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AULA 1 - Preparo do Solo 2023

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1
MÁQUINAS PARA 
PREPARO DO SOLO
Prof. Vilnei Dias
◼ Brasil:
◼ Área cultivada das grandes culturas ≈ 86 mi de ha
◼ Área com semeadura direta: ≈ 30 mi de ha
◼ Área com sistema plantio direto: ≈ 15 mi de ha.
Fonte: MAPA, 2019.
Plantio direto pode nos ajudar?
2
Questões para reflexão:
Quais os objetivos do preparo do solo? Porque ele 
não foi completamente substituído pelo sistema 
plantio direto (SPD)?
Questões para reflexão:
Quais as diferenças entre preparo do solo de manejo 
do solo?
3
Questões para reflexão:
O que acontece com as sementes de plantas 
invasoras após o preparo do solo?
Questões para reflexão:
Qual a diferença entre adensamento do solo e 
compactação?
4
Questões para reflexão:
O que é pé-de-arado e pé-de-grade? Qual a sua 
implicação para o desenvolvimento das plantas 
cultivadas?
Questões para reflexão:
Qual a diferença entre revolvimento e mobilização 
de solo?
5
Sumário
◼ Conceitos e definições
◼ Máquinas para preparo do solo
◼ Preparo inicial do solo
◼ Preparo periódico do solo
◼ Máquinas para descompactação do solo.
Conceitos gerais em preparo 
do solo
Terminologia: 
Aração, gradagem, 
aragem e gradeação... 
6
Solo ideal
Prof. Lilles, UFPel
Solo real (mal manejado)
7
PD ideal
PD real (mal manejado)
8
Finalidade do preparo do solo
Visa propiciar condições favoráveis à semeadura, 
germinação, desenvolvimento e produção das plantas 
cultivadas.
“leito de semeadura”
Principais aspectos à considerar sobre o preparo do solo:
- Altera o teor de N do solo;
- Afeta o aproveitamento dos nutrientes:
- Provoca alteração localizada na densidade do solo (fluxo de água, 
crescimento de raízes);
- Altera a disponibilidade e o fluxo de água;
- Altera o potencial erosivo do solo.
Adaptado de Durigon, s.d.
9
◼ Redução de 93% da erosão do solo;
◼ Conservação de um bilhão de toneladas de solo agricultável;
◼ Redução de 70% na lixiviação de herbicidas;
◼ Redução de 148 milhões de quilos nas emissões de CO2;
◼ Redução de 80 por cento da contaminação por fósforo em águas 
superficiais;
◼ Reduções de mais de 50% no uso de combustíveis fósseis.
Plantio direto pode nos ajudar?
Principais aspectos à considerar sobre o preparo do solo:
◼ Textura
◼ Estrutura
◼ Relevo
◼ Compactação
◼ Pé-de-arado ou pé-de-grade
◼ Resistência à penetração
Fonte: ASAE S313.2
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COMPACTAÇÃO
Mecânicas
Maior esforço 
de tração
Consumo de 
combustível
Resistência à 
penetração 
radicular
Físicas
Alteração do 
ciclo da água
Alteração das 
troca de gases
Biológicas
Fauna e raízes
Nodulação
Químicas
Disponibilidade 
de nutrientes
Mineralização 
Fonte: adaptado de Girardello et al., 2016.
Resistência a penetração e índice de cone (IC)
◼ É uma medida indireta da densidade do solo.
◼ RPz=Fz/A
◼ RPz: resistência à penetração na profundidade z;
◼ Fz: força necessária à introdução da ponteira cônica na profundidade z;
◼ A: área da base do cone.
◼ IC=∑RP/n
◼ IC: índice de cone (ou CI, cone index);
◼ n: número de leituras de força até a profundidade z.
