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Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Introdução ao Envelhecimento Idoso é o sujeito do envelhecimento , que representa um processo natural que se caracteriza por mudanças físicas, psicológicas e sociais, acometendo de forma particular cada indivíduo. O avançar da idade se relaciona diretamente com o aumento dos riscos para o desenvolvimento de doenças crônicas e mortalidade associada.→ Transição epidemiológica e transição demográfica ● DCNT→ países desenvolvidos ○ Doenças cardiovasculares ○ Câncer ○ Distúrbios neurodegenerativos Doença no idoso→ caráter multifatorial! Fatores associados ao envelhecimento ● Comorbidades ● Medicações ● Depressão ● Desnutrição ● Sedentarismo Senescência X Senelidade Senescência ● Envelhecimento celular fisiológico, dos sistemas, obedecendo ao “relógio biológico”, que depende de fatores genéticos, epigenéticos e externos. ● Programa celular → parada estável do crescimento celular → alterações fenotípicas estáveis → remodelação da cromatina, reprogramação metabólica, aumento da autofagia e implementação de um complexo pró-inflamatório. ● Parada celular permanente garante que as células transformadas ou danificadas não perpetuem seus genomas. ● Resposta estressante deflagrada por agressões associadas ao envelhecimento como instabilidade genômica, erosão com encurtamento telomérico, disfunção proteostática, disfunção mitocondrial, inflamação crônica com aumento de estresse oxidativo, exaustão celular de células somáticas, em especial as de alta proliferação, diminuição da capacidade de sinalização/captação/utilização de nutrientes pelas células, diminuição do complexo de Golgi e retículo endoplasmático. ● Estado de inflammaging → inflamação crônica de baixo nível → aumento de IL-1, IL-6 agindo como marcadores de diabete tipo 2, aterosclerose e falência da proliferação e reposição das células somáticas. → Alterações contribuem para a diminuição do anabolismo com perda progressiva, lenta e natural da massa magra estrutural celular, de sustentação (colágeno), sinalização intracelular/parácrina e endócrina/neuro-hormonal/imune e de mediadores intra/extracelular e intravascular, massa magra dos sistemas (muscular, óssea) e da homeostase, potencializando a vulnerabilidade do idoso e progressiva perda de peso com o passar dos anos. ● A parada e apoptose celular é implementada pela ativação da rede de supressão tumoral. ● Sarcopenia, osteopenia, diminuição da capacidade auditiva e visual, alteração da mecânica da mastigação, alteração da memória e cognição leve e aterosclerose lenta e progressiva quase sem sintomas, mas com funcionabilidade. Senilidade ● Doença manifestada do idoso. 1 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Doenças crônicas são mais frequentes nessa faixa etária pela evolução da senescência, que aumenta a vulnerabilidade do idoso. ● Infarto cerebral ou miocárdico, a fratura da osteoporose por instabilidade de marcha (por sarcopenia, queda da visão e audição, diminuição da propriocepção) e queda, o câncer por mutação genética, a demência e a perda da autonomia caracterizam sinais de senilidade. 🚨 Ambas, senescência e senilidade, induzem emagrecimento involuntário, porém a compreensão dessas síndromes permite maior segurança nas adoções de conduta específicas perante um quadro de emagrecimento involuntário. Alterações Fisiológicas O principal objetivo no entendimento da fisiologia do envelhecimento é não medicalizar eventos normais!! Composição corporal ● Diminuição da água intracelular → desidratação fisiológica ○ Atenção com fármacos hidrossolúveis → vão estar em maior concentração → pode ter efeito indesejável ● Diminuição das fibras musculares tipo II, de contração rápida, como as encontradas nas mãos. → Diminuição da força muscular → aos 80 anos, a força é 40% menor ○ Massa muscular sofre perda de 15% por década→ número e volume de fibras diminui ○ Baixa vit. D está associada à fraqueza muscular!!! ● Aumento da gordura, especialmente em torno da cintura pélvica. ○ Atenção de novo aos remédios → fármacos lipossolúveis ficam em menor concentração e precisam de doses maiores. 🚨A diminuição da concentração sérica de albumina eleva a porção livre de medicações carreadas por essa proteína. Pele ● Diminuição das glândulas sebáceas → pele fica mais seca ● Diminuição das glândulas sudoríparas ● Menor junção entre epiderme e derme → pele mais espessada → facilita formação de bolhas + predisposição a lesões ● Diminuição do número de melanócitos ● Diminuição das fibras colágenas e elásticas ● Diminuição da vascularização → palidez + redução da temperatura da pele ● Diminuição da espessura do tecido subcutâneo ● Diminuição da sensação de pressão e tato leve ● Unhas frágeis e quebradiças ● Pálpebras ○ Flacidez→ limita campo visual lateral ○ Deslocamento do orifício de entrada do canal lacrimal→ lacrimejamento incomodativo ○ Atrofia da aponeurose do músculo elevador da pálpebra → pode cobrir a pupila → ptose senil. Aparelho cardiovascular ● Perda progressiva de miócitos cardíacos → volume celular