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A ORIGEM DAS ESPÉCIES Os segredos da evolução da vida na Terra ficaram por muito tempo trancados nas rochas do planeta. Durante séculos, valendo-se da história da criação na Bíblia, as pessoas pensaram não só que a Terra era muito jovem, mas que todas as espécies tinham permanecido inalteradas desde o início. Então, no fim do século 18, o geólogo escocês James Hutton demonstrou que foram necessários milhões de anos para que processos naturais como o calor e a erosão formassem a paisagem geológica que conhecemos hoje. Em seguida, também constatou que, se as rochas eram tão velhas, também o eram os fósseis que elas continham. Alguns desses fósseis eram completamente distintos de qualquer criatura que conhecemos hoje, enquanto outros eram parecidos, mas diferentes. No início do século 19, os chamados naturalistas começaram a identificar o que acreditavam ser uma progressão hierárquica das formas de vida bem simples encontradas nas rochas antigas até as formas mais complexas de nossos tempos. É possível chamar essa progressão de “evolução”, mas ninguém conseguia explicar por que formas de vida mais simples, como as bactérias e as esponjas, ainda estão vivas hoje, nem por que há uma variedade tão grande de espécies povoando o mundo. Se houve evolução, como ela se deu? Descobriu-se que ela se dava às cegas, sem objetivo ou direção. Foi necessária a genialidade de Charles Darwin para identificar isso e descobrir o mecanismo-chave: a seleção natural. O jovem Darwin dos anos 1830 fez uma longa viagem de descobertas a bordo do navio HMS Beagle, durante a qual observou as semelhanças entre criaturas que viviam em diferentes continentes,
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