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INTOXICAÇÕES POR ÁLCOOIS E DROGAS DE ABUSO COCAÍNA E CRACK · Alcaloide extraído das folhas da Erithroxylum coca · Consumo por: · Via nasal 15 – 75% do alcaloide · Via oral 0,5 – 1,5% · Via injetável · Via fumo (crack) 40 – 71% · A intoxicação pode ocorrer também em body-packers, pessoas que transportam a droga em pacotes dentro do intestino, após o rompimento de um ou mais pacotes · É bem absorvida por todas as vias e é metabolizada no fígado · Se consumida juntamente com álcool, forma o cocaetileno, cuja ação dura 13 horas, tendo ação vasoconstritora, cardiotóxica, arritmogênica e neurotóxica · É um agente simpaticomimético indireto, bloqueando a recaptação de catecolaminas (dopamina, adrenalina e noradrenalina) e estimulando os receptores alfa-1, alfa-2, beta-1 e beta-2 adrenérgicos · Bloqueia também canais de sódio, aumenta a concentração de glutamato e aspartato no SNC, bloqueia a recaptação de serotonina, aumenta a produção de endotelina e diminui a produção de óxido nítrico MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Relacionados à ativação adrenérgica (síndrome adrenérgica) agitação, midríase não fotorreagente, sudorese, taquicardia, hipertensão) · Seu uso associa-se com vasoconstrição e formação de trombos · Pode haver arritmias FA, FV, TV e arritmia Brugada-like, tanto por quadro isquêmico agudo como pelas alterações nos canais de sódio · LRA pode ocorrer por rabdomiólise ou vasoconstrição renal · Uso crônico leva a aterosclerose acelerada e hipertrofia de VE · Uso via fumo queimaduras de faringe · Pode variar de leve, moderada a grave, caracterizada pela ocorrência de arritmias cardíacas, hipotensão, dispneia, emergências hipertensivas, convulsão, coma e PCR DIAGNÓSTICO · Todo paciente com síndrome adrenérgica devemos suspeitar de intoxicação por cocaína/crack · Presença de pós nas narinas, lesões de mucosa nasal, queimadura em pontas de dedos · Pode-se realizar teste qualitativa de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, na urina, saliva, cabelo ou sangue · Coletar os seguintes exames: · Hemograma · Função renal e eletrólitos · CPK (podendo indicar rabdomiólise) · ECG · Gasometria arterial com lactato · Se sintomas neurológicos persistentes TC de crânio · Se dor precordial troponina · Suspeita de dissecção aórtica angiotomografia de aorta · Se dor abdominal ou torácica RX de tórax e abdome · Suspeita de body-packers RX abdome ajuda no diagnóstico MANEJO · Estabilização expansão volêmica e drogas vasoativas se hipotensão; oxigênio suplementar se indicado e IOT se preciso · Se IOT por SRI evitar quetamina devido ao seu efeito hipertensor (preferir propofol ou etomidato) e de succinilcolina (prefererir rocurônio como BNM) – a succinil e a cocaína são degradadas pela colinesterase plasmática, portanto, seu uso pode prolongar tanto o efeito da cocaína como a paralisia muscular do BNM · BZD controle da agitação, dos sintomas adrenérgicos (taquicardia e hipertensão), da hipertermia, rabdomiólise e convulsões · Diazepam 5 – 10mg EV a cada 5 – 10 minutos, repetido até controle dos sintomas · Se não houver acesso venoso, midazolam IM · Se refratariedade de convulsões fenobarbital · Neurolépticos (haloperidol, clorpromazina) devem ser evitados, pois reduzem limiar convulsivo e podem piorar efeitos cardíacos e hipertermia · Se SCA tratamento habitual adicionado de Diazepam · Emergência hipertensivas tratamento habitual + Diazepam · BB é contraindicado · Se taquiarritmias bolus de 1 – 2mEq/kg de bicarbonato de sódio · Ingesta oral em menos de 1h carvão ativado 1g/kg · Body-packer lavagem