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Esferocitose Hereditária: Resumo em Tópicos Fundamentos do Diagnóstico • Características Diagnósticas: • História familiar positiva. • Esplenomegalia. • Presença de esferócitos e aumento de reticulócitos no esfregaço do sangue periférico. • Hemácias hipercrômicas, com aumento da concentração de hemoglobina corpuscular média (HCM). • Considerações Gerais: • A esferocitose hereditária é um distúrbio da membrana celular dos eritrócitos que causa anemia hemolítica crônica. • Resulta de alterações em proteínas como espectrina, actina, banda 3 ou proteína 4.2, levando a uma redução na relação superfície/volume dos eritrócitos, causando seu formato esférico. • As células esféricas são menos maleáveis e tendem a ser removidas prematuramente no baço por macrófagos esplênicos, resultando em hemólise. Achados Clínicos • Sinais e Sintomas: • A esferocitose hereditária é uma doença autossômica dominante, com gravidade variável. • Pode ser diagnosticada durante a infância, mas casos mais leves podem ser descobertos incidentalmente em adultos. • A anemia nem sempre está presente, pois a medula óssea pode compensar a menor sobrevida dos eritrócitos. • Hemólise crônica pode produzir icterícia e litíase biliar (bilirrubinato de cálcio), causando crises de colecistite. • O exame físico pode revelar esplenomegalia e icterícia. • Achados Laboratoriais: • Anemia de intensidade variável; o hematócrito pode ser normal. • Reticulocitose é sempre presente. • O esfregaço periférico mostra esferócitos, pequenas células com perda da palidez central. • A concentração de hemoglobina corpuscular média (HCM) é frequentemente acima de 36 g/dL. • Pode haver aumento da bilirrubina indireta. • O teste de Coombs é negativo. • Fragilidade Osmótica e Ectacitometria: • O aumento da fragilidade osmótica indica a presença de esferócitos, mas não distingue entre esferocitose hereditária e anemia hemolítica autoimune. • A ectacitometria é mais confiável e pode distinguir entre esferócitos e outras deformidades eritrocitárias, como eliptocitose. Tratamento • Suplementação de Ácido Fólico: • Recomendado de forma permanente, com 1 mg/dia. • Esplenectomia: • O tratamento de escolha, pois elimina o local da hemólise, embora não corrija o defeito da membrana. • O momento da esplenectomia é controverso, mas geralmente é realizada após os 5 anos de idade. • Para casos leves descobertos em adultos, a esplenectomia pode não ser necessária. Quando Encaminhar • Pacientes suspeitos de esferocitose devem ter o diagnóstico confirmado por um hematologista. • As decisões quanto à indicação de esplenectomia devem ser tomadas em conjunto com o especialista. • REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Esferocitose Hereditária: Resumo em Tópicos Fundamentos do Diagnóstico Achados Clínicos Tratamento Quando Encaminhar
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