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como a ema sul-americana, incapaz de voar, e o avestruz africano. Também observou como, por exemplo, diferentes tentilhões nas ilhas Galápagos tinham bicos distintos, o que lhes possibilitava explorar diferentes fontes de alimento. Parecia possível que a ema e o avestruz tivessem um ancestral em comum, o que também valia para os tentilhões de Galápagos. Darwin sabia que sua teoria ia de encontro à ortodoxia cristã. Os seres humanos não estavam mais separados de outros animais. Em vez de terem sido criados à imagem de Deus, eram descendentes de ancestrais primatas. Então, Darwin esperou o momento certo e acumulou provas antes de finalmente publicar A origem das espécies, em 1859. Darwin propôs que as espécies evoluem com o tempo, porque, de vez em quando, aleatoriamente, um indivíduo aparece com uma característica que o equipa melhor para sobreviver e se reproduzir do que outras criaturas semelhantes. Com o passar das gerações, esses indivíduos são mais propensos a sobreviver com a característica favorável do que sem ela e, assim, passam adiante essa característica à sua prole. Portanto, as espécies mudam e se tornam mais capazes de se adaptar a novos ambientes. Esse processo foi posteriormente intitulado “a sobrevivência do mais apto”. “O homem, com todas as suas nobres qualidades, ainda carrega em sua compleição a marca indelével de sua origem inferior.” Charles Darwin, A origem do homem (1871) Alguns aspectos da teoria de Darwin foram modificados ao longo dos anos, mas cada vez mais provas se acumularam e tornaram a seleção natural incontestável, inclusive as semelhanças na estrutura física e no desenvolvimento embrionário entre as espécies. A existência de estruturas vestigiais, como o cóccix humano (um vestígio da cauda de nossos ancestrais), e, acima de tudo,
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