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PALIATIVOS: TRATAMENTO FARMACOLÓGICO E NÃO-FARMACOLÓGICO PARA DOR 1. Medicamentos Não Opioides: • Para dores leves a moderadas, o paracetamol, o ácido acetilsalicílico e os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são opções eficazes. • O paracetamol é seguro e eficaz como analgésico e antipirético, mas deve-se ter cuidado com a hepatotoxicidade. • O ácido acetilsalicílico é eficaz como analgésico, antipirético e anti- inflamatório, mas pode causar irritação gástrica e hemorragia. • Os AINEs, como ibuprofeno e naproxeno, também são antipiréticos, analgésicos e anti-inflamatórios, mas aumentam o risco de sangramento e úlcera gástrica. 2. Medicamentos Opioides: • Os opioides são a base do controle da dor intensa, incluindo dor neuropática, e estão disponíveis em várias formulações. • Os agonistas plenos dos receptores opioides, como morfina, hidromorfona, oxicodona, metadona, fentanila, hidrocodona e codeína, são os mais comumente usados. • A morfina, a hidromorfona e a oxicodona são usadas para dor aguda não controlada, enquanto as formulações de liberação prolongada são preferidas para dor crônica estável. • A metadona é uma opção de baixo custo para dor neuropática, mas requer monitoramento devido ao risco de prolongamento do intervalo QT. • Recomenda-se consultar um especialista em medicina paliativa ou controle da dor para casos complexos. 3. Abordagem de Tratamento: • Para dores leves a moderadas, o paracetamol e os AINEs são opções de primeira linha, com cuidado para evitar toxicidade e efeitos colaterais gastrointestinais. • Em casos de dor intensa não controlada, os opioides são indicados, com preferência por formulações de ação curta para dor aguda e formulações de liberação prolongada para dor crônica estável. • A metadona é uma opção para dor neuropática, mas requer cuidado devido ao risco de prolongamento do intervalo QT. • Consulta a um especialista em medicina paliativa ou controle da dor é recomendada para casos complexos ou quando há dúvidas sobre o manejo da dor. Uso da Fentanila Transdérmica e Considerações Importantes: 1. Indicação e Dose: • A fentanila transdérmica é adequada para pacientes com tolerância a outros opioides e é usada com dose equivalente a 60 mg/dia de morfina oral. • Deve-se aguardar de 24 a 48 horas para que o adesivo atinja o "estado de equilíbrio" farmacológico. • O uso da fentanila não é recomendado em pós-operatório ou como primeiro opioide. 2. Interações Medicamentosas e Ajustes de Dose: • Medicamentos que inibem as enzimas do citocromo P450 3A4 podem aumentar os níveis e a duração da ação da fentanila. • Mudanças na dose da fentanila devem ser feitas a cada 6 dias. • Pacientes devem receber opioides de ação curta enquanto esperam pelo efeito analgésico da fentanila transdérmica. 3. Dosagem Equianalgésica e Considerações sobre Tolerância: • A dosagem equianalgésica é uma técnica útil para conduzir casos de dor crônica utilizando opioides. • A tolerância cruzada não é total, então a dose inicial deve ser entre dois terços e três quartos da dose equianalgésica plena. • O uso de opioides plenos é preferido para pacientes com dor intensa, pois não limita a dose do opioide pela toxicidade de outros componentes. 4. Monitoramento e Ajustes de Dose: • A dose de opioides deve ser ajustada conforme necessário para alívio da dor. • A frequência das doses deve ser ajustada para manter o alívio contínuo da dor. • Reavaliações frequentes da dor do paciente e dos efeitos colaterais são necessárias para definir ou redefinir a dosagem adequada. 5. Efeitos Adversos e Manejo: • Efeitos adversos comuns incluem constipação, sedação, náusea e neurotoxicidade. • O manejo inclui ajustes na medicação, prevenção de desidratação e tratamento sintomático com outros medicamentos. 