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Módulo 3 - Fatores de Risco no Teletrabalho

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1
Segurança e Saúde do 
Trabalho no Contexto do 
Teletrabalho
Fatores de Risco no 
Teletrabalho3
2
Conteudista:
Mara Queiroga Camisassa (conteudista, 2021); 
Diretoria de Desenvolvimento Profissional. 
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2021
SAIS - Área 2-A -70610-900 - Brasília, DF
3
Sumário
Unidade 1: Ergonomia ................................................................................................................4
1.1 O que é a Ergonomia ...................................................................................................................................... 4
1.1.1 Ergonomia no teletrabalho ............................................................................................................... 5
1.2 Dimensões da Ergonomia............................................................................................................................. 5
1.2.1. Ergonomia Cognitiva ........................................................................................................................ 5
1.2.2 Ergonomia Organizacional ............................................................................................................... 8
1.2.3 Ergonomia Física ................................................................................................................................. 9
1.2.3.1 Qual a postura correta? ....................................................................................................... 9
1.2.3.2 A posição sentada ...............................................................................................................11
Referências .............................................................................................................................................................13
 
Unidade 2: Conhecendo os Fatores de Risco .................................................................... 14
2.1 O mito da postura correta ..........................................................................................................................14
2.1.1 Qual modelo de ser humano orienta as análises da Ergonomia? ......................................14
2.1.2 Biomecânica, dinâmica do corpo e o mito da postura correta ...........................................15
2.1.3 Qual é a melhor postura? ...............................................................................................................15
2.2 As Lesões por Esforços Repetitivos e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Traba-
lho (LER/DORT) ....................................................................................................................................................16
2.2.1 Etiologia ...............................................................................................................................................17
2.2.2 LER/DORT na História ....................................................................................................................18
2.2.3 LER/DORT – Prevenção .................................................................................................................19
2.3 Recomendações da Ergonomia para o teletrabalho ..........................................................................21
2.4. Riscos psicossociais ....................................................................................................................................29
2.4.1 Estresse relacionado ao trabalho ................................................................................................30
2.4.2 Classificação dos riscos psicossociais .......................................................................................31
2.4.3 Consequências dos riscos psicossociais ..................................................................................31
2.4.4 Intervenção psicossocial ................................................................................................................32
2.4.5 Estratégias gerais de prevenção e controle .............................................................................33
Referências .............................................................................................................................................................34
4
O objetivo deste Módulo é apresentar o conceito de Ergonomia e os principais fatores de risco advindos do 
teletrabalho e suas consequências.
Fatores de Risco no Teletrabalho
M
Ó
D
U
LO
3
Unidade 1: Ergonomia
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade você será capaz de compreender o conceito de ergonomia, identificar os fatores relacionados 
aos riscos ergonômicos e psicossociais advindos do teletrabalho, suas consequências e como evitá-las.
1.1 O que é a Ergonomia
Segundo o professor Etienne Grandjean (1998), a palavra Ergonomia é formada pela junção de dois radicais 
gregos: ergos (trabalho) e nomos (normas, leis, regras). Resumidamente, ergonomia pode ser definida como 
a ciência da configuração do trabalho adaptado ao homem.
 A International Ergonomics Association (IEA) (https://iea.cc/), fundada por Grandjean, define a Ergonomia 
como uma disciplina científica que busca o entendimento das interações entre os seres humanos e outros 
elementos ou sistemas. Tal disciplina também propõe a aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a 
projetos, a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema. 
Nesse sentido, é fundamental que você compreenda nesta unidade que a Ergonomia vai muito além dos 
aspectos físicos. Ela alcança também os aspectos psicofisiológicos, cognitivos e organizacionais.
Os profissionais da ergonomia são chamados de ergonomistas. 
Entre suas funções, esses profissionais contribuem para o 
planejamento, o projeto e a avaliação de tarefas, postos de 
trabalho, produtos, ambientes e sistemas, de modo a torná-los 
compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das 
pessoas (MARTINS, 2018). 
Veja no próximo item como se dá a aplicação da ergonomia para o teletrabalho. 
https://iea.cc/
5
1.2 Dimensões da Ergonomia
1.1.1 Ergonomia no teletrabalho
A informática não é novidade e seus prós e contras vêm sendo discutidos há muito tempo, dada a 
profundidade com que está presente na vida das pessoas. De fato, como você deve ter percebido, o debate 
tem evoluído. Há muito tempo que a informática entrou profundamente nas nossas vidas. Os prós e os 
contras da informatização foram discutidos desde o seu aparecimento e o debate tem evoluído à medida 
que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e os seres humanos têm se tornado inseparáveis 
(ABERGO, 2020). 
Conforme a Abergo (2020), tal processo de evolução tecnológica acaba por colocar os seres humanos diante 
de sistemas cada vez mais complexos e pode, nesse contexto, gerar efeitos indesejados para a sua saúde. 
Normalmente as respostas e os comportamentos esperados do Homem perante sistemas complexos são 
difíceis de compreender/predizer, o que introduz uma variedade de problemas nessa interação. 
No caso das TICs, esse fenômeno é particularmente importante, sobretudo pela intrincada natureza das 
interações. As TICs estão largamente presentes no cotidiano e, sendo assim, torna-se fundamental conviver 
com esse tipo de sistema complexo. Nessa convivência a Ergonomia constitui um importante recurso para 
gerir os desafios que a relação com as TICs representa.
Como você já sabe, a Ergonomia estuda o homem inserido numa situação de trabalho, incluído aí o trabalho 
no contexto das Tecnologias de Informação e Comunicação. 
Especificamente na situação do teletrabalho existe toda uma interferência na vida privada do trabalhador, 
já que as dimensões sociais e familiares foram também inseridas no contexto do trabalho. Essa situação 
coloca para a Ergonomia os seguintes desafios: como intervir? E usando qual referencial metodológico? 
Considerados esses desafios, você vai conhecer, a seguir, as dimensões da Ergonomiae como elas se 
inserem no contexto do teletrabalho.
A Ergonomia pode ser pensada em seus aspectos cognitivos, organizacionais e físicos. Veja detalhadamente 
cada um dos aspectos a seguir.
1.2.1. Ergonomia Cognitiva
A Ergonomia Cognitiva avalia a carga mental de trabalho, os processos de tomada de decisão, 
o desempenho especializado, a confiabilidade humana, o estresse profissional e a respectiva 
formação (especialidades, treinamentos).
Outros temas avaliados pela Ergonomia Cognitiva são percepção, a memória, o raciocínio e a 
resposta motora ligadas à interface entre o trabalhador e os elementos de um sistema. Ou seja, a 
Ergonomia Cognitiva se interessa por nossa maneira de reconhecer e interpretar as informações, 
pelo trabalho com carga cognitiva intensa. 
A Ergonomia Cognitiva alcança também a forma como o trabalhador interage com o computador, 
com as máquinas, com os programas, como ele reconhece os dados que são importantes, como os 
interpreta, e a partir daí consegue produzir com eficiência sem prejuízo da sua saúde.
6
No contexto da Ergonomia Cognitiva, o teletrabalho representa um grande 
desafio: como conseguir se concentrar dentro de casa quando existem 
inúmeras variáveis fora do nosso controle — filhos, vizinhos, obras, ruídos da 
rua, internet que não funciona. 
Avaliar a carga mental de trabalho é papel da ergonomia cognitiva.
Elaboração: CEPED/UFSC (2022).
O ambiente de trabalho foi desenhado para se trabalhar, enquanto a casa da maioria das pessoas não foi pensada 
como um local de trabalho. Nessa esteira, cada teletrabalhador deve se perguntar como manter a capacidade de 
concentração no seu “posto de trabalho”. E, claro, as respostas podem ser as mais variadas possíveis. 
A capacidade de concentração de seu colega pode ser substancialmente diferente da capacidade de 
concentração que você, que está participando deste curso, apresenta. Um exemplo representativo disso é que 
algumas pessoas não conseguem se concentrar quando há qualquer tipo de ruído no ambiente. 
A capacidade de concentração dos teletrabalhadores e sua sensibilidade aos ruídos varia 
diferentemente de pessoa para pessoa. 
Elaboração: CEPED/UFSC (2022).
