Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doenças infecciosas e parasitárias: bovinos Dr. Hugo Colombo RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA (IBR) Etiologia • Herpesvírus Bovino tipo 1 (BHV-1); - Também tem tipo V: forma neurológica, mas é rara, (não será estudada). • DNAvírus membro da família Herpesviridae; - RNAvírus tem maior capacidade de mutação do que o DNAvírus, pois é uma fita simples, enquanto o DNA é fita dupla • O tipo I faz parte do complexo respiratório: onde vários agentes responsáveis pela pneumonia bovina Resistência • Inativado em 10 dias a temperatura de 37oC; • Resistente a matéria orgânica (secreções), por mais de um mês; - Esse é o grande problema de doenças infecciosas; - É por isso que na leiteria é feita lavagem diária do ambiente; - Ocorre menos em sistema extensivo (a pasto), pois os animais são mais distribuídos; - Ocorre mais em sistema intensivo (confinamento), pois os animais vivem juntos e não é feita a limpeza (apesar de ser recomendado). • Sensível a desinfetantes (fenol, formalina e quaternários de amônia). Epidemiologia • IBR entra no rebanho através da aquisição de animais contaminados; • É uma doença muito comum, então mesmo com esforços, a IBR estará sempre presente no plantel, seja de gado ou de leite. Gado de corte x gado de leite • Em rebanho de corte, a IBR não é tão implantada, pois animais vivem um sistema extensivo; • Em gado de leite é mais ocorrente, pois os animais vivem em sistema intensivo. - Deve ser feita limpeza sanitária diária nesse sistema para evitar a transmissão da rinotraqueíte. Fatores etiológicos Envolve qualquer situação que causa uma deficiência imunológico no animal, como: • Estresse (manejo intenso); • Parto; • Medicações imunossupressoras (qualquer fator que resulte em deficiência imunológica); Identificação Difícil identificação • Não possui sinais clínicos, a não ser que esteja com complexo respiratório bovino (causa pneumonia clínica). Sorologia positiva • Para fazer a sorologia, divide-se o rebanho em categorias; • O positivo significa que o animal em algum momento da vida entrou em contato com o antígeno e adquiriu anticorpo -> ou seja, não significa que ele é doente (vacinados também tem anticorpos) -> falsos positivos; • A sorologia também mostra a quantidade de reação, a doença é demonstrada com quando a reação é muito alta; • Se a sorologia positiva é alta no rebanho = significa que o ambiente está muito afetado -> também é correlacionado com perdas embrionárias (haverá muitas perdas). Formas de disseminação • Sêmen: vírus é resistente a criopreservação (processo que normalmente inativa os vírus); • Secreções orfanais e expectorações; • Secreções brônquicas; • Secreções uterinas. - Essas secreções normalmente caem no solo -> se misturam com a matéria orgânica e desenvolvem uma alta resistência ambiental. Propriedades suspeitas • Confinamento: aglomeração e muita matéria orgânica; • Introdução de animais oriundos de leilões e exportações sem as exigências sanitárias necessárias; • Trânsito intenso de animais: como em confinamento; • Uso de sêmen de centrais não confiáveis; • Maior prevalência em propriedades de gado de leite que de corte: porque gado de leite normalmente é intensivo, e de corte pode ser extensivo. Sinais clínicos Muitas vezes são despercebidos, mas ocorrem; É uma doença respiratória, mas prejudica muito a reprodução também. Balanopostite infecciosa (em macho) • Infecção da glande, prepúcio ou ambos; • Infecção adquirida via aerossóis ou venéreas; • Pequenos nódulos avermelhados na mucosa do prepúcio e do pênis que posteriormente evoluem para pústulas; • Pênis avermelhado e dolorido; • Micção frequente: por causa da dor; • Monta prejudicada: animal reprodutor não monta. Vulvovaginite infecciosa (em fêmea) • Infecção simultânea da vulva e vagina; • Vulva edemaciada e dolorida; • Cauda levantada: por causa da dor; • Descarga genital de secreções de coloração acastanhadas; • Observação de pústulas; • Micção frequente por causa da dor; • Curso aproximado de 14 a 21 dias: pústulas tornam-se cicatrizes. Queda na produção de leite • A vulvovaginite causa dor na fêmea, resultando em menor ingestão de matér ia seca, menos movimentação = queda leve na produção de leite. Infertilidade • Endometrite (inflamação do útero) e ooforite (inflamação do ovário) necrótica; • Lesões na tuba uterina (ela faz a captação do ovócito do ovário e envia o ovócito fertilizado para o endométrio); • Ciclo estral mais curto por causa da inflamação: tempo cio até o próximo cio fica menor (normal é 21 dias entre cada ciclo); • Cisto luteínico: folículo dominante não ovula e somente luteiniza; • Repetição de cio (ciclo estral): pois animal não se torna gestante -> infertilidade • Infecção aproximada entre 1 a 2 semanas (após ciclo normalizado); • Média de 4 serviços por concepção: tentativa de reprodução (pode ser inseminação, monta) aumenta por causa da infertilidade - São feitas 4 tentativas para ficar prenha. Aborto • Ocorre no terço inicial da gestação -> causa morte embrionária; • Ocorre por causa da replicação viral no trato respiratório: 1. Viremia chega à nível uterino; 2. Necrose dos placentomas; - Placentomas: estruturas responsáveis pela sustentação da gestação. 3. Degeneração placentária; 4. Perda de oxigenação; 5. Morte fetal e expulsão do feto. • Comum no terço final da gestação: entre o 6o e 9o mês. • Tempo da infecção e o aborto: 18 dias a 3 meses. Infecção respiratória • Tendem a ser sinais rápidos e imperceptíveis, pois é difícil a IBR realizar esses sinais sozinha; • Mais comum com um complexo respiratório. Trato superior • Mais comum em animais jovens; • Úlceras hemorrágicas na mucosa respiratória (FA - febre aftosa); • Nariz avermelhado; • Traqueíte; • Conjuntivite; • Exsudato fibrinecrótico -> dispneia, descargas nasais. Trato inferior Ocorre uma cascata: 1. Necrose epitelial com pneumonia intersticial; 2. Alteração nos batimentos ciliares e espessamento do líquido surfactante; 3. Declínio de defesa pulmonar (pois células ciliares d líquido surfactante fazem a limpeza do pulmão) 4. Desenvolvimento de agentes secundários; 5. Broncopneumonia. Conjuntivites Formas nervosas (meningoencefalites) • Causada pelo BHV-5; • É raríssima, mas pode acontecer. Diagnóstico • Exame em animais com problemas respiratórios; • Exame ginecológico (ver cicatriz das pústulas na vulvovaginite); Parâmetros reprodutivos • Verificar quantas vacas ficaram gestantes e a taxa de natalidade = perca normal de fetos = 3 a 5% - Taxa de natalidade: relação entre as que pariram e as que não pariram. - Perdas por: IBR, BVD, lepto, trauma etc. Avaliação de fetos abortados (necropsia): • Hepatomegalia; • Focos de necrose no parênquima hepático; • Petéquias e sulfures cardíacas; • Edema saro-sanguinolento