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Introdução ao Franquismo na Espanha O Franquismo foi um regime político autoritário e nacionalista que vigorou na Espanha por mais de três décadas, desde o final da Guerra Civil Espanhola em 1939 até a morte do ditador Francisco Franco em 1975. Esse período marcou profundamente a história e o desenvolvimento do país, deixando um legado complexo e controverso que ainda é discutido e analisado até os dias de hoje. Ascensão de Francisco Franco ao poder 3 1O início da Guerra Civil A consolidação do poder de Franco A vitória nacionalista Em 1936, um golpe de Estado liderado por generais conservadores e monarquistas deu início à Guerra Civil Espanhola, opondo as forças republicanas e os nacionalistas liderados por Francisco Franco. Com a vitória na Guerra Civil, Francisco Franco assumiu o poder e estabeleceu uma ditadura que durou até sua morte, em 1975. Durante esse período, ele concentrou todos os poderes em suas mãos e implementou políticas autoritárias e repressivas. Após três anos de conflito, os nacionalistas, com o apoio de tropas italianas e alemãs, conseguiram derrotar as forças republicanas e conquistar o controle de todo o território espanhol. 2 Características do regime franquista Ideologia e Nacionalismo Concentração de Poder Repressão e Censura O regime de Franco se baseava em uma ideologia nacionalista, católica e tradicionalista, que buscava restaurar a grandeza da Espanha e eliminar qualquer oposição ou dissidência. Franco concentrou todo o poder político, econômico e militar em suas mãos, tornando-se o líder supremo do Estado e eliminando qualquer forma de oposição democrática. O regime franquista se caracterizou por uma forte repressão política, com a prisão, tortura e execução de opositores, além de uma rigorosa censura dos meios de comunicação. Repressão política e censura Prisões e Execuções Supressão de Liberdades Censura da Imprensa Milhares de pessoas foram presas, torturadas e executadas pelo regime franquista, especialmente durante os primeiros anos após a Guerra Civil. O regime franquista suprimiu todas as liberdades políticas, sindicais e de expressão, não tolerando qualquer forma de oposição ou dissidência. Todos os meios de comunicação foram colocados sob rígido controle do Estado, com a censura prévia de qualquer conteúdo considerado crítico ou subversivo. Impactos econômicos e sociais do Franquismo Atraso Tecnológico Estagnação Econômica Emigração Massiva Desigualdade Social Nas primeiras décadas do regime, a Espanha enfrentou uma grave estagnação econômica, com altos níveis de pobreza, desemprego e uma forte dependência de subsídios agrícolas. Devido à falta de investimento e inovação, a Espanha ficou cada vez mais atrasada tecnologicamente em relação a outros países europeus durante o Franquismo. Milhares de espanhóis se viram forçados a emigrar para outros países em busca de melhores oportunidades, principalmente durante as primeiras décadas do regime. O Franquismo aprofundou as desigualdades sociais, com uma elite afiliada ao regime acumulando riqueza e privilégios, enquanto a maior parte da população vivia em condições precárias. Relações internacionais durante o Franquismo Isolamento Inicial Aproximação com os EUA Integração Europeia Nos primeiros anos após a Guerra Civil, a Espanha foi isolada diplomaticamente devido às simpatias do regime com o fascismo e os países do Eixo. Na década de 1950, Franco conseguiu se aproximar dos Estados Unidos, que passaram a apoiar o regime em troca de concessões estratégicas e econômicas. Já na década de 1960, a Espanha passou a se integrar gradualmente à Europa Ocidental, com a assinatura de acordos comerciais e a participação em organizações internacionais. Oposição e resistência ao regime Movimentos Estudantis Sindicatos Clandestinos Movimentos Separatistas Estudantes universitários foram importantes atores na oposição ao Franquismo, organizando protestos e manifestações em defesa da democracia. Sindicatos e organizações trabalhistas se opuseram ao regime de forma clandestina, organizando greves e ações de resistência contra as políticas econômicas do Franquismo. Grupos separatistas, como o Partido Nacionalista Basco (PNV) e a ETA, lutaram pela independência de suas regiões e se opuseram violentamente ao regime franquista. Transição para a democracia após a morte de Franco Ano Evento 1975->Morte de Francisco Franco 1976->Formação do primeiro governo democrático 1977->Legalização dos partidos políticos 1978->Aprovação da nova Constituição Espanhola 1979->Realização das primeiras eleições democráticas Com a morte de Francisco Franco em 1975, a Espanha iniciou um lento e complexo processo de transição para a democracia. Sob a liderança do rei Juan Carlos I, foram tomadas uma série de medidas para restaurar as liberdades políticas e o estado de direito, culminando na aprovação de uma nova Constituição em 1978 e na realização das primeiras eleições democráticas em 1979.
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