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Distúrbios Pigmentares Distúrbios pigmentares são alterações na cor da pele devido a diversas condições, como doenças inflamatórias ou exposição a pigmentos exógenos. Podem se manifestar como hiperpigmentação ou hipopigmentação, sendo categorizados como primários ou secundários a outras doenças. Classificação de Distúrbios Pigmentares • Distúrbios Primários: São caracterizados por alterações na pigmentação que não resultam de uma doença subjacente. • Hiperpigmentação: Pode ser decorrente de nevos (congênitos ou adquiridos), melanose arsenical, ou doença de Addison. O melasma é uma forma comum de hiperpigmentação, frequentemente associada a estrogênios, como durante a gravidez ou pelo uso de contraceptivos orais. • Hipopigmentação e Despigmentação: Incluem condições como vitiligo, albinismo e piebaldismo. No vitiligo, ocorre destruição dos melanócitos, resultando em áreas despigmentadas. É uma condição que afeta cerca de 1% da população e pode estar associada a outros distúrbios autoimunes. • Distúrbios Secundários: Resultam de danos à pele devido a irritação, alergia, infecção, ou trauma. • Hiperpigmentação Secundária: Comumente ocorre após outra condição dermatológica, como acne, especialmente em pessoas com pele mais escura. Certos medicamentos podem causar hiperpigmentação, como cloroquina, clorpromazina, minociclina e amiodarona. • Hipopigmentação Secundária: Pode ser uma complicação de dermatite atópica, líquen plano, psoríase, ou terapias dermatológicas, como nitrogênio líquido ou injeções de corticosteroides. Diagnóstico Diferencial e Complicações • Diagnóstico Diferencial: Para avaliar distúrbios pigmentares, a lâmpada de Wood é uma ferramenta útil. Ela acentua a pigmentação epidérmica e destaca a hipopigmentação. A hipopigmentação pós-inflamatória não é ressaltada pela lâmpada de Wood, enquanto a despigmentação do vitiligo é destacada. • Complicações: Pessoas com vitiligo têm um risco aumentado de desenvolver ceratoses actínicas e cânceres de pele. Distúrbios pigmentares extensos podem causar trauma emocional, especialmente em indivíduos com pele naturalmente escura. Tratamento e Prognóstico • Tratamento de Hiperpigmentação: • O tratamento mais comum para hiperpigmentação é o uso de hidroquinona, mas pode causar efeitos adversos, como hipopigmentação ou até ocronose secundária. • Para tratar melasma, efélides e hiperpigmentação pós-inflamatória, hidroquinona a 3-4% e protetores solares com avobenzona, óxido de zinco ou dióxido de titânio são utilizados. O tratamento com tretinoína a 0,025-0,05% também é uma opção. • O uso de nitrogênio líquido pode ser eficaz para lentigos solares. Se o tratamento clínico não for suficiente, tratamentos a laser podem ser considerados. • Tratamento de Hipopigmentação: • Em casos de hipopigmentação secundária, a repigmentação pode ocorrer espontaneamente. Cosméticos podem ser usados para disfarçar as manchas. • O tratamento do vitiligo é longo e requer motivação do paciente. Para áreas afetadas menores que 20%, tacrolimo a 0,1% tópico é a primeira escolha, podendo também ser utilizado corticosteroide superpotente. • Quando mais de 20-25% da pele está afetada, recomenda-se o uso de UVB de faixa estreita ou PUVA oral, mas com riscos de queimadura solar. • O tratamento do vitiligo pode levar anos para resultados satisfatórios. Algumas áreas, como pontas dos dedos e genitais, tendem a responder menos ao tratamento. Considerações Finais Distúrbios pigmentares podem ser complexos e requerem diagnósticos cuidadosos e tratamentos específicos. A interação entre exposição solar e pigmentação deve ser gerenciada para prevenir a recorrência de hiperpigmentação. Além disso, tratamentos para hipopigmentação, especialmente vitiligo, demandam paciência e perseverança, dado o longo tempo de terapia necessário para resultados significativos. O uso adequado de protetores solares e tratamentos tópicos pode ser fundamental para manter uma cor de pele saudável e uniforme. REFERÊNCIA:CURRENT MEDICINA - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Classificação de Distúrbios Pigmentares Diagnóstico Diferencial e Complicações Tratamento e Prognóstico Considerações Finais
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