Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS - UNIFIP CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA: ERROS PRÉ-ANALÍTICOS NA SALA DE COLETA E RECEPÇÃO PATOS-PB 2024 1. INTRODUÇÃO A coleta de sangue para analises clinicas de fato é um dos procedimentos mais comuns e vitais na área da saúde e exige cuidados essenciais tanto para o paciente quanto para a amostra. Utilizam-se agulhas e seringas estéreis e descartáveis, ou tubos a vácuo adaptados com ou sem anticoagulantes. É crucial que o garrote permaneça no braço do paciente pelo menor tempo possível e que a amostra seja acondicionada no tubo de ensaio para evitar hemólise. Ao escolher o local para a punção, é necessário evitar veias lesadas, avermelhadas, inchadas, próximas a áreas infectadas ou articulações, e veias muito pequenas para o tamanho da agulha. Este relatório teve como propósito demonstrar a importância e os cuidados associados à prática da coleta de sangue bem como seus cuidados e EPI’s necessários. 2. ERROS PRÉ-ANALÍTICOS ASSOCIADOS Erros pré-analíticos em laboratórios de análises clínicas são etapas críticas que ocorrem antes da realização dos testes propriamente ditos. Esses erros podem resultar em resultados imprecisos ou até mesmo inválidos, comprometendo a qualidade e a confiabilidade dos diagnósticos médicos. 2.2 Recepção Na recepção de um laboratório de análises clínicas, diversos erros podem ocorrer e afetar diretamente a qualidade e precisão dos resultados dos testes. Alguns dos erros mais comuns incluem a identificação inadequada do paciente bem como o registro incorreto das informações e o repasse inadequado das instruções a serem seguidas pelo paciente, por exemplo, esquecer de comunicar ao paciente que é necessário jejum para exames específicos, ou a não interrupção de medicamentos que podem interferir nos resultados dos testes. 2.3 Coleta A coleta inadequada da amostra, como o uso de tubos de coleta inadequados, garroteamento prolongado, agulhas contaminadas ou amostras hemolisadas, pode comprometer a integridade do material biológico e afetar os resultados dos testes. 2.4 Transporte A manipulação incorreta das amostras durante o transporte e armazenamento também pode introduzir erros pré-analíticos, como a exposição a temperaturas inadequadas, que podem alterar as características físicas e químicas do material biológico. 3. MATERIAIS UTILIZADOS ✓ EPI’s (luva e jaleco); ✓ Agulha e seringa; ✓ Álcool 70%; ✓ Algodão; ✓ Garrote; 4. PROCEDIMENTO A. O primeiro passo é preparar os materiais a serem usados. Descole o êmbolo da seringa sem abrir a embalagem, depois coloque a agulha na seringa sem retirar a capa protetora. Separe dois capuchos de algodão e molhe um deles com álcool. B. Ajuste o garrote aproximadamente 4 dedos acima da fossa cubital, logo após selecione a veia; C. Faça a antissepsia de baixo para cima no local da coleta com o algodão umedecido com álcool e não toque mais o local desinfetado; D. Retire a capa da agulha e faça a punção, solte o garrote assim que coletar o volume de sangue necessário; E. Retire a agulha e coloque o algodão seco, oriente ao paciente que pressione a parte puncionada, mantendo o braço estendido, sem dobrá-lo; F. Transfira o sangue para o tubo adequado ao tipo de exame (com anticoagulante) deixando escoar delicadamente pelas paredes do tubo. Este procedimento evita a hemólise da amostra. G. Descarte a seringa no local destinado aos perfurocortantes. 5. TIPOS DE TUBO PARA COLETA Cada amostra deve ser coletada em um tubo específico, pois cada tubo destina-se a um tipo diferente de análise. Quando há a solicitação de vários exames, é necessário ter o devido cuidado em coletar na sequência correta dos tubos, para evitar a contaminação dos aditivos de um tubo para outro. 5.1 Citrato de Sódio Geralmente o anticoagulante citrato de sódio esta contido no tubo de tampa azul. Esse anticoagulante é utilizado principalmente para a realização de testes de coagulação, como o tempo de protrombina (TP) e o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa). O citrato de sódio age impedindo a coagulação do sangue, mantendo-o em estado líquido para análise laboratorial. 5.2 EDTA O tubo de tampa roxa na coleta sanguínea geralmente contém um anticoagulante do tipo EDTA (ácido etilenodiaminotetracético). Esse anticoagulante é utilizado para preservar a integridade das células sanguíneas, impedindo a coagulação do sangue e mantendo-o em estado líquido para análise laboratorial. O EDTA atua ligando-se ao cálcio presente no sangue, que é um dos elementos necessários para a coagulação. Dessa forma, ele previne a formação de coágulos e permite que as amostras de sangue sejam usadas em uma variedade de testes, incluindo hemogramas completos e análises de células sanguíneas. 5.3 Sem aditivo O tubo que não contém aditivo é comumente chamado de tubo de coleta a seco. Ele é utilizado para a coleta de amostras de sangue destinadas a análises bioquímicas e sorológicas que não requerem anticoagulantes ou conservantes específicos. O soro é obtido após a coagulação do sangue, enquanto o plasma é obtido quando o sangue é centrifugado antes da coagulação. O soro e o plasma são então utilizados para uma variedade de análises, como dosagem de eletrólitos, enzimas hepáticas, hormônios, entre outros marcadores bioquímicos e sorológicos. O tubo sem aditivo permite que essas análises sejam realizadas sem a interferência de anticoagulantes ou conservantes.
Compartilhar