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teoria geral do processo

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@studiestamara tamarafaccion@gmail.com 
 
 
 
 
 
TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
 
tamarafraccioncastro@hotmail.com 
 
Competência Interna: 
 Segundo o artigo 43 do CPC, é quando se registra a petição que se deve analisar a 
competência. Mesmo que após o réu mude de endereço, por exemplo, não se muda a 
competência. Não importa se a regra muda no curso do processo. Exceções: se a vara de 
família em Brumadinho por exemplo for substituída o processo será deslocado. 
1° PASSO: Definir qual é a justiça competente. 
• Justiça do trabalho (art. 114 da C.R/88) 
• Justiça Eleitoral (Código Eleitoral) 
• Justiça Militar (art. 121 da C.R/88) Exemplo: crime de abandono de posto, descumprimento de ordem 
hierárquica. 
• Justiça comum Penal 
• Justiça Comum Cível (residual) 
Critério material: dependendo da matéria o litígio irá para cada uma das justiças acima especificadas. 
2° PASSO: Justiça comum civil 
a. Justiça Estadual: cada Estado e o DF possuem uma Justiça Estadual/Distrito Federal, Tribunal de Justiça (2ª 
instância) e as Comarcas (1ª instância). Não é toda cidade ou município que tem comarca (Lei de organização 
Judiciária que divide o território em comarcas para atender de forma melhor, municípios muito pequenos 
tem a sede da comarca em outro município, por exemplo.) 
b. Justiça Federal: existem 5 regiões, cada região possui um Tribunal Regional Federal (2ª instância) e cada 
Estado possui uma Seção Judiciária (1ª instância). A Seção Judiciária se subdivide em subseções, que seriam 
as comarcas. 
• Critério para saber em qual justiça comum vai: pessoal (em razão pessoa) - Art. 109 da C.R/88; - União Federal 
ou entidade pertencente a União for parte no processo=> competência da Justiça Federal (exemplo UFMG, 
INSS). Pessoa da União é parte. A União pode ser autora, ré ou terceira interessada no processo. 
• A Justiça estadual (residual): ações que não possuem a União ou entidade pertencente a União como parte 
ou interessada são da competência da Justiça Estadual. 
• Um empregado na União pela CLT, vai ser julgado pela Justiça Trabalhista, pois, se pressupõe o primeiro 
passo. 
3° PASSO: Definir o foro, ou seja, qual comarca (Justiça Estadual) ou qual seção e subseção (Justiça Federal) 
• Critério: Território. Art. 46 a 53 do N.C.P.C. Variam com a espécie de ação. 
a. Ação fundada em direito real ou pessoal sobre bem móvel= foro do domicílio. 
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de 
domicílio do réu.§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.§ 2º Sendo 
incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio 
do autor.§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do 
autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais 
réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.§ 5º A execução 
fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. Direito 
pessoal ou real sobre bens móveis. Direito pessoal= direitos e obrigações entre pessoas, direito de obrigações. Direito 
real= direito sobre coisa. Discutir quem é dono de um veículo, de um quadro. Se tiver mais de um domicílio pode 
escolher, se não tem domicílio certo será aonde ele foi encontrado ou do autor. Se tiver três réus o autor pode 
escolher. 
b. Ação fundada em direito real sobre bem imóvel: foro da situação do imóvel. 
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Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. § 1º O autor 
pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, 
vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. § 2º A ação possessória imobiliária 
será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. Ações possessórias= tem que 
necessariamente ser ajuizada no foro da ajuição da coisa, as demais sim. Discute quem pode usar o imóvel. 
c. Ações hereditárias de bens e ações contra o espólio: foro do domicílio do autor da herança(falecido) 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, 
o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas 
as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Parágrafo único. Se o autor da 
herança não possuía domicílio certo, é competente: I - o foro de situação dos bens imóveis; II - havendo bens imóveis 
em foros diferentes, qualquer destes; III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. 
d. Ausente (Art. 22 a 39 do CC) for réu, ações que visam transmitir os bens do ausente, ações de inventário e 
partilha dos seus bens: foro do último domicílio do ausente. 
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a 
arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. 
e. Incapaz for réu: foro será a comarca do domicílio do representante legal. 
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente. 
f. Quando a União e os Estados (DF também) são partes do processo civil. 
i. União for autora de ações cíveis: foro do domicílio do réu (seção judiciaria e subseção): Art. 51. É competente o 
foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União. 
ii. Se a união for ré: foro do domicílio do autor, foro de situação da coisa, foro do local do ato ou fato, foro do 
distrito federal. :Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio 
do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal. 
g. Estado ou DF autor: foro do domicílio do réu. Se for réu mesma regra da União 
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. 
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio 
do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do 
respectivo ente federado. 
h. Ações de divórcio, anulação de casamento, dentre outras. 
Art. 53. É competente o foro: 
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: 
a) de domicílio do guardião de filho incapaz; Um dos membros do casal fica momentaneamente com a guarda do 
filho. b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; Moravam em Belo Horizonte, 
um foi para SP e outro para RJ, será o domicílio do réu, por ex: o que mora em RJ, será na comarca de SP, se não tiver 
filho incapaz. 
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d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 
(Lei Maria da Penha); (Incluída pela Lei nº 13.894, de 2019) Regra especial que pode sobrepor a demais, 
prevalecer. O domicílio da vítima de violência doméstica pode prevalecer em decorrência da do domicílio do guardião 
do filho incapaz, para a outra parte não se beneficiar da própria torpeza. 
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos; Dever recíproco entre 
ascendentes e descendentes, dever de alimentos de fornecer uma quantia mínima para o sustento. Domicílio não 
do réu, mas de quem pede os alimentos. 
III- do lugar: 
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; 
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu; Se for uma filial em BH, a 
ação será em BH. 
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica; Sem 
contrato social, irregular, entra com a ação aonde a pessoa jurídica irregular exerce suas ações, já que não tem 
sede 
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; Eu tenho domicílio em BH e 
contratei uma construtora com sede em RJ capital para construir uma casa em Cabo Frio e essa empresa não 
cumpre a obrigação. Se fosse perdas e danos seria a cede da PJ, mas como é para perdas e danos será em Cabo 
Frio. 
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto; Foro na residência do 
idoso para direitos previstos no Estatuto do Idoso. Se for uma cobrança de dívida será no domicílio do réu. Mas se 
for uma ação contra uma empresa de ônibus que negou o acesso gratuito, será no domicílio do idoso. 
f) da sede da serventia notarial ou de registro (cartório, que são PJ), para a ação de reparação de dano por ato 
praticado em razão do ofício; Ação contra cartório será na comarca da cede do cartório. Exemplo: um cartório na 
Bahia transferiu um imóvel de forma fraudulenta para outra pessoa e se quer processar o cartório por dano moral 
e patrimonial, a ação será ajuizada na cede do cartório, ou seja, na Bahia. 
i. Ação de reparação de danos: comarca de onde o fato (ato ilícito) aconteceu. Pode ser usada a regra do art. 46 
também. 
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: 
a) de reparação de dano; No local que for praticado 
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios; Uma pessoa que está administrando um patrimônio 
que não é próprio sem autorização. 
 j. Foro do domicílio do autor da ação ou do local do acidente. 
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou 
acidente de veículos, inclusive aeronaves. Pode ser fundada em direito pessoal, podendo ser o domicílio do réu 
também (regra do art. 46) 
4° PASSO: Identificar o juízo(vara) 
• Comarcas e Seções/Subseções podem ser divididas em juízos(varas). 
• Critério matérias: varas especializadas em assuntos. Lei de Organização Judiciária da Justiça. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13894.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13894.htm#art2
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• Descobri que a minha comarca é de Juiz de Fora, agora é necessária identificar a vara específica. Se for uma 
ação de divórcio será a vara de família. Se não tiver vara especializada, vai para a vara única. Geralmente tem 
um juiz para cada vara, mas tem substitutos. 
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA INTERNA: 
1. Absoluta: Critério para a sua definição for matéria, pessoa ou função. Tem natureza absoluta. Característica 
de ser imodificável, nem mesmo se as partes entrarem em um consenso. 
Erro pelo autor quanto a indicação da competência absoluta: incompetência absoluta. O juiz deve se 
considerar absolutamente incompetente, mesmo sem a provocação da parte e remeter o processo para o juiz 
competente. O juiz por ofício se autodeclara incompetente, mas por força do artigo 10° do N.C.P.C ele tem 
que intimar o autor e informar que ele errou. O erro em competência absoluta não é passível de correção, é 
gravíssimo. 
Etapas: 
 
