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Síndromes de Vertigem Causadas por Lesões Periféricas: Resumo em Tópicos A. Hidropsia Endolinfática (Síndrome de Ménière) Características Gerais • Descrição: A síndrome de Ménière é caracterizada por distensão do compartimento endolinfático da orelha interna. A causa é desconhecida, mas pode estar associada a sífilis ou traumatismo craniano. • Sintomas: Episódios de vertigem persistem por 20 minutos a várias horas. Outros sintomas incluem perda auditiva neurossensorial de baixa frequência flutuante, zumbido (geralmente em tom baixo, semelhante a um "sopro"), e sensação unilateral de pressão na orelha. Diagnóstico e Tratamento • Diagnóstico: O teste calórico pode revelar ausência ou diminuição do nistagmo termicamente induzido do lado afetado. • Tratamento: Dieta com restrição de sal e uso de diuréticos (como acetazolamida) são os tratamentos primários. Nos casos refratários, podem ser necessárias injeções intratimpânicas de corticosteroides, descompressão endolinfática, ou ablação vestibular com gentamicina transtimpânica, secção do nervo vestibular ou labirintectomia cirúrgica. B. Labirintite Características Gerais • Descrição: Vertigem de início súbito, geralmente intensa, persistindo por vários dias a uma semana. Acompanha-se de perda auditiva e zumbido. • Recuperação: A vertigem melhora gradualmente, mas a audição pode não voltar ao normal. Tratamento • Antibióticos: Indicados se o paciente estiver febril ou apresentar sintomas de infecção bacteriana. • Supressores Vestibulares: Úteis na fase aguda da crise, como diazepam ou meclizina, mas devem ser suspensos para evitar desequilíbrio em longo prazo causado por compensação inadequada. C. Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) Características Gerais • Descrição: Crises recorrentes de vertigem, com duração de alguns minutos, associadas a mudanças na posição da cabeça, como ao mudar de posição na cama. • Sintomas: Latência curta entre movimento da cabeça e surgimento do sintoma (10-15 segundos), com duração de 10-60 segundos. Diagnóstico e Tratamento • Diagnóstico: A manobra de Dix-Hallpike pode produzir um nistagmo fatigável. A RM é usada para descartar distúrbios centrais. • Tratamento: Protocolos fisioterápicos como a manobra de Epley ou exercícios de Brandt-Daroff baseiam-se na teoria de que a vertigem periférica é causada por livre flutuação de otólitos no canal semicircular. D. Neuronite Vestibular Características Gerais • Descrição: Crise de vertigem paroxística sem perda auditiva concomitante. Pode persistir por vários dias a semanas antes de desaparecer gradualmente. • Causa: Acredita-se ser viral, embora a causa não seja totalmente clara. Tratamento • Tratamento de Suporte: Inclui diazepam ou meclizina apenas na fase aguda da vertigem, seguidos por terapia vestibular caso o paciente não estabilize totalmente. E. Vertigem Traumática Características Gerais • Descrição: A causa mais comum de vertigem após traumatismo craniano é a concussão labiríntica. Sintomas geralmente diminuem em alguns dias, mas podem persistir por um mês ou mais. • Casos Graves: Fraturas basilares do crânio que atravessam a orelha interna podem causar vertigem grave com duração de alguns dias a uma semana e surdez na orelha envolvida. Tratamento • Medidas de Suporte: Incluem uso de supressores vestibulares durante a fase aguda da crise e terapia vestibular. • Cupulolitíase: Vertigem crônica pós-traumática pode ser causada por cupulolitíase. O tratamento inclui protocolos fisioterápicos para reposicionar otólitos. F. Fístula Perilinfática Características Gerais • Descrição: Vazamento de líquido perilinfático da orelha interna para a cavidade timpânica. Pode resultar de dano físico, barotrauma extremo, ou manobra de Valsalva vigorosa. Tratamento • Tratamento Cirúrgico: Pode ser necessário para selar a fístula com enxerto tecidual, mas raramente é indicado sem uma história bem definida de evento traumático como desencadeante. G. Vertigem Cervical Características Gerais • Descrição: Causada por disfunção proprioceptiva cervical, geralmente associada a trauma cervical ou quadros degenerativos da coluna cervical. • Sintomas: Vertigem é desencadeada por determinados movimentos do pescoço, ao contrário da vertigem associada a mudanças de posição. Tratamento • Exercícios de Movimento: Consistem em exercícios de movimento do pescoço no limite permitido após considerações ortopédicas. H. Vertigem Associada à Enxaqueca Características Gerais • Descrição: Vertigem episódica associada à cefaleia do tipo enxaqueca. Pode durar algumas horas ou ocorrer sem associação com cefaleia. • Sintomas Associados: Podem incluir pressão na cabeça, sensibilidade visual, fotossensibilidade, náusea, entre outros. Tratamento • Alterações na Dieta e Estilo de Vida: Melhorar padrão de sono e evitar estresse. Algumas substâncias como cafeína, chocolate, e bebidas alcoólicas podem desencadear crises. • Medicação Profilática: Uso de medicação profilática contra enxaqueca pode ser necessário para controle dos sintomas. I. Deiscência do Canal Semicircular Superior Características Gerais • Descrição: Falhas na cobertura óssea do canal semicircular superior podem causar vertigem desencadeada por exposição a ruídos intensos. Diagnóstico e Tratamento • Diagnóstico: Feito com tomografia computadorizada (TC) de alta resolução e potenciais miogênicos evocados vestibulares (PMEVs). • Tratamento Cirúrgico: Selamento do canal deiscente para aliviar sintomas. • REFERÊNCIA:CURRENT MEDICINA - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Síndromes de Vertigem Causadas por Lesões Periféricas: Resumo em Tópicos A. Hidropsia Endolinfática (Síndrome de Ménière) Características Gerais Diagnóstico e Tratamento B. Labirintite Características Gerais Tratamento C. Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) Características Gerais Diagnóstico e Tratamento D. Neuronite Vestibular Características Gerais Tratamento E. Vertigem Traumática Características Gerais Tratamento F. Fístula Perilinfática Características Gerais Tratamento G. Vertigem Cervical Características Gerais Tratamento H. Vertigem Associada à Enxaqueca Características Gerais Tratamento I. Deiscência do Canal Semicircular Superior Características Gerais Diagnóstico e Tratamento
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