7
• Norma Regulamentadora Nº 17 (NR-17): A Norma Regulamentadora nº 17 (NR17) 
(BRASIL, 2021) determina parâmetros relativos ao ruído de conforto, ou conforto acústico, 
para ambientes de trabalho. Você deve considerar, contudo, que agora a casa também é um 
ambiente de trabalho!
Para ler integralmente o texto da NR17, visite o seguinte link:https://www.gov.br/trabalho-e-
previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-
saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-17-nr-17. 
• ABNT NBR 10152 – Acústica – Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações: 
A Norma Técnica NBR 10152, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, estabelece os 
procedimentos técnicos a serem adotados na execução de medições de níveis de pressão sonora 
em ambientes internos a edificações (incluindo residências!), bem como os valores de referência 
para avaliação dos resultados em função da finalidade de uso do ambiente.
É claro que estes parâmetros são referências e atendem às condições de conforto para a maioria da 
população. Contudo, para algumas pessoas, mesmo ruídos inferiores aos valores de referência podem ser 
incômodos, podem causar estresse e ansiedade. Ao mesmo tempo, para outras pessoas, ruídos superiores 
aos de referência podem nem ser tão incômodos assim. 
É importante que você diferencie o desconforto que determinados ruídos geram da chamada “sobrecarga 
acústica” que se aplicaria a certos ambientes de trabalho, geralmente indústrias. 
Desse modo, ruído de conforto é aquele que permite que o 
indivíduo mantenha sua capacidade de atenção e concentração, 
produzindo com eficiência, sem prejuízo da sua saúde. Se 
presente em níveis que prejudicam o conforto e a atenção, 
passam a ser entendidos como perturbação passível de prejuízo 
ao bom desempenho da tarefa.
Dicas da Ergonomia Cognitiva para manutenção da capacidade de concentração no teletrabalho
• É desejável que o teletrabalhador tenha um espaço separado para o trabalho e, de preferência, que 
este ambiente não seja o seu quarto. O ambiente ideal deve ser silencioso e arejado. 
• Alguns teletrabalhadores, se necessário e possível, podem lançar mão de protetores auditivos nos 
casos em que ruídos externos não permitam que se tenha um ambiente silencioso. Nesses casos é 
preciso cuidado com a conservação desses protetores.
• A ventilação do local também deve ser adequada.
• Deve ser dada preferência à iluminação natural em detrimento da artificial. A iluminação artificial deve 
ser usada de forma complementar à iluminação natural, quando necessário. 
Quando falamos da interferência dos sons do ambiente na capacidade de concentração, estamos falando sobre 
“ruído de conforto” e, com relação a esse assunto, existem no Brasil pelo menos duas normativas importantes.
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-17-nr-17
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-17-nr-17
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-17-nr-17
8
Entre as dicas para melhorar a capacidade de concentração que você recebeu, a iluminação é um 
tópico muito importante!
Tal como preconizado pela NR-17, o iluminamento adequado não depende só da quantidade de luz que 
incide no plano de trabalho. Depende também da refletância dos materiais, das dimensões do detalhe 
a ser observado ou detectado, do contraste com o fundo etc.
A situação mais desejada seria aquela em que, além do iluminamento geral, o trabalhador dispusesse 
de fontes luminosas individuais nas quais pudesse regular a intensidade.
Pode-se observar uma iluminação inadequada quando houver contrastes excessivos, sobretudo entre 
o monitor do computador e o fundo e reflexos nas telas dos terminais.
Agora que você já conheceu melhor o trabalho da Ergonomia aplicada às questões cognitivas, aprendeu 
o que é ruído de conforto e recebeu dicas para melhorar sua concentração no trabalho, chegou a hora 
de passar para a Ergonomia Organizacional. 
1.2.2 Ergonomia Organizacional
A Ergonomia Organizacional corresponde ao estudo do gerenciamento de recursos coletivos de trabalho, 
incluindo a organização temporal do trabalho, os projetos participativos, os novos paradigmas do trabalho a 
serem adotados, o trabalho cooperativo, o trabalho em grupo, a cultura organizacional, as organizações em rede, 
os mecanismos de seleção de mão de obra, os métodos de treinamento, o teletrabalho e a gestão da qualidade.
Com o teletrabalho a dimensão coletiva e temporal da Ergonomia 
Organizacional ganhou novos contornos, pois tempo e espaço agora 
são, em regra, geridos pelo próprio teletrabalhador.
A capacidade de concentração no teletrabalho pode ser melhorada com dicas da ergonomia.
Elaboração: CEPED/UFSC (2022).
O trabalho cooperativo que antes era realizado presencialmente, por exemplo, nas reuniões em grupo, nos encontros 
realizados em salas de reunião, agora ocorre a distância, o que pode levar a uma sensação de não participação, em 
alguns casos até mesmo de não pertencimento ao grupo e de não inserção na cultura organizacional.
9
1.2.3 Ergonomia Física
A Ergonomia Física corresponde aos estudos acerca da postura no trabalho, do manuseio de materiais 
e dos distúrbios musculoesqueléticos devido a posturas e movimentos excessivos de tronco e membros 
superiores, como, por exemplo, elevação de braços acima da linha dos ombros, esforço estático da coluna, 
movimentos repetitivos e flexão excessiva de tronco.
Segundoa Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), a ergonomia física está relacionada com as 
características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica e sua relação com a atividade física.
No contexto da Ergonomia Física, é importante que você, a partir de agora, passe a questionar: Qual a 
postura correta?
1.2.3.1 Qual a postura correta? 
Segundo o professor Raoni Rocha (2018), não existe uma resposta engessada para esta pergunta. É 
necessário pensar menos nas questões posturais e pensar mais no conforto, mas mesmo o que caracteriza 
“conforto” é uma questão subjetiva, pois isso varia de pessoa para pessoa. 
Nesse sentido, a customização do posto de trabalho deve acontecer de acordo com o que for mais confortável 
para o teletrabalhador.
Estudos contemporâneos (ROCHA, 2018) que 
investigam a postura no trabalho, mostram 
que, por um lado, é necessário reduzir a rigidez 
e priorizar a flexibilização do posto de trabalho, 
no sentido de sua customização: por exemplo, 
teclado e mouse devem ser independentes; as 
cadeiras devem ser reguláveis com apoio lombar; 
podem possuir apoios eventuais para os braços, 
as plantas dos pés devem se apoiar no chão. O 
trabalhador também deve fazer pausas regulares. 
Mas até mesmo a regularidade ou periodicidade 
das pausas vai variar de pessoa para pessoa.
Desta forma, na situação do teletrabalho se 
deve buscar descobrir os ajustes para o posto de 
trabalho da forma que seja mais confortável para 
você trabalhar.
Além disso, os esforços estáticos, ou seja, 
posições estáticas mantidas por longos períodos, 
devem ser reduzidos ao máximo. Todo esforço 
de manutenção postural implica uma contração 
muscular estática que pode ser nociva à saúde 
e, portanto, toda e qualquer postura rígida e fixa 
deve ser evitada. 
A customização do posto de trabalho deve priorizar o 
conforto do teletrabalhador.
 Elaboração: CEPED/UFSC (2022).
O tempo de manutenção de uma mesma postura deve 
ser o mais breve possível: devendo ser considerado para 
tanto o tempo unitário de manutenção (sem possibilidade 
de modificações) e o tempo total de manutenção diária. 
10
A necessidade de variar a postura e de evitar a sua manutenção prolongada é justificada porque os músculos 
usados para manter a postura sentada e a postura em pé não são os mesmos, e porque a imobilidade 
postural prejudica a nutrição dos discos intervertebrais, favorecendo sua degeneração.
Concluindo, qualquer postura mantida prolongadamente é mal tolerada. A alternância de posturas deve ser 
sempre privilegiada, pois permite que os músculos recebam seus nutrientes e não fiquem fatigados.
Na verdade, o entendimento que aparece na Nota Técnica 060/2001 (BRASIL, 2001) é o de que não há que se 
falar em postura correta, mas sim na postura mais adequada ao trabalhador, que é aquela escolhida livremente 
e que pode ser variada ao longo do tempo. A alternância postural deve sempre ficar à sua livre escolha. 
Você, teletrabalhador, é quem vai saber, diante da exigência momentânea da tarefa, se é melhor a posição 
sentada ou em pé. Uma tarefa não tem exigências fixas, por isso nunca se pode afirmar de antemão qual é 
a melhor postura baseando-se apenas em critérios biomecânicos (BRASIL, 2001).
