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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
 
 
 
 
DIEGO ANDRÉ GOLDSCHMIDT
CARACTERÍSTICAS PRODUTI
DE CORTES
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CAMPUS CERRO LARGO 
CURSO DE AGRONOMIA 
DIEGO ANDRÉ GOLDSCHMIDT 
 
 
 
 
 
PRODUTIVAS DA SOJA EM FUNÇÃO DE
DE CORTES DO TRIGO E TIPOS DE SULCADORES
 
 
 
 
 
 
 
CERRO LARGO 
2017 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 
FUNÇÃO DE ALTURAS 
TIPOS DE SULCADORES 
 
 
DIEGO ANDRÉ GOLDSCHMIDT 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS DA SOJA EM FUNÇÃO DE ALTURAS 
DE CORTES DO TRIGO E TIPOS DE SULCADORES 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso de 
graduação apresentado como requisito 
parcial para obtenção de grau de bacharel 
em agronomia da Universidade Federal da 
Fronteira Sul 
Orientador: Prof. Dr. Sidinei Zwick Radons 
Co-orientador: Prof. Dr. Marcos Antônio 
Zambillo Palma 
 
 
 
 
 
 
 
CERRO LARGO 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
A soja é a cultura agrícola brasileira que mais expandiu nas últimas três 
décadas, sendo ainda a leguminosa mais consumida no mundo. Uma das 
culturas antecessoras mais cultivadas, principalmente no sul do Brasil é o trigo, 
que por sua vez proporciona a presença volumosa de hastes das plantas que 
permanecem em pé após a colheita. Outro ponto crucial é a utilização de 
práticas adequadas na hora da semeadura, através de regulagens e utilização 
de equipamentos adequados. Contempla-se, neste trabalho, uma análise dos 
efeitos que esses restos culturais do trigo causam sobre a cultura da soja que a 
sucede, comparando ainda à diferentes práticas de semeadura, voltadas aos 
elementos sulcadores responsáveis pela abertura do sulco e deposição do 
fertilizante. Foi realizada a avaliação dos efeitos sobre a soja, em relação a três 
diferentes alturas de corte do trigo (5, 15 e 30 cm), comparando-se ainda com 
dois mecanismos sulcadores da semeadora (haste e disco duplo) na 
semeadura direta da cultura da soja. No experimento o delineamento utilizado 
foi inteiramente casualisado, bifatorial com 4 repetições. As avaliações na soja 
foram: estande de plantas, altura de inserção do primeiro legume, número de 
legumes e grãos por planta, estatura e produtividade. Nas condições em que 
foi realizado o trabalho, os resultados demonstraram que existe uma diferença 
na produtividade média em relação à altura de corte e ao sistema de 
semeadura. Porém, não se teve significância estatística. As alturas de corte 
não influenciaram significativamente nas características produtivas da soja. 
Quanto aos sistemas sulcadores, o disco-duplo demonstrou diminuição na 
população de plantas e aumento na altura média de inserção do primeiro 
legume. 
 
Palavras chave: Glycine max. Triticum aestivum L. Colheita do trigo. 
Sulcadores. Características produtivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Soybean is the Brazilian agricultural culture that more has expanded in the last 
three decades, being the most consumed leguminous at world. One of the most 
cultivated antecessor crops, mainly in southern Brazil, is wheat, which in turn 
provides the bulky presence of plants stems that remain standing after harvest. 
Another crucial point is the use of appropriate practices when sowing, through 
adjustments and use of appropriate equipments. In this work, we analyze the 
effects of these wheat cultural remains on the soybean crop, and compare it 
with the different sowing practices, oriented to the furrowing elements 
responsible for opening the furrow and fertilizer deposition. The effects on 
soybean were evaluated in relation to three different cutting heights of wheat (5, 
15 and 30 cm), as well as two sowing mechanisms (stem and double disc) at 
no-till farming of soybeans. In the experiment the design was a factorial 
completely randomized, with 4 replicates. The evaluations in the soybean were: 
plant population, height of insertion of the first legume, number of legumes and 
grains per plant, stature and productivity. In the conditions under which the work 
was carried out, the results showed that there is a difference in mean 
productivity in relation to cutting height and sowing system. However, there was 
no statistical significant. Cutting heights did not significantly influence the 
productive characteristics of soybeans. Regarding the furrowing systems, the 
double disc showed a decrease in the plant population and an increase in the 
average insertion height of the first legume. 
 