peritoneal; • Vasculite placentária necrótica. Avaliação de feto (laboratorial): • Fragmentos (pulmão, coração, baço e coração); • Cérebro inteiro (BHV-5) • Anexos placentários; • PCR é feito - amplificação do DNA; • Isolamento viral; • Cuidados com os resíduos (podem contaminar). Exame clínico 1. Colher 2g do epitélio de vesículas rompidas; 2. Armazenar em frasco estéril; 3. Transportar em caixa isotérmica contendo gelo seco por um período de 24 a 48 horas. Sorologia: • Colheita de sangue asséptica, soro, congelamento); • Teste com intervalo de 20 a 30 dias; • Cuidado com soropositivos falsos: - Vacinados e bezerros com menos de 6 meses (anticorpo por colostro da mãe) -> possuem titulação de 0 a 200 (maior que isso é a doença); • ELISA Avaliação do sêmen: Pouco feito, pois concentração da doença em bovinos em sistema extensivo no Brasil é baixa e tem muito sêmen importado. • Cultivo celular; • PCR. Profilaxia É a mesma que a BVD -> ver no material da BDV abaixo. DIARREIA VIRAL BOVINA (BVD)Etiologia • Pestivírus • RNA vírus da família flaviridae: • Biotipo citopático (CP) e não citopático (NCP); - CP: doença das mucosas (gastroentérico -> causa diarreia); - NCP: atravessa placenta e infecta o feto (causa a b o r t o , a n o m a l i a s e a f e t a a n i m a i s persistentemente infectados); • Alta capacidade de mutação -> o CP pode mutar para o NCP e vice-versa (pelo fato de ser um RNA vírus); • Sorologia indistinguível -> se apresenta títulos positivos, não é possível saber se é biotipo CP ou NCP Transmissão Horizontal • Inalação ou ingestão de partículas virais; • Via sexual. Vertical • Transplacentária; • Desenvolvimento dos animais persistentemente infectados (PI); Persistentemente infectado (PI) • Animais que tiveram o vírus do BVD transmitidos via transplacentária pela mãe -> nascem com o vírus; • Identificação impossível: pois o momento que ocorre a infecção é quando há a formação do sistema imunológico -> o sistema imune considera ele como próprio do organismo -> não produz anticorpo. • Animais fracos que não desenvolvem -> normalmente morrem ainda jovens; • Principais disseminadores da BVD, pois: - Podem apresentar perfeitas condições (soronegativo e assintomático); - Solta carga viral -> infecta o rebanho e aumenta a chance de outros PI; • Perda econômica na desmama de 15 a 25 dólares quando não há controle do vírus (pois há queda de taxa de natalidade); • Nos EUA, os touros são vendidos com certificado livre de BDV. Sinais clínicos Forma entérica (CP) • Diarreia sanguinolenta; • Lesões ulcerativas no TGI. Forma reprodutiva (NCP) • Ooforite; • Infecção pré-natal; • Mortalidade embrionária; • Abortos e má formação; • Nascimento de PI (persistentemente infectados); Diferencial de FA • É diferente da febre aftosa, porém ambas desenvolvem úlceras no TGI. Infecção pré-natal por biotipo NCP Biotipo não citopático (NCP): atravessa placenta e infecta o feto (causa aborto, anomalias e afeta animais persistentemente infectados). Vaca prenhe imunizada • Pare um produto imunocompetente; • Se a vaca for vacinada antes de ela entrar na reprodução, o vírus não conseguirá atacar e o bezerro nascerá saudável. Vaca prenhe não imunizada Quando entra em contato com o vírus: • Até 125 dias: - Morte fetal e aborto de animal persistentemente infetado (PI) com sorologia negativa; - Causa aborto em terço inicial da gestação (enquanto o IBR causa aborto no terço final); • De 125 dias a 180 dias: anormalidade congênita e forma neurológica; • Acima de 180 dias: nenhum efeito. Duas possibilidades para a formação da bezerra PI • Mais comum (90%): vaca susceptível à BVD (não é PI) se infecta entre 40 a 125 dias de gestação. - Vacas susceptíveis à BVD: novilhas e primíparas. • Menos comum (10%): vaca PI torna-se gestante. Doença das mucosas por biotipo CP • Forma não citopática (NCP) muta para a forma citopática (CP). Sinais clínicos • Depressão (pois para de comer e beber água); Anorexia; Estase ruminal (por não comer); Diarreia profunda aquosa sanguinolenta -> pode passar despercebida, mas é mais severa no PI (pois o sistema imune não consegue se defender, considerando que o vírus é reconhecido como próprio no PI); Úlceras nas mucosas do TGI (por causa da diarreia); Temperatura corporal 40oC (o normal em bezerros é 38,5 a 39oC); Pode ser fatal em uma semana devido a desidratação. Diagnóstico • Histopatológica: baço e linfonodos; • PCR (isolamento viral); • ELISA (sangue, pele e leite) -> mais usado: pele, teste rápido de 3 minutos, repetir com 30 dias; - Muito usado em bezerras de leiteria (aglomeração = mais probabilidade de BVD); - Teste imunoespecífico (pele); • Sorologia: doença presente em grande parte do rebanho (exame é feito junto com IBR e leptospirose). Profilaxia Para evitar a BVD (e a IBR -> mesma profilaxia) na propriedade: Rebanho fechado • Onde não entra animal, só sai; • É uma opção boa para evitar todas as doenças infecciosas bovinas, e às vezes nem precisa de vacinação do rebanho (pois já tem carga viral e sorologia positiva). • Limitado em propriedades que trabalham com compra e/ou em confinamento -> são as propriedades que apresentam mais perdas de índice reprodutivo por cauda de doenças infecciosas Programa de erradicação • Tem o objetivo de eliminar animais PI e evitar o nascimento de bezerros PI. • Possui limitação por ser um programa de alto custo, mas é justificada com a diminuição de percas do índice reprodutivo (perde de 1 a 2% menos de bezerros), pois isso paga a vacina e ainda sobra dinheiro. - Logo, o proprietário deve ser convencido a realizar esse programa de erradicação. • Apresentar dados para convencer o proprietário a realizar a erradicação: - Considerando um rebanho de 100 animais: 1. Índice final de reprodução: 85% de prenhez; - Taxa de perda na prenhez: 5% 2. Taxa de natalidade: 80% bezerros nascem; - Taxa de perda após o parto: 5% 3. Taxa de desmame: 75% de bezerros desmamados; - Rebanho com vacinação: - Vacinação = R$ 2.500,00; - Vacina fornece aumento de 3% na taxa de desmame (78%), ou seja -> 3 bezerros a mais; - Peso médio bezerro na desmama: 250 kg; - 16 reais/kg de peso vivo; - 250 x 16 = R$ 4.000,00 (cada bezerro); - 4.000 x 3 = R$ 12,000,00 (os 3 bezerros). - 12.000 - 2.500 (da vacinação): - Lucro de R$ 9.500,00 a mais do que sem a vacinação. O programa de erradicação em si • Sorologia (detecção e eliminação dos PI): - O programa deve ser feito antes da reprodução, para que seja possível fazer a eliminação dos PI antes de causar contaminar os bezerros. • Vacina: - Organização de vacinação é feita através do carimbo de nascimento; - 1a dose reforço deve ser feita 21 a 30 dias após a 1a dose (em vacas susceptíveis, novilhas e primíparas); - Mas na prática é feita 40 dias após. - Reforço de vacina anual; - Armazenamento de 2 a 8oC: - A vacina inativa (não