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Poluição Ambiental e Saúde
Apresentação
 
Nesta Unidade de Aprendizagem você verá como as alterações no ambiente podem resultar em 
problemas de saúde, sendo essencial sua compreensão para definir programas de promoção e 
prevenção, o que é um desafio de todos os profissionais que atuam nas áreas de saúde e de meio 
ambiente. Analisar quais os fatores que contribuem para o aumento dos índices de poluição pode 
colaborar para a definição de estratégias de prevenção dos danos causados à saúde e para a 
definição de padrões de qualidade ambiental, resultando, dessa forma, na melhoria da qualidade de 
vida individual, coletiva e ambiental. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Listar alguns eventos de poluição ambiental que ocasionaram problemas de saúde na 
população.
•
Identificar órgãos responsáveis pelas ações em vigilância em saúde.•
Relacionar aspectos de saúde com a ação do homem sobre o ambiente.•
Desafio
O despejo de esgoto doméstico e de efluentes industriais nos recursos hídricos vem alterando a 
qualidade da água. Podemos observar elevados índices de contaminação da água por substâncias 
orgânicas e inorgânicas, que além de prejudicar o equilíbrio ecológico do meio, podem causar sérios 
problemas à saúde do homem.
Além disso, outro problema decorrente da poluição hídrica é a transmissão de doenças ao homem. 
Alguns autores estimam que 80% das doenças de veiculação hídrica e um terço das mortes em 
países em desenvolvimento são causados pelo consumo de água contaminada.
Diante deste contexto, você foi desafiado a responder: 
a) Quais as principais formas de contaminação do homem por doenças de veiculação hídrica? 
b) Cite algumas doenças de veiculação hídrica e como podemos preveni-las. 
Infográfico
Observe no infográfico que para que se tenha boas condições de saúde é importante que 
estejamos inseridos em um ambiente equilibrado.
 
Conteúdo do livro
Várias ações vêm sendo promovidas para alcançar a melhoria das condições de saúde e qualidade 
do ambiente. Acompanhe um trecho do livro Meio Ambiente e sustentabilidade. Inicie sua leitura a 
partir do título Mudança de paradigma na área de saúde e meio ambienteaté o final deste tópico.
Boa leitura.
André Henrique Rosa
Leonardo Fernandes Fraceto
Viviane Moschini-Carlos
Organizadores
M514 Meio ambiente e sustentabilidade [recurso eletrônico] / 
 Organizadores, André Henrique Rosa, Leonardo Fernandes 
 Fraceto, Viviane Moschini-Carlos. – Dados eletrônicos. – 
 Porto Alegre : Bookman, 2012. 
 Editado também como livro impresso em 2012. 
 ISBN 978-85-407-0197-7
 1. Meio ambiente. 2. Sustentabilidade. I. Rosa, André
Henrique. II. Fraceto, Leonardo Fernandes. III. Moschini- 
Carlos, Viviane. 
CDU 502-022.316
Catalogação na publicação: Natascha Helena Franz Hoppen CRB10/2150
Meio ambiente e sustentabilidade 163
MUDANÇA DE PARADIGMA 
NA ÁREA DE SAÚDE E 
MEIO AMBIENTE
As últimas décadas registraram vários even-
tos na área tanto de meio ambiente 
como da saúde, documentando a 
mudança de uma série de paradigmas 
nessas áreas. A mudança de valores se 
reflete na atualização do conceito de 
saúde que reconhece que, para enfatizar 
o viés profilático, deve ser re-conhecida a 
relevância da interferência di-reta ou 
indireta dos fatores ambientais na 
prevenção de doenças e agravos à saúde 
hu-mana.
A Declaração da Conferência sobre 
cuidados Primários de Saúde da OMS-
-UNICEF, que ocorreu em 1978 em Alma-
-Ata, no Cazaquistão, enfatiza a saúde como 
um direito humano fundamental. Permitiu
que a saúde, como um bem público, se in-
corporasse à legislação nacional e interna-
cional como instrumento de ações que ob-
jetivassem a redução das desigualdades do
estado de saúde dos povos, principalmente
entre os de países desenvolvidos e em de-
senvolvimento.