O que você deve ter em conta é que o tempo de manutenção de uma postura, seja em pé ou sentado, deve 
ser o mais breve possível, pois seus efeitos, nocivos ou não, serão em função do tempo durante o qual ela 
será mantida (BRASIL, 2001).
Mais importante do que pensar em uma postura correta é apostar na variação de 
posturas ao longo do tempo. 
Elaboração: CEPED/UFSC (2022).
Ainda segundo a Nota Técnica 060/2001 (BRASIL, 2001) a totalidade dos esforços de manutenção postural 
leva a uma tensão estática, caracterizada por um estado prolongado de contração da musculatura. Essa tensão 
pode ser nociva à saúde. E difere, por sua vez, do trabalho dinâmico, que se caracteriza por uma sequência 
rítmica de contrações e extensões, portanto de tensionamento e afrouxamento da musculatura em trabalho.
Por isso, não se pode suportar por muito tempo um trabalho estático: a dor obriga a interromper o trabalho, 
já que “Manutenções estáticas prolongadas podem também induzir ao desgaste das articulações, discos 
invertebrais e tendões” (BRASIL, 2001, p. 1). Por outro lado, o trabalho dinâmico — desde que num ritmo 
adequado — pode ser feito por um período maior, sem cansaço ou dor.
Como apontaram Medeiros e Costa (2013, p. 42):
[...] tanto a postura corporal, como a aplicação de forças assumidas pelos trabalhadores são influenciadas 
pelas características da tarefa e pelo meio ambiente de trabalho, podendo tais fatores favorecer o 
desenvolvimento de sobrecargas corporais e o aumento do gasto energético com consequente produção 
de tensões musculares nos ligamentos e articulações. Com isto, resultar em desconfortos e dores, 
que são precedentes de doenças ocupacionais e perda da qualidade motriz no trabalho. (MEDEIROS; 
COSTA, 2020, p. 42).
11
Para saber mais sobre ergonomia e os principais aspectos do trabalho real, acesse: 
https://ergonomiadaatividade.com/
Saiba mais
1.2.3.2 A posição sentada
Como você já deve imaginar, o teletrabalho tem como caraterística principal o trabalho sentado. Nesse 
sentido, existe uma tendência a que o teletrabalhador permaneça por longos períodos nessa postura.
Segundo o “Manual de Aplicação da NR17” (BRASIL 2001), o esforço postural (estático) e as solicitações 
sobre as articulações são mais limitados na postura sentada do que em pé. 
A postura sentada permite melhor controle dos movimentos devido ao esforço de equilíbrio reduzido. É, sem 
sombra de dúvida, a melhor postura para trabalhos que exijam precisão, atenção e solicitação constantes.
De maneira geral, os problemas lombares advindos da postura sentada são justificados pelo fato de a 
compressão dos discos intervertebrais ser maior nessa posição do que em pé. No entanto, tais problemas 
não são apenas decorrentes das cargas que atuam sobre a coluna vertebral, mas, principalmente, da 
manutenção da postura estática (BRASIL, 2001). 
Veja a seguir quais são as vantagens da posição sentada conforme a “Nota Técnica 06/2001” (BRASIL, 2001)
• Baixa solicitação da musculatura dos membros inferiores, reduzindo, assim, a sensação de 
desconforto e cansaço;
• Possibilidade de evitar posições forçadas do corpo;
• Menor consumo de energia;
• Facilitação da circulação sanguínea pelos membros inferiores.
Agora que você já viu as vantagens, conheça também as desvantagens! 
• Pouca atividade física geral (sedentarismo);
• Adoção de posturas desfavoráveis: lordose ou cifoses excessivas;
• Estase sanguínea nos membros inferiores, situação agravada quando há compressão da face 
posterior das coxas ou da panturrilha contra a cadeira, se esta estiver mal posicionada.
https://ergonomiadaatividade.com
12
Trabalhar na postura sentada apresenta vantagens e desvantagens. 
Fonte: Freepik
De posse desses conhecimentos produzidos pela Ergonomia acerca do mito da postura correta e das 
vantagens e desvantagens de se trabalhar na posição sentada no contexto do teletrabalho, agora você 
pode fazer melhores escolhas que lhe garantam saúde e conforto ao trabalhar!
Bons estudos!
13
Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO). Sete Recomendações da Ergonomia para 
o teletrabalho em casa e/ou ensino aprendizagem à distância para utilizadores de 
Computadores Portáteis, Tablets e outros Dispositivos Móveis. ABERGO. The IEA Press, 
2020.
ABRAHAO, J. et al. Introdução à ergonomia. São Paulo: Finatec/Blucher, 2009.
 BRASIL. Ministério do Trabalho. Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora Nº 
17. Brasília: MTE, SIT, 2002. Disponível em https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/
pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/manuais-e-
publicacoes/manual_de_aplicacao_da_nr_17.pdf/view. Acesso em: 12 nov. 2021.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Nota Técnica nº 60 de 3 de setembro de 
2001. Ergonomia– Indicação da postura a ser adotada na concepção de pontos de trabalho. 
Brasília, DF, 3 set. 2001.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Portaria nº 423 de 07 de outubro de 2021. 
Aprova a nova redação da Norma Regulamentadora nº 17 - Ergonomia. Diário Oficial 
da União. Brasília, DF, 08 out. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-
previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/
seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-17-nr-17. Acesso 
em: 4 mar. 2022.
GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia: Adaptando o trabalho ao homem. Porto 
Alegre: Ed. Bookman, 1998. 
MARTINS, L. G. Análise Ergonômica do Trabalhador em Geral. Trabalho de Conclusão 
(Bacharelado). Engenharia da Produção. Faculdade de Macapá (FAMA). Macapá, 2018. 
Disponível em: https://repositorio.pgsskroton.com/bitstream/123456789/23055/1/
LUCIANA%20GOMES%20MARTINS.pdf Acesso em: 18 nov. 2021.
MEDEIROS; L.G; COSTA, M. L. A. As alterações musculoesqueléticas e suas implicações na 
saúde ocupacional. Rebes. Pombal, PB. v.3. n.1, p.41-47, jan.-mar. 2013. 
MOTA, J.D. A evolução do teletrabalho no ordenamento jurídico e sua regulamentação 
com a reforma trabalhista. São Paulo: Editora Dialética, 2021.
ROCHA, Raoni. Ergonomia da Atividade. O mito da postura correta. 5 nov. 2018. Disponível 
em: https://ergonomiadaatividade.com/2018/11/05/o-mito-da-postura-correta/ Acesso 
em: 21 nov. 2021.
Referências
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/manuais-e-publicacoes/manual_de_aplicacao_da_nr_17.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/manuais-e-publicacoes/manual_de_aplicacao_da_nr_17.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/manuais-e-publicacoes/manual_de_aplicacao_da_nr_17.pdf/view
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-17-nr-17
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-17-nr-17
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-17-nr-17
https://repositorio.pgsskroton.com/bitstream/123456789/23055/1/LUCIANA%20GOMES%20MARTINS.pdf
https://repositorio.pgsskroton.com/bitstream/123456789/23055/1/LUCIANA%20GOMES%20MARTINS.pdf
https://ergonomiadaatividade.com/2018/11/05/o-mito-da-postura-correta/
14
Unidade 2: Conhecendo os Fatores de Risco
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade você será capaz de identificar os fatores de risco no teletrabalho, além de desmistificar 
o conceito da postura correta.
2.1 O mito da postura correta
Você já ouviu falar em postura correta? Sabia que ela pode ser considerada um mito? 
No artigo “A Cadeirologia e o mito da postura correta”, Ada Ávila Assunção (2004) questiona as abordagens 
tradicionais sobre as posturas adotadas pelos trabalhadores. Segundo a autora, tais abordagens procuram 
identificar e prescrever a postura correta sem, entretanto, considerar a ação humana durante o cumprimento 
dos objetivos da produção. Nesse sentido, a postura pode ser tomada em seu aspecto multifatorial, o que 
quer dizer que depende não somente de fatores antropométricos, mas também das condições ambientais, 
das exigências cognitivas, dentre outros.