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Penetrômetro (IC)
Penetrômetro (IC)
falker.com.br
12
Preparo Periódico do Solo
◼ Efeitos sobre:
◼ O teor e transmissão de água no solo
◼ Teor e transmissão de ar no solo
◼ Teor e transmissão de calor no solo
◼ Teor e disponibilidade de nutrientes do solo
MÁQUINAS PARA PREPARO 
DO SOLO
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Conceituação geral (ABNT NB 66)
◼ Máquina agrícola (conceito mais abarangente):
◼ Máquina projetada para executar integralmente ou coadjuvar uma operação agrícola 
(ex: trator, semeadora, colhedora...);
◼ Implemento agrícola:
◼ Não apresenta movimento relativo em relação ao deslocamento (ex: arado de 
discos);
◼ Ferramenta agrícola:
◼ Implemento, na sua forma mais simples, o qual entra diretamente em contato com o 
material a ser trabalhado (ex: sulcador).
◼ Máquinas combinadas ou conjugadas:
◼ Possui ferramentas ou implementos capazes de realizar várias operações (ex.: 
colhedora combinada de grãos).
Classificação das máquinas para preparo do solo
◼ Quanto à fonte de potência
◼ Tração animal
◼ Tração mecânica
◼ Propulsão humana
◼ Quanto à forma de acoplamento
◼ Montados
◼ Semi-montados
◼ De arrasto
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Classificação das máquinas para preparo do solo
◼ Preparo inicial do solo: Limpeza de área que será cultivada pela 
primeira vez ou depois de um longo tempo de pousio.
◼ Preparo periódico do solo (revolvimento a cada início de 
cultivo)
◼ Preparo primário do solo: mobilização inicial da camada superficial
◼ Preparo secundário do solo: operações de “acabamento” para 
oferecer condições de germinação e emergência para as plantas
Tipos de Preparo de Solo
◼ Preparo Inicial do Solo
◼ Área será mobilizada pela primeira vez com máquinas 
(desmatamento (derrubada e destoca), enleiramento, 
destocamento, sistematização, aração, gradagem, ...)
◼ Florestamento e reflorestamento
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Preparo inicial do solo
Balastreire, 2005
Derrubada - máquinas
◼ Lâminas
◼ Correntão
◼ Rolo faca
◼ Moto Serra
JD1 notícias, 2019.
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Derrubada - máquinas
◼ Lâminas
◼ Correntão
◼ Rolo faca
◼ Moto Serra
Derrubada - máquinas
◼ Lâminas
◼ Correntão
◼ Rolo faca
◼ Moto Serra
Nossa Amazônia, 2008.
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Derrubada - máquinas
◼ Lâminas
◼ Correntão
◼ Rolo faca
◼ Moto Serra
Preparo periódico do solo
Conjunto de operações realizadas a cada 
estação de cultivo ou início de implantação de 
culturas anuais.
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Preparo Periódico do Solo (ASABE, 1995)
◼ Primário:
◼ Realizado diretamente na vegetação nativa ou sobre restos de culturas 
anteriores;
◼ Mais profundo e agressivo;
◼ Utilizam-se arados, subsoladores ou grades aradoras ou niveladoras pesadas.
◼ Secundário:
◼ Pulveriza o solo; tem a finalidade de dar acabamento ao preparo primário para 
formação do “leito de semeadura”;
◼ Utilizam-se grades niveladoras, destorroadoras, de discos ou de dentes, enxadas 
rotativas...
Preparo Periódico do Solo: equipamentos
◼ Primário
◼ Arados
◼ Grades aradoras
◼ Grades niveladoras pesadas e intermediárias
◼ Subsoladores
◼ Secundário
◼ Grades intermediárias e leves
◼ Escarificadores
◼ Cultivadores
◼ Enxadas rotativas
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Arados
◼ Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=eL_lWYt4Ip8
Arado: classificação
◼ Tipo de órgão ativo
◼ Aivecas
◼ Discos
◼ Fixação dos órgãos ativos
◼ Independente
◼ Interdependente
◼ Movimentação do órgão 
ativo
◼ Fixo
◼ Reversível
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Aração
Cortar, elevar, fraturar e inverter a fatia de solo (leiva).
