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PANDEMIAS Uma das consequências de os seres humanos viverem juntos nas cidades era a facilidade com que as infecções dominavam uma população, passando rapidamente de pessoa para pessoa. E a expansão do comércio de longa distância permitiu que as doen-ças viajassem de um canto a outro do mundo, uma tendência que se acelerou com o tempo, sobretudo a partir da disseminação da aviação de passageiros. Em algumas populações, certas doenças são endêmicas. As sociedades tendem a se adaptar a elas; tornam-se parte da vida e da morte. Mas, às vezes, uma determinada doença explode e provoca uma epidemia, que, caso se espalhe mais amplamente, cruzando fronteiras e continentes, pode se transformar em uma pandemia. Tais eventos podem ter impactos drásticos no curso da história humana. Os historiadores da medicina não gostam de fazer amplos diagnósticos em retrospecto de doenças descritas em fon-tes antigas, medievais ou primitivas. A palavra “praga” foi um termo abrangente para várias epidemias letais diferentes, como as pragas mencionadas no Antigo Testamento e a Praga de Atenas, de 430- 427 a.C. O primeiro caso que se acredita ter sido de peste bubônica (causada pela bactéria Yersinia pestis, disseminada por ratos e pulgas e caracterizada por bubões, inchaços escuros na axila e na virilha) foi a Praga de Justiniano, em 541- 544. Essa epidemia espalhou-se por todo o Mediterrâneo, matando talvez um quarto da população da região. Ela atacou numa época em que parecia ser possível restaurar a força do antigo Império Romano. Embora o Império Romano do Ocidente tivesse sido invadido por tribos germânicas no século
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