Portanto, a saúde não mais se explica 
exclusivamente pela ausência de doença, 
apoiada principalmente em intervenções 
clínico-cirúrgicas ou em medidas preventi-
vas tradicionais, mas sim como resultado de 
ações de caráter intersetorial, que a conside-
rem um produto e, ao mesmo tempo, um 
insumo do desenvolvimento. Em 1986, 
ocorreu no Canadá a Primeira Conferência 
Internacional sobre a Promoção da Saúde, 
na qual foi promulgada, pela Organização 
Mundial da Saúde, a “Carta de Ottawa para 
promoção da Saúde” atendendo à demanda 
de uma nova concepção de saúde pública. 
Nesse contexto, delineou-se um cenário no 
qual a importância da qualidade do meio 
ambiente era redimensionada para um espa-
ço ecossocial. Definiram-se linhas de ação 
no sentido de se criarem ambientes favorá-
veis à saúde, os chamados ambientes saudá-
veis. Inúmeras conferências internacionais 
sobre o tema se sucederam e vêm influen-
ciando políticas de saúde coletiva dos mais 
diversos países.
O texto da Constituição Federal Brasi-
leira, promulgada em 1988, já reflete essa 
concepção de relação intrínseca entre meio 
ambiente e saúde. Em seu Artigo 196, a 
saúde é definida como direito de todos e 
dever do Estado, garantido mediante políti-
cas sociais e econômicas que visem à redu-
ção do risco de doença e de outros agravos e 
ao acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para sua promoção, proteção e re-
cuperação.
Já em seu Art. 225, prevê que todos 
têm direito ao meio ambiente ecologica-
mente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletivi-
dade o dever de defendê-lo, preservá-lo 
para as presentes e futuras gerações.
Em 1990 a Organização Mundial da 
Saúde cria uma Comissão de Saúde e Meio 
Ambiente. Durante essa mesma década, o 
Brasil deu início à elaboração da Política 
Nacional de Saúde Ambiental, possibilitan-
do posteriormente a implantação do Siste-
ma de Vigilância em Saúde Ambiental com 
o objetivo de compreender as relações entre
os elementos ambientais e de saúde sobre os 
quais cabe à saúde pública intervir.
164 Rosa, Fraceto e Moschini-Carlos (Orgs.)
De acordo com o documento “Subsí-
dios para construção da Política Nacional de 
Saúde Ambiental”, divulgado em 2007 pelo 
Ministério da Saúde, o campo da Saúde Am-
biental compreende a área da saúde pública 
afeita ao conhecimento científico e à for-
mulação de políticas públicas e as corres-
pondentes intervenções (ação) relacionadas 
à interação entre a saúde humana e os fato-
res do meio ambiente natural e antrópico 
que a determinam, condicionam e influen-
ciam, com vistas a melhorar a qualidade de 
vida do ser humano sob o ponto de vista da 
sustentabilidade.
Nesse sentido, a articulação e a visão 
de indissociabilidade entre as áreas de meio 
ambiente e saúde aponta para a necessidade 
de ações preventivas, tanto relacionadas à 
proteção do meio ambiente como à promo-
ção de saúde. No caso particular da vigilân-
cia em saúde, a Fundação Nacional de 
Saúde (FUNASA) estruturou o Sistema Na-
cional de Vigilância Ambiental em Saúde 
(SINVAS). Sua regulamentação através da 
Instrução Normativa No 1 do Ministério da 
Saúde, de 25 de setembro de 2001, definiu 
competências no âmbito federal dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios e, 
para esses fins, apontou também como 
prioridades para intervenção os fatores bio-
lógicos representados pelos vetores, hospe-
deiros, reservatórios e animais peçonhen-
tos; e os fatores não biológicos, que incluem 
a qualidade da água para consumo huma-
no, ar, solo, contaminantes ambientais, de-
sastres naturais e acidentes com produtos 
perigosos.