Toda a aração vem a 
ser um preparo de 
solo, mas nem todo o 
preparo de solo 
precisa ser uma 
aração. 
Aração
OBJETIVO: Cortar, elevar, fraturar e inverter a fatia de 
solo (leiva).
Toda a aração 
vem a ser um 
preparo de solo, 
mas nem todo o 
preparo de solo 
é uma aração. 
21
Teoria geral da aração
◼ O arado deverá cortar uma fatia de solo de seção retangular, elevá-la, 
fraturá-la e volteá-la até uma nova posição, que deverá formar um 
ângulo de, aproximadamente, 135° com a sua posição inicial;
Aivecas utilizadas até o séc. XVIII
No Brasil são 
conhecidos 
como “pica-
pau” ou “fução”
Balastreire, 2005
22
Aivecas introduzidas pelos chineses
Até meados do 
séc. XVIII
Balastreire, 2005
Aivecas introduzidas pelos chineses
Depois do séc. XVIII, similar a utilizada até hoje!
Balastreire, 2005
23
Arado de aivecas
◼ Principal vantagem: inversão total 
da camada de solo
◼ Uso difundido em países de clima 
temperado ou polar.
Arado de aivecas: constituição 
◼ 1 – aiveca
◼ 2 – relha
◼ 3 – costaneira
◼ 4 – suporte
◼ 5 – coluna
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Características típicas dos arados de aiveca
◼ Larguras de corte
◼ 30, 35, 40 e 45 cm
◼ Profundidade de 
trabalho
◼ Até 35 cm
◼ Quanto mais “em pé” a aiveca, 
melhor o tombamento;
◼ Cilíndricas – aração profunda e/ou 
velocidade menores
◼ Helicoidais – aração mais rasas 
e/ou velocidades maiores
Arado de aiveca recortada e lisa
Solos
pesados
Solos
leves
25
Ângulos horizontal e de corte
◼ Ângulo horizontal: 
entre a face da relha e 
a linha dedeslocamento.
Alonço, 2009.
◼ Ângulo de corte: 
Formado pelo plano de 
corte que contém a base 
da relha e a linha que une 
a ponta da relha ao centro 
de resistência da aiveca .
Ângulos de sucção lateral e vertical
Sucção vertical Sucção lateral
 
Alonço, 2009.
(Aberturas para SV e SH variam de 5 a 13°)
26
Arados de discos
◼ Projetado visando reduzir a força de tração necessária;
◼ É mais pesado que o arado de aivecas
◼ Inversão parcial da camada arada.
Arado de discos: constituição
◼ 1 – disco
◼ 2 – campânula
◼ 3 – eixo da campânula
◼ 4 – retentor
◼ 5 – rolamento de roletes
◼ 6 – base da coluna
◼ 7 – porca de fixação
◼ 8 – tampa do mancal
27
Regulagens: arado de discos
◼ ângulo vertical: quanto menor este ângulo, maior a tendência de 
aprofundamento do arado.
◼ ângulo horizontal: quanto maior for este ângulo, maior será a tendência 
de aprofundamento do arado.
◼ Pelo terceiro ponto: encurtando-se o braço do terceiro ponto, o arado 
apresentará uma maior tendência de penetrar no solo.
◼ Pelo sistema de controle de profundidade do sistema de engate de três 
pontos do trator.
◼ Estabilidade lateral:
◼ Roda estabilizadora
◼ Eixo transversal
◼ Manutenção: verificação de estado de discos e componentes e 
engraxamento de acordo com a recomendação do fabricante.
Ângulos Horizontal e Vertical
◼ Horizontal ◼ Vertical
Determina largura e 
velocidade rotação
Determina profundidade 
de aração
Sentido
deslocamento

Linha 
vertical

28
Ângulo vertical dos discos
◼ Deve variar de 15 a 25°;
Alonço, 2009.