 
Key words: Glycine max. Triticum aestivum L. Wheat Harvest. Furrowers. 
Productive characteristics. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Distribuição das parcelas em que A1, A2 e A3 representa, 
respectivamente, as alturas de corte médias do trigo em 5 cm, 15 cm e 30 cm.
 ......................................................................................................................... 25 
Figura 2 – Alturas de corte do trigo após a colheita, com 5 cm da superfície do 
solo (A1), 15 cm (A2) e 30 cm (A3) aproximadamente. ................................... 26 
Figura 3 – Mecanismos sulcadores da semeadora adubadora. (A) Sulcador tipo 
haste/facão. (B) Sulcador tipo disco duplo. ...................................................... 27 
Figura 4 - Dados diários de chuva e temperatura média do ar na estação 
meteorológica da UFFS Cerro Largo durante o período experimental, de 
04/11/2016 até 02/04/2017............................................................................... 30 
Figura 5 – Estande de plantas de soja em relação às alturas de corte do trigo e 
sistemas sulcadores (Haste e Disco duplo) utilizados na semeadura da soja. 31 
Figura 6 – Médias de estatura das plantas de soja nos tratamentos com as três 
alturas de corte (5, 15 e 30 cm) e dois tipos de sulcadores (haste e disco 
duplo). .............................................................................................................. 32 
Figura 7 – Altura média de inserção do primeiro legume em relação às alturas 
de corte do trigo e sistemas de semeadura da soja. ........................................ 34 
Figura 8 – Número médio de grãos por planta em relação às alturas de corte do 
trigo e sistemas de semeadura da soja. ........................................................... 35 
Figura 9 – Produtividade média em ralação às diferentes alturas de corte do 
trigo e sistemas de semeadura da soja. ........................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8 
1.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 9 
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 9 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 10 
2.1 A CULTURA DA SOJA ................................................................................................. 10 
2.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NA PRODUTIVIDADE DA SOJA ....................... 11 
2.3 A CULTURA DO TRIGO ............................................................................................... 15 
2.4 ROTAÇÃO E SUCESSÃO DE CULTURAS .............................................................. 16 
2.5 SISTEMA PLANTIO DIRETO ...................................................................................... 18 
2.6 MAQUINAS UTILIZADAS ............................................................................................. 19 
3 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 24 
3.1 MANEJO DA CULTURA DO TRIGO .......................................................................... 24 
3.2 TRATAMENTOS E IMPLANTAÇÃO DO EXPERIMENTO .....................................24 
3.3 COLHEITA DO TRIGO ................................................................................................. 25 
3.4 SEMEADURA DA SOJA ............................................................................................... 26 
3.5 AVALIAÇÕES ................................................................................................................. 27 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 30 
4.1 CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS NO PERÍODO EXPERIMENTAL ................ 30 
4.2 ESTANDE FINAL DE PLANTAS ................................................................................. 30 
4.3 ESTATURA DAS PLANTAS DE SOJA ...................................................................... 32 
4.4 ALTURA DO PRIMEIRO LEGUME ............................................................................ 33 
4.5 NUMERO DE GRÃOS POR PLANTA ........................................................................ 35 
4.6 PRODUTIVIDADE ......................................................................................................... 36 
5 CONCIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 38 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 A soja (Glycine max) é a cultura agrícola brasileira que mais cresceu nas 
últimas três décadas e corresponde a cerca de 49% da área plantada em grãos 
do Brasil, segundo MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, 
2013). Dados da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) 
apontam o Brasil como o segundo maior produtor mundial de soja, atrás 
apenas dos EUA, sendo que na safra 2015/2016, a cultura ocupou uma área 
de 33,17 milhões de hectares, o que totalizou uma produtividade de 95,63 
milhões de toneladas. 
 No entanto, a demanda por maior produtividade induz pesquisadores a 
buscar melhorias nos aspectos estruturais na planta da soja através do 
melhoramento genético e das práticas de manejo que possam ser facilmente 
adotadas por produtores. Essas melhorias estão associadas às práticas de 
manejo do solo, semeadura e aos níveis de competição e efeitos causados por 
diferentes compostos presentes no desenvolvimento da cultura, como por 
exemplo: restos culturais de plantas antecessoras que se fazem presentes por 
períodos prolongados após colheita. 
 Uma das culturas antecessoras mais cultivadas, principalmente no sul 
do Brasil, é o trigo (Triticum aestivum), sendo o segundo cereal mais produzido 
no mundo, com significativo peso na economia agrícola global (MAPA, 2013). 
Este cereal, por sua vez, permite a presença volumosa de material seco, 
incluindo as hastes das plantas que permanecem em pé após a colheita. 
Quando esta é feita de forma mecanizada, os agricultores optam por distintas 
alturas de corte, onde cada um prioriza o seu maquinário e suas condições de 
operação. 
 Em relação às práticas de manejo, um grande marco na agrícultura foi a 
vinda do sistema plantio direto (SPD), proporcionando melhorias em vários 
aspectos, principalmente se tratando de conservação dos solos, triplicando o 
índice de matéria orgânica, reduzindo erozão, diminuindo custos e 
principalmente mantendo a palhada no intuito de preservar a umidade do solo 
por periodos prolongados (ALVES, 1992). 
 Segundo Cruz et al. (2017), o plantio direto tem como principais funções 
reduzir o impacto de gotas da chuva, dificultar o escorrimento superficial, 
9 
 
proteger a superfície de raios solares, favorecer a atividade biológica, ajudar no 
controle de plantas daninhas por supressão ou efeitos alelopáticos. 
 Outro ponto crucial para atingir elevada produtividade da soja, é a 
utilização de práticas adequadas tanto na colheita do trigo quanto na 
semeadura da soja, através de regulagens e utilização de equipamentos 
adequados. 
Levando-se em conta que há uma grande variação dessas práticas 
adotadas pelos produtores, objetiva-se neste trabalho analisar, através de 
pesquisas voltadas a essas práticas, os efeitos que restos culturais do trigo 
causam sobre a cultura da soja que sucede, comparando-se ainda às 
diferentes práticas de semeadura da soja, principalmente os elementos 
sulcadores, avaliando-se assim, aspectos vegetativos relacionados com a 
emergência e subseqüente estruturação da planta da soja como: população 
emergida, altura de inserção dos primeiros legumes, estatura da planta, 
número de legumes por planta e produtividade final. 
 Portanto, espera-se que os resultados desta pesquisa demonstrem a 
viabilidade destas práticas, ou seja, que uma operação de colheita e a adoção 
de sistemas de semeadura podem influenciar diretamente no desenvolvimento 
vegetal e na produtividade final da cultura da soja. 
1.1 OBJETIVO GERAL 
 Avaliar as características produtivas da soja em função de diferentes 
alturas de corte do trigo e tipos de sulcadores na semeadura da soja. 
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
- Avaliar o estande final de plantas de soja nos diferentes tipos de sulcadores; 
- Avaliar a altura de inserção dos legumes inferiores na planta da soja, em 
função das diferentes alturas de hastes de trigo que permaneceram após a 
colheita, com diferentes tipos de sulcadores na semeadura da soja; 
- Avaliar o número de grãos de soja por legume e por planta; 
- Avaliar produtividade da cultura da soja em função dos tratamentos utilizados. 
 