tem efeito) se: - Se ficar em menos ou mais graus; - Congelar e descongelar na geladeira, além de não fazer efeito, pode causar choque anafilático no animal. - Descartar todas as vacinas que sobrarem no final do dia. Ações para diminuir a incidência • Tomar cuidado com a introdução de animais PI e animais com infecção transitória (aquisição de receptoras) - Realizar protocolo apesar de não ser possível identificar PI; - Pois se o rebanho for imunocompetente/ vacinados, não serão infectados facilmente. • Surtos normalmente vem de compra de novilhas de reposição e receptoras de embrião; • Ovinos e caprinos podem transmitir também; • Identificação do PI; - ELISA e teste imunoespecífico (pele). • Vacinação é muito importante, mas não elimina todas as possibilidades de infecção. LEPTOSPIROSE • Doença causada por bactérias da espécie Leptospira interrogans; • Possui uma grande variedade de sorotipos/sorovares, os mais comuns (abaixo) compõem a vacina: - Canicola; - Icterahaemorrhagie; - Grippotyphosa; - Pamona; - Hardjo; - Bratislava; - Tarassovi. Considerações sobre a leptospirose • Na forma hiperaguda e aguda, ela leva o animal à óbito -> por isso não há forma crônica; • Importância muito grande na reprodução (junto com a BVD e IBR); • Tem índices de perca maiores que BVD e IBR, mesmo a BVD tendo o PI (persistentemente infectado); • Assim como todas as doenças infecciosas, quanto mais a concentração de animais na propriedade, maior a disseminação da doença; - Necessário cuidado sanitário para preveni-la. • Vacinação não tem eficácia por causa da grande variedade dos sorovares - A vacina com mais variedade vem com 8 sorovares. Transmissão • Contaminação do pasto e da água -> regiões montanhosas tem maior incidência, pois tem muitas poças de água; - Deve ser considerado que a vaca gosta de tomar água quente (até 30oC), então ela toma água das poças ao invés do cocho. • Pode ocorrer durante IA (inseminaçãoartificial) ou monta natural; • Os bovinos e equinos são os principais hospedeiros nessas situações, mas também podem estar em animais silvestres; • Entrada no hospedeiro: ocorre por lesões na pele e mucosas Resistência • pH entre 6 a 8; • 10 a 36oC; • Não resiste a ambientes ressecados: - Leptospira fica em ambientes úmidos, então não há grande incidência dela em regiões ressecadas. Patogenia • Agente tem tropismo pelos: - Rins (problema renal), - Fígado - Pode resultar em sepse -> pode acometer mais equino, mas não é comum. - Glândulas mamárias e placenta dos bovinos (mais importante); • Determinação de várias formas. Septicemia Ocorre em equinos, bezerros e cordeiros; Pois no fígado (órgão de tropismo), há possibilidade de atingir corrente sanguínea -> causando a sepse; - Isso ocorre pois: ao se transportar pelo sangue, ela pode afetar todos os órgãos. • Petéquias nas mucosas; • Hemólise intravascular (destruição das hemácias/ eritrócitos) -> resulta em: - Hemoglobinúria: urina com hemoglobina (escura, cor de coca-cola); - Pois hemoglobina é um componente da hemácia. - Anemia hemolítica: por causa da destruição das hemácias; - Nefrite intersticial: resulta da sobrecarga renal causada pela eliminação intensa de eritrócitos; - Uremia: aumento do nível de ureia no sangue causada pela nefrite (não permite a eliminação correta dos metabólitos); • Leptosplúria: presença da Leptospira na urina. Forma reprodutiva • Aborto devido a degeneração placentária pela Leptospira -> levando a morte fetal; • Agalactia: ausência da produção de leite após o parto momentâneo; • Leptospirose causa aborto no terço médio da gestação. - Lembrar que: - IBR: aborto no terço final da gestação; - BVD: aborto no terço inicial da gestação. Forma aguda (pré-septicemia) Esses sinais clínicos também são muito características da TPB (tristeza parasitária bovina) e da babesiose/ nutaliose em equinos. - Diagnóstico pode ser feito erroneamente -> tratamento inadequado (imizol -> péssimo para o sistema imune); - Deve ser feito o hemograma para chegar a um diagnóstico conclusivo (pois apresentam diferenças). - TPB e nutaliose: hematócrito baixo muito mais acentuado que lepto; - Lepto: aumento de neutrófilos segmentados. • Febre (41oC): resposta imunológica contra a bactéria; • Icterícia: por causa do comprometimento hepático e de vesícula biliar; • Depressão: • Anemia hemolítica; • Dermatite necrótica; • Leite avermelhado com coágulos de sangue: pois há comprometimento de glândula mamária • Petéquias nas mucosas; Diagnóstico • Histopatológico (fetos): mais indicado; • ELISA - sorologia; • Necropsia, observa-se: - Icterícia; - Hemorragia em cavidades; - Úlceras no abomaso; - Nefrite; - Fetos autopsiados. - Os achados necróticos são semelhantes em várias doenças. Tratamento preventivo • Não é um tratamento, é uma prevenção; • Considerando que a vacina não tem eficácia por causa da grande variedade dos sorovares, é feito tratamento preventivo com: - Estreptomicina/diidroestreptomicina: 100mg/kg/ IM, dose única; - Dose: 1 g de estreptomicina para 10 ml de solução. Profilaxia • Tomar cuidado com a aquisição de animais de lugares sem limpeza sanitária; - Realizar vermifugação e quarentena de um animal novo na propriedade para evitar disseminação de doenças para os outros animais; • Origem da água deve ser analisada para determinar se ela é de boa qualidade para o sistema de produção de ruminantes; • Armazenamento de alimentos deve ser feita de maneira adequada para evitar doenças; • Vacinação: - Bezerros de 4 a 6 meses; - Reforço com 30 dias; - Fêmeas antes do parto. • Tratamento preventivo é uma opção. BRUCELOSEE Ela e a tuberculose são zoonoses -> então são incluídas em um programa nacional de controle e erradicação governamental. • Zoonose -> transmitido por: - Leite sem pasteurização ou fermentação; - Carne inatura; - Parto de vaca infectada sem material de proteção; - Auto-vacina (pessoa por acidente entra em contato com a vacina ao fazer sua reconstituição). • Bactéria do Gênero Brucella; - Brucella abortus: maior concentração no Brasil( bovinos e bubalinos); - Brucella melitensis: mais virulenta, não encontrada no Brasil (caprinos e ovinos); - Brucella ovis (ovinos). Atual situação no Brasil Há um bom controle com vacinas. Percas geradas Todos os animais positivos para brucelose devem ser sacrificados. • Leite; • Carne; • Bezerreiros: por causa dos abortos • Esterilidade: momentânea ou definitiva (mais comum em macho e até em homens). Fonte de infecção: próprio animal infectado. Vias de transmissão • Secreções vaginais; • Fezes; • Inseminação artificial (IA); • Leite; • Sangue: • Transplacentária: contaminam o filhote • Parto -> líquido e placenta contaminam o ambiente (se ocorrer no piquete, contamina outras vacas). - Vacas comem a placenta (contaminada): pois é instinto para não deixar resquícios e atrair predador; - É