A declaração da incompetência absoluta pode ocorrer em qualquer instância e momento processual. E as 
decisões já proferidas pelo juiz absolutamente incompetente? Caberá ao juiz competente decidir sobre as 
decisões já proferidas pelo juiz absolutamente incompetente. Não necessariamente serão nulas. O réu deve 
alegar em sua defesa como preliminar a existência da incompetência absoluta, pelo princípio da cooperação 
e da boa-fé. Se o réu não alega não gera preclusão (a impossibilidade de se discutir novamente, pois a 
incompetência absoluta poderá ser aclamada em qualquer parte do processo). 
Prerrogativa de foro: mandado de segurança contra presidente da república vai ser julgado diretamente no 
STF, uma competência definida em razão da pessoa, por exemplo. 
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.§ 1º O 
autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de 
propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.§ 2º A ação 
possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. 
Observação: competência absoluta territorial (foro da situação da coisa) definida pelo art. 47, §§ 1º e 2º do 
N.C.P.C. 
2. Relativa: Definida com base nos critérios território e valor da causa. 3ª Fase - competência relativa - critério 
território. Juizado especial: fixado no valor da causa, em geralmente seria relativa (juizado especial da fazenda 
pública tem uma competência absoluta, competente para julgar ações que não ultrapassem 60 salários 
mínimos quando a fazenda é parte). Pode ser modificada através das hipóteses: 
a. Por vontade das partes. 
i. cláusula de eleição de foro: Toda vez que se celebra um NJ/Contrato, pode se nesse contrato 
eleger qual comarca (Justiça Estadual) / seção ou subseção (Justiça Federal) irá julgar os conflitos 
relativos a aquele contrato. Contrato de trabalho não pode pois é definido pelo critério matéria 
e nesse caso é a Justiça Trabalhista. Vincula as partes, seus herdeiros e sucessores. Se eu vender 
um crédito para terceiro ele deve observar a cláusula de eleição de foro, a filha(herdeira) 
também. Se ela for estabelecida de forma abusiva em um contrato de adesão o juiz pode declarar 
sua nulidade de ofício antes de citar o réu. O juiz intima o autor antes de decidir sobre a 
causa. Se o réu não alega abusividade se presume que ele concordou. 
1ª Identificação da Justiça- matéria- competência absoluta
2ª - Identificação entre JF e JE - pessoa - competência absoluta
3ª - Identificação do foro - território-competência relativa
4ª - Identificação do Juízo (Vara) - matéria-competência absoluta 
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ii. ausência de impugnação da incompetência relativa pelo réu dentro do seu prazo de defesa: 
Autor (domicílio em BH) x Réu (domicílio em SP) => Ação foi ajuizada na comarca de BH=> Deferia 
ter sido em SP (domicílio do Réu) => O réu pode declarar incompetência=> O juiz se auto declara 
incompetente => Se o réu não fala nada sobre a incompetência relativa significa que ele está 
concordando em ser em BH. Sendo assim, o réu concordou tacitamente, prorrogando a 
competência do juiz que era inicialmente incompetente. Gera modificação de competência 
relativa. A alegação de competência relativa é preliminar, na própria peça de defesa. Se não alega 
na defesa preclui. 
b. Hipóteses legais. 
i. Conexão: é um fenômeno que ocorre quando nós temos duas ou mais ações que possuem a 
mesma causa de pedir (narração dos fatos): Um avião vai pousar e não consegue por causa do 
piloto. Várias famílias das vítimas ajuízam contra a empresa. Pode ser no domicílio delas, da sede 
da empresa (direito pessoal) ou no local do acidente. 3 ações com o mesmo núcleo fático (o dano 
foi causado por imprudência do piloto), mas em lugares e pedindo valores diferentes. Ou o 
mesmo pedido (disputamo mesmo bem jurídico): Pedro pede uma ação para ser declarado dono 
do veículo X contra José (em BH), em Contagem a Renata discute com o Pedro quem é proprietária 
do mesmo veículo X. São semelhantes. As ações devem ser reunidas e julgadas por um único 
juiz, para não haver decisões conflitantes. Juiz Prevento: o juiz que vai atrair para si todas as 
ações conexas. É aquele que primeiro recebeu em distribuição uma das ações (data do 
protocolo da ação, que é recebido com a entrada da ação no foro). Se uma das ações conexas 
já tiver sido julgada em 1ª instância não será feita a reunião das ações=> Prejudica a ampla 
defesa e o contraditório. As decisões não devem ser iguais. 
ii. Continência: Gera modificação da competência relativa. Ocorre quando nós temos duas ou mais 
ações em curso com as mesmas partes, mesma causa de pedir, mas o pedido de uma delas prova/ 
contém pedidos das demais (o de uma delas abrange o da outra, é maior). Extremamente 
parecidas. Geralmente um erro do advogado. O sujeito é proprietário de um imóvel e o locatário 
não pagou os 12 meses de aluguéis. Ele ajuíza uma ação cobrando, que caiu para um juiz da 1ª 
vara civil de BH. Passaram mais 12 meses e o proprietário não pagou, o dono contrata um outro 
advogado que entra com uma nova ação de cobrança que pede equivocadamente ao réu pagar 
24 meses de aluguéis, que caiu para a 3ª vara civil de BH. O juiz prevento será que recebeu a 
primeira ação, ele atrai para si o que está na 3 ª vara civil. Critério cronológico. Se o contrário 
acontecer a menor será extinta por litispendência. Quando a 2ª ação (a que foi distribuída 
depois) for a menor (contida) não haverá reunião, mas sim a extinção desta sem julgamento do 
mérito por força de litispendência. 
iii. Risco de decisões conflitantes: Duas ou mais ações em curso não conexas nem continentes, 
mesmo assim os juízes que estão julgando essas causas percebem que se são julgadas 
separadas pode gerar um conflito. 
Conflito de Competência: 
Divergência entre dois ou mais juízes (juízos) sobre de quem é a competência para o julgamento de uma 
determinada causa. Art. 60 N.C.P.C 
1. Conflito negativo: dois ou mais juízes se declarando incompetentes para julgar uma determinada causa. Ação 
ajuizada e tem a União como réu. Percebeu que a competência absoluta é a JF, o juiz inicial por ofício se declara 
incompetente. O processo chega nas mãos do juiz federal para analisar, que também se declara incompetente 
por afirma ser da Estadual. 
2. Conflito Positivo: Dois ou mais juízes se declaram competente para julgar a mesma demanda. Não é comum 
ter duas ausências idênticas em curso (Litispendência). O sujeito faleceu e deixou três herdeiros. Um reside 
em BH, o outro em Salvador e o outro em SP. Cada um ajuíza uma ação na vara de sua respectiva cidade. Os 
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três juízes se intenderam competentes para julgar. Apenas um dele será competente. O foro será do último 
falecido em vida. 
3. Conflito sobre reunião/ separação de ações: Conflito entre os juízes sobre a necessidade ou não de reunir 
duas ações (entre as hipóteses legais). 
A resolução do conflito de competência será feita pelo órgão jurisdicional hierarquicamente superior aos juízos em 
conflito. Os dois juízes devem estar subordinados. Quem pode suscitar esse conflito? 1- O juiz. 2- As partes. Ampla 
defesa e contraditório=> tribunal define quem é o competente. 
Capacidade Processual: 
• Requisito de validade para que o procedimento possa se desenvolver. 
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Capacidade 
de Direito, pessoas que se encontram no exercício do seu Direitos. Capacidade Civil. 
Art. 71. O incapaz (absolutamente incapaz) será representado ou assistido (relativamente incapaz) por seus pais, por 
tutor ou por curador, na forma da lei. Não é substituir, ele é o autor/réu. O representante o assistente não tem 
legitimidade para a causa, a pretensão é do incapaz, estão apenas representando. 
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: A parte terá que ser representada nos autos por um curador especial, ou 
seja, por um defensor público para que ela tenha a capacidade processual. 
I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a 
incapacidade. Sem representante legal. No início do processo é designado um defensor público. Menor de idade, órfão 
que ainda não foi adotado precisa de demandar uma ação de herança, por exemplo. Conflito de interesse entre a 
parte incapaz e o seu representante legal, por exemplo, uma ação contra o pai e a mãe postulando alimentos. O juiz 
tem que nomear um curador especial. 
II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. 
Quando tiver um réu revel= réu citado para se defender, mas não apresentou defesa dentro do prazo. + foi preso. Um 
traficante de drogas está preso, mas está sendo processado civilmente por uma dívida que não pagou, ele vai ter uma 
dificuldade para se defender. O juiz designa um curador especial, ele depois se tiver como pode contratar um 
advogado, preservando o que o curador especial defendeu até aquela data. 
Citado por edital ou com hora certa= Citação é um ato de comunicação ao réu que existe contra ele um processo 
dando a ele um prazo para se defender. No Brasil tem que ser feito pessoalmente, entregue em mãos (carteiro ou 
oficial de justiça), para ter certeza de que ele recebeu. Em algumas situações é impossível fazer pessoalmente, 
podendo ser fictícia que é por hora certa ou citado por edital. A citação por edital só é permitida quando o réu tiver 
em local incerto/ desconhecido. Exemplo: Está no Iraque e Iraque não aceita cartas de citação da justiça brasileira. É 
publicado uma notinha em um jornal de circulação da comarca (ex: Estado de Minas) com um prazo para apresentar 
defesa e publica no diário oficial. Se o réu não responde não se sabe se ele leu, o juiz designa um curador especial. 
Hora certa= o réu fica fugindo, se esquivando. O oficial pode marcar um dia e um horário para ir e se o réu não estiver 
vai dar por entregue. 
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. 
• Se não quis se defender a uma presunção de inocência pelo autor e veracidade das suas informações. 
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, 
salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. Direito real sobre bens imóveis. O CPC exige o 
consentimento do cônjuge ou companheiro para o ajuizamento de ações que discutam direitos reais sobre imóveis. 
Vínculo de união estável também vale. Por exemplo: João casado com Maria que vender uma Fazenda. Maria deve 
autorizar. Com exceção para o regime de separação total de bens. Se o conjugue recusa se um motivo justo o juiz 
poderá suprir a falta de consentimento. Se o conjugue estiver em como, por exemplo, o juiz também poderá suprir. 
A ausência do consentimento ou da supressão pelo juiz gera a nulidade do processo. Sem a capacidade processual se 
torna nulo. Mas a parte adversária não tem nada a ver com isso, quem deveria pedir nulidade? A parte ou o conjugue? 
A maior parte da doutrina entende que cabe ao conjugue pedir a nulidade do processo. 
§ 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: 
I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; 
II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; 
III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; 
IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos 
os cônjuges. 
§ 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de 
composse ou de ato por ambos praticado.§ 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. 
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Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: Representação processual das PJ e dos entes 
despersonalizados (espolio, massa valida, sociedade regular, condomínio). São uma abstração do Direito. Alguém fala 
em nome do condomínio, por exemplo. Quem é a pessoa natural que deve falar nos autos em nome da pessoa jurídica 
ou do ente despersonalizado? Não é o advogado (capacidade postulatório). De acordo com DHC e o seu estatuto e o 
Reitor que representa a DHC, mas cabe a ele contratar um advogado, se ele não tiver a capacidade postulatória. 
I - a União, pela Advocacia-Geral da União (órgão formado de advogados concursados e um escolhido como líder por 
confiança pelo PR), diretamente ou mediante órgão vinculado. 
II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores (concursado). Não é o governador. 
III - o Município, por seu prefeito ou procurador; Nem todo município tem um órgão de procuradoria, ou advogado 
concursados. O prefeito não capacidade postulatória, só de estar em juízo. O prefeito terá que contratar um advogado. 
IV - a autarquia (PJ criada pelo Estado/ União para desenvolver um direito público. Ex: UFMG) e a fundação de direito 
público (Pesquisa e Ensino, fundação Ezequiel Dias), por quem a lei do ente federado designar; A lei que criou a UFMG 
que designa (no caso o reitor). O presidente da fundação. 
V - a massa falida (conjunto de bens, direitos e falências da empresa que teve a sua falência decretada), pelo 
administrador judicial; Exemplo: a massa falida devia. O juiz que decretou a falência que determina o administrador 
judicial. 
VI - a herança jacente ou vacante (não apareceu herdeiros sob o tempo determinado), por seu curador; Exemplo: 
Tinha um crédito para receber do falecido. 
VII - o espólio, (conjunto de bens direitos e deveres do falecido) pelo inventariante (um dos herdeiros nomeados pelo 
juiz até que o patrimônio seja dividido pelos herdeiros.) 
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por 
seus diretores; Vem no contrato social falando quem é, mas se for omisso será seus diretos ativa ou passivamente. 
IX - a sociedade e a associação irregulares (Sem contrato social e registro na junta) e outros entes organizados sem 
personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; Padaria do seu zé= seu zé 
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta 
ou instalada no Brasil; 
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. 
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o 
processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. Consequência caso exista um defeito na 
representação. Não pode extinguir um processo de cara. O juiz, de ofício, deve conceder um prazo razoável para a 
parte sanar o defeito. Com base no princípio da cooperação, boa-fé. 
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; Se o autor não corrigiu dentro do prazo. 
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; Se o réu não corrige dentro do prazo ele será considerado 
réu revel, se não o beneficiaria da sua própria torpeza. É como se ele não quisesse participar e se manifestar. 
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. Se toca ao 
terceiro o defeito do processo e ele não corrige dentro do prazo ele ficará impedido de participar do processo. Figuras 
de assistência, denunciação da lide, amicus curiae. 
Deveres: 
De lealdade das partes e de todos que de alguma forma participam do processo. 
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que 
de qualquer forma participem do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; Manter a coerência. 
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; O 
advogado é o primeiro juiz da causa, não configurar má-fé e se atento a lei. 
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito; Morosidade, 
estratégias para alongar o processo. 
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua 
efetivação; As decisões devem ser cumpridas com exatidão. Ato atentatório a dignidade da justiça=> pode sofrer uma 
multa que pode chegar até 20% do valor da causa, revestida ao Estado, pois o Estado está tendo uma decisão sua 
descumprida, fora uma sanção criminal que pode ser ensejada. 
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde 
receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou 
definitiva; O réu na sua petição inicial e o réu na sua defesa devem indicar e sempre atualizar o endereço. Boa-fé para 
receber as noticiais. 
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VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. Alterar a situação fática de um bem que 
está sendo objeto de disputa sem avisar. Disputa a propriedade de um veículo que está com o réu. O réu retira tudo 
e deixa só a carcaça. Conduta desleal. Ato atentatório a dignidade da justiça=> pode sofrer uma multa que pode chegar 
até 20% do valor da causa, revestida ao Estado, pois o Estado está tendo uma decisão sua descumprida, fora uma 
sanção criminal que pode ser ensejada. Se for um valor irrisório (100 reais) ou inestimável (ação declaratória de 
paternidade) a multa será calcula em salários mínimos. 
Os advogados, promotores, defensores não sofrem a multa, podem sofrer uma sanção ética perante a corregedoria 
ou a OAB, mas a multa é da parte. 
• Não permite xingamentos e ofensas, sob pena de perder a palavra. Art. 78 
Litigância de má-fé: 
• Descumprimento dos deveres de lealdade. 
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: Vão contra os artigos 77. Rol taxativa de condutas des leiais. 
1. Condenar a parte de pagar de 1 a 10 % sob valor da causa dependendo da gravidade da conduta, revertida 
para a parte que está sofrendo com a litigância de má fé. 
2. Condenação da parte a indenizar a parte adversária pelo prejuízo que o ato desleal causou e os honorários do 
advogado para o ato desleal. 
3. Pouco importa se a parte ganhou ou perdeu, no meio do processo o juiz já pode condenar. 
4. Se for um valor inestimável (ação declaratória de paternidade) ou irrisório. Fixada com base em salários 
mínimos. Se for mais de um, os três vão ser condenados solidariamente, os três respondem por tudo, pode 
cobrar tudo dos três. Se tiver 3 réis, mas só um praticou, somente esse será condenado. Se a causa vale 150 
mil e tem três réus, cada parte deve pagar 50 mil=> se um faz um ato de litigância de má fé ele deverá 
responder por 1 a 10 % de 50 mil (parágrafo 2° do Art. 81). 
5. O juiz deve de ofício reconhecer mesmo a outra parte não percebendo. 
6. Declaração de multa não engloba multas. 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; Aventura jurídica, o pedido é 
absurdo, contraria a literalidade da lei. Exemplo: cobrar dívida de jogo. O advogado da parte é o primeiro juiz da causa. 
Pode justificar alguma inconstitucionalidade, não terá má fé (controle difuso de constitucionalidade).Fato 
incontroverso: no processo tudo tem seu tempo adequado, se no seu prazo você não impugnou o fato, agora ele é 
presumido como verdadeiro, não podendo ser apresentado mais ao longo do processo (preclusão= perder o direito 
de praticar um ato ou já ter escoado o prazo).II - alterar a verdade dos fatos; Ninguém é obrigado a confessar, a 
produzir provas contra si mesmo. É diferente omitir fatos do que inventara todo momento versões diferentes, essa 
última que é a má-fé, deve se sustentar a mentira. Depende do caso concreto II - usar do processo para conseguir 
objetivo ilegal; Às vezes o juiz e a outra parte percebem que o objetivo da ação não é o pedido. Ação popular= qualquer 
cidadão pode entrar para contestar o ato de um servidor público que seja ilegal e que tenha causado dando público. 
Na véspera de uma reeleição o prefeito foi processado alegando que ele havia desviado dinheiro da merenda escolar 
através de uma ação popular. Na causa de pedir não tinha nenhum documento nem nada, mas essa ação foi 
amplamente divulgada no jornal da cidade de interior. O sujeito que entrou com a ação era amigo do concorrente do 
prefeito. A ação foi inventada para o prefeito perder. IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
Pede uma audiência de conciliação e não vai, para atrasar o processo. V - proceder de modo temerário em qualquer 
incidente ou ato do processo; O réu ou ator que apresenta alegações sem fundamentos, exemplo: inventar que há 
incompetência absoluta sem nenhuma fundamentação. VI - provocar incidente manifestamente infundado; Alegar 
que um documento é falso sem bons elementos para essa discussão VII - interpuser recurso com intuito 
manifestamente protelatório. Interpor recurso contra uma decisão de acordo com uma súmula vinculante, querendo 
discutir que a súmula vinculante não é válida (isso só é possível no STF). Dizer que a súmula não cabe aquele caso 
pode. 
• O juiz deve perceber ao longo do processo esses atos de má-fé. O juiz tem que fundamentar bem suas 
decisões. 
 