A abordagem (tradicional) da cadeira é, nesse contexto, denominada “Cadeirologia”, e reduz o conceito de 
postura ao desconsiderar a dinâmica do aparelho musculoesquelético e ao desprezar as outras funções do 
organismo implicadas na fisiologia postural, como a função visual; a mecânica circulatória; a posição dos 
órgãos internos; e o sistema neurológico. 
Veja o que Assunção diz sobre a cadeirologia:
“Sustentando-se em um modelo reducionista de ser humano, ou seja, o homem-máquina, a cadeirologia 
elabora recomendações para concepção do mobiliário incompatíveis com as possibilidades do corpo 
humano. A incompatibilidade gera conflitos entre os aparatos oferecidos pelo mobiliário e a utilização real 
que o trabalhador faz deles” (ASSUNÇÃO, 2004, paginação irregular)
Para tratar as demandas do seu trabalho, o trabalhador mobiliza as informações sobre as características da 
tarefa, arranja as diferentes partes de seu corpo em um ambiente com determinadas características térmicas, 
sonoras e luminosas. Uma abordagem reduzida da situação do trabalho contentar-se-ia em avaliar as dimensões 
antropométricas, desconsiderando o uso que o funcionário faz do seu mobiliário (ASSUNÇÃO, 2004).
2.1.1 Qual modelo de ser humano orienta as análises da Ergonomia?
O modelo de ser humano trabalhado pela Ergonomia não é um modelo mecânico, mas considera a ação que 
o trabalhador realiza, ação essa mobilizada pela inteligência e pela experiência (ASSUNÇÃO, 2004). 
Durante seu regime de trabalho, você, como trabalhador, muda de postura, fazendo uso de uma musculatura 
que estava em repouso, efetua processo de decisão, está atento ao seu ambiente de trabalho etc. Nesse 
sentido, é completamente irresponsável a comparação entre o indivíduo e uma máquina, uma vez que a 
máquina não tem qualquer noção do mundo que a rodeia.
Ademais, é importante que você tenha em conta que existe variabilidade inter e intraindividual e que em 
toda atividade profissional existe uma atividade mental.
Para que você avalie melhor como funciona o mito da postura correta, pense, por exemplo, no plano 
cognitivo. Uma série de fatores — como excesso de luminosidade, ruídos, fadiga e horários extremos de 
trabalho — pode deixá-lo, como trabalhador, suscetível ao cansaço e ao adoecimento. 
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“Assim, de que adiantaria a utilização de uma cadeira de dimensões adequadas se a tensão provocada 
pelos desajustes da organização do ambiente de trabalho provoca hiper contração da musculatura dorsal 
e cervical?” (ASSUNÇÃO, 2004, paginação irregular).
2.1.2 Biomecânica, dinâmica do corpo e o mito da postura correta
A Biomecânica, uma ciência multidisciplinar que estuda as forças estáticas e dinâmicas que agem sobre o 
corpo, pode oferecer muitas contribuições para a concepção dos espaços de trabalho. 
Contudo, a biomecânica deve estar sempre articulada a outras dimensões humanas (experiência, inteligência, 
ambiente, condições de trabalho), evitando-se dessa forma uma abordagem reduzida ao trabalhador, que 
explicaria, por exemplo, o insucesso do mobiliário em garantir conforto e saúde ao teletrabalhador no 
contexto do teletrabalho. (ASSUNÇÃO, 2004).
Por exemplo, o aumento de Lesões por Esforços Repetitivos (LER) no mundo todo conduz à hipótese de 
que as exigências biomecânicas têm sido superiores às capacidades individuais, o que têm impactado na 
saúde dos trabalhadores. 
Assim, se os conhecimentos da biomecânica são importantes para pensar as posturas no trabalho e 
orientar como os postos de trabalho deverão ser organizados, é importante ter em conta que essa mesma 
biomecânica desconsidera a dinamicidade dos corpos e, assim, deixa margens para que persevere o mito 
da postura correta.
2.1.3 Qual é a melhor postura?
Se você fosse perguntado, saberia definir o que é postura?
“Postura é o arranjo relativo das partes do corpo. A postura é o principal elemento da atividade do ser 
humano, ou seja, não se trata apenas de se manter em pé ou sentado, mas de ‘agir’ dando um suporte à 
tomada de informações e à ação motora no meio de trabalho” (ASSUNÇÃO, 2004, paginação irregular)
Ou seja, vista dessa forma a postura é um meio através do qual o indivíduo simultaneamente localiza as 
informações e prepara seu corpo para agir no ambiente. A melhor postura, portanto, é aquela que pode ser 
variada ao longo da jornada detrabalho. 
A postura saudável seria o estado de equilíbrio muscular 
e esquelético no qual os músculos funcionam mais 
eficientemente e posições ideais são proporcionadas 
para acomodar os órgãos torácicos e abdominais.
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2.2 As Lesões por Esforços Repetitivos e os Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho (LER/DORT)
Você provavelmente já ouviu falar em Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho! LER/DORT é o nome dado a um grupo de doenças que afeta todo o sistema 
musculoesquelético e os ligamentos dos seres humanos, e que acarretam uma perda funcional parcial ou 
total, temporária ou permanente. Alguns exemplos desse grupo de doenças são a síndrome do túnel do 
carpo, a epicondilite, a tendinite, a bursite, entre outros tipos de patologias.
As LER/DORT acometem o trabalhador exposto a riscos relacionados a fatores ergonômicos e o teletrabalho 
apresenta a possibilidade de potencializar o surgimento de novos casos de LER/DORT.
Segundo a Instrução Normativa DC/INSS nº 98 de 5 de dezembro de 2003:
“[...] entende-se LER/DORT como uma síndrome relacionada ao trabalho, caracterizada pela ocorrência 
de vários sintomas concomitantes ou não, tais como: dor, parestesia, sensação de peso, fadiga, de 
aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores, mas podendo acometer membros inferiores. 
[...]
São resultado da combinação da sobrecarga das estruturas anatômicas do sistema osteomuscular com a 
falta de tempo para sua recuperação. 
A sobrecarga pode ocorrer seja pela utilização excessiva de determinados grupos musculares em 
movimentos repetitivos com ou sem exigência de esforço localizado, seja pela permanência de segmentos 
do corpo em determinadas posições por tempo prolongado, particularmente quando essas posições 
exigem esforço ou resistência das estruturas musculoesqueléticas contra a gravidade.” (BRASIL, 2003)
Até há alguns anos, as LER/DORT eram mais comumente associadas às dimensões fisiológicas do ser 
humano. A tendência atual, por outro lado, é associá-las também às dimensões psíquicas, cognitivas e sociais. 
Nesse sentido, as LER/DORT não devem ser explicadas apenas com base na dimensão fisiológica, mas 
também a partir de todos os outros aspectos que compõem as situações de trabalho. 
Por exemplo, a necessidade de concentração 
e atenção para que o trabalhador realize suas 
atividades e a tensão imposta pela organização 
do trabalho são fatores que interferem de forma 
significativa para a ocorrência das LER/DORT. 
No contexto do teletrabalho, por sua vez, essas 
exigências são potencializadas em função de alguns 
fatores, como, por exemplo, inadequação do local de 
trabalho e falta de controle de fatores como ruídos 
externos e infraestrutura, como a internet. 
Lesões incapacitantes como as LER/DORT 
afetam psicologicamente o trabalhador e podem 
causar transtornos mentais, mas, além disso, 
sofrimentos ou adoecimentos mentais podem 
provocar lesões incapacitantes.
A compreensão de LER/DORT deve considerar dimensões 
fisiológicas e psicossociais 
Fonte: Freepik
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2.2.1 Etiologia
Você sabe o que quer dizer Etiologia? 
Etiologia é o ramo do conhecimento que estuda a causa e as origens de determinado fenômeno. No caso da 
medicina, é o estudo da causa e origem das doenças.
Como aponta um documento produzido pelo Ministério da Saúde acerca de LER/DORT e dor relacionada 
ao trabalho (BRASIL, 2006), a etiologia dos casos de LER/DORT é multifatorial. Isso quer dizer que, 
diferentemente de uma intoxicação por metal pesado, cuja etiologia é claramente identificável, nos casos 
de LER/DORT é importante analisar os vários fatores de risco envolvidos direta ou indiretamente. 