por isso que vacas abandonam um filho gêmeo -> seu instinto define que ela só consegue cuidar de um (o primeiro que levantar e mamar). Letalidade: nula. Disseminação • Ambiental: bactéria com baixa resistência a temperatura ambiente -> porém em material orgânico ela vive melhor (como placenta); • Água e alimentos contaminados; • Animais positivos; • Alta densidade populacional; • Inseminação artificial (IA); • Monta natural: não é a principal forma de transmissão (por causa do pH vaginal e barreiras na cérvix). Portadores latentes • 15% dos filhos de vacas positivas; • Não reagem no exame; • Passa a reagir quando adulto em reprodução (gestante) -> pois bactéria tem tropismo pelos hormônios da reprodução e passam a se reproduzir; • 95 a 98% das filhas de vacas positivas não tem a doença -> pois elas nascem sem hormônios reprodutivos e a bactéria não se reproduz; • Forma mais comum da transmissão é via placenta; • Animais são mais suscetíveis a doença na sua fase púbere. Patogenia • Entrada da brucella ocorre via oral (mais comum) ou venérea; • Ocorre mais na inseminação de vacas com sêmen de um touro positivo -> pois ultrapassa barreiras da vaca e entra diretamente no útero; - Por isso deve ser feito exame de brucelose no touro, realizar quarentena e depois novo exame de brucelose para realizar a coleta e inseminação; • Multiplicação no linfonodo satélite -> migração para úbere, testículos, útero e articulações. Em fêmeas • Terço final da gestação produz maior quantidade de eritritol (açúcar) na placenta (causa tropismo) -> lesões em glândulas uterinas e carúnculas (endometrite ulcerativa -> aborto. • Infertilidade é rara, pois útero/endométrio tem grande capacidade de regeneração; - Causa aborto no terço final da gestação igual a rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) Em machos • Tropismo por hormônios masculinos -> bactéria se instala nos testículos e se reproduz; • Nos testículos: orquite e infertilidade (também ocorre em humanos); - Lesões causadas pela orquite degeneram o testículo -> destroem epidídimo, cauda do epidídimo, túbulo seminífero (onde ocorre espermatogênese) • Bursite: inflamação das bursas -> pequenas bolsas que ficam entre os ossos, músculos e tendões (afeta principalmente articulação do ombro/escapuloumeral) • Artrite: ocorre com bursite por causa da multiplicação da bactéria do linfonodo satélite e sua distribuição pelo organismo. Sinais de brucelose na propriedade • Abortos no terço final da gestação; • Infertilidade; • Retenção de placenta; • Metrite; • Metade aborta na primeira gestação e 20% repetem abortos na segunda gestação. Diagnóstico Necropsia do feto Ele apresenta: • Broncopneumonia; • Necrose da placenta; • Histopatológico: severo infiltrado de macrofágico. Métodos diretos • Isolamento e identificato do agente (carúnculas e feto abortado); • Imunohistoquímico;• PCR. Métodos indiretos São os métodos que estão no programa nacional de erradicação: • Sorologia. • Anel em leite (TAL): - Põe-se quantidade de leite e do antígeno nos tubos: - Se formar um halo azulado = é positivo para brucelose; - Se não formar um halo = é negativo; - Resultado positivo: pode ser falso positivo causado por: - Leite ácido; - Colostro; - Mastite. • Antígeno Acidificante Tamponado (AAT): - Teste de eleição com alto grau de sensibilidade e especialidade (muito confiável): - Põe-se soro sanguíneo com antígeno e homogeneiza por 3 minutos: - Aspecto granulado = positivo. - Triagem: rápido, sensível e barato; - Indicado em larga escala; - Falso positivo (vacina, colostro, erro); - Falso negativo (incubação da bactérias); - Títulos de sorologia aumentam a partir do 5o mês da gestação -> por causa da produção de eritritol nesse momento (bactérias aumentam = sorologia aumenta); - Detecta IgG (animal doente) e IgM (vacina); - Animais positivos -> devem realizar teste de confirmação por causa da reação vacinal. Teste de confirmação para positivos no AAT Feito de maneira preventiva, não curativa; Necessitam se feitas em um laboratório específico; • Mercaptoetanol (2-ME) -> específico para IgG (se for positivo, animal é doente); - Esse é o mais usado/disponível no Brasil. • Fixação de complemento (FC), teste de referência indicado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Profilaxia Brucelose: governo não indeniza (compensa com dinheiro) propriedades com casos, pois há profilaxia; Tuberculose: governo indeniza propriedades com casos, pois ela não não tem vacina. Vacina • B-19 (bactéria viva); - Não causa doença nos animais, mas causa nos humanos. - Auto-vacina (pessoa por acidente entra em contato com a vacina ao fazer sua reconstituição para diluir). • Produtor é obrigado a vacinar fêmeas de 3 a 8 meses de vida; - Vacinar o quanto antes, considerando que a Brucella tem tropismo por hormônios reprodutivos (que são desenvolvidos em fêmeas depois de 8 meses). • Vacina acima de 8 meses (idade reprodutiva) animal passa ser positivo no exame (para o resto da vida), mas não tem a doença; • Para fazer a vacina, é necessário: - Ser um veterinário credenciado; - Vendê-la sobre prescrição. • Reações adversas (pouco vistas): - Febre; - Anorexia; - Artrites. Vacina B-190 • Vacina viva; • Importante que o animal tenha imunidade celular (células de memória, pois é uma doença de caráter crônico; - Vacina de imunidade celular: células de memória dão as condições aos macrófagos para combater a bactéria.; - Vacinas de imunidade humoral (IBR, BVD, lepto) -> estimulam o organismo a produzir anticorpos. • Eficácia da vacina 70%l - Para cada 10 bezerras que forem vacinadas, 3 não serão imunizadas (por causa do sistema imunológico); • Tempo de duração: 7 anos (mas deve ser feita até os 8 meses de idade -> se não, não pode fazer mais). • Não importa muito a imunidade humoral; - Estímulo de produção de anticorpos; - Importante para doenças agudas; - FA, IBR, BVD, leptospirose entre outras; • Não pode ser realizado o reforço da B-19, pois a vaca se torna positivada para brucelose; • Vacina B-19 foi descoberta: - Buck (1930), esqueceu uma amostra de brucella abortus por um ano; - Houve atenuação, mutação e a transformação na vacina B-19; - Diminuiu a virulência e se tornou estável. Circulação de animais Caso haja venda, troca, circulação de animais, existem algumas situações em que é necessário realizar exames de brucelose. • Animais destinados a reprodução exigem a vacina/ exame, já os de corte, não é necessária o exame (mas não é o correto). • Fêmeas de 3 a 8 meses devem ser vacinadas para serem transportadas; • Fêmeas com menos de 24 meses vacinadas (devem ter atestado de vacina para serem transportadas); • Dever ser feito o atestado de reação negativa AAT para: - Fêmeas não vacinadas até 8 meses; - Fêmeas vacinas acima de 24 meses; - Machos acima de 8 meses (não testa antes por