 
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Despesas Processuais: 
• Todas as despesas trazidas por um processo civil. 
1. Custas processuais: Taxas cobradas pelo Estado em contraprestação contra a jurisdição. Todas previstas em 
leis (Estaduais= je/ Federais= jf) que define como e por quem são pagas. 
a. Custas iniciais: Taxa cobrada do autor da ação para iniciar o processo. O advogado do autor deve anexar na 
petição inicial a guia com pagamento dessa taxa. Varia com o valor da causa, é progressiva. Em BH ações até 
10 mil reais as custas iniciais giram em torno de 250 reais, o valor máximo da causa em BH é até 13 mil reais. 
b. Diligências do oficial de justiça: Taxa cobrada da parte toda vez que o oficial de justiça (Servidor público do 
poder judiciário responsável por praticar atos externos. Exemplo: citar um réu (R$25- 40), penhorar um 
bem(R$100,00). tiver que praticar um ato no processo, para custear o deslocamento. A parte que solicita o 
ato quem paga a taxa. Paga para o Estado. 
c. Custas recursais: Taxas cobradas pelo Estado da parte para que o seu recurso seja apreciado. Quase todos 
exigem pagamentos de taxa. Exemplo: de agravo, apelação. Embargos declaratórios pode não ter. Se o recurso 
é dado sem a taxa pelo princípio da cooperação tem se a oportunidade de pagar depois, mas se não for feito 
então o processo não será apreciado. Cabe a parte recolher(pagar) essa taxa. 
d. Custas finais: Cobrada ao final do processo a parte perdedora. Serva para remunerar o Estado pelo serviço de 
arquivo dos autos. O Estado vai ter uma despesa mesmo tendo se encerrado. Geralmente o prazo é de 15 dias. 
Regras: 
• Cabe à parte que pratica ou ato ou solicita a prática do ato, realizar o pagamento antecipado das custas. 
Exceto as custas finais. 
• A parte perdedora do processo, ao final, é condenada a ressarcir a parte vencedora por todas as custas que 
pagou antecipadamente. 
• Quando a fazenda pública é parte do processo ela não antecipa pagamento de custas processuais. Não faz 
sentido o Estado ter que recolher custas para a união. Imunidade recíproca= a união não pode tributar o 
estado e vice e versa. 
• Não podem ser exorbitantes. 
2. Honorários advocatícios: Verba (valor) que remunera os advogados das partes pela atuação no processo. 
a. Honorários contratuais ou extrajudiciais: Valores que a parte paga para o seu próprio advogado como 
contraprestação ao serviço de atuação no processo. Não existe uma tabela com limites máximos. Tem uma 
recomendação da OAB que os honorários não sejam valores ínfimos que desvalorizam o trabalho do advogado. 
Como os advogados costuma cobrar esses honorários? Dividindo em pro labore (independentemente do 
resultado do processo, está na hora cobrar por horas efetivamente trabalhadas) e em êxito (parcela cobrada 
ao final caso a ação seja favorável ao cliente, geralmente 20% do êxito). Muitos escritórios têm plano de 
carreira. 
Cabe ao cliente (parte) pagar ao seu próprio advogado os honorários combinados. Esses honorários 
contratuais não serão ressarcidos pela parte perdedora ao final. 
b. Honorários sucumbenciais ou judiciais: Ao final de todo processo, o juiz condena a parte perdedora a pagar 
a parte vencedora um valor a título de honorários sucumbenciais por ele fixados. Viria a indenização a parte 
perdedora, mas não pode transferir o ônus de ter sido o advogado mais caro, é um problema da parte. O juiz 
deve fixar na sentença, no mínimo dez e no máximo vinte porcento sobre o valor da condenação ou do 
proveito econômico ou do valor da causa. Alguns quesitos devem ser analisados. Servem para amenizar e 
indenizar as despesas da parte vencedora com seu próprio advogado. Art. 85 do N.C.P.C: 
A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. - Não faz sentido. 
I - o grau de zelo do profissional; 
II - o lugar de prestação do serviço; 
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III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
• Quando não tem condenação: proveito econômico 
• Ação declaratória de paternidade= 10 a 20% sobre o valor que o autor atribuiu a causa. As vezes o autor da 
causa pode fixar em um valor ínfimo (1 mil reais). O juiz pode abandonar e fixar os honorários em valores que 
ele acha justo. 
• Fazenda Pública for parte: os critérios de fixação dos honorários observam percentuais distintos. Geralmente 
são ações com valores autos. Se não passar 200 salários mínimos não muda a regra. Se passar será de 1 a 3%. 
• Se for condenado a pagar 100 mil- será desse 100 mil a parte. Se a parte não for condenada a pagar 100mil- 
será desse 100 mil a parte. 
• O honorário é do defensor público. 
• Os advogados públicos (representam a União, Estados/DF, Municípios) eles possuem direito ao recebimento 
dos honorários sucumbenciais. A lei definirá a distribuição dos honorários. 
• O réu perdeu em primeira instância=> juiz interpôs em 10% o recurso= >réu interpôs recurso=> a decisão se 
manteve= >terá que majorar o percentual até 20% o honorário fixado pelo juiz de primeira instância devido 
ao maior trabalho do advogado. Se não houver consenso entre as partes o juiz deverá arbitrar o quanto deve 
ser destinado a cada advogado. 
• Pertencem ao advogado, não a parte. O advogado poderá recorrer contra eventual valor inadequado e 
executar esse valor. 
c. Honorários periciais: O valor, fixado pelo juiz do processo, a título de remuneração pelo trabalho pericial a ser 
realizado pelo perito oficial por ele (juiz) designado no processo. 
• Não são todos que tem, apenas os que exigem prova pericial. Quando a resolução do litígio exigir um 
conhecimento técnico que não for jurídico. Exemplo: erro técnico na construção de um prédio, erro médico. 
Pode ser requerida por qualquer parte, até mesmo pelo juiz de ofício. 
• O perito geralmente é particular que se cadastra perante os órgãos do judiciário para desempenhar esse papel 
quando necessário. Cabe ao juiz designar quem será o juiz em cada processo. Ele é imparcial. 
• O juiz após ouvir as partes designara qual será o valor justo a ser pago pelas partes. Quando o perito aceita o 
encargo ele não pode voltar atrás, apenas recorrer para majorar seus honorários. 
• Cabe à parte que requereu a produção da prova pericial anteciparo pagamento dos honorários periciais. 
• Se a prova pericial tiver sido requerida por ambas as partes ou determina de ofício pelo juiz, cada uma delas 
vai antecipar o pagamento de 50% do valor. 
• Ao final do processo a parte perdedora será condenada a ressarcir a vencedora o valor dos honorários 
periciais que antecipou. 
d. Honorário dos Assistentes técnicos: São pessoas contratas pelas partes para o acompanhamento dos 
trabalhos periciais. São parciais. Cada um contrata o seu. É importante que as partes informem seus 
assistentes técnicos. Se tiver fora do mercado deve se ser proporcional. 
• Cada parte vai antecipar o pagamento dos honorários dos seus assistentes técnicos. 
• Ao final do processo a parte perdedora é condenada a ressarcir a parte vencedora pelos honorários do 
assistente técnico que teve que antecipar. 
e. Diário de testemunhas: É o valor equivalente ao dia de trabalho que deverá ser pago à testemunha por não 
poder auferir a renda no dia do depoimento 
• Se for intimada a ser testemunha ela é obrigada a ir. 
• Não tem nada a ver com o litígio, mas sabe informações, não tem relação com as partes. Indenizado o valor 
que a testemunha perdeu por dia de trabalho indo para o testemunho. 
• Se for CLT não precisa pagar pois não pode descontar o dia de trabalho para testemunho judicial. 
• Cabe à parte que solicita o depoimento da testemunha, antecipar o pagamento da diária; se ela foi indicada 
por ambas as partes ou indicada de ofício pelo juiz, rateio de 50% para cada parte. 
• Tem que ser oficializado o valor da diária, que está perdendo um dia de trabalho, para não parecer que ela 
está sendo paga para depor em favor. 
• A parte perdedora será condenada a ressarcir a parte vencedora pelas diárias que antecipou.] 
f. Indenizações de despesas de viagens: Despesas com deslocamentos para fora da comarca/seção/subseção 
são passíveis de indenização ao final pela parte perdedora. 
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• Apenas despesas indispensáveis=> provocada pelo ato do processo. A escolha de um advogado de SP é decisão 
da parte. 
3. Sucumbência (derrota) recíproca (ambas as partes): O autor pede a condenação do réu ao pagamento de 
100 mil reais. O réu contestou alegando que não deve nada. Vem uma sentença condenando a sentença 
parcialmente procedente e condenando o réu pagando 30 mil reais. O autor tinha a pretensão de ganhar 
100 mil, mas só ganhou 30% e perdeu 70% do seu pedido. O réu ganhou em 70% o processo. 
Distribuição dos ônus de sucumbência: as despesas processuais serão divididas proporcionalmente ao 
percentual de derrota de cada parte. O autor arca com 70% das despesas e o réu com 30%. Condeno o autor 
a pagar ao advogado do réu honorários no percentual 10% sobre o valor do proveito econômico obtido pelo 
réu (70 mil reais), portanto 7mil reais de honorários para o advogado do réu. Condeno o réu a pagar honorários 
ao advogado do autor no percentual de 10% sobre o valor da condenação (R$ 30 mil) portanto 3mil reais de 
honorários para o advogado do autor. Não é possível compensar pois os credores e devedores são diferentes. 
4. Transação Judicial(acordo): Definirá a responsabilidade pelas despesas processuais, regulamentando a 
distribuição de ônus entre as partes. Se ela for omissa, ficará 50% para cada parte. Art. 97. 
 