aumenta→ diminuição da capacidade contrátil ○ Redução do número de células do nodo sinusal. ○ Coração hipertrófico ● Atrofia de fibras musculares endocárdicas ○ Aumento de pressão sistólica ○ Diminuição da complacência (relaxamento) do ventrículo esquerdo ● Aumento da espessura e rigidez da parede vascular→ Aumento da pressão sistólica e pós-carga → camada média mais afetada ● Aumento da rigidez miocárdica, disfunção diastólica ventricular esquerda, maior ritmo de fibrilação e outras arritmias. ● Disfunção endotelial→ maior risco de aterosclerose ● Diminuição da resposta a estímulos beta-adrenérgicos ● Contração prolongada ● Controle do SNA ● Diminuição dos barorreflexos arteriais ● Aumento do fluxo simpático ● Diminuição do fluxo vagal ● Risco aumentado de hipotensão postural ● Aumento da ênfase da contração atrial com B4 audível ● Aumento de arritmias ● Aterosclerose vascular. ● Aumento da tortuosidade das coronárias Principais alterações cardíacas ● Endocárdio e valvas → ↑ Lipofuscina + fibrose + lipídeos + calcificação 2 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Miocárdio → ↑ Lipofuscina + fibrose + amiloidose + apoptose + miosina isoenzima beta + mutações genéticas ○ REDUZ tecido conjuntivo Principais alterações arteriais ● Dilatação da aorta e grandes artérias ● ↑ da espessura da parede arterial ● ↑ do nº de fibras colágenas na parede arterial ● ↑Mineralização de elastina ● ↑Rigidez arterial ● ↑ Tensão da parede arterial ● ↑Resistência periférica ● ↑Pressão sistólica de pulso e pressão arterial média ● ↓Conteúdo de glicoproteína sistema nervoso Alterações estruturais ● Volume do cérebro diminui em torno de 7cm³ por ano após os 65 anos. ○ Principalmente lobos frontal e temporal e subs branca. ● Diminuição homogênea do fluxo cerebral → deterioração dos mecanismos que mantêm o fluxo sanguíneo cerebral ● Perda neuronal mais pronunciada em determinadas áreas, como o hipocampo, cerebelo e córtex cerebral ● Aumento das células da glia → gliose → resposta compensatória para proteger função neuronal e plasticidade. ● Perda de amônios e redução da mielina (leucoaraiose) ● Diminuição das células do corno anterior da medula espinhal e da mielina dos neurônios sensoriais → disfunção autonômica, déficit no controle da temperatura corporal, diminuição na sensação do tato e dor ● Deterioração cognitiva, não comprometendo as atividades da vida diária ○ Memórias episódica e laborativa + função executivo são as mais afetadas ● Hipoativação do sistema nervoso simpático→ coração responde menos ao estímulo das catecolaminas ● Diminuição de acetilcolina e dopamina Marcha e postura ● Hesitação no andar, menor balanço dos braços, passos menores. ● Base alargado, retificação da coluna cervical, cifose torácica, flexão dos joelhos → Postura para se proteger de queda ● MUITO IMPORTANTE AVALIAR NO EXAME FÍSICO Sono● Tendência a dormir mais cedo e acordar mais cedo. ● Queixas de insônia, sonolência diurna, despertares noturnos e sono pouco reparador ● Aumento dos estágios 1 e 2 do sono não REM e diminuição do 3 e 4 (sono profundo) ● Períodos de apneia do sono REM mais frequentes → sono entrecortado ● Melatonina baixa Risco aumentado de problemas neurológicos ● AVE ● Parkinsonismo; ● Condução mais lenta de fibras por meio de sinapses; ● Declínio modesto na memória de curto prazo; ● Risco aumentado de hemorragia antes de sintomas aparentes. APARELHO RESPIRATÓRIO ● Pulmões mais volumosos, ductos e bronquíolos se alargam e alvéolos se tornam flácidos, com perda do tecido septal → aumento de ar nos ductos alveolares e diminuição do ar alveolar + piora da ventilação e perfusão ● Capacidade pulmonar total inalterada, porém com diminuição da capacidade residual funcional e aumento do volume residual, aumento da capacidade residual funcional, redução da força de recolhimento elástico dos pulmões, hiperinsuflação pulmonar ● Diminuição da complacência da parede torácica ● Aumento do percentual de neutrófilos na secreção brônquica ● Função mucociliar lenta → prejuízo na limpeza de partículas inaladas e facilitação da instalação de infecções ● Diminuição da produção de surfactante ● Enfraquecimento dos músculos respiratórios ● Perda da elasticidade dos tecidos em volta dos alvéolos e ductos alveolares, provocando uma dilatação da vias áreas terminais; ● Aumento do diâmetro ant-post do tórax decorrente da descalcificação dos arcos costais e vértebras; ● Cifose dorsal acentuada, devido à diminuição dos espaços intervertebrais; 3 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Redução da força de recolhimento elástico dos pulmões ● Redução do colágeno e do tecido elástico das artérias e veias pulmonares ● Diminuição do VEF1 e VEF1/CVF – em 50% dos idosos com mais de 80 anos. ● Idoso reage de forma mais lenta e com menor intensidade à hipercapnia e à hipoxemia ● Menor sensibilidade dos quimiorreceptores carotídeos e aórticos Alterações radiográficas ● Calcificações traqueobrônquicas, da aorta e de cartilagens ● Espessamento pleural apical ● Redução da densidade do parênquima ● Nódulos calcificados APARELHOURINÁRIO ● A função