6. Uso em Dor Neuropática: • Alguns medicamentos não opioides são eficazes no tratamento da dor neuropática. • A dor neuropática muitas vezes requer o uso de mais de um medicamento eficaz para controle adequado. Medicamentos para Dor Neuropática e Tratamentos Adjuvantes: 1. Antidepressivos Tricíclicos (ADTs): • Desipramina e nortriptilina são opções de primeira linha devido a menos efeitos colaterais que amitriptilina. • Iniciar com dosagem baixa e aumentar a cada 4 ou 5 dias. 2. Ligantes α2-δ do Canal de Cálcio (Gabapentina e Pregabalina): • Considerados medicamentos de primeira linha para dor neuropática. • Requerem ajuste de dose em pacientes com disfunção renal. • Gabapentina: Iniciar com dosagens baixas e aumentar gradualmente até dose efetiva. • Pregabalina: Iniciar com 150 mg/dia e ajustar conforme necessário. 3. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRNSs): • Duloxetina e venlafaxina são opções de primeira linha. • Duloxetina deve ser tomada após as refeições devido à náusea. • Monitorar pacientes com fatores de risco cardiovasculares ao iniciar venlafaxina. 4. Outros Medicamentos e Tratamentos Adjuvantes: • Tramadol e adesivo de lidocaína a 5% são eficazes para dor neuropática. • AINES podem ser úteis para dor óssea, assim como radioterapia e bisfosfonatos. • Bloqueio de nervos e bombas de infusão intratecal são opções para dor intensa. • Canabinoides e corticosteroides podem ser considerados em casos específicos. Tratamentos Não Farmacológicos para a Dor: As terapias não farmacológicas desempenham um papel importante no tratamento da dor, oferecendo uma variedade de abordagens para alívio e gestão da dor crônica e aguda. 1. Compressas Quentes ou Frias: • Úteis para dores musculoesqueléticas. • Alternar entre compressas quentes e frias pode ajudar a reduzir a inflamação e aliviar a dor. 2. Massagens e Fisioterapia: • Benefícios para dores musculares e articulares. • A massagem pode ajudar a relaxar músculos tensos, enquanto a fisioterapia pode fortalecer áreas afetadas e melhorar a mobilidade. 3. Técnicas de Relaxamento e Mindfulness: • Incluindo meditação e imaginação dirigida. • Promovem o relaxamento mental e físico, reduzindo a percepção da dor. 4. Acupuntura e Quiropraxia: • Terapias alternativas que podem aliviar a dor em alguns pacientes. • A acupuntura envolve a inserção de agulhas em pontos específicos do corpo para estimular o fluxo de energia, enquanto a quiropraxia se concentra na manipulação da coluna vertebral para aliviar a dor. 5. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): • Ajuda os pacientes a identificar e mudar padrões de pensamento e comportamento relacionados à dor. • Pode reduzir a intensidade da dor e melhorar a qualidade de vida. 6. Suporte Psicológico e Religioso: • Psicoterapia e grupos de apoio podem ajudar os pacientes a lidar com questões emocionais relacionadas à dor. • O apoio religioso e a oração também podem fornecer conforto espiritual. 7. Encaminhamento e Internação: • Quando Encaminhar: • Pacientes com dor não responsiva a opioides. • Dor neuropática resistente ao tratamento inicial. • Problemas complexos com metadona. • Efeitos colaterais intoleráveis dos opioides. • Dor intensa devido a metástases ósseas. • Procedimentos cirúrgicos ou anestésicos necessários. • Quando Internar: • Exacerbação intensa de dor não respondendo ao tratamento ambulatorial. • Dor incapacitante que requer manejo intensivo. • Efeitos adversos graves dos opioides não controlados ambulatorialmente. REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 1. Medicamentos Não Opioides: 2. Medicamentos Opioides: 3. Abordagem de Tratamento: 1. Indicação e Dose: 2. Interações Medicamentosas e Ajustes de Dose: 3. Dosagem Equianalgésica e Considerações sobre Tolerância: 4. Monitoramento e Ajustes de Dose: 5. Efeitos Adversos e Manejo: 6. Uso em Dor Neuropática: 1. Antidepressivos Tricíclicos (ADTs): 2. Ligantes α2-δdo Canal de Cálcio (Gabapentina e Pregabalina): 3. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRNSs): 4. Outros Medicamentos e Tratamentos Adjuvantes: Tratamentos Não Farmacológicos para a Dor:
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