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Gratuidade da Justiça: 
Isenção do pagamento de todas as despesas que envolvem um processo (custas processuais; honorários 
advocatícios; honorários perícias; honorários dos assistentes técnicos; diárias de testemunhas; indenizações 
por despesas de viagem). 
Requisito: não seja possível arcar com as despesas sem o comprometimento do sustento próprio ou da família; 
ou não ser possível arcar com as despesas do processo sem comprometer a manutenção da pessoa jurídica. 
Declaração de hipossuficiência: 
a. No caso da pessoa natural a parte assina e tem a presunção de veracidade relativa, pois, o juiz de ofício 
ou por provocação da parte adversária pode exigir que a parte comprove a sua situação financeira de 
hipossuficiência. Se o juiz entender que pelos elementos do processo a parte teria condição, ele pode 
pedir essa comprovação. Exemplo: A parte coloca a indenização por uma mala extraviada na Europa 
e mora em um bairro nobre, mas, coloca a declaração de hipossuficiência. Todavia se a parte ganhar 
15 mil por mês, mas pagar medicina para todos os filhos, atingiria seu sustento próprio pagar as 
despesas. 
b. Já na no caso da pessoa jurídica é necessária uma declaração de hipossuficiência e documentos que 
comprovem. 
• Só abrange a partir de quando a parte pedir. Exemplo: o sujeito perde o emprego no meio do processo, mas 
só não terá que arcar com as despesas a partir daquele momento. 
• Isenta de antecipar o recolhimento das custas processuais e das demais despesas do processo. O fato da 
parte um advogado particular não retira o direito a gratuidade da justiça caso ela realmente não tenha 
condições de pagar as despesas processuais. 
• O CPC permite que a isenção pode ser parcial, proporcional a situação financeira da parte. 
• A gratuidade pode significar um parcelamento ao invés de uma isenção. 
• Revogada em qualquer fase do processo. Passa a ter que pagar as que ficou isento e as próximas. Exemplo: 
a parte ganhou na loteria. 
• A parte adversária pode impugnar o pedido, alegando ser até mesmo uma litigância de má fé. Terá a ampla 
defesa e o contraditório, inclusive, produzindo provas. O mais comum é o pedido da declaração do Imposto 
de Renda. 
• A parte beneficiária da justiça gratuita, caso ela seja perdedora do processo ao final, ela é condenada a 
ressarcir a parte adversária por todas as despesas que ela antecipou bem como os honorários sucumbenciais 
ao advogado da parte vencedora. Porém, a exigibilidade dessa condenação fica suspensa enquanto o sujeito 
não tiver condições financeiras de pagá-las. Todavia, a exigibilidade dessa condenação fica suspensa, 
enquanto o sujeito não tiver condições financeiras de pagá-las; a lei fixou um prazo máximo de 5 anos para 
cobrança (contados no trânsito em julgado). Mesmo a parte vencedora ganhando não vai receber as 
despesas que ela antecipou, mas o correto seria uma indenização pelo Estado. Além disso, mesmo se a parte 
melhorar a condição após 5 anos, ela não poderá ser cobrada. 
• O ônus de provar que a parte melhorou de vida para pagar é da parte vendedora. Ir atrás. A parte perdedora 
não tem que ficar provando que ainda é hipossuficiente. 
• Se comprovada que era falsa Declaração era falsa, pode ser considerada a litigância de má fé. Mas não é 
instantânea. 
 