Ângulo horizontal dos discos
◼ Deve variar de 42 a 45°;


Alonço, 2009.
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Ângulos Horizontal e Vertical
Tipo de Solo Ângulo Vertical Ângulo 
Horizontal 
Solos duros, difícil penetração 15 45 
Solos normais 18 a 20 45 a 50 
Solos macios e/ou úmidos, fácil penetração 22 50 a 60 
 
Diâmetro dos discos
Diâmetro 
(polegadas / cm) Condições para uso
24 / 61 Solos extremamente duros, argilosos, com grande quantidade de 
palhas na superfície, exigindo grande poder de penetração.
26 / 66 Solos duros, argilosos ou argilo-arenosos, com abundância de 
raízes.
28/ 71 Solos de consistência mediana, arenosos, de penetração 
relativamente fácil.
30 / 76 Arações profundas, em solos de consistência média. Para solos 
pesados, compactados, seu emprego exige peso adicional no arado.
30
Roda estabilizadora (guia)
◼ Vista superior
◼ Vista posterior
Alonço, 2009
Função: evitar 
o efeito de 
rolamento do 
arado de 
discos 
mantendo a 
estabilidade 
lateral;
±5° em 
direção ao 
solo arado.
Arado de discos interdependentes
◼ Conhecidos como “arados 
gradeadores”
◼ Corte mais superficial em relação aos 
arados convencionais
◼ Dependendo do solo: não há 
necessidade da gradagem
Weiku.com
31
Solo mobilizado
◼ Solo mobilizado e solo revolvido: definições
◼ Cálculo da área e volume de solo mobilizado por 
ferramentas de ataque ao solo
◼ Aferições:
◼ Perfil original
◼ Área de elevação
◼ Perfil basal
◼ Empolamento
Arado disco fixo: parâmetros de funcionamento
Especificações Técnicas 
Modelo Nº de 
Discos 
Dimensões 
dos Discos 
Espaçamento 
(mm) 
Largura 
de Corte (mm) 
Peso(Kg) 
Ø 26" (S/R) 
Potência (CV) 
no Motor 
02 550-650 314 45-50 
03 800-920 408 60-70 
04 1020-1230 492 80-95 
AF 
05 
26 " x 4,75 mm ou 
28" x 6,0 mm 570 
1280-1550 594 105-120 
 
EXEMPLO:
Estimar a área de solo mobilizado (m2), o volume de solo mobilizado (m3/ha), a 
potência específica (kW/m2) e a força de tração específica (kN/m2) para o arado AF-
04 a uma velocidade de 5 km/h, profundidade de 15 cm, considerando a 
necessidade máxima de potência de acordo com o fabricante para uma aração em 
solo firme e um trator 4x2 TDA.
32
ASABE, 1998.
Arado aiveca fixo: especificações técnicasEspecificações Técnicas 
Modelo Nº de 
Aivecas Espaçamento(mm) Largura 
de Corte (mm) Altura Livre (mm) Peso (Kg) Potência (CV) no Motor 
02 900 290 75-85 
03 1350 396 90-100 AAH 
04 
880 
1800 
730 
544 105-120 
 
33
Qual a classificação ?
◼ Arado de discos fixos
◼ Tração mecânica
◼ Montado
Fonte: Baldan
Qual a classificação ?
◼ Arado de discos reversíveis
◼ Tração mecânica
◼ Montado
Fonte: Baldan
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Qual a classificação ?
◼ Arado de aivecas helicoidais
◼ Tração mecânica
◼ Montado
◼ Fixo
Fonte: TATU - Marchesan
Qual a classificação ?
◼ Arado de 3 (6) aivecas helicoidais
◼ Tração mecânica
◼ Reversível
◼ Montado
35
Nivelamento do arado
Nivelamento do arado
Ajuste da bitola:
B = lc + lp
MF, 2010.