intestinal contínua com infusão de polietilenoglicol via sonda 1500 – 2000mL/h até eliminação total dos pacotes · Intoxicação leve ou moderada observação por 6 – 8h, podendo receber alta após resolução completa dos sintomas · Dor torácica observação 8 – 12h · Toda suspeita ou confirmação da intoxicação deve ser notificada ANFETAMINAS · Podem ser usados como drogas de abuso ou como medicamentos · Drogas de abuso anfetamina, MDA, DOB, DOI, MDEA e metanfetamina · Medicamentos metilfenidato e dexamfetamina · Via oral, inalatória ou respiratória · Compostos que atravessam a barreira hematencefálica, têm metabolismo hepático e eliminação renal · Agente simpaticomimético, age estimulando a liberação no SNC e SNP de monoaminas (noradrenalina, dopamina e serotonina) e inibe a monoaminoxidase (enzima responsável pela degradação dessas substâncias) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Sinais de ativação simpática excessiva · Leves cursam com síndrome adrenérgica; midríase, agitação, sudorese, náuseas, vômitos, hipertensão, taquicardia, cefaleia e hiperventilação · Graves hipertermia grave, desidratação, emergências hipertensivas, vasoespasmo, psicose, convulsões, colite isquêmica, rabdomiólise, LRA, insuficiência hepática aguda, paranoia, coma e síndrome serotoninérgica · Causas de morte mais comuns arritmias, hipertermia e HIC DIAGNÓSTICO · Suspeitas em pacientes com história de uso e quadro clínico compatível (manifestações simpaticomiméticas) · Há disponível teste qualitativo na urina · Solicitar: · Eletrólitos · Função renal · Enzimas e função hepática · CPK · Hemograma · Urina 1 · ECG · Se dor torácica ou suspeita de isquemia troponina · Se sintomas neurológicos persistentes ou RNC TC crânio MANEJO · Semelhante ao da intoxicação por cocaína · Toda suspeita e confirmação deve ser notificada ECSTASY/MDMA · Derivado químico sintético da anfetamina, atualmente usado como droga de abuso com efeitos estimulantes e alucinógenos · Popularmente conhecido como ‘’bala’’ · Geralmente usado VO e frequentemente associado ao uso de outras substâncias · Efeito semelhante ao das anfetaminas, porém com uma ativação serotoninérgica maior devido à sua semelhança estrutural com a serotonina MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Semelhante ao do abuso de anfetaminas, acrescido de aumento da energia, da sociabilidade e da disposição sexual · Sua intoxicação também cursa com sinais de síndrome serotoninérgica disfunção autonômica, alteração do nível de consciência e atividade muscular anormal · Pode cursar com secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH) que, associada ao aumento da ingesta hídrica, resulta em hiponatremia aguda, causando convulsões, edema cerebral com risco de herniação e morte DIAGNÓSTICO · É clínico e deve ser suspeitado pela história de uso associado com sintomas adrenérgicos e/ou presença de síndrome serotoninérgica · O teste de drogas detecta o uso da substância, porém sem discriminar a quantidade · Solicitar: · Eletrólitos e função renal · Enzimas e função hepática · CPK · Hemograma · Urina 1 · ECG · Se dor torácica ou suspeita de isquemia troponina · Se sintomas neurológicos nível sérico de sódio rapidamente devido ao risco de herniação cerebral e óbito por hiponatremia · Se RNC persistente TC crânio MANEJO · Manejo dos sintomas adrenérgicos semelhante ao da cocaína e anfetaminas · Cuidado com a hidratação, pois há o risco de hemodiluição, piora da hiponatremia e piora do edema cerebral · Hiponatremia tratamento habitual · Manifestações da hiperativação serotoninérgica medidas de resfriamento externo ativo (packs de