A Vigilância Ambiental em Saúde é 
definida pela Fundação Nacional da Saúde 
como um conjunto de ações que proporciona 
o conhecimento e a detecção de qualquer mu-
dança nos fatores determinantes e condicio-
nantes do meio ambiente que interferem na
saúde humana, com a finalidade de identifi-
car as medidas de prevenção e controle dos fa-
tores de risco ambientais relacionados às do-
enças ou outros agravos à saúde. Compete ao
sistema produzir, integrar, processare in-
terpretar informações que sirvam de ins-
trumentos para que o Sistema Unificado de 
Saúde possa planejar e executar ações relati-
vas à promoção de saúde e de prevenção e 
controle de doenças relacionadas ao am-
biente.
A Vigilância em Saúde Ambiental foi 
estruturada por meio do Subsistema Nacio-
nal de Vigilância em Saúde Ambiental, re-
gulamentado pela Instrução Normativa 
MS/SVS Nº 1, de 7 de março de 2005. O 
Subsistema Nacional de Vigilância em 
Saúde Ambiental – SINVSA compreende o 
conjunto de ações e serviços prestados por 
órgãos e entidades públicas e privadas, rela-
tivos à vigilância em saúde ambiental, vi-
sando ao conhecimento e à detecção ou pre-
venção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes do meio 
ambiente que interferem na saúde humana, 
com a finalidade de recomendar e adotar 
medidas de promoção da saúde ambiental, 
prevenção e controle dos fatores de risco re-
lacionados às doenças e outros agravos à 
saúde, em especial:
I. água para consumo humano;
II. ar;
III. solo;
IV. contaminantes ambientais e substân-
cias químicas;
V. desastres naturais;
VI. acidentes com produtos perigosos;
VII. fatores físicos; e
VIII. ambiente de trabalho.
Parágrafo Único – Os procedimentos de vi-
gilância epidemiológica das doenças e agra-
vos à saúde humana associados a contami-
nantes ambientais, especialmente os rela-
cionados com a exposição a agrotóxicos, 
amianto, mercúrio, benzeno e chumbo serão 
de responsabilidade da Coordenação Geral de 
Vigilância Ambiental em Saúde – CGVAM.
O conceito ampliado de exposição, 
tratado não como um atributo da pessoa, 
Meio ambiente e sustentabilidade 165
mas como conjunto de relações complexas 
entre a sociedade e o ambiente, é central 
para a definição de indicadores e para a 
orientação da prática de vigilância ambien-
tal. Entre as dificuldades encontradas para 
sua efetivação no Sistema Único de Saúde 
no Brasil, estão a necessidade de reestrutu-
ração das ações de vigilância em saúde e a 
formação de equipes multidisciplinares, 
com capacidade de diálogo com outros se-
tores, além da construção de sistemas de in-
formação capazes de auxiliar a análise de si-
tuações de saúde e a tomada de decisões. 
Por exemplo, a Figura 7.5 mostra o poten-
Figura 7.5
Mapa da distribuição espacial do Risco Relativo da incidência de tuberculose em Rio Claro, 
São Paulo, Brasil.
166 Rosa, Fraceto e Moschini-Carlos (Orgs.)
cial do uso de indicadores de risco para ges-
tão e planejamento em vigilância ambiental 
que, muitas vezes, não são incorporados aos 
métodos de análise.
Como tentativa de articular as esferas 
governamentais e demais atores envolvidos 
nesse processo e consolidar a Política Na-
cional de Saúde Ambiental, o Ministério de 
Meio Ambiente programou para dezembro 
de 2009, em Brasília, a I Conferência Nacio-
nal de Saúde Ambiental.