36
Grades
◼ Podem ser utilizadas antes ou depois da aração, ou 
em substituição a esta.
◼ Funções:
◼ Desagregar torrões e nivelar superfície
◼ Incorporação de fertilizantes ou defensivos, cobertura de 
sementes miúdas e eliminação de plantas invasoras.
◼ Incorporação de calcário.
Tipos de grades – quanto ao acoplamento
◼ Montadas (transporte) e 
arrasto (trabalhando) 
intermediárias e leves
◼ Montadas – leves 
◼ Arrasto – médias, 
pesadas e superpesadas
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Tipos de grades – quanto ao elemento ativo
◼ Discos
◼ Dentes
◼ Dentes oscilantes 
(Molas)
Tipos de grades – quanto ao elemento ativo
◼ Discos
◼ Dentes
◼ Dentes oscilantes 
(Molas)
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Tipos de grades – quanto ao elemento ativo
◼ Discos
◼ Dentes
◼ Dentes oscilantes 
móveis
Tipos de grades – quanto a função
◼ Grades niveladoras/destorroadoras 
◼ Massa de cerca de 50kg/disco
◼ Discos menores: até 22”
◼ Espaçamento entre discos menor: 
170 a 220 mm
◼ Podem ser de arrasto ou montadas 
nos três pontos
39
Tipos de grades – quanto a função
◼ Grades aradoras
◼ Massa ao redor de 100 
kg/disco;
◼ Discos maiores: 23 até 36”.
◼ Normalmente de arrasto com 
rodado central para transporte 
e acionamento pelo controle 
remoto
◼ Espaçamento maior de 220 
mm até 300 mm.
Tipos de grades – quanto a função
◼ Grades 
intermediárias
◼ Uso em vegetação ou 
em solo já cultivado;
◼ Também são próprias 
para nivelamento e 
destorroamento.
Fonte: Civemasa, 2019.
40
Grades de discos: quanto à movimentação do solo
◼ Simples ação
◼ Apenas uma linha de discos
◼ Dupla ação
◼ Tandem – em X
◼ Off-set – em V
Fonte: Baldan, s.d.
Grade de discos: estrutura
◼ Seção de grade
◼ Mancais de deslizamento ou rolamento
◼ Limpadores de disco
◼ Separadores de disco
◼ Discos lisos e recortados
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Catálogos – Grade Niveladora
Peso 
Aprox. 
com Disco 
de: Modelo 
Nº de 
Discos 
Diâmetro 
dos 
Discos 
Diâmetro 
do Eixo 
ø 
Largura 
de 
Trab. 
(mm) 
Espaçamento 
entre Discos 
(mm) 
Profundidade 
Aprox. (mm) 
20" 
kg 
22" 
kg 
Potência 
do 
Trator 
(cv) 
Rodeiro 
NVCR 28 
20" ou 
22" 
1.1/4" 2350 175 50 a 150 1188 1289 70 a 75 Simples 
NVCR 32 
20" ou 
22" 
1.1/4" 2700 175 50 a 150 1289 1422 80 a 85 Simples 
NVCR 36 
20" ou 
22" 
1.1/4" 3000 175 50 a 150 1360 1499 90 a 95 Simples 
NVCR 40 
20" ou 
22" 
1.1/4" 3420 175 50 a 150 1450 1590 
105 a 
112 
Simples 
NVCR 42 
20" ou 
22" 
1.1/4" 3600 175 50 a 150 1542 1691 
110 a 
118 
Simples 
NVCR 44 
20" ou 
22" 
1.1/4" 3760 175 50 a 150 1630 1780 
115 a 
123 
Simples 
NVCR 48 
20" ou 
22" 
1.1/4" 4100 175 50 a 150 1769 1932 
125 a 
135 
Simples 
NVCR 52 
20" ou 
22" 
1.1/4" 4450 175 50 a 150 1860 2025 
135 a 
145 
Simples 
 
Catálogo – Grades niveladoras
Peso Aprox. c/ 
Discos de: 
Modelo 
Nº de 
Discos 
Largura 
de 
Trab. 
