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87 IMPACTO DA TECNOLOGIA NA FORMAÇÃO DE EDUCADORES NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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O IMPACTO DA TECNOLOGIA NA FORMAÇÃO DE EDUCADORES NA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Pereira, Moraes e Teruya (2017) afirma que a modalidade de Ensino a 
Distância ocorre quando há separação temporal ou espacial entre professor e 
aluno, priorizando especialmente a distância no espaço. Essa abordagem 
propõe a entrega da educação por meio de tecnologias de telecomunicação e 
transmissão de dados, incorporando o uso de voz e imagens. 
A promoção da cidadania e do desenvolvimento, especialmente em 
nações menos favorecidas, é vista como a democratização do acesso à 
educação. Recomenda-se a implementação de práticas educacionais mais 
flexíveis, incorporando Tecnologias da Informação e Comunicação. Portanto, é 
crucial adotar um sistema de ensino inovador, mais flexível e eficiente, visando 
evitar o desperdício de recursos humanos e materiais. 
Nos dias atuais, é possível observar que o conhecimento em si se 
transformou em uma commodity, sujeita a ser produzida e comercializada em 
condições cada vez mais competitivas. No entanto, é essencial que o ensino seja 
democrático, buscando alternativas para alcançar o maior número possível de 
pessoas e proporcionar acesso a uma educação de alta qualidade. 
Tozetto (2021) destaca a relevância da educação continuada, enfatizando 
que esta não deve ser encarada apenas como uma mera reciclagem, mas sim 
como uma preparação para assumir novas responsabilidades na escola e para 
os professores. Desse modo, a formação continuada permite aprofundar 
conhecimentos em novos conceitos, ampliando a capacidade de análise do 
processo de ensino e contribuindo para o desenvolvimento tanto do profissional 
quanto da instituição em que ele atua. 
“A Graduação em Pedagogia se destaca como 
um dos cursos mais acessíveis no país, 
proporcionando diversas contribuições para a 
construção de um mundo melhor. Poucas áreas 
de formação profissional conseguem integrar-se 
tão bem às culturas locais, capacitando 
cidadãos conscientes e preparados, orientando 
as crianças para um futuro promissor e 
ampliando as oportunidades para alcançar a 
dignidade humana”. (OLIVEIRA, 2017). 
A importância da educação foi estrategicamente reafirmada por meio de 
documentos oficiais e formulação de políticas governamentais, demandando a 
aquisição de novas competências e elevação dos níveis de escolaridade. A 
educação, nesse contexto, passou a ser concebida como um processo ao longo 
da vida, reconhecendo todo ambiente como propício para a aprendizagem, 
visando adaptar o indivíduo ao mercado de trabalho. Isso reitera a necessidade 
de um sistema educacional que adote modelos mais flexíveis e alinhados à 
realidade do aluno, evitando o desperdício de recursos humanos e materiais. 
Para Hack (2011) na sociedade contemporânea, a necessidade constante 
de atualização é uma realidade, dada as transformações sociais que demandam 
que os profissionais continuem se educando. No entanto, as demandas sociais 
muitas vezes impedem que indivíduos dediquem um tempo específico para 
retornar à sala de aula 
“A modalidade de educação à distância foi 
caracterizada no Art. 80 da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) 
como um método educacional que promove a 
aprendizagem autônoma, utilizando recursos 
didáticos organizados de maneira sistemática. 
Adicionalmente, o dispositivo estipula que é 
responsabilidade do Poder Público estimular o 
desenvolvimento e a implementação de 
programas de ensino à distância em todos os 
níveis e modalidades de ensino, incluindo a 
educação continuada”. (BRASIL, 2021). 
A Educação à Distância apresenta características distintivas, incluindo 
autonomia, comunicação e uso de tecnologia. A autonomia concede ao aluno a 
flexibilidade de determinar seu próprio horário e local de estudo, adaptando-se 
ao seu ritmo individual de aprendizado por meio de materiais didáticos 
concebidos para facilitar o conhecimento e promover a autoaprendizagem. 
Segundo MARTINS e FROM (2020), no que tange à comunicação, a EaD 
pode ocorrer de maneira síncrona, quando estudantes e professores estão 
conectados simultaneamente por meio de webconferências e audioconferências, 
e assíncrona, quando não estão conectados ao mesmo tempo, ocorrendo por 
meio de fóruns ou mensagens eletrônicas. 