 
 
 
 
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Procuradores (Advogados das partes) 
 
• CAPACIDADE POSTULATÓRIA: 
• exige que a parte esteja representada nos autos por advogado devidamente inscrito nos quadros da OAB - 
prática de atos no processo; exceção ações que tramitam nos Juizados Especiais cujo valor da causa não 
ultrapasse 20 salários mínimos (a parte é ao seu próprio advogado). 
• Para o advogado representar a parte ele deve ter uma Procuração (instrumento de mandato), que é um 
documento que habilita o advogado a representar a parte em determinado processo (procuração). A 
procuração não precisa ser feita em cartório, sem muitas solenidades. 
• Pode dar poderes especiais (além dos atos gerais) como: receber, confessar, da quitação, desistir da ação. Sem 
precisar da assinatura do cliente. Os demais atos já estão abrangidos pelo poder geral para o foro. 
• Art. 104 CPC: exceções para o advogado praticar o ato sem a procuração do cliente. Exemplo: cliente está no 
Japão (não tem certificado digital aqui) e o prazo de defesa está vencendo. O juiz aplica o ato de defesa e 
explica ao juiz e requer o prazo de 15 dias para depois apresentar a procuração do cliente. Os 15 dias podem 
ser prorrogados em mais 15 dias caso necessário. Se a procuração não é apresentada dentro do prazoo ato 
será ineficaz e o advogado responderá pelas despesas e perdas e danos decorrentes. Mandar pelo menos um 
WhatsApp comprovando, pois, o cliente pode agir de má fé. 
• Não tem procuração quando está advogando em causa própria, apenas vai informar o número da OAB ao juiz 
e o endereço do seu escritório. 
• A procuração juntada aos autos vale para todas as fases e todas as instâncias. 
• SUBSTITUIÇÃO DE PROCURADORES: 
a. Pela vontade da parte: Não precisa da autorização do juiz nem do advogado. 
1- Revogar a procuração conferido ao advogado- Termo de revogação do mandato. “Fica revogada a 
procuração conferida ao advogado ______ nos autos do processo n______ data assina”. 
2- Juntar aos atos do processo o Termo de revogação da procuração do antigo advogado e no mesmo auto 
juntar a nova procuração. Pois senão a parte ficaria sem capacidade postulatória. Prazo de 15 dias. 
❖ Se passar 15 dias o juiz suspende o processo e marca um prazo razoável para sanar esse defeito. 
Se não for resolvido: se for o autor o processo será extinto sem a resolução do litígio/ se for o réu 
ele ficara revel até trazer uma nova procuração. 
3- A nova procuração revoga a procuração anterior. Porém não é ético. O estatuto da advocacia proíbe que 
um advogado aceite a causa se ainda tiver um advogado, enquanto não for revogado. É ante ético “roubar 
o cliente” de um colega. 
A questão dos honorários é contratual. Geralmente eles preveem que se a troca se der sem culpa do advogado 
ele mantem o direito aos honorários. O juiz define quando não houver um consenso entre os advogados. 
 
b. Pela vontade do advogado: Exemplo: passou em um concurso. 
• Tem que comunicar o cliente da renúncia dos poderes. Deve ser feita por meios que comprovem o 
recebimento pelo cliente. 
• O advogado tem que juntar aos autos a comunicação ao cliente e o comprovante do recebimento. O 
advogado representa a parte ainda em um prazo de 10 dias, contado o dia da comunicação. Mas se 
antes disso a parte contratar outro, o advogado deixa de representar (exemplo: no mesmo dia a parte 
contrata um advogado e reúne a procuração). 
• Se tiver mais de um advogado: imediatamente o advogado que estava saindo deixa a causa. 
• Se não tiver como pagar outro: procura o defensor público e informa o juiz caso tenha demora. 
• A troca do defensor público é possível se houver uma quebra de confiança, exemplo, a perda de um 
prazo. 
• Termo de substabelecimento: o advogado passa a atuar junto com outro advogado. É muito utilizado 
em escritórios grandes. Transfere poderes entre si. O cliente não precisa autorizar, pois, a procuração 
presume (a não ser que seja expresso a vedação ao substabelecimento). Se estabelecer sem reserva 
de poderes significa que o antigo advogado está saindo da causa. O cliente não paga nada a mais. 
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• Se passar 10 dias o juiz suspende o processo e marca um prazo razoável para sanar esse defeito. 
Se não for resolvido: se for o autor o processo será extinto sem a resolução do litígio/ se for o réu 
ele ficara revel até trazer uma nova procuração. 
 