 
 
10 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 A CULTURA DA SOJA 
 
 Mundialmente, a soja (Glycine max Merrill) é a principal leguminosa 
produzida e consumida, sendo comercializada em forma de gãos, farelo ou 
óleo, dependendo da forma de consumo humano ou animal (MARTIN; 
WALDREN; STAMP, 2006). 
Originária da Manchúria – Leste da China, é uma das culturas mais 
antigas do mundo, utilizada como alimento há mais de cinco mil anos (FARIAS 
et al., 2007). Segundo este mesmo autor, a cultura da soja atual é muito 
diferente da cultura de milhares de anos atrás. Nos primórdios era uma planta 
rasteira que se desenvolvia ao longo do Rio Amarelo, no Leste da China. 
Várias modificações e experimentos foram realizados com a cultura da 
soja tornando-a um produto de grande importância na balança comercial e 
essencial para a alimentação humana. Neste sentido, a cultura da leguminosa 
foi levada para vários países e regiões do mundo, (CÂMARA, 2011). 
 De acordo com Bonato e Bonato (1987), a soja chegou ao Brasil em 
1882, primeiramente na Bahia. No Rio Grande do Sul o grão foi introduzido 
oficialmente em 1908 pelos imigrantes japoneses. 
Atualmente, os maiores produtores de soja são os Estados Unidos, 
Brasil e Argentina, e a China é um dos maiores importadores em razão da sua 
numerosa população (USDA, 2015). 
A partir da década de 70, inúmeras modificações e especializações 
foram ocorrendo no universo agrário brasileiro. O complexo da soja (grãos, 
farelo e óleo) passou a ser o principal produto agrícola das exportações 
brasileiras e o maior responsável pelo aumento da colheita de grãos. Sendo 
assim, a cadeia produtiva da soja como destaque da agricultura de grande 
escala do Brasil (SANTOS, 2012). 
 Neste sentido, pode-se observar o aumento de produtividade através 
dos números apresentados pelo levantamento feito pela CONAB em 2017, 
levando em conta a safra 2016/2017, quando a produtividade nacional da soja 
alcançou mais de 107 milhões de toneladas cultivadas em 33.878,8 mil 
hectares com uma produtividade de 3.176 Kg ha-1. Já na safra 2015/2016 a 
11 
 
produtividade no Brasil foi 95.434,6 milhões de toneladas em 33.251,9 milhões 
de hectares, com uma produtividade de 2.870 kg ha-1 (CONAB, 20117). 
 Cabe ressaltar que a região Centro-Oeste se destaca entre os estados 
brasileiros produtores de soja, sendo que o Mato Grosso é o maior, 
responsávelpor aproximadamente 27,8% da produtividade nacional de soja, 
seguido pelos estados do Paraná 17% e Rio Grande do Sul 15,2% (CONAB, 
2017). 
 O estado do Rio Grande do Sul se destaca por ter sido o primeiro estado 
a cultivar a soja com a finalidade específica de comercializar a produção, isto 
em 1935 (SEDIYAMA; TEIXEIRA; BARROS, 2009). Atualmente destina 
aproximadamente 5.570 mil hectares para o cultivo da soja, 2,1% a mais em 
relação à safra 2015/2016 (CONAB, 2017). 
 Com o constante crescimento do consumo e da produtividade da soja 
nos últimos anos, na atualidade a oleaginosa ocupa o quarto lugar entre os 
principais grãos mais produzidos e consumidos no mundo, atrás somente do 
milho, trigo e arroz (HIRAKURI; LAZZAROTTO, 2014). Aumento este, que está 
diretamente relacionado ao crescimento populacional e econômico do mundo, 
o que torna necessária a manutenção eficaz do aumento na produtividade da 
soja, conforme vem ocorrendo nas últimas safras (DALL’ AGNOL; HIRAKURI, 
2008). 
 Para que o aumento da produtividade seja significativo, são necessários 
algumas praticas de manejo em relação aos fatores que podem afetar o 
desenvolvimento vegetal da soja. 
 
2.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NA PRODUTIVIDADE DA SOJA 
 A produtividade da soja é definida pela interação do genótipo com o 
ambiente de produtividade e o manejo. Para atingir elevadas produtividades é 
essencial que se tenha conhecimentos detalhados do agroecossistema em 
questão. No caso da planta cultivada, é importante que se tenha conhecimento 
dos estádios de seu desenvolvimento (Fenologia), funcionalidade da espécie 
(Fisiologia) e interações com o ambiente que se encontra (Ecofisiologia), para 
que assim possam ser atingidos elevados níveis de produtividade (CÂMARA, 
2000). 
12 
 