renal cai pela metade aos 80 anos → diminuição do fluxo plasmático ○ Perda de glomérulos, redução do nº de néfrons funcionais, mudanças nas paredes de pequenos vasos. ○ TFG diminuída ● Manutenção da vasodilatação com aumento de prostaglandinas, contribuindo para aumento da lesão renal com uso de AINEs ● Diminuição da resposta do túbulo coletor ao ADH ● Alteração no padrão do ritmo urinário 4 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ○ Urina mais a noite → agrava com hábitos de vida ○ Diminuição da capacidade renal de concentração e conservação do sódio, assim como alteração do sistema RAA ● Diminuição da reserva em caso de sobrecarga ● Dificuldade em equilibrar o organismo em desidratação ou sobrecarga hídrica ● Individualizar os valores de creatinina ○ Em geral, ocorre redução da depuração ● Aumento da ureia ● Alteração na depuração de fármacos ● Redução na capacidade vesical e aumento do volume residual Alterações reprodutivas Mulheres ● Atrofia e fibrose de paredes cervicais e uterinas; ● Redução da elasticidade e lubrificação vaginais; ● Diminuição de hormônios e redução de oócitos; ● Proliferação de tecido estromal e glandular; ● Involução da glândula mamária + tecido conectivo mamário é substituído por tecido adiposo, tornando mais fácil o exame das mamas Homens ● Redução no volume de líquido seminal e na força de ejaculação; ● Redução na elevação dos testículos; ● Hipertrofia prostática; ● Redução de túbulos seminíferos. Sistema endócrino ● Diminuição de hormônios tireoidianos e aumento de TSH ● Redução de testosterona, GH, insulina, andrógenos suprarrenais, aldosterona ● Aumento de nodularidade e fibrose da tireóide ● Redução da taxa metabólica basal● ● Resposta diminuída à insulina, intolerância à glicose; ● Sensibilidade reduzida dos túbulos renais ao hormônio antidiurético; ● Ganho ponderal; ● Incidência aumentada de doença tireóidea Cavidade oral ● Percepção alterada do paladar ● Aumento de periodontites ● Xerostomia ● Redução da discriminação olfatoria ● Aumento das cáries ● Mucosa oral se torna lisa, fina e seca, perdendo elasticidade e parecendo edemaciada ● Língua perde papilas Alterações hematológicas ● Redução do potencial proliferativo das células hematopoiéticas ● Redução da hemoglobina, do hematócrito, do número de hemácias, da resposta eritropoiética à administração de eritropoetina ● Aumento do fibrinogênio, fatores V, VII, VIII e IX → envelhecimento como estado pró-coagulante Envelhecimento do TGI Alterações estruturais, de motilidade e da função secretória Alterações no esôfago ● Distúrbios funcionais do esfíncter inferior do esôfago e contrações não propulsivas ● Diminuição da pressão de repouso e alterações da sincronia e magnitude do relaxamento do esfíncter superior do esôfago → disfagia alta → alteração no relaxamento e deglutição ● Idoso com disfagia→ investigar ● Redução na amplitude da peristalse ● Percepção visceral reduzida ● Maior frequência de DRGE Alterações no estômago ● Discreta a moderada elevação do tempo de esvaziamento gástrico ● Redução de células parietais → redução na secreção de HCl→Acloridria→ - associada a gastrite atrófica ○ Alguns estudos falam que essa redução não ocorre em idosos plenamente saudáveis ● Menor produção de pepsina, FI (não o suficiente para causar anemia)→ diminuição da digestão de proteínas ● Prostaglandina diminuída ● Dificuldade de esvaziamento gástrico pela gastroparesia (diminuição da motilidade normal). ● Alteração da composição do muco protetor da mucosa gástrica → declínio do bicarbonato, sódio e secreção não parietal 5 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Redução da capacidade regenerativa e proliferativa da mucosa ● Redução da produção de prostaglandina → aumenta riscos de gastrites ● Prevalência aumentada de H. Pylori Alterações no pâncreas ● Não há alterações do processo digestório pelo envelhecimento pancreático ● Sofre alterações estruturais → peso reduz, formação de cistos Alterações no fígado ● Redução na síntese/secreção de albumina, colesterol, ácidos biliares ● Aumento da secreção de alfa-ácido glicoproteínas ● Redução na metabolização de medicamento pela fase I 🚨 O envelhecimento não provoca alterações nos exames da função hepática!! Alterações no intestino delgado ● Redução da superfície mucosa, vilosidade ● Função absortiva é pouco alterada → de lipídeos + alterada ● Redução da absorção de cálcio devido à redução de receptores de vit. D. Alterações no cólon ● Sedentarismo, redução da ingestão de fibras e líquidos, alterações hormonais → aumento da prevalência de constipação intestinal ● Aumento da incidência de neoplasias ● Alterações morfológicas e biomecânicas do cólon, com o comprometimento da resistência da parede colônica a pressões intraluminais elevadas → aumento da prevalência de doença diverticular ● Redução dos neurônios do plexo mioentéricos associada ao envelhecimento→ distúrbios do trânsito Alterações no reto e ânus ● Alterações na musculatura do esfíncter exterior, redução da força muscular, AVE, neuropatia diabética → prevalência de incontinência fecal Sensoriais Sistema imune ● Aumento da IL-6 e diminuição da IL-2 ○ Envelhecer é um processo inflamatório - inflammaging ● Redução da capacidade funcional de células T ● Menor ativação e proliferação de linfócitos T e NK ● Maior susceptibilidade a infecções ● Resposta reduzida a vacinações ● Maior prevalência de malignidades Alterações musculares ● Perda de estímulos anabólicos. ● ↓ concentração de testosterona. ● ↓ fibras musculares tipo IIA (contração rápida). ● ↓ da capacidade regenerativa de fibras musculares. ● ↑ níveis de miostatina (proteína que limita o crescimentodo tecido muscular)→ atrofia muscular→ SARCOPENIA. ○ Proteína produzida nos músculos esqueléticos ○ Circula no sangue, atuando nos músculos, controlando-os. Manifestações atípicas de infecção ● Alterações inexplicáveis da capacidade funcional ● Piora do estado mental ● Astenia ● Quedas ● Dores generalizadas 6 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Taquicardia e taquipneia ● Ausência de febre Sarcopenia A massa muscular cresce na juventude e no adulto jovem, atingindo os maiores índices aos 40 anos. A perda (1 a 2% ao ano) e da força (1,5-5% por ano) a partir dos 50 anos. ● Relação positiva entre peso ao nascer e força muscular permanece ao longo da vida. Qual a definição de sarcopenia? ● Doença muscular que tem como diminuição da força muscular como ponto central. O diagnóstico é confirmado na presença de baixa quantidade ou qualidade muscular. ● Na junção de baixa força, baixa quantidade/qualidade muscular e baixa performance, temos a sarcopenia grave. ● Alterações musculares adversas que se acumulam ao longo da vida ● O EWGSOP 2 enfoca a baixa força muscular como característica principal da sarcopenia, usa a detecção de baixa quantidade e qualidade muscular para confirmar o diagnóstico de sarcopenia e identifica o baixo desempenho físico como indicativo de sarcopenia grave; Como podemos categorizar? ● Primaria e secundaria ○ Primária→ relacionada com a idade ○ Secundária → falta de atividade física, relacionada a doenças ou nutrição ● Aguda ou Crônica ● Obesidade sarcopênica 7 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Quais os fatores de risco para sarcopenia? ● Sedentarismo ● Baixa ingestão proteica e calórica ● Modificações hormonais ○ Baixos níveis de testosterona e DHEA ○ Baixos níveis de estrogênio ○ Baixos níveis de vitamina D e PTH ○ Baixos Níveis de GH e do fator de crescimento insulina-símile ● Elevação sérica de proteínas pró-inflamatórias ● Perda da função neuromuscular → a partir da sétima década, perda de 50% dos neurônios alfa, com queda na ativação da coordenação muscular e consequente diminuição da força ● Inatividade física ● Resistência ä insulina ● Uso de glicocorticóides 🚨 Os profissionais têm possibilidades cada vez maiores de prevenir, retardar, tratar e, às vezes, até reverter a sarcopenia por meio de intervenções precoces e eficazes!! Quando posso suspeitar de uma sarcopenia? ● Quedas frequentes → a sarcopenia aumenta muito os riscos de quedas e fraturas! ● Sensação de fraqueza nos MMII ● Redução na velocidade da marcha ● Dificuldade para se levantar de uma cadeira ● Perda de peso progressiva Quais outros prejuízos associados à essa doença? ● Prejudica a capacidade de realizar atividades da vida diária ● Está associada a doenças cardíacas, doença respiratória e comprometimento cognitivo ● Leva a distúrbios de mobilidade ● Contribui para a diminuição da qualidade de vida, perda de independência ou necessidade de colocação em cuidados de longo prazo, e morte. ● Onerosa aos sistemas de saúde Como posso diagnosticar? ● Baixa força muscular → presença de baixa quantidade ou qualidade muscular ● Quando são detectados baixa força muscular, baixa quantidade/qualidade muscular e baixo desempenho físico, a sarcopenia é considerada grave Sim, mas existem testes? ● SARC-F ● Teste de triagem de Ishii - usa idade, força de preensao e circunferência da panturrilha como variáveis. ● Medição de força muscular com dinamômetro ○ Preensão palmar ○ Flexão e extensão do joelho ○ Pico de fluxo expiratório ● Get up and down ● Timed up and down 8 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Como selecionar, então? ● Devo usar quando o paciente relata/apresenta sensação de fraqueza, lentidão na marcha, dificuldade de levantar de uma cadeira, perda de peso/massa muscular. ● Depende do paciente (incapacidade, mobilidade), acesso a recursos técnicos (comunidade, clínica, hospital, centro de pesquisa) ou finalidade do teste (monitoramento de progressão ou monitoramento de reabilitação erecuperação) Questionário SARF-F ● Não é tão sensível mas tem alta especificidade para a baixa força muscular → detecta principalmente os casos graves. ● Triagem de risco ● As respostas são baseadas na percepção do paciente de suas limitações de força, capacidade de andar, levantar de uma cadeira, subir escadas e experiências com quedas Como mensurar a massa muscular? ● RM e TC→ padrão-ouro - porém caros ● Bioimpedância ● DEXA → absorciometria de raios X de dupla energia → pouco portátil para uso na comunidade. ● Circunferência da panturrilha - indicador falho, pois em casos de obesidade sarcopênica pode estar normal ● Imagem de TC de L3 ● Medição do músculo da coxa ● Medição do músculo psoas com CT ● Teste de diluição de creatina → ingere dose oral traçadora de creatina e calcula a massa muscular a partir do enriquecimento de creatina na urina. ● USG muscular →medição da espessura muscular, área de secção transversal, comprimento do fascículo, ângulo de penação e ecogenicidade ● Biomarcadores podem ser uma opção → pesquisas estão sendo realizadas → marcadores da junção neuromuscular, renovação de proteínas musculares, vias mediadas pelo comportamento, vias mediadas pela inflamação, fatores relacionados ao redox e hormônios ou outros fatores anabólicos ● SarQoL → identifica e prevê complicações da sarcopenia que podem afetar posteriormente a qualidade de vida do paciente. O SarQoL auxilia o profissional de saúde a avaliar a percepção do paciente sobre seus aspectos físicos, psicológicos e sociais de saúde 9 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Avaliação de performance - pontos de corte? ● Conceito multidimensional que envolve não apenas os músculos, mas também a função nervosa central e periférica, incluindo o equilíbrio. ● O desempenho físico pode ser medido de forma variada pela velocidade da marcha, a bateria de desempenho físico curto (SPPB) e o teste Timed-Up and Go (TUG), entre outros testes. ● Nem sempre é possível usar certas medidas de desempenho físico, como quando o desempenho do teste de um paciente é prejudicado por demência, distúrbio da marcha ou distúrbio do equilíbrio. ● A velocidade da marcha é considerada um teste rápido, seguro e altamente confiável para a sarcopenia, sendo amplamente utilizado na prática. 10 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Obesidade sarcopênica ● Condição de redução da massa corporal magra no contexto de excesso de adiposidade. ● A obesidade exacerba a sarcopenia, aumenta a infiltração de gordura no músculo, diminui a função física e aumenta o risco de mortalidade E qual os tratamentos fofa? ● Exercícios resistidos ● Nutrição adequada ● Medidas farmacológicas Nutrição ● Necessidade de doses adequadas de nutrientes antioxidantes e ácidos graxos poli-insaturados ● Sem evidência de benefício na suplementação de antioxidantes ou ácidos graxos ● Ingestão de mais de 30 g de etanol por dia compromete a força e a potência muscular ● Consumo adequado de proteínas, particularmente de aminoácidos essenciais atua sinergicamente com exercícios resistidos para melhorar a resposta da síntese de proteína muscular ● Síntese foi estimulada ao máximo com consumo de 0,4 gramas de proteína por refeição por kg em idosos, contra 0,24 g em indivíduos jovens Suplementação de leucina ● Aminoácido chave que leva ao início da síntese da proteína muscular ● Associa-se à capacidade de ativar a proteína mTORC1 que tem como alvo as proteínas quinases de sinalização que facilitam o início da tradução e o estímulo à síntese proteica ● Analisar ingestão na dieta antes de suplementar, lembrando que idosos têm sensibilidade reduzida à leucina Suplementação de beta-metil-butirato (Beta HMB) ● Associados a aminoácidos essenciais, reforça os efeitos na massa muscular e função ● Pode ser útil em idosos com período de imobilidade por curto prazo, porém com benefício bem superior associado ao exercício resistido Suplementação de creatina ● Creatinaé um ácido orgânico nitrogenado sintetizado nos rins e no fígado, armazenada no músculo e agindo como reserva rápida de energia em exercícios intensos (fonte de energia anaeróbia) ● Sua suplementação aumentou a massa livre de gordura, a força dos músculos peitorais e o número de levantamentos da cadeira em 30 segundos ● Resultados divergentes nos estudos é comum Suplementação de Vitamina D ● Melhora da força muscular, do desempenho físico e na prevenção de quedas com suplementação de 800 a 2000 UI por dia, efeito não confirmado em outros estudos ● Preferencialmente, fazer dosagem sérica prévia Suplementação de testosterona e análogos ( EAA ) ● Indicação apenas em pacientes com deficiência androgênica e níveis séricos abaixo da referência, após análise da relação risco x benefício ● Riscos principais : evolução mais rápida das neoplasias de próstata, aumento dos riscos de eventos trombóticos, agressividade e atrofia testicular 11 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Introdução Tópicos importantes: ● A multimorbidade + alterações da senescência presentes em diversos idosos podem corroborar para o mascaramento de diversos sinais e sintomas clássicos ○ Osteoartrite e sequelas de AVE podem mascarar dispneia aos esforços de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. ○ Menor limiar de dor + neuropatias + uso de psicofármacos alteram percepções dolorosas na angina do peito e do infarto agudo do miocárdio ● Síndromes Geriátricas → condições clínicas comuns entre os idosos que não se enquadram em categorias distintas de doenças → é a unificação de múltiplas rotas patogênicas que interagem entre si → delirium por exemplo ● Subpopulação de idosos