c. Em razão do falecimento ou incapacidade do advogado: Capacidade civil ou profissional (suspensão da 
OAB/ foi interditado). 
• DIREITO AOS ADVOGADOS 
1- Direito de examinar em cartório autos de qualquer processo, inclusive findos, independentemente de 
ter procuração nos autos: Artigo 107 do CPC. Exemplo: o advogado analisa antes o processo para ver se 
aceita ou não/ as vezes para defender o cliente tem que procurar informação em outros processos (direito 
à defesa). Digitalmente da também para acessar todos, exceto os que correm em segredo de justiça. Não 
é apenas um direito dos advogados, direito a publicidade. 
2- Direito a ter a vista dos autos do processo (poder examinar os autos inclusive levá-los para o meu 
escritório), em qualquer momento, por 5 dias - aos advogados das partes (com procuração nos autos): 
Geralmente se usa esse direito na véspera da audiência, ou acabou de substituir a causa que era do colega. 
Deve ter limites, se não pode ser configurar um abuso e para poder tumultuar o processo. É importante 
para os processos físicos. O processo físico é formado de documentos impressos, já os eletrônicos ficam 
no sistema. É muito caro digitalizar, então muitos não são. 
3- Ter vista dos autos e fazer carga (levar os autos do processo para o escritório) deles sempre que o 
advogado estiver com prazo para se manifestar no processo: Para facilitar o trabalho do advogado, pois, 
alguns são bem grandes. Teria um prejuízo na ampla defesa. Enquanto a secretaria não achar o processo 
o prazo do advogado não irá correr. Se pela internet travar, também não se inicia. É um direito muito 
importante. Autos só vão poder ser retirados mediante prévia combinação dos advogados das partes. Se 
os prazos forem comum e não tiverem uma combinação prévia entres os advogados, os autos poderão 
sair da secretaria apenas para cópias, pelo período de 2 a 6 horas. 
Partes do Processo Civil: 
• Autor e o Réu, basicamente. 
• O autor/requerente/exequente tem que ser o possível titular da pretensão, a regra do direito brasileiro. 
Existem exceções que admitem a substituição processual. 
• O réu /requerido/executado seria o titular da resistência/ possível destinatário da obrigação. 
• Estabilização subjetiva da lide: após a citação do réu, não é possível alterar as partes do processo. Existem 
exceções: 
a) Falecimento da parte permite a sua sucessão pelo espólio (conjunto de bens e direitos do falecido) e 
herdeiros. Sucessão causa mortis. Se a ação envolver um direito instramissivél não é possível. Se um autor 
entrar com uma ação para ter o direito a um medicamento pelo Estado e ele morrer, os herdeiros não 
vão poder dar continuidade e a ação será extinta sem julgamento do mérito, mas poderão entrar com 
uma ação para indenização. 
b) Alienação do bem ou direito litigioso no curso do processo, desde que a parte adversária concorde. 
Exemplo: Paulo ajuíza contra Renato uma ação pedindo a propriedade do veículo X, declarando que 
pertence a ele. No meio desse processo o Renato (alienante) vende o veículo a Maria (compradora). Maria 
entra no polo passivo do Renato, desde que o Paulo concorde com essa troca. Se o Paulo não concordar, 
Renato prossegue como réu=> vai ter que fazer uma análise se Maria é possuidora de boa fé e sendo 
posteriormente decidida. 
• Litisconsórcio: Duas ou mais pessoas compondo um ou mais dos polos do processo. 
a) Litisconsórcio ativo: uma ação que possui dois ou mais autores e um único réu. Autor1+Autor2 +Autor 3 
(...) X Réu. 
b) Litisconsórcio passivo: duas ou mais pessoas figurando como réus no mesmo processo contra um único 
autor. Autor x Réu1+Réu2+Réu+3 (...) 
c) Litisconsórcio misto: dois ou mais autores contra dois ou mais réus. Autor1+Autor2+Autor3(...) x 
Réu1+Réu2+Réu+3 (...) 
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1. Litisconsórcio facultativo: situações nas quais a formação do litisconsórcio é possível. Não é obrigatória, 
é uma opção. Quem escolhe é o autor se ele que ajuizar a ação sozinho/ apenas contra uma pessoa. É 
precise que a lide se enquadre em uma das hipóteses previstas no artigo 113: 
a. Comunhão de direitos ou obrigações (solidariedade) relativas à lide: mais de uma pessoa titular 
daquele direito. Não são obrigadas, mas podem. 
Dois irmãos são proprietários da mesma fazenda, condomínio, existindo um direito comum. Um terceiro 
invade a fazenda, nesse caso qualquer um dos dois irmãos poderia entrar com a ação contra o invasor, 
mas, nada impede que eles entrem em conjunto. 
No caso de uma obrigação solidária, o autor pode escolher ajuizar a ação contra um ou contra os vários 
devedores. 
b. Conexão: os autores podem se reunir e ajuizarem uma única ação com a mesma causa de pedir/ 
pedido. Um acidente aéreo com várias vítimas fatais=> as famílias se reúnem e contratam um único 
advogado para uma única ação contra a empresa aérea. A vantagem é economizarcom o advogado, e 
com as custas do processo. 
c. Afinidades por questões de fato ou de direito: A prefeitura aumenta o IPTU em 50%. Paulo e seu vizinho 
entram com uma ação pedindo a inconstitucionalidade do aumento, mas a cobrança não é a mesma, pois, 
cada um tem um IPTU diferente. Porém, ambos podem se reunir para a ação, já que são demandas com 
afinidades fáticas e jurídicas. 
§ 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de 
conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução 
do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. Um número elevado em um dos polos 
pode prejudicar a ampla defesa e a razoável duração do processo, inclusive o cumprimento da sentença. 
Por exemplo: dois mil autores e cada um que ouvir 3 testemunhas=> o processo vai durar 20 anos. O juiz 
pode de ofício ou por provocação do réu, limitar o número máximo de litisconsortes. O advogado vai ter 
que desmembrar a ação em um número necessário de autores/réus pela aquela ação. 
2. Litisconsórcio necessário: a formação do litisconsórcio não é uma opção do autor, mas sim uma 
obrigação, sob pena do processo não poder se desenvolver validamente. O juiz de ofício ao ler a petição 
inicial deve ver se tem o litisconsórcio necessário e pedir ao autor que inclua a parte no processo, sob 
pena de extinção do feito, sem julgamento do mérito. 
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica 
controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. 
a. Disposição da lei: A lei expressamente obriga que em determinada causa, mais de uma pessoa figure 
em um ou mais dos polos do processo. Exemplo: Art. 73 § 1º :Ambos os cônjuges serão necessariamente 
citados para a ação. Ação de Usucapião: Todos os vizinhos devem estar no polo passivo (como réu). 
b. Natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que 
devam ser litisconsortes: em razão da natureza da relação jurídica controvertida (lide), a eficácia da 
sentença (decisão final) demandar a presença de mais de uma pessoa no polo passivo. Todas as pessoas 
envolvidas na lide que possam ter a sua esfera jurídica afetam no seu pedido, devem ser incluídas no polo 
passivo. Exemplo: Thiago passa em primeiro lugar em um concurso para Juiz e Vinicius em segundo. O 
advogado de Thiago entra com um pedido (ação de conhecimento) para declarar a nulidade da nomeação 
de Vinicius para vaga e o pedido da condenando da União a nomear o Thiago para a vaga. Na decisão o 
Vinicius terá que ser incluído como réu, para lhe dar o direito a ampla defesa e o contraditório. Se aplica 
ao processo do trabalho também. O entendimento é que quando você passa em um concurso você está 
subjetivamente na vaga=> para isso todos aprovados deveriam ser parte. 
• O juiz de ofício ou por provocação do réu, em qualquer fase do processo, deve determinar ao autor que 
inclua o litisconsorte necessário que tenha ficado de fora na petição. É um vicio grave=> não pode 
prosseguir. Intimação do autor para corrigir o defeito, em um prazo razoável, sob pena de extinção do 
processo sem resolução do mérito. O juiz não pode incluir por força do princípio da inércia 
• LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO OU FACULTATIVO PODEM SER: 
• Ambos podem ser. É analisado no início do processo, simulando o julgamento e se a decisão pode ser 
diferente. 
• Litisconsórcio unitário: quando a decisão deve ser uniforme para todos os litisconsortes. Única, não tem 
como ser diferente. 
• Litisconsórcio não unitário/simples: quando a decisão pode ser diferente para cada litisconsorte. 
• CASOS: Se analisa de acordo com a causa de pedir 
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• MP (autor) ajuíza uma ação contra o 
marido e a esposa (réus) com o pedido da 
anulação do casamento por força do não 
preenchimento dos requisitos de 
habilitação. 
• Art. 1.549 do CC= Litisconsórcio 
necessário. 
• Art. 73 parágrafo 1. 
• A decisão deve ser unitária, a mesma para 
os dois. 
• Litisconsórcio unitário. 
• Família 1 (autora) + Família 2 (autora) + 
Família 3 (autora) x Empresa aérea (réu)=> 
condenação a empresa área a pagar uma 
indenização de danos morais no importe de 
R$ 2 milhões e uma pensão no valor de 5 
salários mínimos mês (a família perdeu 
uma fonte de renda); por força do acidente 
culposo causado pela negligência do piloto. 
• Conexão= Litisconsórcio facultativo. 
• Uma das famílias pode não conseguir 
provar que perdeu um familiar. 
• Litisconsórcio simples. 
• Quando a relação jurídica não é única já é um indício que não é unitário. 
• Se o juiz errou=> objeto de recurso até transitado em julgado. 
• É mais provável que o necessário (facultativo) seja unitário (simples), mas não é regra. 
• A segunda hipótese do necessário sempre vai ser unitário 
• Proprietário apto 101 + Proprietário do apto 102 x Condomínio (Réu) 
• Pedido: anulação da decisão que proibiu a realização de festas em 
dias de semana tendo em vista o descumprimento das regras do 
Estatuto do Condomínio que exige maioria absoluta de votos para 
essa decisão. 
• Comunhão de Direitos=Litisconsórcio facultativo. 
• O apto 101 poderá iniciar a ação sozinho. 
• Litisconsórcio unitário. Não poderia ser diferente, uma decisão para 
cada morador. 
❖ Todos os moradores são afetados pela decisão, mas se entende (pela 
jurisprudência) que o condomínio representa todos os condôminos e 
a lide é contra o condomínio. O condomínio é um ente abstrato que 
representa o interesse de todas as pessoas, não tendo a necessidade 
de incluir todos no polo passivo. 
• COISA JULGADA SEM A FORMAÇÃO DE UM LITISCONSORTE NECESSÁRIO 
• Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório (necessário), será: I - 
nula, se a decisão deveria ser uniforme(unitária) em relação a todos que deveriam ter integrado o processo; 
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. 
• NECESSÁRIO UNITÁRIO: DECISÃO É NULA (PODE INCLUSIVE SER OBJETO DE AÇÃO RESCISÓRIA). 
• NECESSÁRIO NÃO UNITÁRIO: DECISÃO SERÁ VÁLIDA, PORÉM INEFICAZ PARA OS LITISCONSORTES QUE 
FICARAM DE FORA. 
• Se eu tenho dois autores: cada autor é uma parte, pode ter seu próprio advogado entre outros => os 
litisconsortes são considerados partes autônomas dentro do processo. 
• Os atos praticados por um dos litisconsortes jamais poderão prejudicar o outro. Exemplo: a confissão da 
esposa não pode condenar a outra parte (no caso da anulação do casamento). 
• Os atos praticados por um dos litisconsortes poderão favorecer a outra parte no litisconsorte unitário. As 
provas favorecem todos. 
 