 Os nutrientes são elementos muito exigidos pela cultura da soja, sendo 
que o N (nitrogênio) é o mais requerido pela planta, necessitando de 80 Kg do 
elemento para produzir uma tonelada de grãos de soja (HUNGRIA; CAMPO; 
MENDES, 2001). Para suprir este elemento, a planta de soja realiza a FBN 
(fixação biológica de nitrogênio) através do N mineral presente no solo, pela 
decomposição da matéria orgânica e pelos fertilizantes orgânicos (AMADO et 
al., 2010). 
 A associação simbiótica da planta com as bactérias do gênero 
Bradyrhizobium é responsável pelo processo de FBN, os quais formam nódulos 
onde ocorre a conversão do N2 atmosférico em amônia, que por sua vez, se 
torna disponível para as plantas em diversas formas de N orgânico (HUNGRIA 
et al., 1994). Segundo Amado et al. (2010), este processo de simbiose com as 
raízes da soja pode contribuir com 65% a 85% do nitrogênio necessário para o 
rendimento e desenvolvimento da cultura, no entanto, as condições físico e 
químicas do solo são fundamentais para a sua ocorrência (AMADO et al., 
2010). 
 Nutrientes como o P (fósforo), essencial nos processos de fornecimento 
e armazenamento de energia (TANCREDI et al., 2009), o K (potássio), 
fundamental no balanço nutricional da planta e em diversos aspectos do 
crescimento e produtividade da soja (MALAVOLTA, 1980), além do cálcio, do 
magnésio e do enxofre, todos estão relacionados com a FBN e são 
fundamentais para elevados rendimentos da oleaginosa (TANCREDI et al., 
2009). 
 A escolha de cultivares, sementes sadias, época de semeadura, 
espaçamentos e a densidades de semeadura são fatores de suma importância 
para a obtenção de altas produtividades da cultura, sendo esta dependente de 
fatores de ordem genética, de condições relacionadas ao clima e da nutrição 
de plantas (THOMAS; COSTA, 2010), além do fator solo (AMADO et al., 2010). 
 O rendimento da soja é determinado pelo seu potencial genético, e o 
quanto deste potencial será atingido na lavoura dependerá do efeito de fatores 
limitantes que estarão atuando em algum momento durante o ciclo da cultura. 
O efeito desses fatores pode ser minimizado pela adoção de um conjunto de 
práticas de manejo, que faz com que a comunidade de plantas tenha o melhor 
aproveitamento possível dos recursos ambientais (HEIFFIG et al., 2006). 
13 
 
 A combinação de espaçamento entre linhas com a densidade de plantas 
na linha, define a população de plantas da cultura, a qual influencia em 
algumas características agronômicas da planta de soja (URBEN FILHO; 
SOUZA, 1993). Por isso, segundo Gaudêncio et al. (1990), a população 
adequada de plantas é um fator que determina um perfeito arranjo das plantas 
de soja, pois influencia no crescimento, inserção de legumes, número de 
ramificações e de legumes, bem como, pode modificar a produtividade da 
cultura (LAM-SANCHEZ; VELOSO, 1974) 
 Para tanto, no estado do Rio Grande do Sul a época ideal de semeadura 
da soja situa-se entre a metade de outubro até o fim do mês de dezembro, 
onde são recomendados espaçamentos de 20 a 50 cm entre linhas e média de 
30 plantas m-2, com variação de 20% para mais ou para menos no número de 
plantas sendo as maiores populações e os menores espaçamentos indicados 
para semeaduras tardias (REUNIÃO, 2009). 
 Alterações morfológicas em função de densidade de semeadura têm 
sido relatadas para a cultura da soja em termos de altura de planta (PAIVA et 
al., 1992), número de ramificações (MARCHIORI, 1999), número de legumes 
por planta (PEIXOTO et al., 2000) e número de grãos por legume (TOURINO et 
al., 2002). 
 Segundo Farias et al. (2007), de todos os fatores intrínsecos à cultura da 
soja, o clima é o que mais tem ação sobre as limitações de boa produtividade, 
sendo que o mesmo é de mais difícil controle. Ainda os mesmos autores, citam 
a disponibilidade hídrica, a temperatura e o fotoperíodo como os principais 
elementos climáticos responsáveis pelo pleno desenvolvimento e produtividade 
da soja. 
 A cultura da soja, para atingir altos níveis de produtividade, requer 
temperaturas entre 20 e 30°C e disponibilidade hídrica que varie entre 450 a 
800 mm durante o seu ciclo (EMBRAPA, 2012). 
 De acordo com Mundstok e Thomas (2005), o excesso de água, que 
ocorre nos anos de altas precipitações, se reflete no excessivo crescimento 
vegetativo das plantas de soja, sendo que assim, a planta fica mais suscetível 
ao acamamento podendo prejudicar a indução floral e diminuir o numero de 
legumes por planta. 
14 
 
 A falta de água no período inicial (vegetativo) da planta de soja ocasiona 
uma redução no crescimento e na formação de ramos diminuindo o numero de 
nós produtivos. Se a deficiência hídrica ocorrer nas fases de florescimento, 
inicio da formação de legumes e posterior enchimento de grãos, os efeitos 
serão: aborto de flores, óvulos e legumes, posteriormente, sobre tamanho e 
peso de grãos (MUNDSTOK, THOMAS, 2005). 
 Além dos fatores abióticos, as pragas e plantas daninhas também 
influenciam no rendimento da cultura da soja (EMBRAPA, 2013). As plantas 
daninhas competem com a oleaginosa por recursos, como água, luz e 
nutrientes (NETO et al., 2012), cabe destacar que estas, além de interferirem 
no desenvolvimento da cultura, podem ser consideradas hospedeiras de 
pragas e doenças (VARGAS; ROMAN, 2006). 
 Num sistema de produtividade é possível observarmos que prejuízos 
expressivos são ocasionados por organismos que causam danos as plantas, 
ou ainda por outros vegetais que competem ou interferem no desenvolvimento 
vegetal da cultura. Como conseqüência tem-se que tais prejuízos acarretam 
diminuição tanto na produtividade final como na qualidade do produto 
(MACHADO, 1987). 
 Dentro deste contexto, a interferência representa uma soma de 
interações negativas entre as plantas que incluem a competição e a alelopatia. 
O termo interferência é utilizado para designar os diferentes tipos de interação 
que ocorrem entre as plantas, sendo a alelopatia a interação causada por um 
agente químico (RIZZARDI et al., 2001). 
 Segundo Rice 1984, a alelopatia foi definida inicialmente como qualquer 
efeito, prejudicialou benéfico, de uma planta ou de micro-organismos, 
mediante produtividade de aleloquímicos liberados no ambiente. Diante disto, 
estudos e trabalhos foram realizados a fim de avaliar os possíveis efeitos 
causados por restos de culturas antecessoras a outras, como no caso 
constatado por Busnello et al. (2002), em que restos culturais de aveia e 
azevém inibiram significativamente a germinação e desenvolvimento da soja 
através de seus efeitos alelopáticos. 
 As culturas antecessoras a soja utilizadas para cobertura ou para fins 
comerciais, têm a capacidade de suprimir algumas plantas daninhas pelo efeito 
físico (TREZZI; VIDAL, 2004). Entretanto, os efeitos que envolvem a liberação 
15 
 
de compostos secundários precisam ser mais bem explorados bem como o seu 
comportamento em prejudicar o desenvolvimento tanto de plantas daninhas 
como de culturas agrícolas. 
 