Os fatores de risco não são necessariamente as causas diretas de LER/DORT, mas podem ocasionar as 
ações que produzem as lesões ou os distúrbios. Assim, tais fatores não são independentes: eles estão em 
constante interação e devem ser considerados integradamente. 
Os fatores de risco envolvem: aspectos biomecânicos, cognitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho, 
ou seja, todos eles presentes no teletrabalho. Por exemplo, fatores organizacionais como carga de trabalho e pausas 
para descanso podem controlar fatores de risco quanto à frequência e à intensidade do trabalho.
Os grupos de fatores de risco para LER/DORT no contexto do teletrabalho podem ser relacionados com o 
mobiliário do posto de trabalho, com as condições ambientais do local onde o trabalho é realizado e com os 
fatores organizacionais e psicossociais.
Seguem alguns fatores de risco conforme Kuorinka e Forcier (1995 apud BRASIL, 2006).
Os fatores de risco das LER/DORT são fatores orientadores e 
não determinantes para a ocorrência de lesões. Deve-se sempre 
abrir possibilidades para novas formas de exposição aos fatores 
de risco para a ocorrência de LER/DORT.
• Posto de trabalho inapropriado: Se as dimensões do posto de trabalho por si só não causam distúrbios 
musculesqueléticos, elas podem forçar o trabalhador a adotar posturas estereotipadas, a suportar 
certas cargas e a se comportar de forma a causar ou agravar as afecções musculoesqueléticas. Trata-
se, aqui, por exemplo, da adoção de posturas extremas ou que modificam a geometria corporal e 
podem gerar estresse sobre tendões, músculos e outros tecidos. 
• Mouse com fio curto demais: Um mouse inapropriado acaba por obrigar o teletrabalhador a 
manter o tronco para frente e membro superior estendido.
• Reflexos no monitor: Os reflexos atrapalham a visão, o que obriga o teletrabalhador a permanecer 
em determinada postura do corpo e da cabeça para vencer essa dificuldade.
• Exposição a ruídos: Em especial ruídos externos sobre os quais o teletrabalhador não tem controle 
que, entre outros efeitos, pode produzir mudanças de comportamento.
• Pressão mecânica localizada: Trata-se, aqui, da pressão provocada pelo contato físico com cantos retos ou 
quinas vivas dos móveis que ocasiona compressões de estruturas moles do sistema musculoesquelético.
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• Carga estática: Esse fator ocorre quando um membro é mantido numa posição que vai contra a gravidade, 
de modo que a atividade muscular do teletrabalhador não pode se reverter a zero (esforço estático).
• Invariabilidade da tarefa: Que implica monotonia fisiológica e/ ou psicológica. 
• Exigências cognitivas: Essas exigências podem ter um papel no surgimento das lesões e 
dos distúrbios, seja causando aumento da tensão muscular, seja causando uma reação mais 
generalizada de estresse.
• Fatores organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho: São as percepções subjetivas que o 
teletrabalhador tem dos fatores de organização do trabalho, por exemplo: considerações relativas 
à carreira, à carga, ao ritmo de trabalho e ao ambiente social e técnico do trabalho. A “percepção” 
psicológica que o indivíduo tem das exigências do trabalho é o resultado das características físicas 
da carga, da personalidade do indivíduo e das experiências anteriores.
Segundo Raoni Rocha (2018), citando o pesquisador François Daniellou, as LER/DORT estão associadas 
a formas de patologias organizacionais, ou seja, uma empresa doente adoece seus trabalhadores. 
Evidentemente, tal conceito também alcança os teletrabalhadores.
É importante, neste momento, o destaque para o fato de que os agravos ocasionados pela LER/DORT 
também podem ser causados por doenças hormonais, metabólicas, imunológicas, infecciosas, psiquiátricas, 
estresse, traumatismos, atividades de lazer, atividades esportivas, atividades com instrumentos musicais, 
obesidade, gravidez e menopausa. Desse modo, essas doenças merecem especial atenção dos profissionais 
de saúde, de forma multidisciplinar, inclusive e principalmente no contexto do teletrabalho (ROCHA, 2021).
2.2.2 LER/DORT na História
Conforme documento veiculado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2012), a dor relacionada ao trabalho é 
descrita desde a Antiguidade, mas passou a ser registrada sistematicamente a partir da obra deBernardino 
Ramazzini, datada de 1700. 
Nessa obra são mencionadas as dores que os escribas e notários relatavam, sobretudo considerando que 
registravam manualmente aquilo que os príncipes desejavam que fosse escrito. 
A Revolução Industrial, como você pode imaginar, configura um marco no desequilíbrio entre as atividades 
realizadas pelos trabalhadores e a capacidade física dos indivíduos. Desse modo, a partir daí casos clínicos 
de dor começaram ser mais numerosos. 
Assim entende-se que a alta prevalência de LER/DORT (BRASIL, 2012) ocorre pelas transformações 
sofridas tanto no âmbito do trabalho quanto nas próprias empresas como instituições: o aumento de metas 
de produtividades e de competitividade que busca atender as necessidades da empresa e qualidade do 
produto, sem levar em consideração os limites físicos e psicossociais dos trabalhadores. 
É exigido dos trabalhadores uma adequação às características das empresas. Nesse 
sentido, tem-se aumento e intensificação das jornadas de trabalho, prescrição rígida de 
procedimentos e redução das manifestações de flexibilidade e criatividade. A isso soma-se 
um posto de trabalho que não propicia conforto. Aliás, é importante notar, esse fenômeno 
se estende ao teletrabalho e nele é intensificado. 
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2.2.3 LER/DORT – Prevenção
Para que você saiba mais sobre como funciona a prevenção a LER/DORT, é importante ter em conta que, 
segundo Rocha (2021) as ações preventivas são construídas a partir do tripé: abordagens biomecânicas, 
gestão e organização do trabalho. Podem ser feitas, por exemplo, algumas mudanças nos equipamentos 
e mobiliários e ajustes de postura. Além disso, aquecimento e alongamento são úteis para um melhor 
condicionamento musculoesquelético, a partir de orientações de profissionais. 
Quando não for possível a redução dos riscos relacionados 
a fatores ergonômicos, o teletrabalhador deve ser 
orientado a usufruir de pausas para recuperação, visando 
ao descanso das estruturas osteomusculares.
No contexto brasileiro, segundo o estudo Saúde Brasil 2018 (BRASIL, 2019), do Ministério da Saúde, as 
LER/DORT são as doenças que mais afetam os trabalhadores brasileiros. 
O levantamento, que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), apontou 
que entre os anos de 2007 e 2016, 67.599 casos de LER/DORT foram notificados à pasta, o que sinaliza 
um alerta em relação à saúde dos trabalhadores, já que indica um aumento da exposição dessas pessoas a 
fatores de risco que podem ocasionar incapacidade funcional. 
Nesse cenário, a adoção do teletrabalho surge como agravante em função da não adaptação das condições 
de trabalho – a casa agora é o escritório – dada a inadequação do mobiliário, das condições de iluminação e 
de condições ambientais, sobrecarga visual, bem como das demandas profissionais e familiares que agora 
se acumulam no mesmo local. 
O ambiente físico do teletrabalho pode favorecer ou dificultar sua execução: se inadequado, pode ser fonte 
de insatisfação, desconforto, sofrimento. 
Um ambiente físico adequado para o teletrabalho pode facilitar sua realização.
Fonte: Freepik. 
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Mobiliário
O mobiliário do posto de teletrabalho deve ser ajustado às características do teletrabalhador 
(altura, peso, comprimento das pernas etc.). Deve permitir também alternâncias de posturas 
(sentado, em pé etc.), pois não existe nenhuma postura estática que seja confortável.
Postura
A postura mais adequada ao trabalhador é aquela que ele escolhe livremente e que pode ser variada 
ao longo do tempo. O tempo de manutenção de uma postura deve ser o mais breve possível, pois 
seus efeitos, eventualmente nocivos, dependem do tempo durante o qual ela será mantida.
O posto de trabalho do teletrabalhador deve propiciar e facilitar a alternância de posturas, e a 
postura de trabalho será adotada em função de diversas variáveis como a atividade desenvolvida, 
a exigência da tarefa (por exemplo, visual, cognitiva), os espaços de trabalho, dentre outras.