gelo, imersão em água, nebulização ou ventiladores) e BZD · Interromper o resfriamento após temperatura < 38°C (geralmente após 30 minutos de resfriamento) · Se hipertermia grave (> 41°C) deve-se realizar a sedação com BZD e paralisia muscular; se refratariedade, usar ciproeptadina 12mg VO ou sonda seguida de 4mg/h, 3 – 4 doses · É contraindicado o uso de haloperidol para manejo da agitação, pois diminui o limiar convulsivo e pode alargar o intervalo QT, aumentando risco de arritmias · Toda suspeita ou confirmação deve ser notificada LSD · Dietilamida do ácido lisérgico · Droga sintética com efeitos alucinógenos popularmente conhecida como ‘’ácido’’, ‘’doce’’ ou ‘’ponto’’ · Encontrada em cartelas e consumida por via sublingual, com elevado potencial de abuso · Mecanismo de ação não é bem elucidada envolve vários neurotransmissores,tendo destaque serotonina, dopamina e glutamato; liga-se aos receptores 5-HT1A e 5-HT2A, responsáveis pelos efeitos serotoninérgicos e alucinógenos · Metabolismo hepático e excreção renal MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Alterações na percepção (visual e auditivia), labilidade do humor (bad trips – experiência desagradável que pode levar a ansiedade, agressividade e alterações do comportamento), desorganização do pensamento · Sintomas adrenérgicos podem estar presentes, sendo que colapso cardiovascular e hipertermia ocorrem apenas em caso de ingesta de quantidade elevada DIAGNÓSTICO · Pacientes acordados e conscientes, com as manifestações já descritas · Não é detectado no texto de drogas MANEJO · Devido aos efeitos alucinógenos e ao pequeno risco de óbito por intoxicação, deve-se realizar apenas medidas de suporte · Paciente em ambiente calmo, com poucos estímulos sonoros e visuais · Se agitação perigosa, hipertermia ou sintomas de hiperativação adrenérgica BZD · Se sintomas psicóticos antipsicóticos (evitar clorpromazina, risperidona) por potencial ação paradoxal na piora nas alucinações · Carvão ativado e lavagem gástrica não são recomendadas, pois a droga é rapidamente absorvida · Toda suspeita ou confirmação deve ser notificada MACONHA E CANABINOIDES · Mistura de folhas e flores da planta Cannabis, é uma droga perturbadora do SNC, podendo ser usada via fuma ou consumida via oral · O efeito tóxico depende do THC, que tem 10 – 35% de absorção na forma de fumo e 10 – 20% se ingerido VO · Essa substância é agonista dos receptores cababinoides – os receptores CB1 se localizam no SNC e sua estimulação inibe a liberação de acetilcolina, glutamato, GABA, dopamina e noradrenalina, sendo responsável pelos efeitos psicoativos · Os receptores CB2 se localizam nos tecidos do sistema imune e participam nos processos imune e inflamatório MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Hiperemia conjuntival, boca seca, aumento do apetite, taquipneia e fala pastosa · Pacientes asmáticos podem apresentar exacerbação do quadro · Também podem ocorrer ataxia, nistagmo, taquicardia, hipertensão arterial, hipotensão postural, euforia e diminuição da ansiedade e da atenção · Pode haver exacerbação de quadros psicóticos · Há descrição na literatura de ocorrência de angina e IAM após uso DIAGNÓSTICO · Baseado na exposição e na clínica · Há teste qualitativo na urina que pode auxiliar · ECG e troponina se suspeita de SCA MANEJO · Controle dos sintomas · Disforia paciente em ambiente calmo e mal iluminado para diminuir estímulos · Ansiedade, agitação ou taquicardia BZD · Sintomas psicóticos antipsicóticos · Exacerbação de asma manejo habitual da crise · Suspeita ou confirmação deve ser notificada ETANOL · Droga mais utilizada no