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Primeira camada a nível celular: Exposição sem infecção viral ou com infecção abortiva. Primeira camada a nível de hospedeiro: não expressa algum tipo de infecção. Segunda camada a nível celular: multiplicação viral, ou seja, a infecção se estabelece sem que haja uma mudança visível na célula, ou ainda, a possibilidade de uma maturação completa (abortiva). Segunda camada a nível do hospedeiro: infecção sem manifestação clínica da doença (assintomático). Terceira camada a nível celular: formação de corpúsculo de inclusão do tipo efeito citopático ou disfunções celulares ou transformação da célula em função de tumores. Terceira camada a nível do hospedeiro: uma parte menor temos uma doença branda, e numa área menor ainda, doenças mais graves. Pico a nível celular: morte celular Pico a nível do hospedeiro: morte do hospedeiro gral de patogenicidade ou de virulência excepcionalmente alto população excepcionalmente vulnerável. O foco principal dessa imagem, é a região triangular central. Mostra, de acordo com a sua área, o número de ocorrências de determinadas manifestações ao longo de uma infecção viral. Quanto maior a área representada no triângulo, maior o número de indivíduos infectados que apresenta algum tipo de alteração. A maior parte dos indivíduos que são infectados por algum vírus, não apresenta um desenvolvimento de nenhuma doença. Daí a analogia com o iceberg, onde a gente tem a maior porção de gelo submerso, que é aquilo que se vê como a área da imersa. A foto divide á nível de célula e á nível de hospedeiro. A parte de cima tem-se um efeito detectável, e na parte de baixo, tem-se um efeito abaixo da capacidade de detecção visual. Análise da figura em si (de baixo para cima): Característica que pode intervir nesse padrão de distribuição de efeitos dentro do universo dos indivíduos expostos: P A T O G Ê N E S E D A S I N F E C Ç Õ E S V I R A I S C O N C E I T O D E I C E B E R G • A u l a 5 • 1 Agente como ponto primordial para a existência da cadeia de infecção. O reservatório vai ser a fonte de infecção para outros indivíduos que sejam suscetíveis como ele. Para isso, precisa-se de uma fonte de saída para transmitir para outro hospedeiro. Se ela não for efetiva, o vírus não vai querer sair do hospedeiro. A partir da porta de saída, o vírus vai ser transmitido para outro individuo suscetível, o que abre um leque para modos de transmissão. Pode ser direta, onde o vírus não precisa passar por nenhum outro lugar para chegar no receptor (contato físico entre o reservatório e o novo hospedeiro, transmissão proporcionada por algum produto expelido a partir do organismo do reservatório como um aerossol que permanece em suspensão no ar até ser inalado pelo hospedeiro) como indireta, onde algo carreia o vírus (alimento, mosquito...). Chega-se a um novo hospedeiro, o que precisa de uma porta de entrada, que é o sitio do organismo que esteja acessível ao agente viral de acordo com seu modo de transmissão. A característica relevante para esse vírus encontrar sua porta de entrada logo de cara é quando ele encontra células suscetíveis, transmissivas a esse vírus. Se tudo ocorrer bem para o vírus, tem-se o estabelecimento de um novo hospedeiro, de uma nova infecção. Vai permitir que uma infecção viral se mantenha numa população suscetível e dessa maneira evolua, eventualmente para surtos, pandemia e epidemias. Esses eventos vão desencadear o surgimento de uma doença C A D E I A D E E V E N T O S D E U M A I N F E C Ç Ã O V I R A L AGENTE - HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL (RESERVATÓRIO) - PORTA DE SAÍDA - MODO DE TRANSMISSÃO - PORTA DE ENTRADA - NOVO HOSPEDEIRO P O R T A D E E N T R A D A De característica estrutural, tem-se a presença de epitélio, constituído por células vivas. -Pele integra: não tem a exposição de células vivas ao ambiente. Tem-se uma camada queratinizada que se sobrepõe a camada de células da epiderme que estão vivas. Por conta dessa característica, a pele não é uma boa porta de entrada. Mas ela pode ser, quando temos um elemento que participa da cadeia de transmissão que é o vetor hematófago. Também, pode ter pequenas lesões que exponha camadas mais profundas da epiderme, dando a oportunidade do vírus encontrar células viáveis. -Mucosas: camada epitelial diretamente exposta. Temos a produção de um muco, que pode conter elementos que podem funcionar contra a infecção viral, porem não tem uma barreira física como a pele. 2 E V E N T O S D