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IanCrofton-OPequenoLivroDaGrandeHistoriaMundo-141-230-píginas-84

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de	deixados	em	pousio	para	recuperarem	seus	nutrientes.	Culturas	de	forragens,
como	 nabos,	 foram	 cultivadas	 e	 mantinham	 muitos	 animais	 vivos	 durante	 o
inverno.	Antes,	a	maioria	era	abatida	e	sua	carne,	salgada.
“Mas	o	orgulho	do	país,	um	campesinato	aguerrido/Uma	vez	destruído,
nunca	será	restituído.”
Oliver	Goldsmith,	The	Deserted	Village	[A	aldeia
desertada]	(1770)
A	 tecnologia	 revolucionou	 a	 produção	 agrícola.	 Jethro	 Tull,	 um	 produtor
agrícola	de	Oxfordshire,	projetou	o	semeador	em	1700.	Na	Prússia,	em	1747,	o
açúcar	pela	primeira	vez	foi	extraído	da	beterraba.	O	açúcar	de	cana	tinha	sido
um	 luxo	 importado	 das	 Índias	 Ocidentais;	 agora,	 se	 tornava	 parte	 da	 dieta
ocidental	 básica.	 Em	 1785,	 o	 arado	 de	 ferro	 fundido	 foi	 patenteado	 na	 Grã-
Bretanha,	seguido	em	1800	por	debulhadoras	e,	em	1830,	por	colheitadeiras.	No
século	19,	o	Chile	exportou	grandes	quantidades	de	guano,	fertilizante	extraído
da	acumulação	de	excrementos	de	aves	marinhas.
À	medida	que	a	população	aumentava	e	a	proporção	de	trabalhadores	na	terra
diminuía,	 a	 Europa	 precisava	 importar	 mais	 alimentos.	 Então,	 houve	 um
incentivo	 para	 que	 outras	 partes	 do	 mundo	 se	 voltassem	 à	 produção	 de
alimentos.	O	 desenvolvimento	 de	 um	 arado	 de	 aço	 por	 John	Deere,	 em	 1837,
possibilitou	 o	 cultivo	 nos	 solos	 duros	 das	 pradarias	 norte-americanas,	 que
começaram	 a	 exportar	 enormes	 quantidades	 de	 trigo,	 embora	 às	 custas	 dos
nativos	 americanos,	 que	 foram	 retirados	 de	 suas	 tradicionais	 terras	 de	 caça	 e
enviados	 a	 “reservas”.	 Em	 1892,	 a	 introdução	 do	 trator	 movido	 a	 gasolina
impulsionou	 ainda	 mais	 a	 produtividade.	 No	 final	 do	 século	 19	 nos	 Estados
Unidos,	 era	 preciso	menos	 de	 um	 terço	 dos	 homens-horas	 para	 produzir	 uma
tonelada	de	trigo	em	comparação	a	1800.

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