Esforços estáticos
Os esforços estáticos devem ser reduzidos ao máximo. Todo esforço de manutenção postural 
implica uma contração muscular estática que pode ser nociva à saúde e, portanto, toda e qualquer 
postura rígida e fixa deve ser evitada.
Seleção do assento
Segundo o “Manual de Aplicação da NR17” (BRASIL, 2002), uma vez adaptado o posto para o 
trabalho sentado, é preciso observar certos critérios na escolha do assento.
• No ajuste de assento, os pés do teletrabalhador devem estar apoiados no chão. Caso a superfície 
de trabalho seja fixa e os pés não alcancem o chão, é importante o uso de suporte para os pés.
• A profundida do assento não pode ser muito reduzida, nem muito grande. O teletrabalhador 
deve manter o centro de gravidade sobre o seu assento.
• A conformação do assento deve permitir alterações de postura, de forma a aliviar as tensões que 
se acumulam na coluna.
• A densidade do assento é importante para proteger os extremos ósseos mais próximos do 
mesmo — submetidos a maior pressão na posição sentada.
• É melhor o assento com inclinação para trás de cerca de 5 graus em relação à horizontal, o que 
impede que o teletrabalhador escorregue para frente. 
• O encosto deve fornecer um bom suporte lombar. 
• Finalmente, qualquer perfil de assento poderá se tornar desconfortável com o tempo. O 
conforto de trabalho sentado se dá em função do tempo de manutenção da postura, de fatores 
antropométricos e de outros fatores organizacionais e psicossociais. 
Nesse sentido, veja a seguir, alguns elementos do ambiente de teletrabalho que podem ser ajustados de 
forma a reduzir a dor e as doenças relacionadas ao trabalho.
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Exigências visuais
A localização das fontes de informações visuais vai determinar o posicionamento da cabeça, 
que pode, por sua vez, influenciar a postura do tronco, levando o trabalhador a adotar posturas 
extremas ou repetitivas da nuca em flexão ou extensão, ou ainda de inclinação/torção do tronco.
Altura do plano de trabalho
A altura do plano de trabalho é um elemento importante para o conforto postural. 
Se o plano de trabalho for muito alto, o teletrabalhador irá executar suas tarefas com os ombros e 
os braços elevados durante toda a jornada. Ao contrário, se for muito baixo, ele trabalhará com as 
costas inclinadas para frente. 
 
Posicionamento do monitor do computador
A posição do monitor do computador com relação à(s) janela(s) do local de trabalho é 
determinante para evitar reflexos. 
Agora que você já sabe alguns ajustes importantes para manutenção da saúde no contexto do teletrabalho, 
veja a seguir algumas recomendações da Ergonomia para o teletrabalho.
2.3 Recomendações da Ergonomia para o teletrabalho
Agora, você vai conhecer as “Sete Recomendações da Ergonomia” feitas em parceria entre a Associação 
Brasileira de Ergonomia (ABERGO) e a APERGO – Associação Portuguesa de Ergonomia (APERGO) e 
publicadas no ano de 2020 (ABERGO, 2020).
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Recomendação nº 1: Realizar Pausas
Realize pausas a partir da Regra “20-20-10”. 
Fonte: ABERGO (2020). Elaboração: CEPED (2022).
• “Regra 20-20-10”: Programe um alarme para tocar a cada 20 minutos de utilização do dispositivo 
como um lembrete para fazer uma pausa, nesse momento, faça pelo menos 20 segundos de pausa 
e fixe o olhar em um objeto ou paisagem a pelo menos 10 metros de distância.
• Quando realizar sessões a distância (como reuniões ou apresentações on-line), a cada 20 minutos 
insira um slide pedindo uma pequena pausa ou coloque questões aos demais participantes.
• Alterne entre as posições sentado e de pé, e olhe para algo a pelo menos 10 metros de distância 
durante 20 segundos. Além de seguir a regra 20-20-10, essa alternância ajuda a prevenir outros 
problemas de saúde.
• Como alternativa, feche os olhos durante 20 segundos a cada 20 minutos, o que pode ser 
igualmente benéfico. Além disso, pisque os olhos com frequência para evitar que fiquem secos, o 
que propicia o aumento da produção de lágrimas.
• Defina intencionalmentetarefas diversificadas para evitar olhar continuamente para a tela durante 
todo o dia. Por exemplo, faça anotações escritas durante as sessões remotas a que assistir em vez 
de utilizar o teclado ou o tablet.
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Recomendação nº 2: Alternar Posturas
Alterne posturas evitando permanecer na mesma por muito tempo. 
Fonte: ABERGO (2020). Elaboração: CEPED (2022).
• Procure uma mesa que permita ajustar a altura do plano de trabalho, porque é uma das melhores 
formas de garantir a alternância postural.
• Tente combinar o tempo de trabalho de forma a estar 10 minutos sentado e 5 minutos em pé, pois 
essa é uma forma de melhorar o desempenho e manter o nível de motivação.
• Ajuste a altura da mesa no nível do cotovelo ou ligeiramente abaixo dele, tanto quando estiver 
sentado quanto de pé.
• Interrompa seu tempo sentado com um curto período de caminhada de baixa intensidade.
• Introduza uma pausa ativa de 2 minutos após cada 20 minutos de tempo sentado, o que pode 
diminuir os níveis de glicose pós-prandial e de insulina. Evitar ficar sentado durante muito tempo 
pode ser uma forma eficaz de prevenir ou reduzir o risco de diabetes tipo 2.
• De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a inatividade física 
represente 5,5% de todos os fatores de risco de morte no mundo.
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Recomendação nº 3: Redução das Exigências Posturais
Faça ajustes de forma a reduzir as exigências de determinadas posturas. 
Fonte: ABERGO (2020). Elaboração: CEPED (2022).
• Ao usar o celular, apoie o braço enquanto segura o telefone com a outra mão e levante-o para 
manter o pescoço o mais vertical possível.
• Evite enviar mensagens de texto através de dispositivos móveis com frequência, pois isso favorece 
a flexão do pescoço e uma posição extrema do punho. 
• Saiba que utilizar o celular com apenas uma das mãos resulta em maiores exigências físicas no 
lado do pescoço em questão e no ombro. Isso pode ser evitado com a troca frequente da mão que 
está segurando o telefone.
• Mantenha uma distância superior a 40 cm entre os olhos e o dispositivo que está utilizando. 
Normalmente a essa distância você terá mais conforto visual.
• Tenha atenção para o fato de que a flexão do pescoço devido à utilização do celular para 
envio de mensagens de texto e utilização de jogos, por exemplo, está relacionada a queixas 
musculoesqueléticas entre os usuários de dispositivos móveis.
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Recomendação nº 4: Atenção à Altura da Tela
Esteja atento a altura da tela.
Fonte: ABERGO (2020). Elaboração: CEPED (2022).
• Utilize um suporte para o computador portátil, tablet ou celular e tente elevar sua altura para o nível 
dos olhos ou ligeiramente abaixo, por exemplo, colocando o dispositivo sobre livros ou revistas.
• Coloque o equipamento à sua frente para que a rotação da cabeça ou posturas extremas sejam 
evitadas ao olhar para a tela.
• Mantenha uma distância de visualização adequada; isso também é importante para evitar o aumento 
da tensão muscular no nível dos olhos e a flexão da cabeça/pescoço. Manter a tela muito longe 
pode resultar em uma postura de flexão para a frente e segurar o equipamento muito próximo, com 
intenso brilho da tela, pode causar problemas oculares. 
• Ajuste também o ângulo de visão da tela. O dispositivo deve ser colocado ao nível dos olhos ou 
ligeiramente abaixo deles. Utilize um suporte para colocá-lo em um ângulo reto com os olhos. 
• Ajuste o layout da mesa de trabalho ou a fonte de luz para evitar que a luz incida diretamente na tela 
do dispositivo. 
• Mantenha reduzido o brilho da tela, ajustando a sua posição.
• Se a tela for mais brilhante do que o ambiente, ajuste o brilho para o nível da luz ambiente. Os tablets/
celulares mais recentes têm um sensor de iluminação que ajusta automaticamente o brilho se essa 
função estiver ativada. 
• Garanta uma iluminação adequada e suficiente no seu local de trabalho durante a utilização de 
dispositivos de informática.