causa da reação colostral). Identificação de animais • Vacinados: face esquerda - marca da vacina; • Positivos: face direita (P) -> animal deve ser abatido na última escala o abate (últimos animais a serem abatidos para depois limar o frigorífico). Vacina RB51 (viva) • Brucella abortus + antibiótico rifamicina => RB51; - É uma variação da B-19; - Transformação da forma lisa para rugosas; • Eficácia 70% -> semelhante à b-19; • Duração não se sabe ainda -> dura mais de 5 anos; • Reforço pode ser feito a cada 5 anos - Pois ela foi criada para ser usada nos animais acima de 8 meses -> pois animal não se torna positivo nos exames (também pode ser usada em fêmeas mais novas que 8 meses); - Ex: em surto de brucelose de vacas mais velhas, para evitar maior disseminação dessa doença. • O reforço é questionado, pois: - O excesso de vacinação pode aumentar a concentração de células T reguladoras -> elas bloqueiam o efeito da vacina e resulta na -> diminuição da resposta imune dos animais. • Pode substituir a B-19 -> usar somente quando a a B-19 não é realizada, e não para imunizar seus 30% de falha vacinal; • Legislação não recomenda vacinar vacas prenhes e machos são proibidos de serem vacinados - Exceção: vacas prendas em caso de surto: em urgência, a vacina não causa aborto. Vantagens da vacina RB51 • A RB51 é aplicada, e fêmea pode ser testada a antes das fêmeas entrarem em fase de reprodução e eliminar os animais positivos antes de se tornarem gestantes; - Já a B-19, é aplicada, e fêmea só pode ser testada 24 meses depois. • O exame de brucelose não positiva as vacas que são vacinadas, então é necessário realizar nenhum teste de confirmação - A vacina B-19 atrapalha nesse ponto de controle sanitário, pois ela positiva as vacas -> teste de confirmação necessário. A PARTIR DOS 8 MESES, TODA FEMEA TEM QUE ESTAR VACINADA ANIMAIS P.O. NAO PRECISA DE MARCAÇÃO p.o. = puro origem marcação face esquerda = a vacina b-19 = a marcação usa o numero final do ano que foi usada a vacina limpar 10 vezes mais virulenta para os humanos ela nao positiva o animal no exame mais, por isso pode usar a partir dos 8 meses nunca vacina macho numeral = b-19 v = rb51 TUBERCULOSE • Zoonose -> programa nacional de controle e erradicação de brucelose e tuberculose; - Apesar de estarem juntas, a ação das duas não é parecida (só estão juntas porque são zoonoses); • É diferente da brucelose, porém são tratadas juntas • Bactérias do Gênero Mycobacterium : - Caráter crônico com desenvolvimento progressivo de granulomas. Complexo mycobacterium tuberculosis • M. avium: não causa doença, mas sensibiliza os animais (dá positivo no exame diagnóstico); • M. tuberculosis: não causa doença em animais, sensibiliza, não apresenta lesões (passa despercebido na inspeção em bovinos), resulta em doenças nos humanos (dá positiva no exame); • M. bovis: causa doenças e lesões nos bovinos (lesiona complexo respiratório e é descartado) • Acometem todas espécies de animais; • Muito importante no gado leiteiro (por causa da concentração de animais) -> aumenta casos de doenças infecciosas; - Por isso o exame de brucelose e tuberculose de todo o rebanho leiteiro (controlado pelo laticínio); - Se produtor não fizer vacina (brucelose) e exame (tuberculose), o laticínio para de pegar o leite dessa propriedade; - Se o laticínio aceitar o leite sem exame e vacina dessas zoonoses, ele é multado. • Resulta em queda na eficiência reprodutiva somente em casos onde o plantel inteiro está doente, pois normalmente ele passa despercebido; • Fonte infecção são os animais doentes; • Vias de disseminação: - Escarro; - Leite cru (não contamina se ferver); - Fezes (tuberculose aberta); - Urina; - Ar exalado. Patogenia • A tuberculose promove o desenvolvimento de granulomas, pois 1. Agente é fagocitado pelo macrófago;2. Se multiplica dentro do macrófago -> como está dentro de uma células de defesa, ele passa despercebido pelo sistema imune; 3. Reação de hipersensibilidade retardada para se defender; 4. Formação de granulomas na tentativa de conter o processo de multiplicação -> porém não adianta; • Geralmente acomete pulmão (complexo primário) -> não é letal nessa forma; - Porém, se o agente escapar do complexo primário -> forma vários tubérculos pelo organismo, levando o animal à óbito em 3 ou 4 meses (morte depende de qual órgão ele irá afeta). Diagnóstico • Pode ser feito somente por um médico habilitado com curso (como foi dito na brucelose). • O diagnóstico é feito com tuberculina PPD (derivado proteico purificado), os bovinos podem apresentar: - Tuberculina PPD bovina; - Tuberculina PPD aviária. • Teste da tuberculina pode ser feito em animais acima de 1 mês de idade. Teste de cervical simples (TCS) • Utiliza-se a tuberculina PPD bovina (não pode ser utilizada aviária); • Se o resultado do teste for inconclusivo, deve ser feita o teste de cervical comparado. • Como é feito: 1. Região da cervical ou escapular (escapular é mais fácil para manejo); 2. Tricotomia da região escolhida; 3. É feita prega com cutímetro (aparelho de medição); 4. Medição dessa prega para ver onde será inoculada a PPD tuberculina; 5. Inoculação da tuberculina PPD na prega para realizar o diagnóstico. nao tem vacina principalmente no sistema respiratorio Highlight pois ficam mais concentrados ou excreção humanos pegam o macrofago faz o granulomas pra proteger e fagocitar o micobacterium, mas ele sai do macrofago antes e vai acometer outros macrofago. os granulomas são bem visiveis verde vermelha dose: 0,1 ml padrão Teste de cervical comparada (TCC) • É feita a inoculação de ambas tuberculinas (bovina e aviária) exatamente para realizar a comparação; • A tuberculina aviária reage com a tuberculina bovina, então pode ser falso positivo para bovina. -> por isso é importante fazer a comparação. • Pode ser utilizada: - Em animais inconclusivos nos outros testes: - TCS (teste de cervical simples); - TPC (teste de prega caudal). - Como substituta do teste de cervical simples -> para que não seja necessário refazer o teste em casos inconclusivos. • Como é feito: - Mesmo processo que o TCS, porém utiliza-se 2 locais de tricotomia (distância de 2 a 3 dedos entre os dois); - Um local para inocular tuberculina PPD bovina; - Outro local para inocular tuberculina PPD aviária Teste de prega caudal (TPC) • Não é mais utilizado. • Utiliza-se somente a tuberculina bovina; • Não faz tricotomia nem medição, somente se inocula; • A inoculação é intradérmica: dose 0,1 ml; • Aferição realizada 72 horas após a inoculação, com cutímetro. Interpretação do teste cervical simples (TCS) Interpretação do teste cervical comparado Resultados dos testes • No TCS: resultado é inconclusiva quando tuberculina bovina reage 2 a 3,9 mas não sente muita dor no local de inoculação, fica com a pele do local endurecida • No