INTEGRAÇÃO DAS AÇÕES 
DE PROMOÇÃO DE SAÚDE 
E PROTEÇÃO DO MEIO 
AMBIENTE
Ações de integração dos vários setores en-
volvidos são sempre bem-vindas e necessá-
rias. A complexidade das questões socioam-
bientais exige cada vez mais preparo para 
seu enfrentamento, pois muitas vezes a apa-
rente resolução de um problema pode agra-
var outro. O equacionamento dessas situa-
ções é um grande desafio. Geralmente, a 
promoção à saúde e a proteção ao meio am-
biente são vistas como valores que intera-
gem sempre em harmonia. No entanto, em-
bora a interface e a interdependência dessas 
duas questões seja inquestionável, as ações 
voltadas para promoção da saúde, se conce-
bidas de forma desarticulada da proteção 
ao meio ambiente, podem gerar um cenário 
muito negativo. Por exemplo, a produção 
de alimento em larga escala, como ação de 
combate à fome, normalmente representa a 
ocupação de extensas áreas de vegetação 
natural substituídas pelas culturas utiliza-
das como alimentos. Isso tem representado 
desmatamento, destruição de hábitats natu-
rais e também pode significar a introdução 
local de inúmeros contaminantes no ar, na 
água e no solo com a justificativa de manter 
a produtividade e combater as pragas, o que 
ao final, também se reverte em comprome-
timento da saúde humana.
O combate a vetores de inúmeras do-
enças como a febre amarela, a dengue e a 
malária pode resultar na intensificação da 
contaminação ambiental. Isso só reforça a 
necessidade de implementação de ações de 
impacto ecossistêmico positivo, integradas 
à dinâmica ambiental e não mais apenas 
pontuais e de emergência como a aplicação 
de inseticidas.
A própria atenção à saúde gera inú-
meros resíduos biológicos, químicos, físi-
cos, inclusive radioativos. Além disso, a 
ampla gama de medicamentos gera sobras 
que podem ser descartadas no ambiente, 
bem como resíduos desses, contidos nas ex-
cretas humanas e podem se dispersar cau-
sando contaminação ambiental.
Os dados divulgados em 2009, refe-
rentes ao ano de 2007, pelo Sistema Nacio-
nal de Informações Tóxico-Farmacológicas 
(Sinitox) da Fiocruz, registraram mais de 
100 mil casos de intoxicação humana e 
quase 500 óbitos registrados pelos centros 
de Informação e Assistência Toxicológica 
em todo o país. Esses dados apontam as 
crianças menores de cinco anos como as 
mais atingidas, representando 25% dos 
casos. Os principais agentes desses quadros 
de intoxicação são justamente os medica-
mentos (30,7%), seguidos pelos animais pe-
çonhentos (20,1%) e produtos de limpeza 
domiciliar (11,4%). Portanto, mais de 42,1% 
dos casos são provocados por produtos que 
deveriam ser utilizados na promoção da 
saúde humana.
Segundo a Organização Mundial da 
Saúde, a quantidade de antimicrobianos 
utilizados em animais e o seu padrão de uti-
lização não são conhecidos. Embora os nú-
meros variem, e a maioria dos países não 
tenha essas estatísticas, dados atuais indi-
cam que praticamente metade dos antibió-
ticos produzidos são utilizados na medicina 
humana e a outra parte na produção ani-
Meio ambiente e sustentabilidade 167
mal, seja como elemento profilático ou te-
rapêutico, seja como fator de crescimento.
A liberação desses compostos no am-
biente pode causar desequilíbrios nas mi-
crobiotas do solo e da água e também disse-
minar fatores de resistência antimicrobiana 
em locais que não deveriam apresentar 
essas ocorrências, agravando, assim, a disse-
minação de cepas resistentes aos tratamen-
tos. Esse fato é relevante principalmente 
quando consideramos a disseminação de pa-
tógenos agentes de DTAs (Doenças Trans-
mitidas por Alimentos), como as bactérias 
Campylobacter jejuni, Escherichia coli, Sal-
monella e Enterococcus. Esses microrganis-
mos se encontram associados aos animais e 
seus produtos, podendo atingir os seres hu-
manos que consomem estes como alimen-
tos. O combate a um processo infeccioso 
humano, causado por um microrganismo 
cuja resistência aos antimicrobianos já se 
deu no ambiente, é cada vez mais difícil e 
oneroso. Além disso, os elementos genéticos 
que determinam a resistência aos antimi-
crobianos podem ser disseminados no or-
ganismo do hospedeiro humano e transmi-
tidos às bactérias que já colonizam esses in-
divíduos acelerando e amplificando o 
problema da resistência microbiana aos an-
timicrobianos.