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Recomendação nº 5: Posicionamento da Tela
Procure posicionar a tela horizontalmente.
Fonte: ABERGO (2020). Elaboração: CEPED (2022).
• Mantenha a orientação “paisagem” como padrão enquanto utiliza dispositivos informáticos ou 
assiste a conteúdos nesses aparelhos.
• Gire a tela para a orientação de “paisagem”, o que pode aumentar o tamanho dos caracteres e das 
imagens.
• Coloque o dispositivo sobre a mesa no modo paisagem, expandindo o teclado na tela. Certifique-
se de expandir o teclado o máximo possível ao inserir textos.
• A distância entre as teclas (“key pitch”) é um dos fatores que afeta a velocidade de digitação, 
resultando em erros e insatisfação na usabilidade.
• Lembre-se que, embora colocar o tablet sobre a mesa seja apropriado para digitar ou escrever utilizando 
um dispositivo de caneta ou de caneta bluetooth, isso implica uma flexão extrema do pescoço.
• Saiba que manter um tablet, mesmo de peso reduzido, em uma postura fixa durante longos períodos 
e sem qualquer suporte pode causar lesões musculoesqueléticas, por exemplo, no pescoço, nos 
punhos e nos braços.
• Utilizar uma capa protetora para o tablet para que seja mais fácil segurá-lo com ambas as mãos.
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Recomendação nº 6: Micropausas
Faça micropausas no estilo Pare, Solte e Relaxe. 
Fonte: ABERGO (2020). Elaboração: CEPED (2022).
• Siga a regra “Pare-Solte-Relaxe”, ou seja, faça micro pausas durante a atividade do teletrabalho. 
Por exemplo, no fim de um e-mail ou texto, pare o que está fazendo e estique/alongue, enquanto 
deixa os ombros caírem e as mãos rodarem para os lados.
• Pratique o exercício de retração do pescoço como indicado na figura. Os movimentos de retração 
do pescoço são uma técnica de fisioterapia comumente prescrita para tratar pacientes com dor e 
disfunções no pescoço.
• Faça breves exercícios físicos enquanto faz micropausas frequentes da atividade repetitiva.
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Recomendação nº 7: Teclado Ergonômico
Sempre que possível, faça uso de teclado ergonômico. 
Fonte: ABERGO (2020). Elaboração: CEPED (2022).
• Utilize um teclado externo, preferencialmente ergonômico, ao enviar mensagens via tablet/celular 
durante muito tempo. 
• Utilize um teclado bluetooth externo se o seu trabalho exigir uma quantidade significativa de 
inserção de texto.
• O key pitch (distância entre as teclas) é um dos fatores que afeta a velocidade de digitação, 
levando a erros e insatisfação na usabilidade. Selecione um teclado ergonômico com um key 
pitch padrão (19 mm).
• Busque separar o teclado da tela, uma vez que a distância de visualização adequada para o monitor 
é diferente da distância de operação para um teclado, eles precisam ser independentes.
• Se um teclado for utilizado com frequência, ele deve estar suficientemente perto do seu corpo, a 
uma distância que permite uma posição neutra dos cotovelos, geralmente em um raio de 40 cm à 
frente do usuário. 
• Quando o key pitch é reduzido, a postura de digitação tende a exigir a contração dos músculos do 
antebraço. Por isso, tenha cuidado e evite uma postura tensa.
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2.4. Riscos psicossociais
Como você viu nesta unidade, a saúde no contexto do teletrabalho, e mesmo do trabalho, corresponde a uma 
série de fatores que estão interligados de maneira complexa. Assim, abordadas as questões ergonômicas e 
correspondentes ao posto de trabalho, chegou a hora de conhecer os riscos psicossociais. 
A expressão “riscos psicossociais no trabalho” diz respeito à probabilidade que certos aspectos da organização 
e da gestão do trabalho têm de levar a resultados físicos, psicológicos e sociais negativos, por exemplo, 
comportamentos sociais adversos, como violência ou assédio, e até mesmo intensidade excessiva de trabalho. 
Os locais de trabalho, como você sabe, são caracterizados por uma organização social particular que inclui 
relações interpessoais, hierarquias e diferentes abordagens de gestão. Essa organização social também 
existe no teletrabalho, porém com as particularidades específicas desta modalidade.
Dessa forma, os riscos psicossociais têmsuas raízes no complexo ambiente de organização do trabalho 
e podem provocar consequências negativas para a saúde. Tais riscos não são tão evidentes como, por 
exemplo, os acidentes de trabalho, contudo podem assumir a forma de situações como absenteísmo (as 
faltas, saídas antecipadas ou chegadas atrasadas), a rotatividade de pessoal, defeitos na qualidade dos 
produtos e estresse dos trabalhadores.
Agora você já sabe de muitas dicas da Ergonomia que buscam melhorar sua saúde no contexto do 
teletrabalho! Não perca tempo para incluí-las em sua rotina!
Os riscos psicossociais se referem à forma como o trabalho é 
organizado, incluindo, por exemplo, as jornadas, os turnos (se 
diurno, noturno, turno de revezamento), as relações sociais e 
hierárquicas, o conteúdo do trabalho (se socialmente importante, 
desafiador, monótono) e a carga de trabalho (o que inclui, por 
exemplo, exigências cognitivas e biomecânicas). Todo este conjunto 
representa uma demanda mental e social para o trabalhador.
No contexto do teletrabalho vários ricos psicossociais podem estar presentes, como: ambiente de trabalho 
inadequado, inapropriado e não planejado para o teletrabalho; falta de controle da jornada, o que pode 
levar ao trabalho em diferentes turnos de acordo com a demanda organizacional; e prejuízo no equilíbrio 
vida pessoal x vida profissional, entre outros. Tudo isso pode levar ao estresse relacionado ao trabalho, à 
insatisfação, ao sofrimento e ao adoecimento do trabalhador.
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2.4.1 Estresse relacionado ao trabalho
Você saberia classificar o que é o estresse relacionado ao trabalho?
O estresse relacionado ao trabalho é um estado de disfunções e queixas físicas, psicológicas e sociais 
devido à exposição a condições de trabalho como as já citadas, e que podem levar a problemas de saúde e 
reduzir o desempenho no trabalho.
O estresse pode ser entendido como uma resposta do organismo a determinada situação que resulta em se colocar 
em situação de alerta para poder agir. Esse processo garantiu a sobrevivência humana até os dias de hoje: desde o 
início dos tempos, ao se deparar com uma situação ameaçadora, todo o nosso corpo se prepara para fugir ou lutar. 
Assim que a ameaça desaparece, o organismo retorna ao seu estado normal.
Entretanto, o estresse passa a constituir um perigo quando a situação de alerta é continuada, se prolonga no 
tempo, fazendo com que nosso organismo permaneça em um estado contínuo de tensão. Se essa situação 
for mantida ao longo do tempo, pode dar origem a vários tipos de distúrbios.
Um dos riscos psicossociais do teletrabalho a ser administrado é o estresse.
Fonte: Freepik 
Considerando essa definição de estresse, segundo ISASTUR (2010) sempre que houver um desequilíbrio 
entre, por um lado, as interações do trabalho, seu ambiente, a satisfação no trabalho e as condições de 
trabalho e, por outro lado, as capacidades do trabalhador, suas necessidades, sua cultura e sua situação 
pessoal fora do trabalho, surge então um perigo de origem psicossocial.
Nesse sentido, o estresse pode ser definido como o conjunto de reações emocionais; 
cognitivas; fisiológicas; e comportamentais a certos aspectos adversos ou prejudiciais do 
conteúdo do trabalho; sua organização; ou ambiente, também caracterizado por elevados 
níveis de excitação e ansiedade, com a sensação frequente de não conseguir enfrentar a 
situação. Todos estes aspectos também estão presentes no teletrabalho.
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2.4.2 Classificação dos riscos psicossociais
Segundo Isastur (2010), os riscos psicossociais podem ser classificados principalmente nas seguintes frentes:
• Relacionadas à tarefa: desenvolvimento das próprias habilidades, graus de monotonia e repetição, 
controle sobre as pausas por parte do trabalhador, pressão, ritmo, existências sociais, afetivas e 
emocionais, esforço intelectual etc. 
• Relacionadas à jornada: duração e horário da jornada, trabalho noturno e por turnos, intervalos 
formais e informais etc.