(mm) 
Espaç.Discos 
(mm) 
18" 
(Kg) 
20" 
(Kg) 
22" 
(Kg) 
Potência 
do 
Trator(Cv 
SPR 20 1700 175 470 500 543 46 - 51 
SPR 24 2100 175 540 575 625 55 - 61 
SPR 28 2350 175 590 630 690 65 - 70 
SPR 32 2700 175 670 720 789 73 - 80 
SPR 36 3000 175 710 765 843 85 - 90 
SPR 42 3600 175 810 870 961 95 - 105 
SPR 20 1900 200 530 566 612 51 - 55 
SPR 24 2300 200 587 630 685 61 - 65 
SPR 28 2700 200 682 733 797 70 - 75 
SPR 32 3100 200 760 818 891 80 - 85 
SPR 36 3500 200 842 907 989 90 - 100 
 
42
Grades aradoras
◼ Discos recortados
◼ De 08 a “n” discos
Grades aradoras:
constituição e regulagens
43Grade off-set
Balastreire, 2005
Grades: regulagens de parâmetros operacionais
◼ Abertura do ângulo de ataque das seções de discos;
◼ Velocidade de trabalho;
◼ Adição de peso aderente à grade.
44
Catálogos – Grade aradora Tandem
Especificações Técnicas 
Peso c/ 
Discos de: 
Modelo 
Nº de 
discos 
Diâmetro 
dos 
Discos 
Diâmetro 
dos 
Discos 
Diâmetro 
do Eixo 
Largura 
de 
Trab.(mm) 
Espaç. 
Discos 
(mm) 
Profundidade 
(mm) 
26"Kg 28"Kg 
Potência 
do 
trator de 
Esteira(Cv) 
GCRTI 62 26"ou 28" 1.5/8" 8505 270 150 a 250 6049 6100 280 a 320 
GCRTI 70 26"ou 28" 1.5/8" 9600 270 150 a 250 6830 6900 315 a 340 
 
 
Formas de trabalho com grades de discos
Durigon, s.d.
45
Formas de trabalho com grades de discos
Durigon, s.d.
Manutenção de grades
Diariamente:
◼ Verificar e apertar a porca de fixação do eixo;
◼ Ajustar, regular e apertar as porcas e limpadores dos discos;
◼ Lubrificar os mancais; para tanto, os pinos graxeiros devem ser previamente, 
limpos;
◼ Verificar o estado dos discos, mantendo-os limpos e afiados. Caso algum 
deles encontre-se danificado (quebrado), deverá ser, imediatamente, 
substituído.
◼ Caso a lubrificação seja por banho de óleo, verificar diariamente o nível do 
óleo nos primeiros dias de trabalho (depois a cada 120 h).
46
Enxadas rotativas
Enxadas rotativas
◼ Acionada pela TDP do trator
◼ Corta fatias de solo e as projeta contra 
uma chapa defletora o desagregando.
◼ Largura de até 4,50m.
◼ Profundidade de até 0,25m.
◼ Elevado custo de aquisição e 
manutenção.
◼ Exige tratores de potência elevada 
(80% maior que para arados de 
mesma largura).
47
Enxadas rotativas
◼ Regulagens:
◼ Velocidade de avanço: de 4 a 9 km/h;
◼ Alteração da marcha do trator
◼ Rotação das lâminas: 122 a 216 rpm
◼ Alteração da relação de transmissão
◼ Profundidade de trabalho: 
◼ Rodas de controle de profundidade
◼ Manutenção diária: verificação de estado das lâminas e lubrificação geral.