Na tentativa de melhorar a aborda-
gem dessas questões, a própria legislação já 
esboça a tentativa de articular as normas le-
gais contemplando ambos os setores, com 
aspectos enfatizados pelas Resoluções do 
Ministério da Saúde articuladas às do Meio 
ambiente, como no caso dos Resíduos Sóli-
dos de Serviços de Saúde, mas há necessida-
de ainda de disseminar essa cultura entre os 
distintos setores, envolvendo várias outras 
esferas.
Esses pontos apenas ilustram e refor-
çam a necessidade de ações integradas, que 
não visem à resolução focada apenas em 
um setor, pois o resultado de uma ação, seja 
voltada exclusivamente para a saúde ou 
para o meio ambiente, representará um 
risco potencial para a outra área se não for 
planejada e executada de forma ampla e in-
tegrada.
 
Encerra aquio trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Dica do professor
Acompanhe no vídeo alguns dos eventos de poluição que causaram danos à saúde do homem e 
perceba mais claramente as relações existentes entre saúde, poluição e ambiente.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/24b295be8642a7f0ae0b3e2e2ae56ff8
Exercícios
1) Goiânia, no estado de Goiás, foi palco de um dos principais acidentes ambientais do Brasil. 
Em setembro de 1987, houve o manuseio de um aparelho de radioterapia abandonado, que 
continha Césio-137. Este acidente envolveu pessoas de forma direta ou indireta. De acordo 
com a Secretaria de Saúde de Goiás, 79 pessoas receberam tratamento ambulatorial, 14 
pessoas em estado grave foram encaminhadas para o hospital, sendo que quatro morreram, 
oito desenvolveram a síndrome aguda da radiação, 14 apresentaram falência da medula e 
uma sofreu amputação do antebraço. 
Sobre o acidente de Goiânia, a única sentença FALSA é: 
A) As vítimas do acidente sofreram os danos decorrentes com o descaso na destinação correta 
dos resíduos gerados em estabelecimentos de saúde.
B) o Césio-137 é um isótopo radioativo resultante da Fissão nuclear de urânio e plutônio e seus 
raios gama são extremamente nocivos à saúde, pois possuem alto poder de penetração, 
podendo ocasionar na morte dos indivíduos contaminados.
C) O acidente radioativo de Goiânia nos mostra como saúde e meio ambiente estão 
relacionados. Se fosse dada a destinação correta do equipamento radioativo, o acidente 
poderia ter sido evitado.
D) O acidente não só causou danos à saúde humana, mas também contaminou animais, plantas e 
solo, que precisaram ser removidos para evitar novos riscos.
E) Passados mais de 25 anos do acidente, as pessoas contaminadas não precisam mais ser 
monitoradas, já que o risco era momentâneo.
2) A Vigilância Ambiental em Saúde é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento 
e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio 
ambiente que interferem na saúde humana. Sua finalidade é identificar as medidas de 
prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados à doenças ou outros 
agravos à saúde. 
De acordo com o exposto, assinale a questão que NÃO cita um dos objetivos da Vigilância 
Sanitária. 
A) Disponibilizar ao SUS instrumentos para o planejamento e execução de ações relativas ao 
controle de doenças relacionadas ao meio ambiente.
212162
Realce
B) Estabelecer ações relacionadas à vigilância ambiental em saúde nas diversas instâncias de 
competência
C) Um dos objetivos deste instrumento da Funasa é divulgar as informações referentes aos 
fatores ambientais das doenças e outros agravos à saúde.
D) Promover, junto aos órgãos competentes, ações de proteção da saúde humana relacionadas 
ao controle e recuperação do meio ambiente.
E) A Vigilância Ambiental em Saúde tem como principal objetivo fiscalizar as ações dos 
municípios quanto ao saneamento e a sua relação com a saúde do homem.
3) Diversos são os fatores associados às doenças de veiculação hídrica, entre estes podemos 
destacar a falta de tratamento de esgoto, carência de acesso à água potável, falta de hábitos 
de higiene. Abaixo são listadas enfermidades que podem ser classificadas como de 
veiculação hídrica. 