TPC: resultado é inconclusivo quando tuberculina bovina é maior que a aviária de 2 a 3,9; • Animais inconclusivos devem ser submetidos ao novo teste em 60 dias; - Por isso é melhor substituir o cervical comparado pelo o cervical simples, pois haverá uma perda enorme de leite e dinheiro nesses 60 dias; • Animais confirmados com brucelose e tuberculose devem ser sacrificados; • Não existe vacina para tuberculose. Propriedade com certificado de criação livre de tuberculose • Para uma propriedade obter o certificado de criação livre de tuberculose, ela necessita de: - Três testes de tuberculina negativos consecutivos do rebanho, com intervalo de: - 90 a 120 dias entre o primeiro e o segundo teste; - 180 a 240 dias entre o segundo e terceiro teste. • Vantagens do certificado - Não é necessário realizar exames de tuberculose para vender os animais da propriedade (são feitos somente anualmente); - Torna-se uma propriedade de confiança, pois os frigoríficos/laticínios não precisam se preocupar com animais positivos para tuberculose; - O certificado de propriedade livre de tuberculose é normal em leiterias grandes • Essa propriedade normalmente só vende animais, mas se for comprar, devem ter características iguais as do seu próprio rebanho (é uma desvantagem). Normas a tomar com animais positivos • Isolamento do rebanho; • Sacrificados em no máximo 30 dias após o diagnóstico - Sacrifício é feito sob serviço de inspeção federal oficial indicada pelo serviço de defesa federal ou estadual. nem usa mais nos animais de reprodução existem 1 situação que precisa do exame de brucelose e tuberculose - quando vc vai pegar dinheiro com o banco, o banco exige. faz a tricotomia sim só pode inocular tuberculina bovina, 72 hrs após mede e deu 10,0 medição inicial 8,0 10,0 - 8,0 = 2,0 acima de 4 = o animal é positivo o m. avium nao afeta os bovinos, por isso usa as duas tuberculinas deve fazer de novo no gado de leite - faz comparada no caso daqui da região é o ADAPAR Tuberculose na glândula mamária • Existe uma tuberculose que acomete a glândula mamária; - Ela dá negativo no teste da tuberculina PPD; - Não há diagnóstico. • Leite fornecido para os bezerros (leite de outra propriedade), pode estar infectado com tuberculose, causando a contaminação de todos os bezerros - É por isso que é necessário realizar o teste de tuberculose e brucelose em TODO o rebanho leiteiro (e não só nas vacas em lactação); - Ter cuidado com leite fornecido para os bezerros; • Solução: ferver ou pasteurizar o leite. Animais anérgicos • Animais positivos que não reagem a PPD; • Normalmente animais mais velhos ou animais com baixa imunidade; - Baixa imunidade causa uma baixa reação do antígeno com o anticorpo. Proposta de Lei 569/48 - Decreto 27.932/50 • Ainda não foi pra frente; • Remuneração de 1/4 do valor do animal em caso de positivo para brucelose e tuberculose; - Péssima ideia, pois se propriedades forem remuneras por terem caso de tuberculose -> aparecerão muitos mais caso. • Proposta do MAPA: aproveitamento parcial da carcaça da vaca positiva para tuberculose Confiança no diagnóstico • AAT (antígeno acidificante tamponado): - Identifica brucelose; - Alto grau de sensibilidade e especificidade; - Sensibilidade: identifica doses mínimas de brucelose; - Especificidade: somente identifica brucelose. • PPD (derivado proteico purificado):. - Identifica tuberculose, mas não é confiável - Menor grau de sensibilidade e especificidade -> por isso existem esse animais anérgicos, etc. Linha de crédito para reposição de matrizes • Novilha de leite é 12 a 15 mil reais (antes era 4.500) • 200 mil por beneficiário • Taxa de juros 8,75 ao ano. CLOSTRIDIOSES • Grupo de enfermidades causadas por bactérias do gênero Clostridium; - Existem 8 a 10 de clostridioses responsáveis por vários enfermiças (como vômito, diarreia, intoxicação); • São responsáveis por causar mortes súbitas em bovinos. Características • Bactérias móveis, anaeróbicas, esporularas e gram positivas; • São produtoras de exotoxinas, e são elas que causam a morte do animal; - Podem ter grau de intoxicação muito forte, como o botulismo, carbúnculo sintomático; - Tétano é a única toxina com tratamento/vacina, e ainda depende do estágio (estágio muito avançado tem prognóstico péssimo) • Esporulam na presença de oxigênio, ou seja, no ambiente. • Habitam o solo e o trato gastroentérico dos animais domésticos: - Fazem parte da flora do ambiente e do TGI dos animais = não há como eliminar essa bactéria; • São ingeridos a partir do solo (alimentação, água) - Se a bactéria não encontrar um ambiente oportunista no organismo do animal , ela não irá se desenvolver/causar a clostridiose. • São eliminados pelas fezes: - Ex: susceptibilidade de tétano em equino:- Um corte perto do reto -> fezes possuem Clostridium tetani (pois faz parte da flora do equino) -> adentra o corte -> tétano. • Tratamento geral é feito com penicilina G-benzatina IMPORTANTE AS VACAS DÃO NEGATIVO, MAS OS BEZERROS DAO POSITIVOS PCR DO LEITE Carbúnculo sintomático • Clostridiose mais importante na bovinocultura (é a que mais acomete); • Causada pelo Clostridium chauvoei; • Conhecida como manqueira (principal sinal clínico é a claudicação), mionecrose aguda e enfisematose • Sem política de controle (enfermidade da “porteira para dentro”) -> só faz a prevenção se o proprietário quiser. • Altamente fatal: mortalidade próxima de 100% - Muito raro salvar o animal acometido; - Enfermidade infecciosa de maior mortalidade em MG nos últimos 10 anos; • Provocada pelo escape de C. chauvoei do TGI para a musculatura seguida de multiplicação (infecção endógena). • Enfermidade não contagiosa -> C. Chauvoei é encontrado no pasto e TGI; Patogenia 1. Esporo ingerido pela alimentação; 2. É absorvido pela mucosa entérica; - Normalmente isso não ocorre, a tendência é ele passar pelo TGI e ser eliminado nas fezes. 