Enxadas rotativas: funcionamento
48
Equipamentos para 
descompactação do solo
Escarificadores e subsoladores
Importantes para a operação de descompactação:
◼ Textura do solo
◼ Nível de umidade e consistência do solo
◼ Nível de compactação
◼ Profundidade da camada compactada
◼ Mecanismos de corte de cobertura
◼ Esforço de tração e potência demandada
49
Resistência a penetração e índice de cone (IC)
◼ É uma medida indireta da densidade do solo.
◼ RPz=Fz/A
◼ RPz: resistência à penetração na profundidade z;
◼ Fz: força necessária à introdução da ponteira cônica na profundidade z;
◼ A: área da base do cone.
◼ IC=∑RP/n
◼ IC: índice de cone (ou CI, cone index);
◼ n: número de leituras de força até a profundidade z.
Penetrômetro (IC)
50
Penetrômetro (IC)
falker.com.br
Subosolador vs escarificador
◼ Usos:
◼ Preparo primário do solo ou rompimento de camadas compactadas em subsuperfície.
◼ Subsolador: 
◼ Profundidade > 30 cm (até 80 cm);
◼ Mais robustos;
◼ Maior necessidade de potência (até 25cv por haste)
◼ Hastes e ponteiras mais largas
◼ Baixa velocidade: até 5 ou 6 km/h
◼ Maior mobilização e revolvimento de solo
◼ Escarificador: 
◼ Profundidade até 30 cm (Leve: até 15 cm; Pesada: 15 a 30 cm)
◼ Menor mobilização e revolvimento de solo
◼ Velocidade pode ser de até 10 km/h
51
Subsoladores: constituição
◼ 1 – chassi/barra porta 
ferramenta
◼ 2 – haste
◼ 3 – ponteira
◼ 4 – rodas de controle de 
profundidade
Fonte: Cadioli, 2021.
1
2
3
4
Subsolador arrastado pela BT
Fonte: Agrobill, 2021.
52
Subsolador vibratório montado e acionado pela TDP
Fonte: CEMAG, 2015.
Jumbo
Fonte: MF Rural, 2021.
53
Outros modelos
Subsolador 
com torpedo
Subsolador com 
ponteiras aladas
Fonte: Alonço, s.d.
Tipos de hastes e opcionais
Reta
Inclinada
Curva
Parabólica
54
Tipos de hastes e opcionais
Reta
Inclinada
Curva
Parabólica:
Menor esforço de tração desde que a curva fique acima do solo
Fonte: Balastreire, 2005.
Rolo destorroador
Jumbo matic com rolo destorroador laminar. Fonte: Jan implementos.
55
Características importantes da operação
◼ Profundidade de trabalho:
◼ 5 a 7 vezes a largura da haste.
◼ Afastamento entre as hastes: 
◼ Escarificadores: 1 a 1,5 vezes a profundidade.
◼ Subsoladores: Até 2,0 vezes a profundidade.
Características importantes da operação
◼ Não deve ser realizada com o solo úmido
◼ Uma gradagem após a subsolagem pode anular o trabalho
◼ A semeadura de uma cobertura após a subsolagem é o ideal
◼ Danoso quando não necessário: perda de estrutura em camadas 
profundas – perda de água e nutrientes
56
Escarificadores
Escarificação
Conceito: 
◼ Escarificar o solo consiste em mobilizá-lo a uma determinada profundidade (no 
máximo 30cm), tendo-se uma mínima mobilização superficial (revolvimento). 
◼ Classificação de acordo com a profundidade (Machado et al., 2005):
◼ Escarificação superficial: de 5 a 15cm;
◼ Escarificação profunda: de 15 a 30cm.
57
Escarificadores
• Uso em substituição ao preparo convencional
• Uso para romper camadas adensadas em superfície no SPD
Escarificadores em sistema convencional: remoção de pé de 
arado/grade
Fonte: Stara, 2010.