institucionalizados em instituições de longa permanência para idosos → apresentam normalmente condições clínicas para a manifestação de sintomas e sinais comuns em estados infecciosos; Mau prognóstico → normalmente seguida por óbito! ● Apresentam temperatura basal baixa⇒ tendo mai casos de hipotermia ⇒ sinal grave e de mau Quais são os fatores predisponentes para que as doenças se manifestem de modo atípico? ● Idade avançada ● Diminuição da reserva funcional dos órgãos e sistemas ● Incapacidade de manter a homeostase ● Percepções equivocadas sobre o envelhecimento ● Multimorbidade ● Incapacidade funcional ● Deficiência cognitiva ● Polifarmácia ● Fragilidade ● Imunodepressão Quais são as apresentações clínicas não específicas que podem indicar doenças graves e potencialmente fatais em idosos? ● Mudanças cognitivas e delirium ● Sensação de desconforto ou de que algo não está bem ● Astenia ● Anorexia ● Quedas recorrentes ● Perdas de capacidade funcional e em atividades da vida diária → quanto mais incapacitado e frágil o idoso for, maior a probabilidade de sintomas inespecíficos como 12 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA delirium e incotinência urinária dominarem o quadro clínico! ● Instalação de incontinência urinária ● Taquipneia ● Alterações de +- 2ºC da temperatura basal Alguns fatores de confusão: ● Exames laboratoriais alterados ⇒ 10% dos idosos apresentam alterações laboratoriais sem ter obrigatoriamente alguma doença; ● Pacientes sintomáticos, mas com exames laboratoriais normais; ● Exemplos: encontro de valores anormais de velocidade de hemossedimentação (VHS), creatinina sérica, autoanticorpos na ausência de doença e a ausência de leucocitose em pacientes com infecções graves, respectivamente; Infecções Quais são os sinais e sintomas atípicos em idosos com infecções? ● Astenia, anorexia, quedas, alterações cognitivas e taquipneia; delirium ● 80+ tem menos admissão hospitalar por pneumonia com febre/tosse do que com delirium pq o envelhecimento altera os reflexos de tosse e altera a termorregulação corporal; ● Existem critérios aplicáveis na clínica desses pacientes para verificar o estado febril: ○ Roghman → decréscimo de 0,15 a cada década de visa na temperatura basal média⇒ 70+ apresentariam, em média, temperaturas em torno de 36,0°C (36,8° [20 anos de idade] – 0,75 [5 décadas de vida × 0,15°] = 36,05°C) ○ Critério de Yoshikawa e Norman→ considera febre aumentos maiores ou iguais a 1,1 ºC da temperatura basal em idoso ■ Se a temperatura basal média do paciente for de 36,0°C, aumentos dela acima de 37,1°C serão definidos como estado febril. Doenças CV O que muda o padrão sintomatológico cardiovascular dos idosos em relação com os adultos jovens”? ● Idosos mantêm o débito cardíaco adequado em condições basais até mesmo durante atividade física→ isso faz com que durante quadros de estresse como infecções e perioperatórios → mais chance de descompensação cardiocirculatória ● Papel de medicamentos que possuem potencial efeitos colaterais cardiovasculares ● Multimorbidades fazem com que os pacientes não tenham sintomas clássicos como dispneia aos esforços. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ● Sintomas inespecíficos → confusão mental, depressão, fadiga, perda de peso e imobilidade ● Insuficiência cardíaca sistólica → parece mais com padrão clássico da doença→ piora progressiva da sintomatologia diurna e da dispneia paroxística noturna ● Insuficiência cardíaca diastólica → sintomatologia oposta a sistólica, visto que a instalação é mais abrupta de sintomas → esse tipo é mais comum em idosos 🚨 em casos de sobreposição das cardiopatias é necessário avaliação ecocardiográfica para definir padrão e gravidade da insuficiência cardíaca INSUFICIÊNCIA CORONARIANA ● Sintomas: dispneia súbita ou piora dela sem dor torácica (um dos primeiros sintomas de doença arterial coronariana em idosos) → a ausência de dor está associada a redução da sensibilidade visceral durante o envelhecimento e da associação a doenças como diabetes melito que aumenta o limiar de dor desses pacientes; ○ Pacientes de 70 e 80 anos podem apresentar infartos do miocárdio clinicamente silenciosos ou com outros sintomas inespecíficos: confusão mental, vertigem, síncope e epigastralgias ARRITMIAS ● 5% dos idosos apresentam fibrilação atrial crônica ● Deformidades torácicas próprias do envelhecimento (cifoses e escolioses) dificultam a ausculta cardíaca ● Quais arritmias mais frequentes? Fibrilação atrial, bradicardia ● Manifestações de fibrilação atrial crônica → ataques isquêmicos transitórios ou acidentes vasculares encefálicos → pode provocar ausência de sístole atrial (corrobora para enchimento ventricular diastólico (o que agrava quadros de insuficiência cardíaca diastólica) 13 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ○ Fibrilação atrial pode ser manifestação de insuficiência cardíaca quando associada a declínio cognitivo recente ou perda de capacidade nas atividades da vida diária ○ Bradicardia: tonturas, síncopes e turvação de visão → logo, deve-se aferir pulso arterial por pelo menos 1 minuto e , em casos sem outras causas desses sintomas, fazer exame de Holter (ECG 24H)! HIPERTENSÃO E HIPOTENSÃO ARTERIAL ● Para melhor diagnóstico devemos sistematizar de diferentes maneiras! ○ 1º devemos tentar associar a interferência medicamentosa na pressão (efeitos colaterais); ○ 2º Pressões arteriais elevadas, mas sem lesão de órgão alvo → sugestivo de pseudo hipertensão em idosos → devemos fazer manobra de Osler → artérias radial e/ou braquial palpáveis mesmo em valores pressóricos maiores do que o estimado pelo sistólico → manguito fica incapaz de comprimir a artéria pq ela tá mais calcificada e com isso pressão aferida fica maior que a intra-arterial. ○ 3º Hipertensão arterial de início recente, de rápida evolução e de difícil tratamento → hipertensão renovascular ● Hipertensão arterial sistólica associada abaixo níveis pressóricos diastólicos merece investigação de insuficiência aórtica (valvulopatia de difícil ausculta pela característica de seu sopro e por alterações da caixa torácica do idoso; ● 4º Tonturas, síncopes ou quedas → hipotensão postural → deve-se mensurar a pressão arterial em duas posições (deitado, sentado ou em pé →caso haja diferença de pelo menos 20 mmHg na pressão sistólica e/ou 10 mmHg na diastólica nas duas posições + sintomas→ confirma HP! MEDICAMENTOS COM POTENCIAIS EFEITOS CV Embolismo Pulmonar Principais causas de morte não definida clinicamente em idosos → 40% dos casos diagnóstico-se EP em estudo necrológico Quais as apresentações atípicas e diagnóstico clínico de embolismo pulmonar no idoso? ● Dispneia, taquicardia e taquipneia nas primeiras 24 horas → os idosos apresentam menos dor torácica como sintoma primários, tosse e hemoptise também (lembrar dos reflexos e limiar de dores diminuídos) → esses sintomas apenas sob constância de suspeita de fatores de risco Quais são os fatores de risco para os idosos? ● Obesidade (IMC> 27); imobilidade (2 ou + dias acamados nas 2 semanas que antecederam a avaliação), neoplasias e antecedentes de trombose venosa e/ou de embolismo pulmonar Exames: ● ECO e RX de tórax → permitem diagnósticos diferenciais como isquemias miocárdicas e broncopneumonias 14 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Abdome Agudo Geralmente, o exame físico é pobre e os exames laboratoriais normais ou pouco alterados! ● A imunossenescência reduz a capacidade de reações a infecções, assim como a perda das barreiras naturais como pele e mucosas + diminuição da percepção dolorosa + uso de determinados medicamentos Medicamentos podem mascarar e podem piorar o quadro clínico → AINEs ( + risco de sangramento e/ou perfuração da doença ulcerosa péptica); CE ( risco de sangramento e reduzem resposta inflamatória a infecções; opióides ( mascaram a dor e aumentam o risco de abdome agudo obstrutivo); betabloqueadores (bloqueiam a taquicardia como sinal de infecção) ● Outros: antibióticos, metformina, digitálicos, antidepressivos, anticolinérgicos → alto potencial de desenvolver cólicas, vômitos, diarréia, constipação intestinal, distensão abdominal e retenção urinária que simulam quadro abdominal agudo! Quais as causas de obstrução intestinal? ● Intestino delgado → hérnias - aderências ; neoplasias - massas e cálculos biliares ● Intestino grosso→ neoplasias - massas ; divertículos e vólvulo Quais causas extra-abdominais de dor abdominal? ● Quanto mais idoso maior a chance de uma doença apresentar manifestações em outro sistema ou aparelho diferente do seu local de acometimento! ● Pulmonares → Pneumonias, embolia pulmonar, empiema, pneumotórax ● Cardíacas→ IAM, endocardites, IC ● Endocrinológicas →Cetoacidose diabética, hipercalcemia, crise adrenal ● TGU→ Nefrites, pielonefrites, prostatites ● Infecciosas: Herpes-zóster Como investigar a dor abdominal no idoso e fazer diagnóstico diferencial? ● Avaliar as 4 grandes categorias →infecção, obstrução mecânica, doença vascular e dor abdominal não específica Quais os sinais e sintomas e as dificuldades diagnósticas na dor abdominal? ● História : ○ Febre e alterações eletrolíticas pouco significativas ○ Déficits cognitivos e demências – transtornos psiquiátricos ○ Polifarmácia – opiáceos e benzodiazepínicos – intoxicações ○ Distúrbios auditivos e da linguagem ● Avaliação clínica: ○ Ausência de febre apesar de infecção bacteriana grave e indicação cirúrgica ○ Risco quatro vezes maior de hipotermia ○ Ausência de leucocitose apesar de indicação cirúrgica ○ Percepção alterada da dor e menor localização dela apesar de indicação cirúrgica ○ Comorbidades ○ Reação peritoneal menor devido à fraqueza da musculatura abdominal ○ Supressão da taquicardia por doença cardiovascular ou medicamentos Quais exames podem me ajudar nisso? ● RX de abdome → avaliar presença de ar na cavidade abdominal e vísceras, sinais de obstrução (semi oclusões e oclusões, vólvulo), calcificação de aorta e tratamento para ver corpos estranhos ● USG → aneurisma de aorta, doença biliar e doença pélvica 15 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ACHADOS LABORATORIAIS X DORABDOMINAL Doenças Endocrinometabólicas DM Devido aos fatores do envelhecimento