Assinale a doença que NÃO pode ser classificada da mesma forma que as demais. 
A) Cólera.
B) Amebíase.
C) Giardíase.
D) Dengue.
E) Gastroenterite.
4) Considerando o conceito da Organização Mundial de Saúde, quais os fatores que podem 
estar relacionados à saúde. Indique a resposta CORRETA. 
A) Saúde envolve o bem-estar físico, mental e social e depende de fatores individuais e 
coletivos, com destaque, as políticas públicas.
B) A saúde está relacionada com o bem-estar físico, mental e social, entretanto depende 
unicamente de medidas curativas oferecidas pelo Estado.
C) A saúde relaciona-se à ausência de doenças, sendo que pode ser alcançada através da 
promoção de iniciativas preventivas e ações curativas.
D) O bem-estar físico e mental são os fatores determinantes para se ter boas condições de 
saúde, sendo que estes são alcançados com um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
212162
Realce
212162
Realce
212162
Realce
E) Condições dignas promovidas pelo Estado é o fator determinante para prevenção de doenças 
e para o bem-estar físico, mental e social.
5) Os acidentes ambientais podem ser definidos como um acontecimento imprevisível, que 
causam impactos ao meio ambiente. Podem ser classificados como: desastres naturais e 
desastres tecnológicos. O primeiro se caracteriza por ocorrências de fenômenos da 
natureza, já os desastres tecnológicos se caracterizam por ocorrências causadas pelas 
atividades do homem. 
De acordo com o exposto, assinale o acidente ambiental decorrente de causas naturais. 
A) Vazamento químico de 700 mil litros de gasolina de um oleoduto da Petrobras, o qual causou 
um incêndio de grandes proporções na Vila Socó, em Cubatão, no ano de 1984.
B) No ano de 2010, 3,9 milhões de barris de petróleo vazaram depois da explosão da plataforma 
Deepwater Horizon no Golfo do México.
C) Na década de 50, na cidade de Minamata, no Japão, moradores começaram a ter convulsões 
e nascer com deformações no corpo. Estes efeitos foram causados pelo vazamento de 
mercúrio de uma empresa eletroquímica que despejava seus efluentes na água desde os anos 
30.
D) O ciclone tropical do Atlântico Sul, mais conhecido como Furacão Catarina, atingiu a costa Sul 
do Brasil em março de 2004. Este fenômeno destruiu cerca de 1.500 residências e danificou 
outras 40 mil casas, além de causar prejuízos econômicos. Foram registradas 3 mortes e 
outras 75 pessoas com ferimentos.
E) O desastre de Chernobyl é considerado o pior acidente radioativo do mundo, o qual exigiu a 
evacuação de 45 mil pessoas. Na época houve 31 mortes, mas ao longo do tempo, mais de 
300 mil pessoas tiveram doenças graves relacionadas a esse acidente.Feedback:
212162
Realce
Na prática
Veja como a poluição nos centros urbanos afeta diretamente a nossa saúde.
 
As principais doenças causadas pela poluição atmosférica são:
- Irritação e inflamação das mucosas. 
- Complicações pulmonares e cardiovasculares. 
- Câncer de pulmão. 
- Asma. 
- Rinite. 
- Bronquite.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Saneamento, o básico inexiste
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Poluição do ar pode causar danos ao cérebro, alerta pesquisa
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Meio ambiente e sustentabilidade
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
https://www.youtube.com/embed/KujlJMZBKV8
https://exame.com/ciencia/poluicao-do-ar-pode-causar-danos-ao-cerebro-diz-pesquisa/#:~:text=Polui%C3%A7%C3%A3o%20do%20ar%20pode%20causar%20danos%20ao%20c%C3%A9rebro%2C%20alerta%20pesquisa,-Estudo%20da%20Harvard&text=Segundo%20o%20estudo%2C%20a%20exposi%C3%A7%C3%A3o,de%20afetar%20negativamente%20seu%20funcionamento.

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