2.3 A CULTURA DO TRIGO 
 
 O trigo (Triticum aestivum L.) pertencente à família das Poaceae e é um 
dos cereais mais produzidos no mundo considerado como uma das espécies 
vegetais de maior importância para a alimentação humana através de sua 
composição única de proteínas que permite a fabricação de diversos produtos 
destinados ao consumo humano, tais como farinhas, bolos, biscoitos, pães e 
massas alimentícias. Portanto, a cultura do trigo destaca-se por ser um cereal 
mundialmente consumido (JOSHI et al., 2007; MAPA, 2013). 
 Além de o cereal ser uma das principais fontes para a alimentação 
humana, cabe destacar o trigo como importante fonte de alimentação animal, 
não só pela produtividade de grãos para ração, mas também para o 
fornecimento de forragem, na forma de feno, ensilagem ou naturalmente em 
pastejo, com variedades adaptadas geneticamente para cada situação. 
 Esta cultura de inverno é de extrema importância para a sustentabilidade 
de pequenas e médias propriedades da região sul do Brasil, com excelente 
adaptabilidade devido ao clima, sendo que a mesma faz parte do sistema de 
rotação/sucessão com as culturas da soja e do milho no sistema de semeadura 
direta, garantindo o fluxo econômico e a sustentabilidade da propriedade 
(GEWEHR, 2012). 
 O cultivo do trigo no inverno, indiscutivelmente, contribui para vários 
fatores relacionados ao solo, principalmente na proteção e/ou estruturação 
física e na composição química e biológica do mesmo. 
 Além de proporcionar uma boa cobertura sobre o solo após a colheita, 
os resíduos culturais do trigo passam por um lento processo de decomposição, 
isso devido a sua elevada relação C/N, auxiliando assim na ciclagem de 
nutrientes de forma mais lenta permanecendo por período prolongado sobre o 
solo. Segundo Sá et al. (2001); Séguy et al. (2006), isso se dá ao fato de o trigo 
apresentar um conteúdo de lignina maior quando comparado a outras culturas 
de inverno. 
16 
 
 Oliveira e Borszowskei (2012), concluíram em suas análises que a 
palhada da cultura do trigo apresentou-se constante durante a sua 
decomposição ao longo dos 140 dias após o manejo, sendo que a taxa de 
liberação dos nutrientes N e P foi de forma lenta e gradativa ao longo deste 
período. Outra observação relatada pelos autores foi que o elemento K contido 
nos resíduos da cultura é liberado logo após o manejo. 
 A liberação gradativa do N tem importância fundamental para o sistema, 
visto que trata-se de um elemento de alta mobilidade do solo (SÁ; 
BORSZOWSKEI, 2009). Os fatores climáticos como a precipitação e a 
temperatura alteram o fluxo do N no solo, submetendo-o a degradação por 
microrganismos ocorrendo a mineralização, onde neste caso ao longo do 
tempo possibilita maior aproveitamento do elemento pela cultura seqüente ao 
trigo (WENDLING, 2005). 
 Todos os processos responsáveis pela liberação/mineralização de 
nutrientes no solo, velocidade de decomposição da cobertura morta de 
culturas, precisam estar relacionados ao manejo adequado aplicado em cima 
de práticas promotoras da propriedade estrutural e funcional do solo, onde o 
SPD deve ser preconizado em conjunto com práticas de rotação de culturas. 
 Segundo Kliemann et al. (2006), a decomposição dos resíduos de uma 
cultura dependem da sua origem no vegetal, do volume, da fertilidade do solo, 
do sistema de manejo dos resíduos e do clima, principalmente dos fatores 
temperatura e pluviosidade. 
 
2.4 ROTAÇÃO E SUCESSÃO DE CULTURAS 
 Com o intuito de preservar a capacidade produtiva do solo e ainda 
melhorar a sua produtividade, algumas práticas são adotadas pelos produtores 
agrícolas. Entre as práticas adotadas estão a sucessão e a rotação de culturas. 
 Segundo Souza et al. (2012), a rotação de culturas consiste na 
alternância de culturas em um mesmo terreno e na mesma época do ano, 
enquanto que a sucessão de culturas refere-se a uma sequencia pré 
estabelecida de cultura dentro de um mesmo ano agrícola. Ainda os mesmos 
autores, apontam que a adoção da prática da rotação de culturas é mais 
favorável para o produtor rural, promovendo melhores características químicas, 
17 
 
