, respeito, bondade para com estranhos e reciprocidade entre amigos. O confucionismo, com sua ênfase na estabilidade da família e do Estado, forneceu a base ideológica para a China imperial por milênios. “Não faça com os outros o que não quer que eles façam com você.” Confúcio. Esta é uma formulação inicial do que ficou conhecido como “a Regra de Ouro” de conduta, também enunciada por Jesus em Lucas, 6:31 O caminho dourado exige moderação em todas as coisas. Entre os antigos filósofos gregos, Sócrates (conforme relatado por Platão) aplicou-o à educação, aconselhando um equilíbrio entre a ginástica e a música, já que o primeiro, por si só, sustentava a dureza, e o último, a suavidade. Aristóteles, pupilo de Platão, definiu a virtude como o uso da razão para identificar o que se encontra no meio “entre dois vícios, um de excesso e outro de falta”. Aristóteles deu como exemplo a virtude da coragem, que se situa entre a imprudência (um excesso de coragem) e a covardia (a falta de coragem). Platão escreveu que o objetivo moral é “tornar-se semelhante a Deus”. Aristóteles acreditava que o bem maior era a felicidade e que ela resultava de uma vida boa. Outros filósofos gregos afirmavam que a felicidade é o bem maior e, portanto, o principal objetivo da vida. Alguns associavam a felicidade ao prazer, mas insistiam que a razão e o autocontrole eram essenciais para se
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