VERGARA (2007) destaca que a internet viabilizou a educação online ao 
conectar diversos computadores, possibilitando a interação entre textos, 
imagens e sons e abrindo amplas perspectivas para a Educação à Distância 
(EaD). O autor ressalta que as linguagens interativas estão cada vez mais 
acessíveis aos estudantes, com a EaD oferecendo textos, orientações dos 
professores, bibliotecas e avaliações, apresentando arquivos em formatos como 
apresentações, planilhas, animações interativas e textos. Isso evidencia que 
muitos dos materiais utilizados na EaD podem enriquecer cursos presenciais. 
Vergara (2007) destaca uma limitação relacionada à capacidade de leitura 
e interpretação de textos e outros códigos linguísticos por parte dos estudantes, 
especialmente se eles não possuírem habilidades desenvolvidas ou têm pouco 
domínio no uso de recursos multimídia 
“O papel do tutor é de extrema relevância nesse 
processo. A presteza nas respostas ao aluno é 
fundamental, já que não existe o contato 
presencial. O tutor acompanha e monitora 
atividades sincrônicas e as assincrônicas. 
Tutores devem ter a capacidade de provocar nos 
alunos a vontade consciente de 
compartilhamento de reflexões e compreensões 
e a ação neste sentido e, dessa forma, instigar 
a construção do conhecimento coletivo. A EAD 
exige autodisciplina, liberdade acompanhada da 
responsabilidade. É de relevância estar atento a 
alunos que não se comprometem com o ensino, 
monitorando-os e incentivando-os a prosseguir”. 
(VERGARA, 2007 p. 07). 
 
Desafios na Incorporação da Tecnologia na Formação 
A integração das novas tecnologias no ensino emergiu como um dos 
principais tópicos de discussão na esfera educacional contemporânea. Diversas 
inovações, como robótica, jogos eletrônicos, inteligência artificial e realidade 
aumentada, têm gerado impacto significativo no cenário educacional, 
especialmente nas instituições de ensino privadas. 
Os dados evidenciam que a capacitação dos profissionais da educação é 
um dos principais desafios no contexto do uso da tecnologia. Segundo a 
pesquisa TIC Educação 2016, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para 
o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 54% dos professores 
não tiveram disciplinas específicas sobre o uso de computadores e internet 
durante a graduação. Adicionalmente, 70% não participaram de programas de 
formação continuada sobre o tema no ano que antecedeu a pesquisa. Dos que 
participaram, 20% afirmaram que a capacitação teve um impacto significativo na 
atualização de conhecimentos na área. 
Diante da formação inadequada, torna-se mais desafiador explorar as 
potencialidades pedagógicas das novas tecnologias. Em muitos casos, essa 
limitação pode resultar em uma resistência significativa ao seu uso, perpetuando 
a adoção de métodos mais tradicionais. 
Para os educadores, parte da desconfiança em relação às novas 
tecnologias provém das alterações que elas introduzem na dinâmica tradicional 
da sala de aula. Essas mudanças representam uma saída da zona de conforto 
do professor, exigindo estudo adicional em casa, um planejamento mais 
elaborado e um comprometimento semanal que demanda reflexão e 
aprimoramento. Outro elemento que contribui para a desconfiança é o receio de 
que a tecnologia atue como um elemento distrativo. Especificamente no uso da 
internet, há a preocupação de que os alunos desviem a atenção do conteúdo 
para se envolverem em atividades nas redes sociais. 
Com o avanço tecnológico e a cada vez maior integração de recursos 
digitais no processo educacional, muito se destaca sobre os benefícios da 
relação entre tecnologia e aprendizado.Embora a tecnologia abra portas para a criação de um novo mundo, 
proporcionando maior inclusão social na educação, autonomia para os 
estudantes e qualidade de vida aprimorada para os professores, é essencial 
examinar a outra face dessa questão. 
Quais são os obstáculos enfrentados por professores e alunos ao 
confrontarem um modelo educacional digitalizado? 
Segundo divulgado pelo Blog: EAD plataforma, José Armando Valente, 
docente da UNICAMP, falou em entrevista ao Portal Terra, que Apesar de 
apresentar um considerável potencial transformador, de maneira geral, a 
tecnologia não está sendo plenamente explorada nas atividades educacionais.

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