mundo com propriedades depressoras do SNC · 80 – 90% de absorção no TGI, absorvido em cerca de 60 minutos · Metabolizado no fígado pela via das desidrogenases, via sistema oxidativo microssomal e via peroxidase-catalase · Atua potencializando a ação do GABA, neurotransmissor inibitório no SNC, e bloqueando os receptores NMDA de glutamato, neurotransmissor excitatório · Além disso, inibe a gliconeogênese, predispondo ao risco de hipoglicemias MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Dependem do nível sérico e da tolerância do paciente DIAGNÓSTICO · Se baseia na exposição associada com manifestações clínicas compatíveis · Pode-se medir a alcoolemia sérica · Podem apresentar hálito etílico, ajudando na elucidação · Na intoxicação aguda solicitar na admissão glicemia capilar e sérica pelo risco de hipoglicemia MANEJO · Estabilização clínica inicial · Eventual necessidade de IOT (sempre com SRI) devido a RNC, incapacidade de proteger VA · Expansão volêmica e drogas vasoativas em caso de hipotensão · Se hipoglicemia correção rápida com 5 ampolas de glicose a 50% até a correção e manter o paciente com solução glicosada a 5% · Se convulsões 5 – 10mg de Diazepam EV, repetido a cada 5 minutos (se indisponibilidade de acesso venoso, midazolam IM) · Corrige-se desidratação com SF · Todo paciente com intoxicação aguda deve ser feito a profilaxia de encefalopatia de Wernicke com 100mg de tiamina EV ou VO · Toda suspeita ou confirmação de intoxicação deve ser notificada METANOL · É um álcool usado como adulterante em combustíveis de automóvel e bebidas alcoólicas · Rapidamente absorvido após ingesta oral e tem dose letal de 30 – 240mL · Principal causa de intoxicação por álcoois · Ao ser absorvido, é transformado em formaldeído pela enzima álcool-desidrogenase e posteriormente transformado em ácido fórmico pela enzima aldeído-desidrogenase · Os produtos da sua transformação são responsáveis pela ocorrência de acidose metabólica e pelas lesões no nervo óptico e SNC MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Quadro inicial é semelhante ao da intoxicação por etanol, cursando com ataxia, desinibição e sedação, podendo ser acompanhado por dor abdominal, náusea, vômitos, cefaleia, taquicardia e hipotensão · Após 12 – 24 horas, iniciam-se acidose metabólica, taquipneia, hipotensão, taquicardia, arritmias, convulsões, RNC e LRA · Além disso, pode apresentar alterações visuais como diplopia, visão borrada, diminuição da acuidade visual e cegueira · Ao exame do fundo de olho podemos encontrar mimdríase, hiperemia do disco óptico e papiledema · Intoxicações graves parkinsonismo devido à lesão dos gânglios da base DIAGNÓSTICO · Presença de dor abdominal, náuseas e vômitos e alterações visuais após a ingesta de produtos que potencialmente contêm metanol deve levantar a suspeita · Dosagem sérica de metanol para confirmação · Presença de acidose metabólica com AG aumentado, gap osmolar aumenta e necrose e/ou hemorragia bilateral de putâmen e gânglios da base em exame de imagem de crânio favorece o diagnóstico · Solicitar glicemia, eletrólitos (incluindo cálcio e magnésio), função hepática e renal, hemograma e ECG MANEJO · Monitorização no DE em razão da alta letalidade e alta ocorrência de complicações · Estabilização clínica inicial · Expansão volêmica e drogas vasoativas se hipotensão · Se RNC e incapacidade de proteção de VA IOT (SRI) · Se pH < 7,30 corrigir acidose com bicarbonato de sódio EV (agressivamente se pH < 7,00) · Se distúrbios eletrolíticos (hipocalcemia, hipomagnesemia) corrigir prontamente · Terapia específica com antídoto (fomepizol ou, na sua