3. Chega ao fígado (pode ir para qualquer lugar do organismo, pois o fígado é a porta de entrada para a circulação); 4. Vai até musculatura (até aí o animal ainda não desenvolveu o carbúnculo sintomático); 5. É necessária uma lesão muscular (como coice, ferida perfurocortante) para a bactéria se desenvolver (característica oportunista); - É muito comum em bezerro pós-desmame, pois no aparte, o animal esbarra a região escapular na porteira da mangueira (local de manejo); 6. Lesão muscular causa diminuição da tensão do oxigênio no local da própria lesão; 7. Piruvato tecidual não é oxigenado, que causa: 8. Acúmulo de ácido láctico, que causa: 9. Diminuição do pH tecidual, que resulta em: 10. Ambiente ácido, é o fator que causa a: 11. Germinação dos esporos e, consequentemente: 12. Ativação das toxinas do C. chauvoei, que então causam 13. Septicemia -> toxemia -> colapso circulatório -> morte. Lesões ocasionadas devido as toxinas • Lesões gangrenosas que progridem em sentido longitudinal (ex: da escápula até a pata); • Bolhas de gás e edemas intensos que se distendem e separam as fibras musculares (músculo fica crepitante); • Intensa hemorragia no local de lesão. Achados na necropsia • Massas musculares escuras, hemorrágicas, cheias de gás (crepitação); • Necrose intensa; • Odor rançoso ou butírico. - É uma doença muito clássico, então normalmente não se faz a necropsia. Sinais clínicos • Febre e apatia; • Claudicação exacerbada (manqueira), normalmente causado por inchaço muito grande na região escapular do animal (membro anterior/cranial) - Bovinos tendem a machucar a região escapular do ombro por causa das porteiras e manejo no tronco -> por isso a região incha; - O inchaço é causado pela destruição de tensão de oxigênio que bactéria causa; • Edema doloroso e extenso; • Massas musculares quentes, dolorosas e crepitantes; • Sangramento pelos orifícios naturais (hemorragia); • Putrefação rápida, “rigor mortis” precoce após a morte (parece que o animal está morto há 4 dias); • Morte em menos de 12-36 horas do início dos sinais clínicos; Diagnóstico • Não necropsiar, pois contamina o ambiente; • É possível fechar o diagnóstico com: • Punção da massa muscular necrosada: - Corar por gram (isolamento em Agar-sangue -> bactéria cresce); - Imunofluorescência; - Material para analisar PCR (reação em cadeia pela polimerase do DNA). Diagnóstico diferencial Diferenciar de carbúnculo hemático (B. anthracis) • Não tem gás; • Sangue não coagula; • Massa muscular necrótica diferente; • Petéquias cardiacas; • Derrames hemorrágicos. Vacina • É feita de maneira errada na maioria das propriedades: - Fazem a vacina após o desmame; - Não fazem o reforço (imunidade somente por 30 dias). • Após a desmama do filhote, a vacina é péssimo, pois: - Bezerro está estressado por causa da desmama; - Baixa do sistema imunológico causa resposta imune ruim; • O correto é realizar a vacina e o reforço antes da desmama; • Efeito da vacina: - Matar a bactéria antes que ela se aloje na musculatura - Pois ela não consegue eliminar o efeito da toxina, então deve ser impedida antes do carbúnculo ser formado nos músculos. Carbúnculo sintomático em ovinos Ovinos -> infecção exógena; • Microrganismo entra no animal: - Via ferida (tosquia, brigas, descola, castração, briga); - Via vaginal no pós-parto (fetos enfisematosos) -> surto no parto (pois ambiente fica contaminado); • Sinais clínicos: crepitação e edema pouco evidentes antes da morte, tumefação da cabeça (inchaço da cabeça) -> sangramento nasal. Tétano • Enfermidade vulnero-infecciosa, não contagiosa; • Causada por toxinas do Clostridium tetani; • Assim como no carbúnculo (C. chauvoei), a bactéria precisa de uma oportunidade para que ela produza suas toxinas; • Habita solo e intestino dos animais domésticos; • Susceptibilidade média em bovinos e ovinos; Porta de entrada da toxina • Diferente do C. chauvoei, que deve ser absorvido pela mucosa intestinal -> fígado -> musculatura; • O C. Tetani é mais relacionado a feridas perfurocortantes profundas que levam a um quadro de anaerobiose, como: - Castração; - Parto: - Ex: laceração/corte, pois o canal da vulva e da vagina fica muito aberto no pós-parto -> égua defeca e um pouco pode entrar na cavidade genital com a laceração -> contaminação. - Feridas no casco; - Corte de cauda; - Vacinação e medicação; - Cordão umbilical; - Perfurações em geral. Patogenia 1. Ferida prévia; 2. Contaminação pelo Clostridium tetania (normalmente pelas fezes, mas pode ser por ambiente com matéria orgânica); - Lembrando que a C. tetani pode passar no TGI e ser liberada sem causar problemas, por isso é necessário uma ferida prévia para que ela desenvolvesse infecção. 3. Decréscimo do oxigênio no local da ferida prévia (pode ocorrer infecções secundárias pelo Staphylococcus aureus); 4. Multiplicação do C. tetani; 5. Produção de duas toxinas: • Tetanolisina: causa lise dos glóbulos vermelhos -> leva a hemorragias pelos orifícios. • Tetanoespasmina: causa espasmos musculares -> contrai músculo diafragmático -> morte. 6. Morte por insuficiência respiratória causada pela tetanospasmina. Mais especificamente: - A tetanospasmina inibe a liberação de glicina, um aminoácido cuja função é fazer o relaxamento dos músculos ao se fundir com as células de Renshaw. - Logo, os músculos contraem e não são capazes de relaxar -> isso inclui o diafragma; - Paralisação do diafragma causa hipóxia (falta de O2 no sangue e tecidos;; - Então o animal morre por insuficiência respiratória (anóxia -> ausência total de 02 no sangue e tecidos). Incubação • Adulto: 2-4 semanas; • Recém-nascido: mal dos 7 dias -> ocorre por infecção de cordão umbilical. Incubação depende de: • Dimensão da ferida; • Grau de anaerobiose da ferida: quanto maior a anaerobiose, maior a a produção de toxina; • Número de esporos inoculados; • Capacidade toxigênica da cepa: quanto mais potente, mais facilmente causa óbito Sinais clínicos (em todas as espécies) • Enrijecimento no andar: • Cauda em bandeira: • Orelhas em tesoura: • Profusão da terceira pálpebra: • Perda do controle motor (paralisia): • Face tetânica: olha fixamente para um local; • Trismo: limitação da abertura da boca; • Hemorragia (por causa da tetanolisina); • Hiperexcitabilidade. Complicações secundárias ao tétano • Desidratação/inanição: não consume água ou comida; - Resulta em acidose metabólica (ácido láctico) por falta de nutrientes (ácido láctico em toda a musculatura). • Morte por parada respiratória. Tratamento • Eficácia do tratamento depende muito do tempo que demorou para a intervenção (quanto + tarde, + toxinas produzidas) ecapacidade toxigênica da cepa; • Acaba ficando mais restrito a equino ou touro em centrais, pois bovino em piquete tem um manejo difícil (é difícil ir na propriedade/piquete ver o animal um dia sim, um dia não) Combater o microrganismo na ferida • Limpeza da ferida com água oxigenada: elimina o microorganismo; • Penicilina G-benzatina via IM; - Dose recomendada: 25.000 a 40.000 UI/kg; - É melhor usar a dose máxima, pois faz total diferença para o tratamento. - São feitas 2 doses com intervalo de 5 dias (ou a cada 48 horas - um dia sim, um dia não). - Pode ser usado pentabiótico, pencivet -> que vem com 5 tipos de penicilina + estreptomicina Combater a toxina • Soro antitetânico: - Adultos: 250.000 UI via IV; - Jovens: 100.000 UI via IV. - Considerando que uma ampola tem 5.000 UI, utiliza-se muito soro. Combater os efeitos da toxina • Manter animais em locais escuros e quietos; • Grandes animais: piso firme, pois animal pode cair facilmente; • Hidratar com ringer-lactato; • Corrigir acidose metabólica com: - Bicarbonato de sódio a 10% -> 10 mg/kg. • Aplicar relaxante muscular: - Benzodiazepínico/midazolam (0,5 a 1 mg/kg, IM, a