fisicas e biologicas ao solo. 
 Práticas de rotação de culturas realizadas de forma bem planejada, 
podem trazer resultados positivos, tais como a redução da dependéncia de 
insumos externos, uso eficaz de recursos naturais como a água e controle de 
doenças e pragas (LIZARAZU; MONTI, 2011). 
Para Franchini et al. (2011), a rotação de culturas, juntamente com a 
cobertura permanente e o mínimo revolvimento do solo, compõe os princípios 
básicos do sistema plantio direto (SPD). A ausência dessa prática acarreta no 
surgimento de alterações de ordem química, física e biológica do solo, que 
podem comprometer a estabilidade do sistema produtivo. São destacadas as 
seguintes alterações: diminuição do teor de matéria orgânica do solo (MOS), a 
degradação da estrutura do solo, a intensificação dos processos erosivos, a 
redução da atividade e diversidade biológica, o aumento da incidência e 
severidade de pragas e doenças, e aumento da infestação de plantas 
daninhas. 
O conjunto desses problemas se reflete na instabilidade da 
produtividade das culturas e no aumento dos custos de produtividade face à 
ocorrência de estresses bióticos e abióticos. 
Em contrapartida, os benefícios da rotação de culturas proporcionam o 
aumento da diversidade biológica que contribui para a estabilidade da 
produtividade devido à ciclagem de nutrientes, à fixação biológica de N, à 
diversificação da flora de plantas daninhas, à redução na ocorrência de 
doenças, ao aumento da cobertura do solo e ao trabalho realizado pelo sistema 
radicular das espécies, reduzindo o grau de descompactação do solo em 
sistemas intensivos (FRANCHINI et al., 2011). 
Embora a rotação de culturas seja preconizada no âmbito de melhorar a 
estrutura física, química e biológica do solo, cabe ressaltar que esta prática 
encontra-se ainda com uma carência considerável, principalmente na região sul 
do Brasil, onde a principal cultura utilizada no inverno é o trigo, devido a sua 
adaptabilidade ao clima, proporcionando na maioria das situações o uso da 
sucessão trigo-soja. 
 
 
 
18 
 
2.5 SISTEMA PLANTIO DIRETO 
 Segundo Dallmeyer (2001), o sistema foi denominado de “plantio direto” 
pela Federação de Associações de Plantio Direto na Palha, por ser a 
nomenclatura popular, sendo que a operação executada é verdadeiramente 
uma semeadura. 
 O sistema de plantio direto na palha, implica em uma seqüência de 
rotação de culturas, para reciclagem de nutrientes e formação de palha, com 
revolvimento do solo apenas na linha da semeadura, causando o mínimo 
possível de interferências no solo e na palhada de cobertura, protegendo-o ao 
longo do ano (SATURNINO, 2001). 
 Para Oliveira et al. (2012), o sistema de plantio direto consiste na 
mobilização mínima do solo em todos os aspectos, tais como volume de solo 
mobilizado e grau de fragmentação. Os mesmos autores afirmam ainda que ésuficiente realizar a mobilização apenas para colocar as sementes ou partes 
vegetativas das plantas no solo, preservando os restos culturais das culturas 
anteriores na superfície. 
 A adoção do sistema de plantio direto traz inúmeras vantagens para o 
meio agrícola. Entre essas vantagens, além de economizar combustível, 
diminui os problemas de erosão e principalmente auxilia no enriquecimento da 
atividade biológica do solo em virtude da conservação da matéria orgânica 
(CAVICHIOLI, 2011). Esta prática proporciona a melhoria das propriedades 
químicas e físicas do solo, e, a conservação por períodos mais prolongados da 
água e da matéria orgânica, proporcionando condições para o aumento da 
capacidade produtiva do solo (ALVES, 1992). 
 Segundo Benez (1972), outra grande vantagem do SPD é a redução dos 
elevados níveis de compactação do solo decorrentes da freqüência das 
operações de preparo quando comparado ao sistema convencional, onde as 
passadas de trator ocorrem com mais freqüência. 
 No sistema plantio direto, com o decorrer dos anos, é comum a 
ocorrência de uma camada superficial compactada, onde dependendo do nível 
de compactação, pode influenciar no desenvolvimento desfavorável das 
plantas (ARAUJO et al., 2001). 
19 
 
 Para Benez (2002), o rompimento das camadas de solo compactado no 
SPD é permitido pela operação de semeadura, através do sistema de sulco do 
tipo haste (facão) adaptado nas semeadoras-adubadoras, entretanto, com 
sensível aumento da força de tração necessária. Tessier et al. (1989) 
descrevem que a haste sulcadora pode não ser compatível com o SPD, sendo 
que esse mecanismo mobiliza intensamente o solo, favorecendo o aumento de 
infestação de plantas daninhas na linha. 
 Segundo Silva e Resck (1997), o plantio direto aparece como tecnologia 
avançada de uso do solo, entretanto este sistema demanda maior nível de 
conhecimentos técnicos sobre planejamento de uso da terra, controle de 
plantas daninhas e precedente condicionamento físico e químico do solo. 
 Embora a conservação da palhada sobre a superfície do solo seja de 
fundamental importância para as melhorias nas condições físicas, biológicas e 
químicas do solo, para Mahl (2006) a palhada sobre a superfície do solo pode 
ser um obstáculo para as semeadoras-adubadoras. 
 
2.6 MAQUINAS UTILIZADAS 
 Para garantir a eficiência do sistema de plantio direto é necessário o uso 
da mecanização e seus componentes que possam trabalhar nas condições 
adversas da lavoura, em solos com maior resistência a penetração e presença 
de palhada, ou seja, o sucesso do SPD está diretamente relacionado ao 
desempenho das colhedoras e semeadoras-adubadoras. 
 As colhedoras exercem um papel fundamental num sistema de 
produção, além de realizarem o corte e o processo de separação dos grãos 
durante sua operação garantindo a produtividade e a qualidade final do grão, 
são responsáveis pela distribuição dos restos da cultura colhida. 
 De acordo com Alberta (1999) e Agriculture, Food and Rural 
Development (2005), a colhedora propicia uma maneira mais prática de 
manejar os resíduos da colheita, uma vez que, por meio dela, pode-se 
determinar a altura de corte, picar e espalhar a palha uniformemente na 
lavoura. 
 Segundo Alonco e Antunes (1997), alturas de corte do trigo influenciam 
no desenvolvimento vegetal da cultura do feijão. Os mesmos autores 
20 
 