 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10628210/artigo-1549-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
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Intervenção de Terceiros: 
• Instrumentos processuais que vão permitir que uma pessoa que não é parte em processo, possa dele participar de 
algum modo. 
a. Assistência: Art. 119. É a modalidade que visa permitir um terceiro (assistente) participe do processo para auxiliar 
uma das partes (assistido) a vencer a demanda. Vem da palavra assistir/ajudar/auxiliar. Não é autora, não é ré, não 
deveria ter litisconsórcio, mas a pessoa entra na condição de assistente. Não é testemunha (terceiro imparcial que 
vai depor falando a verdade sobre o que aconteceu). O perito também é imparcial (trabalho técnico necessário para 
provar algo nos autos). De acordo com o CPC o terceiro tem que ter o interesse jurídico na causa, não sendo qualquer 
situação que autoriza a participação. Interesse Jurídico= o assistente deve possuir uma relação jurídica com uma das 
partes que poderá sofrer impactos em razão da decisão proferida nos autos. Tem que ser indiretamente, se for 
diretamente é litisconsórcio. Exemplo: ter um contrato com alguém e essa pessoa está sendo processada (não tem 
a ver com o contrato) mas adecisão pode impactar o contrato=. Entrar no processo para ajudá-la vencer a causa. O 
assistente pode praticar todos os atos necessários para a defesa do assistido, desde que que não contrarie os 
interesses dos assistidos. Ajudando produzindo provas, perícia, testemunhas. Vai ter que ter um advogado 
(capacidade postulatória), está ao lado da parte mas não é (mero ajudante). Se o assistido confessa, o assistente não 
pode praticar atos de defesa. Se o assistido não recorre, o assistente não pode recorrer. Parece uma parte mas não 
é. O assistente pode entrar em qualquer momento no processo. O assistente deve, através de um advogado 
apresentar um requerimento ao juiz demonstrando o interesse jurídico. A parte assistida não precisa concordar com 
a assistência (direito subjetivo do assistente) O juiz vai intimar as partes sobre o pedido de assistência e impugnar 
(demonstrar que não há interesse jurídico na causa do assistente) em 15 dias. O juiz uma vez admito na causa 
ingressa no processo no estágio em que ele se encontra, só poderá praticar os atos possíveis dali em diante. Prova 
pericial só é possível em primeira instância, se a parte entrar em segunda instancia não será possível recorrer prova. 
O assistente (terceiro) ele fica vinculado à coisa julgada do processo no qual participou, não podendo discutir a sua 
justiça em outra ação (não vai poder entrar com uma ação depois para rediscutir aquele fato). Art. 123 do CPC 
Exceções: 
I- O assistente, em razão do estado em que ingressou no processo ou em razão de declarações ou atos do assistido, 
ficou impossibilitado de produzir uma prova que influenciaria na sentença. Se perder na condição de assistente=> 
ajuizar uma ação alegando que não conseguiu mostrar a perícia e isso levaria a ganhar, tem que explicar para o juiz 
o porquê rediscutir o fato (mostrando que era indispensável para o processo). 
II- O assistente desconhecia de alegações ou de provas que o assistido, culposa ou dolosamente não utilizou na defesa. 
❖ O assistente técnico é vinculado à parte, contratado pela parte. 
❖ Assistência Simples: a relação jurídica para o ingresso do assistente (terceiro) é entre assistente e assistido (parte 
que será auxiliada). 
❖ Assistência Litisconsorcial: a relação jurídica para o ingresso do assistente (terceiro) é entre assistente e a parte 
adversária ao assistido. E será litisconsorcial da parte principal. Art. 124 CPC. Litisconsorte Facultativo. Pedro é credor 
de Renata e Silvia em 100 mil reais de forma solidária=> venceu a dívida e nenhuma delas pagaram=> Pedro não é 
obrigado a entrar com uma ação sobre as duas, por ser uma obrigação solidária. => Pedro entra com uma ação só 
sobre Renata=> Silvia entra no processo para Renata ganhar a causa=> Silvia tem relação jurídica com o Pedro, e não 
com a Renata. A Silvia pode se opor a Renata no processo e responde também. Quem escolhe quem serão as partes 
no processo será o autor da ação. É a ferramenta de terceiro que ficou de fora e seria um litisconsórcio facultativo 
tem para entrar na ação. (no caso pode haver exceções pessoais=> o que faz que não seja unitário) 
• CASO: 
• Renato proprietário de um imóvel que é alugado para Paulo. 
• Contrato de locação de 36 meses com o Paulo (locatário). 
• Paulo reformou a casa, queria ficar na casa. 
• Maria ajuíza (autora) uma ação contra Renato (réu) pedindo que ela seja declarada 
como proprietária do imóvel. 
• Lide= Maria e Renato (não envolveu Paulo) a discussão é de propriedade. 
• Paulo não é litisconsorte, é apenas locatário de Renato. Mas embora não seja parte, 
tem uma relação jurídica de contrato de locação com o Renato. 
• A decisão pode refletir na relação jurídica=> se Maria for a dona e não permitir=> 
Paulo terá que sair do imóvel. 
 
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b. Denunciação da lide: Permitir que uma das partes convoque ao processo um terceiro para que este seja condenado 
a ressarcir a parte (denunciante) pelos prejuízos causados em razão da derrota na causa. Direito de regresso em face 
de terceiro caso a parte venha perder. 
Denunciação à lide do alienante (vendedor) para que o comprador exerça os direitos que dá evicção lhe resultam. 
José comprou uma fazenda de Roberto (alienante) por 1,5 milhão=> Depois de um tempo, Pedro ajuíza uma ação 
em nome de Roberto falando que ele é o verdadeiro dono e pede o seu reconhecimento como proprietário e a 
retirada de José dessa fazenda=> O José vai se defender, que comprou da Renata=>José pensa que se perder, Roberta 
vai ter que devolver para ele o valor da compra + perdas e danos=> Denuncia à lide a Roberta, pedindo ao juiz que, 
caso julgue a ação procedente, condene Roberta a ressarcir o valor da compra mais perdas e danos. Exemplo: Estado. 
Construtoras. 
• Direito de regresso no caso de evicção. 
• Direito de regresso previsto na lei ou no contrato 
• A parte não é obrigada a promover a denunciação da lide, não perdendo o direito de indenização. O direito de 
indenização terá que ser postulado em ação autônoma. 
• Pode ser feita pelo autor: dentro da petição inicial. 
• PELO AUTOR: 
• Comprador da Fazenda (Autor) x Família (Réu) 
• Pedido: declare a propriedade da fazenda do Autor e determine que a família se retire do local 
• Com medo de perder por força de usocapião=> poderá pedir a denunciação da lide. 
• Denunciação da lide da alienante (vendedora da Fazenda) pedindo a sua condenação a ressarcir ao 
comprador da fazenda o valor da compra mais perdas e danos, caso a ação principal seja julgada 
improcedente (a favor da família). 
• Não enfraquece a ação, é uma precaução. 
• Pode ajudar a ganhar a causa, pois, o vendedor pode trazer argumentos favoráveis contra a família. 
• SOMENTE NA PETIÇÃO INICIAL. 
• Antes de citar o réu o juiz determina a citação do denunciado à lide, pois, esse último terá 15 dias úteis para 
se manifestar sobre a citação. 
• Opções do denunciado à lide: Concordar com a citação de ter que indenizar caso o autor perca a demanda 
e posicionando ao lado do autor na condição de litisconsorte (não é obrigado) podendo inclusive aditar a 
petição, praticando atos para ajudar no processo. OU. Contestar passando a ter duas ações dentro do 
processo (autor X réu/ denunciante X denunciado) cabendo ao juiz decidir no final. 
 