58
Escarificação: (benefícios segundo um fabricante)
◼ Aumento da capacidade de absorção de água no solo.
◼ Reduz os danos na semeadora, durante o plantio, devido a menor 
resistência física do solo proporcionado pela escarificação.
◼ Com o solo escarificado, não há necessidade de utilizar sulcador na 
semeadora para o plantio, reduzindo o consumo de combustível e o 
desgaste do trator.
◼ Reduz o esforço da tração da semeadora, pois encontra um solo mais macio 
no momento do plantio.
◼ A escarificação da área compactada faz com que haja maior liberação de 
nutrientes para as plantas, proporcionando seu melhor desenvolvimento. 
Escarificadores: usos diversos
Reforma de pastagens
59
Escarificadores
Reforma de pastagens
Escarificadores
Reforma de pastagens
60
Escarificadores em SPD: remoção de camadas adensadas 
subsuperficiais com menor revolvimento de solo.
Qual o teor de umidade/consistência do solo mais adequado 
para escarificação?
Umidade ideal do solo: abaixo do limite de plasticidade
Fonte: http://www.hpssociety.info
61
Qual o teor de umidade/consistência do solo mais adequado 
para escarificação?
Umidade ideal do solo: abaixo do limite de plasticidade
Fonte: https://www.datuopinion.com/cohesion-del-terreno
Condição ideal para operações de preparo/manejo do 
solo: 
◼ Quando o solo está na consistência friável, se 
gasta menos energia no preparo e é menor o 
risco de compactação (Lorenzo, 2010).
62
Escarificador - composição
Escarificador – formatos de hastes
Reta curva inclinada parabólica
63
Escarificador – tipos de ponteiras
Escarificador: espaçamento entre hastes
Espaçamento:
•Ponteiras estreitas:
• 1 a 1,5 vezes a profundidade
•Ponteiras aladas: 
•1,5 a 2 vezes a profundidade
Correto
Incorreto
64
Tipos de 
hastes e 
opcionais
Fonte: Stara, 2010.
Escarificador: parâmetros de configuração (Gassen, 2011)
65
Escarificação
Formato da ponteira (Gassen, 2011)
Escarificação
Velocidade de escarificação (Gassen, 2011)
66
Profundidade de escarificação
BIANCHINI et al., 1999.
Profundidade de escarificação
Profundidade crítica
◼ Relação direta com a largura da ponteira
◼ Entre 5 e 7 vezes a largura da ponteira
◼ Depois dessa profundidade, há a tendência de ocorrer compactação.
NS
Pc
67
Escarificação
◼ Forças atuantes na ponteira do escarificador
Rosa, 2007.
Escarificação: Modelagem da força de tração necessária 
Equação de Hettiaratchi, 1966
Gassen, 2011.
68
Profundidade de escarificação
Perfilômetro de hastes
◼ Microrrelevo
◼ Área e volume de solo mobilizado
◼ Perfil natural
◼ Área elevada
◼ Perfil basal
◼ Perfil de solo mobilizado
◼ Empolamento (%) = AE/AM * 100
Fonte: Bellé, 2016.
69
Perfilômetro de hastes
◼ Microrrelevo
◼ Perfil de solo mobilizado
◼ Empolamento
◼ Perfil basal
◼ Volume de solo mobilizadoRosa, 2007.
Escarificação
◼ Efeito da geometria da ponteira na demanda de tração
Ponteira plana com menor demanda de tração.
70
Sistemas de desarme (fusível)
Furlani, s.d.
FIM
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	Slide 19: Principais aspectos à considerar sobre o preparo do solo:
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	Slide 24: Penetrômetro (IC)
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	Slide 93: Grades aradoras: constituição e regulagens
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	Slide 101: Enxadas rotativas
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	Slide 108: Penetrômetro (IC)
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	Slide 117: Tipos de hastes e opcionais
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	Slide 119: Características importantes da operação
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