confirmam em sua pesquisa que a resteva de trigo proporciona um 
sombreamento que induz a inserção de legumes nas plantas de acordo com a 
altura de corte das colhedoras. 
 É importante destacar que são raros os estudos que se referem à 
interferência de diferentes alturas de corte de uma cultura que antecede a outra 
no SPD. Assim torna-se importante a ampliação de pesquisas voltadas à esta 
área. 
 Na colheita de uma cultura que tem alta relação palha-grão é necessário 
que o picador de palhas da colhedora triture bem a palha, distribuindo-a 
uniformemente sobre a superfície do solo (PORTELLA, 1998), evitando assim a 
ocorrência de locais com acúmulo, causando problemas de embuchamento 
pela semeadora, emergência irregular de plântulas, e por outro lado, 
provocando diferenças de fertilidade no solo, áreas suscetíveis a erosão e 
emergência de plantas daninhas (LEVIN et al., 2004). 
 Para Amado et al. (2005), a semeadura é uma das operações mais 
importantes dentre as necessárias para a implantação de uma cultura, pois a 
sua eficiência de operação é avaliada pela qualidade de trabalho que 
executam. Segundo Balestreire (1990), a função básica de uma semeadora-
adubadora é dosar e colocar no solo fertilizante e sementes de forma 
desejável, onde o desempenho em geral da mesma pode influenciar 
diretamente na produtividade da cultura. 
 As semeadoras-adubadoras de plantio direto são máquinas adaptadas 
para realizarem a implantação de uma cultura sobre restos culturais onde não 
foi realizado o preparo periódico do solo anteriormente, visando a mobilização 
mínima do solo, apenas nas linhas de semeadura e conservação da presença 
de cobertura vegetal (SIQUEIRA, 2007). 
 Para Levien et al. (2001), as semeadoras utilizadas no SPD devem ser 
robustas e resistentes, possuir eficiente capacidade operacional e demandar o 
menor uso de energia. Neste sentido a semeadura direta intensificou-se após o 
início da fabricação de semeadoras-adubadoras equipadas com discos de 
corte capazes de cortar a palhada e penetrar em solos compactos (DERPSCH 
et al., 1991). 
 Segundo a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994) as 
semeadoras–adubadoras são classificadas em semeadoras de precisão e 
21 
 
semeadoras de fluxo contínuo, sendo que semeadoras de precisão distribuem 
as sementes graúdas uma a uma, em linha e intervalos regulares no sulco de 
semeadura, e, as semeadoras de fluxo contínuo, que distribuem as sementes 
miúdas de forma contínua. 
 Segundo Siqueira (2007), as semeadoras de precisão são compostas 
por chassi, sistema de acoplamento ao trator e transporte, reservatórios para 
fertilizante e sementes, sistema de acionamento e transmissão, sistemas de 
dosagem e distribuição de sementes e fertilizante, unidades de semeadura, 
unidade de corte da vegetação, abridores de sulco para fertilizante, abridores 
de sulco para sementes, sistema de controle de profundidade de sulcos para 
sementes, sistema de aterramento do sulco e sistema de compactação do solo 
sobre as sementes. 
 Independentemente do tipo, número de linhas, força de tração ou 
potência utilizada, uma semeadora-adubadora de plantio direto deve: cortar a 
palha, abrir sulco com pequena remoção de solo e palhas, dosar fertilizante e 
sementes, depositar fertilizante e sementes em profundidades adequadas, 
cobrir sementes com solo e palha e por fim compactar o solo lateralmente à 
semente (SIQUEIRA; CASÃO, 2004). 
 Para Derpsch et al. (1991) as semeadoras-adubadoras de plantio direto 
devem ser equipadas com elementos de adubação e semeadura que evitem 
embuchamentos por restos culturais possibilitando o pleno funcionamento das 
demais operações da máquina. 
 Os mecanismos da semeadora, que tem como função a abertura do 
sulco e deposição do fertilizante, devem ser amplamente estudados, pois a sua 
funcionalidade é de acordo com a região, tipo de solo, época de semeadura, 
teor de água no solo, cobertura, e cultura utilizada (PORTELLA et al., 1997). 
 Existem diversos mecanismos sulcadores que podem ser combinados 
em função do preparo de solo realizado, tipo de solo, teor de água, grau de 
compactação da camada superficial, profundidade de semeadura, velocidade e 
grau de mobilização do leito de semeadura desejado (ASAE, 1996). Segundo 
Levien (1999), as combinações mais usadas no Brasil, são os sulcadores 
discos duplos (desencontrados e/ou defasados) e os sulcadores do tipo 
haste/facão. 
22 
 
 De acordo com Casao Junior e Siqueira (2006), a utilização do 
mecanismo discoduplo na abertura de sulco provocam menos embuchamento 
durante a semeadura, porém, não possuem capacidade de penetrar em solos 
compactados, podendo favorecer o contato direto do fertilizante com a semente 
prejudicando a germinação e emergência de plântulas. Ainda os mesmos 
autores, relatam que além do uso desse sistema demandar menos potência do 
trator, promove menor revolvimento do solo, mantendo a palhada sobre o 
mesmo. 
 Ao compararem sistemas de abertura de sulco (haste e disco duplo), 
Reis et al. (2004) verificaram maior percentagem de emergência de plantas de 
milho onde foi semeado com haste. Os mesmos autores ainda recomendam o 
uso deste sistema na abertura de sulcos em solos com alto teor de argila. 
Conforme Modolo et al. (2004) a utilização do mecanismo de abertura de 
sulcos através de hastes, pode apresentar menores variações na profundidade 
média de sementes, comparando com à utilização de discos duplos. 
 Segundo Silva (2015), os sulcadores do tipo haste promovem maior 
volume de solo mobilizado e atingem maior profundidade de trabalho 
comparando com os sulcadores do tipo disco duplo. O mesmo autor 
comprovou em seu trabalho a quantidade de solo revolvido em cada 
mecanismo, sendo (117,37 m3 ha-1) no caso da haste, e (65,19 m3 ha-1) onde 
foi utilizado o disco duplo. 
 Machado et al. (1996), após avaliações, chegaram a conclusão de que 
os sulcadores do tipo haste apresentam melhores resultados em solos bem 
drenados, livres de restos vegetais, tocos ou pedras, evitando embuchamentos 
e irregularidade na abertura dos sulcos e na deposição de sementes e adubo. 
Os discos duplos adaptam-se bem a terrenos mais pesados e que apresentem 
grande quantidade de cobertura vegetal, com um pequeno esforço de tração e 
desgaste, comparado com o sistema anterior, que necessita de maior força de 
tração do trator. 
 Avaliando a condição física do solo com diferentes tipos de mecanismos 
sulcadores, Mello, Takahashi e Yano (2002), mostraram que a haste 
apresentou maior capacidade de romper o solo na linha de semeadura, 
reduzindo a densidade e resistência à penetração, aumento na 
macroporosidade do solo e um aumento de 11,3% na produtividade do milho, 
23 
 