indisponibilidade, etanol) se: · Nível plasmático de metanol > 20mg/dL · História recente de ingestão de metanol e gap osmolar > 10mOsm/kg H2O · História ou forte suspeita de intoxicação por metanol associada a pelo menos dois dos seguintes: pH arterial < 7,3, gap osmolar > 10mOsm/kg e bicarbonato sérico < 20mEq/L · O antídoto disponível no Brasil é o etanol · O etanol satura a enzima álcool-desidrogenase, diminuindo a formação dos metabólitos tóxicos do metanol · Prescreve-se dose de ataque de 600mg/kg de etanol absoluto EV em 1h seguida de manutenção de 66mg/kg/h · Se hemodiálise aumenta-se a dose para 169mg/kg/h em não etilistas e para 257mg/kg/h em etilistas · Deve ser diluído em uma solução a 10% com SG a 5% · Monitorização do nível sérico de etanol a cada 2 horas e ajustar a infusão para alvo de 100 – 150mg/dL · Além do antídoto, pode-se usar ácido fólico 1mg/kg (até 50mg) diluído e 100mL de SG a 5% a cada 4 horas · O ácido fólico aumenta a transformação do ácido fórmico em gás carbônico e água · Outra medida de eliminação é a hemodiálise, recomendada em pacientes com acidose metabólica grave, alterações visuais, LRA, instabilidade hemodinâmica refratária, distúrbios eletrolíticos refratários e nível sérico de metanol > 50mg/dL · Carvão ativado ou lavagem gástrica são contraindicados · Suspeita ou confirmação devem ser notificadas ETIOLENOGLICOL · Álcool usado na produção de tintas, resinas, vernizes etc · Apresenta boa absorção VO e sua dose letal é estimada em 1,4mL/kg · Não circula ligado a proteínas, possui baixo volume de distribuição (0,6L/kg) e apresenta clearance renal lento (meia vida 11 – 18 horas), características quetornam a remoção extracorpórea com hemodiálise um método adequado para o manejo · É transformado em glicoaldeído pela enzima álcool-desidrogenase e posteriormente transformado em ácido glicólico, ácido oxálico, glicina e alfa-hidroxi-beta-cetoadipato pela enzima aldeído-desidrogenase · Esses metabólitos, juntos com o ácido láctico, são responsáveis pela acidose metabólica com AG aumentado · O oxalato se liga ao cálcio, formando oxalato de cálcio, que se precipita nos túbulos renais, podendo levar a LRA após 24 – 72 horas da ingesta e à hipocalcemia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Início semelhante ao do etanol, porém, após 4 – 12 (mais precoce do que o metanol), inicia-se a acidose metabólica com AG aumentado, podendo cursar com hiperventilação, convulsões, coma, arritmias, EAP e edema cerebral · Diferentemente da intoxicação por metanol, não há alterações visuais e o exame de fundo de olho é normal · Urina encontra-se fluorescente e no EAS há presença de cristais de oxalato de cálcio DIAGNÓSTICO · Mesmo princípio da intoxicação por metanol, diferindo apenas que nesse caso deve-se realizar a dosagem sérica de etilenoglicol · EAS com cristais de oxalato e se observado em luz UV, coloração esverdeada · Exame de crânio não apresenta alterações MANEJO · Descontaminação GI raramente é indicada, uma vez que o EG é rapidamente absorvido no estômago · Lavagem gástrica só é útil nos primeiros 30 minutos, porém a frequente alteração do nível de consciência na admissão praticamente inviabiliza seu uso · Carvão ativado é contraindicado pois seriam necessárias altíssimas doses para adsorção · Manejo semelhante ao de intoxicação por metanol, inclusive nas indicações de hemodiálise com o mesmo nível sérico (50mg/dL de etilenoglicol) · Em vez do uso de ácido fólico, usamos tiamina e piridoxina 100mg EV de 6/6h · Suspeita e confirmação deve ser notificada image1.png image2.png
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