A I N F E C Ç Ã O V I R A L : Na porta de entrada tem-se uma replicação inicial do vírus, a replicação primaria. Acontece nas células da própria porta de entrada, ou em células presentes no sistema linfática, os linfonodos que drenam essa região da porta de entrada. Esse vírus continua replicando. O vírus que entra por um vetor, não vai ter replicação na epiderme. Como o vetor coloca esse vírus abaixo da epiderme ele tem a possibilidade de ser capturado pelas células do sistema imunológico e vai ser replicado nos linfonodos. Após a replicação inicial, o vírus pode ser conduzido para a circulação sanguínea. a condução pode acontecer através de virions livres ou células do sistema sanguíneo infectadas. Quando o agente viral é detectado na corrente sanguínea, chama-se viremia (quando é a primeira vez que acontece, chama-se viremia primaria). Esse evento é um exemplo de que essa infecção não ficara restrita a porta de entrada. A infecção pode dividir-se em infecção local (ex: papiloma vírus) ou sistêmica (ex: cinomose). Ao chegar na corrente sanguínea tem a possibilidade de se espalhara para outros tecidos. O sistema linfático pode atuar independentemente do sistema circulatório para disseminar o vírus. O sistema nervoso também pode atuar individualmente. Depois da viremia primaria, pode chegar a diferentes tecido. Onde ele encontrar permissividade de célula, ele pode encontrar novos pontos de replicação viral (replicação secundária). Agora tem-se uma produção maior de vírus no organismo, aumenta a possibilidade desses vírus conseguirem infectar mais células, é uma amplificação da infecção. Frequentemente, temos os vírus de replicação secundária, novamente, ganhando a circulação (viremia secundaria). Assim, o vírus tem maior probabilidade de chegar a um sitio do organismo onde ele vai ser replicado, encontrando células permissivas e essas células podem produzir o vírus e expulsa-los para fora do organismo, fazendo ele chegar a uma porta de saída. Assim, fecha o ciclo. 3 D A N O S N A C É L U L A S E T E C I D O S : Efeitos citopáticos e danos tissulares Efeitos de infecções secundárias; Exemplos de efeitos citopáticos: -Sincício: núcleos de varias células juntas em uma mesma massa, porque as células infectadadas se fundiram umas as outras -Redução na densidade da célula: efeito lítico sobre a célula (células se soltam e ficam mais arredondadas) Exemplo de danos tissulares: -Cílios restritos a pequenos focos e uma superficie mais lisa sem cilios (ex: para influenza - traqueia). A perda total de cílios pode fazer com que o numero de bacterias aumente. O aumento de bactérias pode causar um efeito de sobreposição sobre o tecido. Podem ser importantes no surgimento ou no agravamento dos sintomas E V A S Ã O D A S D E F E S A S O R G Â N I C A S : Redução da expressão de MHC de classe 1 Produção de anticorpos não neutralizantes Quanto mais tempo o vírus permanece no organismo, mais danos ele causa. Existem alguns virus que comprometem a defesa orgânica. Molécula que pode avisar o sistema imunológico (linfócito TCD8) que há algo de anormal acontecendo naquela célula. O MHC pode aparecer na superfície associado a um pequeno trecho de proteína viral que a célula esteja produzindo. Isso pode sinalizar os linfócitos que aquela célula está sendo infectada, para combater esse vírus. Reprimindo a expressão e a produção de MHC de classe 1 à superfície da célula, contribui para aumentar as chances desse vírus e dessa infecção viral parecer por mais tempo no organismo. Um vírus é compostopor vários determinantes antigênicos e para cada um deles tem um clone de linfócito B capaz de reconhecer e de responder para esse determinante antigênico que faz parte do vírus. Temos diferentes níveis de capacidade de estímulos (imunodominância) Alguns vírus evoluíram para ter determinantes antigênicos imunodominantes em relação a outros determinantes antigênicos desse próprio vírus, portanto, que vão ser mais eficazes em estimular o sistema imunológico e produzir anticorpos contra ele e não levem a efeito neutralizador desse vírus. O sistema imunológico produz anticorpos em grande quantidade, as vezes anticorpos mesmo se ligando ao vírus, não o neutraliza porque o determinante antigênico aos quais os anticorpos são dirigidos, não tem papel determinante na infecciosidade. Então esses anticorpos mesmo presentes ligados a superfície do vírus não impede que o vírus consiga adsorver e entrar na célula permissiva. 4
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