• Relacionadas com a estrutura da organização: apoio social de colegas de trabalho e superiores, 
quantidade e qualidade das relações sociais no trabalho, treinamentos e capacitações, 
estabilidade, perspectivas de promoção, tarefas de acordo com as qualificações, estima (respeito 
e reconhecimento), apoio adequado, remuneração compatível, dentre outros.
2.4.3 Consequências dos riscos psicossociais 
Como você já viu aqui, equilíbrio entre as condições de trabalho e os fatores humanos geram no trabalhador 
sentimentos de superioridade e autoconfiança, aumentam a motivação, a capacidade de trabalho, a 
satisfação no trabalho e consequentemente contribuem para o bem estar do trabalhador.
Por outro lado, quando um desequilíbrio é produzido, poderão surgir diversas consequências como: 
sofrimento e insatisfação com o trabalho, efeitos psicológicos, reações comportamentais, consequências 
psicofisiológicas e até mesmo incidentes e acidentes de trabalho. 
Lembre-se de que o conjunto dos mencionados efeitos psicológicos, distúrbios de comportamento e 
consequências psicofisiológicas constituem o que se denomina estado de estresse. 
Veja, a seguir, algumas consequências dos riscos psicossociais.
Consequências psicológicas
A manutenção dos fatores psicossociais prejudiciais ao longo do tempo pode levar à diminuição das 
defesas psicológicas do trabalhador, favorecendo o aparecimento de distúrbios emocionais como 
sentimento de insegurança, medo, fobias, apatia e depressão. Além disso, essas queixas podem 
ser acompanhadas de transtornos em funções cognitivas, como atenção, memória, pensamento, 
concentração etc.
Reações comportamentais
As reações comportamentais afetam a vida pessoal, familiar, social e profissional do trabalhador. 
As reações comportamentais podem ser divididas em Reações Ativas e Reações Passivas.
• Reações Ativas: reclamações, greves, confronto com patrões e superiores, atrasos etc.
• Reações passivas: resignação, resignação, indiferença quanto à qualidade do trabalho 
realizado, absenteísmo, falta de participação, isolamento, apatia, infelicidade, insônia, abuso 
de comida, álcool ou tabaco etc. 
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Consequências psicofisiológicas
Como você viu, existe uma estreita relação entre fatores psicossociais e uma série de distúrbios 
físicos funcionais e estados psicológicos limítrofes. O aparecimento de um ou outro distúrbio 
depende da suscetibilidade individual.
Esses distúrbios podem ser de natureza cardiovascular (ataques cardíacos), respiratórios 
(hiperatividade brônquica, asma), distúrbios do sistema imunológico (artrite reumatoide), 
gastrointestinais, dermatológicos (psoríase, alergias), doenças endocrinológicas, 
musculoesqueléticas (dores nas costas, contraturas), de saúde mental e vários outros.
Incidentes e acidentes de trabalho
Condições psicossociais prejudiciais podem resultar em incidentes ou acidentes, pois muitas vezes 
o trabalhador pode estar fisicamente presente, porém mentalmente ausente.
2.4.4 Intervenção psicossocial
Segundo o “Manual de Segurança” de Isastur (2010), métodos de análise das condições de trabalho que 
permitem avaliar a influência dos fatores psicossociais e identificar as medidas a serem adotadas para 
eliminar ou, pelo menos, reduzir seus efeitos nocivos para a saúde dos trabalhadores, de forma a melhorar 
a saúde dos trabalhadores.
Uma vez obtido o diagnóstico da situação, devem ser planejadas as ações necessárias para eliminar ou 
reduzir os riscos detectados. Tais ações podem ser agrupadas em três grandes blocos: ações a serem 
realizadas quanto ao estilo de gestão, quanto à organização do trabalho e quanto ao trabalhador. Para 
saber mais sobre cada um, clique nos títulos a seguir.
Ações em relação ao estilo de gestão
A administração da empresa deve estar envolvida em todas as atividades relacionadas à prevenção 
de riscos ocupacionais, incluídos aí os riscos psicossociais. Neste caso os esforços devem ser 
direcionados para o alcance de boas relações humanas, justas e respeitosas, independente da 
hierarquia,visando um bom clima social dentro da empresa. 
Ações em relação à organização do trabalho
Após a avaliação dos fatores psicossociais, pode ser considerada necessária a aplicação de algum 
tipo de medida relacionada à organização do trabalho, como a reorganização de tarefas, a alteração 
do ritmo de trabalho, introdução de pausas para descanso, a delegação de responsabilidades e 
maior autonomia. No caso do teletrabalho, aqui podem ser feitas orientações sobre condições 
ergonômicas e medidas para melhorar as condições ambientais como temperatura, iluminação e 
ruído — quando possível — como também adequação do espaço de trabalho.
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2.4.5 Estratégias gerais de prevenção e controle
Toda organização que busca alcançar e manter o máximo bem-estar mental, físico e social de seus 
trabalhadores precisará implantar programas com uma abordagem integrada de saúde e segurança, em 
especial no que se refere à abordagem de saúde mental com procedimentos e gerenciamento de estresse, 
com base nas necessidades da organização e dos trabalhadores. Este programa, inclusive, deve ser 
periodicamente submetido a revisão e avaliação.
Para a prevenção do estresse, diferentes alternativas podem ser consideradas, como por exemplo:
• Prevenção primária: refere-se às ações destinadas a reduzir ou eliminar os agentes estressores (ou 
seja, as fontes de estresse) e promover um ambiente de trabalho saudável e equilibrado. Também 
chamada de prevenção ativa.
• Prevenção secundária: consiste na detecção e tratamento dos primeiros sintomas de depressão 
e ansiedade por meio da conscientização dos trabalhadores e promoção de estratégias de 
gerenciamento de estresse.
• Prevenção terciária: envolve reabilitação e recuperação de pessoas que já sofreram ou ainda 
sofrem sérios problemas de saúde causados pelo estresse.
Uma política empresarial eficaz e abrangente deve integrar essas três abordagens.
Como você viu nesta unidade, além de cuidados com a ergonomia no contexto do teletrabalho também é 
necessária a administração dos riscos psicossociais e o manejo do estresse. 
Agora chegou a hora de realizar os Exercícios Avaliativos deste módulo que estão no ambiente virtual. Caso 
ainda tenha dúvidas, reveja o conteúdo e se aprofunde nos temas propostos.
Bons estudos!
Ações em relação ao trabalhador
Ações em relação ao trabalhador se baseiam principalmente em capacitações e treinamento. 
O planejamento da formação em prevenção de riscos ocupacionais deve partir de uma análise 
das necessidades existentes, estabelecendo prioridades de ação com base nas necessidades 
detectadas e determinando os objetivos de formação que se pretendem.
O objetivo principal é apresentar aos trabalhadores instrumentos e estratégias que lhes permitam, 
por exemplo, se adaptar e se posicionar frente a novas situações de trabalho que são potenciais 
geradoras de estresse. 
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	Unidade 1: Ergonomia
	1.1 O que é a Ergonomia
	1.1.1 Ergonomia no teletrabalho
	1.2 Dimensões da Ergonomia
	1.2.1. Ergonomia Cognitiva
	1.2.2 Ergonomia Organizacional
	1.2.3 Ergonomia Física
	1.2.3.1 Qual a postura correta? 
	1.2.3.2 A posição sentada
	Referências
	Unidade 2: Conhecendo os Fatores de Risco
	2.1 O mito da postura correta
	2.1.1 Qual modelo de ser humano orienta as análises da Ergonomia?
	2.1.2 Biomecânica, dinâmica do corpo e o mito da postura correta
	2.1.3 Qual é a melhor postura?
	2.2 As Lesões por Esforços Repetitivos e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT)
	2.2.1 Etiologia
	2.2.2 LER/DORT na História
	2.2.3 LER/DORT – Prevenção
	1.3 Recomendações da Ergonomia para o teletrabalho
	2.4. Riscos psicossociais
	2.4.1 Estresse relacionado ao trabalho
	2.4.2 Classificação dos riscos psicossociais
	2.4.3 Consequências dos riscos psicossociais 
	2.4.4 Intervenção psicossocial
	2.4.5 Estratégias gerais de prevenção e controle
	Referências

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