• PELO RÉU 
• Deve ser feita no prazo de defesa, dentro da própria defesa 
• O denunciado será depois citado para se manifestar em 15 dias sobre a denunciação da lide. O denunciado 
pode concordar e contestar o pedido do autor na condição de litisconsorte como réu (passivo). OU. 
Contestar a denunciação, passando a ter duas ações dentro de um processo só (autor X réu/ denunciante 
X denunciado). 
• Ao proferir a sentença o juiz deve julgar a ação principal, já que ele pode ser prejudicial a e depois a denunciação 
da lide. Se a principal for favorável ao denunciante=> a denunciação da lide perderá o seu objeto (não terá 
prejuízos, será improcedente a denunciação da lide) => só pode ser julgada se tiver perda na principal. Haverá 
condenação nos ônus de sucumbência também na denunciação da lide, arcadas por quem perdeu. Caso o 
denunciado venha a perder a denunciação da lide terá que arcar não só com os ônus de sucumbência da 
denunciação da lide, como também terá que ressarcir o denunciante pelos ônus da sucumbência da ação 
principal. 
• O comprador perdeu a ação principal=> vai ter que pagar as custas e honorários para a família=> Se o denunciado 
perdeu a denunciação da lide=> terá que pagar as custas processuais e honorários referente a denunciação e 
indenizar o comprador pelas custas e honorários que ele terá que pagar para a família. 
• Ao ganhar a principal o denunciante fica responsável pelas custas e honorários do denunciado, pois perde por 
ausência de dano consumado na ação principal. 
• A aceitação do denunciado é uma confissão=> continua a ação e o juiz condena a ressarcir. 
• Quando a ação principal é contraria ao denunciante (foi condenado) => condenado apagar um valor=> o 
denunciado foi condenado a ressarcir o valor ao denunciante=> nesse caso o vencedor principal contra o 
denunciante pode executar diretamente o denunciado. Art. 128, parágrafo único. 
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c. Chamamento ao processo: Art. 130 a 132. Permitir que o réu convoque ao processo o seu co-devedor para que este 
também seja responsabilizado pela dívida/obrigação perante o autor da ação. Garantir, na mesma sentença, o direito 
do co-devedor que pagar/cumprir a integralidade da dívida/obrigação receber a quota-parte dos demais co-
devedores. Duas finalidades concomitantes. Comum em contratos de aluguel que o credor exija um fiador 
(garantidor). Quando há vários fiadores eles são solidários entre si, sendo possível chama-lós. 
1. Fiador chamar ao processo o terceiro interessado: chama o devedor principal para que respondam em 
conjunto. É como se já garantisse o direito de regresso. 
2. Possível chamar os demais fiadores. 
A diferença para a denunciação da lide: Na denunciação da lide o terceiro (denunciado) não responde perante a 
parte oposta, não tem nenhum dever a parte oposta ao denunciante. No chamamento ao processor tem um débito 
e uma obrigação jurídica com a parte oposta a quem está chamando-o, além de ter um dever de ressarcimento ao 
có-devedor pela sua quota parte caso paga integralmente por aquele. 
d. Desconsideração da personalidade jurídica: Permitir que o credor convoque ao processo os sócios da pessoa jurídica 
devedora para que estes possam ser responsabilizado pela obrigação da pessoa jurídica (ré no processo). O código 
civil permite a desconsideração da personalidade jurídica quando há conflito (os sócios usam da PJ para cometerem 
fraudes). Exemplo: transfere todos os bens da PJ para os sócios para não pagar as dívidas=> nessas circunstâncias o 
credor pode demonstrar ao juiz essa confusão patrimonial/ intenção de enganar (Art. 50 do CC)=> o juiz desconsidera 
a personalidade jurídica e atinge o patrimônio dos sócios na proporção que receberam irregularmente. Pode ser 
requerida em qualquer momento ou fase processual. 
A parte interessada deve apresentar uma petição ao juiz demonstrando o enquadramento da situação na hipótese 
prevista pelo Código Civil e requerendo a desconsideração da personalidade jurídica da PJ, citando os sócios para se 
defenderem em 15 dias. O juiz decide se é o ou não o caso de desconsideração e volta a tramitação normal do 
processo. 
A desconsideração da PJ pode ser inversa/invertida: quando a pessoa física está se valendo da PJ para fraudes. 
Exemplo: o sócio está cheio de dívidas=> cria uma empresa=> passa tudo para a empresa para evitar saldar a dívida 
com os seus credores. 
e. Amicus curiae: “Amigo da Corte”. Permitir que uma pessoa jurídica, pessoa natural ou órgão público, que não é parte 
do processo, dele participe, apresentando sua manifestação a respeito do litígio. Não tem relação jurídica com a 
parte. Necessária uma representativa adequada ao litígio e ele deve apresentar matéria relevante e específica (não 
é qualquer pessoa). Representa uma camada da sociedade interessada naquela lide. 
Ministério Público (autor) x Médicos da PBH (réus): 
• Força-los a fazer plantão 24hs durante a pandemia do Covid-19 
• O Conselho Federal de Medicina vai contribuir em favor dos médicos, auxiliando o juiz. 
• A fala do CFM não é prova, mas ele vai acabar mudando a visão, trazendo bons argumentos 
 
 
 
 
 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: Princípio do impulso 
oficial. O juiz sempre deve determinar que as partes pratiquem os atos para que o processo se desenvolva. Sob pena 
da parte autora não cumprir=> abandono do processo 
I - assegurar às partes igualdade de tratamento; Princípio da isonomia. O juiz, por exemplo, não pode conceber 
um prazo maior para uma parte. 
II - velar pela duração razoável do processo; 
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente 
protelatórias; Princípio da Lealdade. O juiz deve reprimir atos contrários a dignidade da justiça: descumprimento de 
ordens judicial e completar. Através de medidas coercitivas, como, multas e prisões por desobediência. Pode configurar 
uma litigância de má fé. 
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para 
assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; 
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores 
judiciais; 
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às 
necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; Princípio da Ampla defesa. A regra é 
que as provas são produzidas 1) prova documental 2) Prova testemunhal 
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos 
fóruns e tribunais; Determinar prisão, retirada compulsiva. Exemplo: um advogado que se exalta. Fora do recinto não 
pode. Para manter a função de segurança do fórum. 
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da 
causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; Princípio da cooperação. Novidade do N.C.P.C. Se a parte 
não for o juiz irá entender que a parte não quis cooperar 
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; 
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria 
Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o, para se for o caso, promover a propositura 
da ação coletiva respectiva. Economia processual representando todos na mesma situação. Exemplo: várias ações 
sobre a qualidade da prestação de serviço de internet durante a pandemia. Evitando várias ações sob assuntos 
semelhantes. 
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. 
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. O juiz não pode negar a decidir, até 
mesmo nos hard cases. Usar a jurisprudência, costumes. 
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não 
suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. Princípio da congruência ou adstrição: o juiz deve julgar a lide, 
dentro dos limites do pedido formulado pelo autor na sua petição inicial. 
• Decisão ultrapetita: aquela que defere mais do que foi solicitado pelo autor (tutela Da mesma natureza, 
porém superior ao que foi pedido). 
• Decisão infrapetita/citrapetita: aquela decisão que deixa de apreciar a integralidade do pedido do autor. 
Exemplo: pediu a entregar o veículo e a pagar danos morais, mas na decisão não tinha a indenização. Se o 
autor indefere não infrapetita. 
• Decisão extrapetita: aquela que defere tutela diferente da que foi pedida. 
Cabe recurso a essas decisões. 
Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato 
simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de 
ofício, as penalidades da litigância de má-fé. Um amigo entra com uma ação pedindo o patrimônio do outro para ajuda-
ló=> ele devia para credores e dessa forma não terá patrimônio para pagar=> o patrimônio fica no nome do amigo mas 
o verdadeiro dono continua usufruindo e paga uma parte para o “laranja”. 
Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: 
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude; 
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da 
parte. 
Parágrafo único. As hipóteses previstas

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