é muito difícil eu suspeitar de diabetes em um idoso não previamente diagnosticado → orienta-se a realização de glicemia de jejum para rastreio, pois apenas com a detecção precoce é possível prevenir ou retardar as complicações tardias, evitar perdas funcionais e garantir a qualidade de vida ao idoso; ● Deve-se se atentar as principais complicações: as vasculares ● Quadro clínico: ○ os sintomas clássicos são raros ○ Sinais e sintomas atípicos → incontinência urinária ou infecção urinária reincidente, fadiga, perda de peso, tonturas, quedas, declínio cognitivo, depressão fraqueza muscular e sintomas de neuropatia periférica; ○ Delirium e o coma → podem ser devidos a quadros de cetoacidose ou hiperosmolares ■ 🚨 Quadros de demência vascular e Alzheimer são relacionados com o diabetes ○ Diversas síndromes geriátricas podem estar relacionadas com o quadro de diabetes→logo diante de qualquer síndrome geriátrica → deve-se investigar diabetes! ○ Salienta-se que infecções e lesões em pés →bem comum em diabéticos TIREOIDE: ● Quadro atípico da doença tireoidiana → Apatia, fragilidade, desânimo, fadiga, alterações de trânsito intestinal, anorexia, perda de apetite e fraqueza muscular proximal Predominando as queixas cardiovasculares como insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, angina de recente começo; ○ 50% dos pacientes com hipertireoidismo têm miopatia → pq há atrofia da musculatura esquelética principalmente em quadril e panturrilha! ○ Nos quadros de fraqueza muscular e declínio funcional insidiosos, a função tireoidiana deve ser avaliada! ● Quadro atípico de hipotireoidismo : quadro insidioso com alteração de peso e ânimo, disfunção cognitiva ( confusão e agitação), artralgia, cãibras, anorexia⇒ está como causa de investigação de demência; ● O que é eutireoidiano doente? → Alterações laboratoriais indicam disfunção glandular de ido a doenças sistêmicas graves ● Pq é tão difícil diagnóstico? É difícil interpretar resultados laboratoriais em idosos porque eles têm muitas comorbidades e uso de medicamentos que podem interferir na função tireoidiana ou no carreamento de hormônios (amiodarona, lítio, estrogênio, corticosteróides etc.). ○ Apresentação mais frequente do hipotireoidsomo é a subclínica→ não há sinais e sintomas, mas o hormônio TSH está alto ( mas com os valores de T3 e T4 normais) → 16 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA pele seca, perda de memória, pensamento alentecido, fraqueza muscular, fadiga, cãibras, intolerância ao frio, obstipação intestinal e alterações da voz O ● No exame físico de tireoide pode ser que a glândula evolua como bócio mergulhante →dificulta palpação PARATIREOIDES Hiperparatireoidismo: mais prevalente em homens, mais frequente em idosos e aumenta com a idade ● Etiologias mais comuns → adenoma benigno, hiperplasia e carcinoma de paratireóide → pode ser secundário a IRC ● Quadro clínico típico → queixas de hipercalcemia → dores pela remodelação anormal óssea, cálculos renais pela hipercalciúria, dores abdominais pelo íleo metabólico e depressão ● Sintomas inespecíficos →fraqueza, fadiga, dificuldade de concentração, déficit cognitivo leve e depressão → mais comuns em idosos principalmente os neuropsiquiátricos; Hipoparatireoidismo: sintomas de hipocalcemia→ < 2,8 mg/dl ● Agudo → predominam espasmos musculares, tetania, parestesias e convulsões; ● Crônico→ déficit visual por catarata ● Convulsões e/ou o delirium → podem levar ao diagnóstico pq a dosagem de cálcio sérico faz parte dos protocolos de investigação Neoplasias Sinais e sintomas de doença consumptiva: inapetência, perda não intencional de peso, fadiga, depressão, anemia, desnutrição, caquexia, metástases, fragilidade, quedas, declínio funcional e imobilidade, alterações endócrinas e hidroeletrolíticas → SÍNDROME DE FRAGILIDADE PODE SE APRESENTAR DAMESMA FORMA! 🚨 Atentar a alteração de trânsito intestinal, queixas urogenitais não explicadas, tumorações e ulcerações, quadros compressivos, doresósseas, aumento de volume abdominal, icterícia, fraturas patológicas. ● BÔNUS: quadros depressivos, síndromes paraneoplásicas → neuropatias e as alterações endócrinas e hidroeletrolíticas → como a síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético; ● A idade do paciente, por si só, não deve servir como impedimento para a realização de pesquisa periódica de neoplasias, mesmo antecipando possíveis dificuldades terapêuticas! Iatrogenia 🚨 Todo sinal ou sintoma de instalação subsequente ao início de novo medicamento ou aumento de dose deve levantar a suspeita de ser causa farmacológica → hipotensão ortostática e/ou quedas→ indução de progressiva imobilidade! ● Deve-se se atentar ao consumo excessivo ou retirada abrupta de fármacos ⇒ desenvolvimento de estados confusionais agudos ( benzodiazepínicos) Quando pensar em iatrogenia? Paciente apresentar de forma aguda ou subaguda → declínio funcional, confusão mental, déficit cognitivo, distúrbios comportamentais, síntomas depresivos, queixas de tonturas, alterações da marcha e do equilíbrio, quedas repetidas, incontinência urinária e/ou fecal 17