cada 12 horas); - Fenotiazínico/acepran (0,05 a 0,1 mg/kg) - Tiocolchicosídeo -> uma ampola para cada 70 kg/PV ; - PV: peso vivo. Botulismo • Intoxicação por toxina botulínica produzida por Clostridium botulinum; - As toxinas são liberadas no ambiente; - É botox em doses homeopáticas; • Intoxicação frequentemente fatal (toxina mais potente que se conhece); • Habitat: solo e intestino dos animais. A toxina pode ser adquirida por: • Ingestão de alimento contaminado com a toxina: - Forragens apodrecidas ou fardos grande que no meio fica úmido (favorável para crescimento); • Ingestão da toxina em carcaças e ossos no pastos que podem estar contaminadas com botulismo (perversão de apetite); - Perversão de apetite: animal com deficiência nutricional tem vontade de ingerir alimentos não convencionais (como osso). • Osteofagia: deficiência de fósforo faz animal buscar em osso de carcaça no pasto; • Ingestão de esporos do C. Botulinum com a toxina; • Contaminação de feridas pela bactéria; • Absorção via intestinal, caso a bactéria se prolifere; Patogenia • Toxina atua nas terminações nervosas colinérgicas, junções neuromusculares e gânglios nervosos: 1. Toxina se liga aos sítios da acetilcolina; - Acetilcolina: neurotransmissor essencial para a contração muscular.; 2. Inibe ação e liberação da acetilcolina (pois toma seu lugar no sítio de ligação 3. Paralisia flácida -> relaxamento da musculatura (ao contrário do tétano) Sinais clínicos • Paralisia flácida que inicia-se pelos membros posterior: - Bovino normalmente levanta pelos membros posteriores primeiro -> botulismo faz com que ele tente levantar pelos membros anteriores/craniais. • Animal mantém a consciência e alimentação; • Decúbito lateral; • Posição de auto-auscultação (tentando buscar ar por causa da ineficiência do diafragma) profusão de língua • Morte por paralisia respiratória (não consegue contrair) ou complicações do decúbito prolongado. Imagem: vaca tentando levantar com os membros anteriores (botulismo). Diagnóstico • Histórico e sinais clínicos clássicos - Anamnese é muito importante: o que come? come sal? tem carcaça no pasto? come silagem? como está a silagem?. • Laboratorias - Conteúdo do abomaso e soro: apresentam a toxina; - Fixação de complemento; - ELISA; - Cultura em anaerobiose. Tratamento • Não há tratamento adequado; • Pode ser feito tratamento de suporte - Manter hidratação e nutrição; - Combater efeitos do decúbito prolongado (difícil ocorrer porque animal morre antes). Profilaxia • Suprir deficiências alimentares e realizar análise de deficiência de fósforo no solo = impede perversão de apetite. • Remover carcaças do solo e de mananciais de água; • Vacinação: muito controversa; - Pois o objetivo é combater a bactéria antes dela produzir a toxina, mas a toxina do botulismo já está no ambiente; - Não há vacina específica para botulismo, a vacina vem com outros 7 ou 8 cepas de Clostridium Hemoglobinúria bacilar (vai cair na prova) • Clostridium hemoliticum; • Habitat: solo, água, TGI e fígado (principalmemte) dos animais; • Dissemina-se no ambiente por inundações, feno e carcaças contaminadas. Patogenia 1. Ingestão dos esporos; 2. Deslocamento para fígado; 3. Anaerobiose causada pela Fasciola hepática e Fusobacterium necrophorum (secundárias); - Fasciola hepática (verme) contamina água, por isso é muito comum. 4. Multiplicação das toxinas: • Toxina hemolítica; • Toxina necrosante -> causa septicemia com hemorragia. Necropsia • Fígado: - Degenerado; - Infarto anemico hepático; - Petéquias e sulfusões em serosas; - Gás no parênquima hepático; • Rigor morits precoce; • Sangue não coagula; • Sangue nas cavidades (hemorragia). Sinais clínicos Muitas vezes não há sinais clínicos, animal morre rápido. • Icterícia; • Abortos; • Edemas subcutâneos gelatinosos; • Gás no subcutâneo; • Hemoglobinúria: por causa da destruição do fígado; • Diarreia sanguinolenta. Diagnóstico • Diagnosticar pelo histórico e exame clínico; • Isolamento do C. Hemoliticum (agente) a partir do trombo no fígado: - É comum que o agente esteja no fígado, o problema é a Fasciola hepática -> faz com que a doença se desenvolva. Tratamento • Penicilina g benztina 40.000 UI/kg; • Tratamento de suporte. Profilaxia • Vacinação semestral ou quadrimestral; • Remoção das carcaças do pasto; • Combate a fascíola hepática; • Drenagem dos solos, pois é uma bactéria que se multiplica em solo úmido. Controle da Fasciola hepática São usados vermífugos: • Albendazol: mais comum para vermes de caráter endoparasitário; - Em bovino: 10mg/kg; - Em ovino: 7,5 mg/kg • Nitroxinil: 10 a 15 mg/kg • Triclabendazol: 10 a 12 mg/kg • Closantel: 10 mg/kg Hepatite necrótica • Clostridium noxyi tipo B • Muito semelhante a hemoglobinúria bacilar, só muda o agente; • Habitat: solo e tecidos dos animais, ti de ovinos e bovinos. Patogenia • Existência sob condições normais no fígado; • Ocorre do mesmo jeito que a hemoglobinúria bacilar; • Anaerobiose no fígado por Fasciola hepatica -> causa dano tecidual do fígado -> proliferação de C. Novai -> produção de toxina necrotóxica e neurotóxica Sinais clínicos Hiperagudo em ovinos e agudo em bovinos; • Decúbito, dificuldade respiratória, dor abdominal; • Hipotermia -> morte Laboratório • Detecção da toxina em líquido peritoneal (< 24 horas); • Imunofluorescência e isolamento; • Pode haver falso-positivo pela presença de outras cepas. Controle • Vacinação; • Combate à Fasciola hepatica Outras clostridioses • Clostridium perfringes tipo D • Clostridium perfringes tipo E • São responsáveis por enterotoxemia em bezerro: - Causa diarreia a partir dos 4 meses de idade; - Pois é quando eles perdem imunidade colostral. Tratamento das clostridioses • Penicilina G-benzatina: 40.000 UI/kg - IM, a cada 4-5 dias; • Ampicilina: 20 mg/kg - IM, a cada 8 horas, por 1 a 2 semanas. Vacinação das clostridioses Vacinação em bovinos • A partir dos 3 meses de idade (antes da desmama, que ocorre em até 8 meses) -> reforço em 30 dias; - São totalmente imunizados até a desmama -> impede a C. perfringes. • Reforço a cada 6 meses; - A partir de 2 anos, apesar de ser muito difícil, pode ocorrer morte por Clostridium -> por isso é recomendado o reforço anual. - É bom fazer em vacas no terço final da prenhez, pois reforça a imunidade colostral dela -> bezerro adquiri ao mamar. • Vacinas polivalentes (todas as espécies de Clostridium); • Não há pesquisas no Brasil sobre a variação genética das estirpes de Clostridium; • Muitas vacinas (75%) não induzem imunidade adequada em testes oficiais do MAPA. Vacinação em ovinos • 2 doses nas ovelhas, sendoa segunda -> 1 mês antes do parto; • Vacinar os machos antes de colocá-lo no pasto (por causa das brigas -> lesão); • Vacinar de 2-3 semanas antes da tosquia (corte de lã); • Vacinar cordeiros entre 6 a 8 semanas.
Compartilhar