em relação ao mecanismo sulcador tipo disco duplo. Para tanto, em condições 
de deficiência hídrica durante o ciclo da cultura da soja, o desenvolvimento 
radicular da planta pode ser prejudicado quando for utilizado o disco duplo no 
sistema de sulco, alterando o potencial de produtividade da cultura. 
 Vários são os fatores que determinam a qualidade de uma semeadura, 
além de os mecanismos serem adequados para cada situação é relevante 
levar em conta as condições em que o solo se encontra na hora do trabalho. 
 Para Araújo, Casao Junior e Siqueira (2001), as condições ideais do solo 
para realização da semeadura é quando o mesmo encontra-se no estado de 
consistência friável, ou seja, quando os agregados são facilmente rompidos em 
frações menores e ao comprimir entre os dedos não ocorre a aderência do 
mesmo. Segundo Casao Junior et al. (1998), na condição friável ocorre a 
melhor interação entre o solo e a máquina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 O trabalho foi realizado no perído compreendido entre os meses de 
novembro de 2016 e abril de 2017, em área de 4 ha cedida pelo Sr. Quiliano 
Rauber, localizada no município de Salvador das Missões, situada na região 
noroeste do estado do Rio Grande do Sul (latitude 28° 07’ 44,19” S,54° 49’ 
50,32” O e altitude de 245 metros). 
 Ésta área é cultivada pelo produtor a cerca de 4 anos, onde o mesmo 
trabalhou com o SPD durante todos os anos, em uma sucessão de culturas 
(trigo e soja). 
 De acordo com a classificação de Koppen-Geiger, o clima da região é 
caracterizado como subtropical úmido. O solo pertence a Unidade de 
Mapeamento Santo Ângelo e é classificado como Latossolo Vermelho 
(EMBRAPA, 2006). 
 Para se ter conhecimento das condições meteorológicas durante o 
periodo de execução do experimento, foram coletados dados meteorológicos 
na Estação Meteorológica da UFFS/Campus Cerro Largo, localizada a cerca de 
7,3 km do local do experimento. 
 
3.1 MANEJO DA CULTURA DO TRIGO 
 
 A semeadura direta do trigo foi realizada pelo agricultor, com 
espaçamento entre linhas de 0,17 m, com uma deposição de sementes 
aproximada em 80 sementes por metro linear totalizando uma população 
aproximada de 4.700.000 plantas por hectare. 
 A utilização de fertilizantes e defensivos químicos, antes, durante e após 
a semeadura do trigo, foi realizado de acordo com as recomendações técnicas 
para a cultura, sendo que a produtividade média do cereal foi de 3.480 kg ha-1. 
 
3.2 TRATAMENTOS E IMPLANTAÇÃO DO EXPERIMENTO 
 
 As parcelas foram demarcadas na região central da área, onde as 
mesmas foram divididas em tamanhos uniformes e distribuídas em um 
delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC). Os tratamentos 
 
foram compostos de 2 tipos de sulcadores 
disco duplo - parcela principal) e
subparcela), em esquema bifatorial, com
experimentais. 
 A distribuição das parcelas foi
divididas em 4 fileiras, onde
cada parcela tem 6 m de largura por 6
experimento ficou um espaço de 3
aplicação de defensivos químicos 
visualizado na Figura 1. 
 
Figura 1 - Distribuição das parcelas em que A1, A2 e A3 representa, 
respectivamente, as alturas de corte médias do trigo em 5 cm, 15 cm e 30 cm.
Fonte: Elaborado pelo autor, (2017
 
 
3.3 COLHEITA DO TRIGO
 
 A colheita do trigo foi
uma colhedora NEW HOLLAND modelo TC57 
de corte com largura de 19 pés
colhido em três diferentes alturas da superfície do solo
foram compostos de 2 tipos de sulcadores na semeadura da soja (
parcela principal) e 3 alturas de corte do trigo (5, 15 e 30 cm 
subparcela), em esquema bifatorial, com 4 repetições, totalizando 24 
distribuição das parcelas foi direcionada no sentido norte 
iras, onde cada uma foi subdividida em 6 parcelas
m de largura por 6 m de comprimento. Na parte central d
um espaço de 3 m objetivando facilitar o trânsito 
ivos químicos sobre a cultura da soja, conforme pode ser 
 
Distribuição das parcelas em que A1, A2 e A3 representa, 
respectivamente, as alturas de corte médias do trigo em 5 cm, 15 cm e 30 cm.
nte: Elaborado pelo autor, (2017). 
3.3 COLHEITA DO TRIGO 
A colheita do trigo foi realizada no dia 03 de novembro de 2016, 
NEW HOLLAND modelo TC57 equipada com uma
com largura de 19 pés (aproximadamente 5,79 m), onde o trigo foi
colhido em três diferentes alturas da superfície do solo, conforme a 
25 
ra da soja (Haste e 
5, 15 e 30 cm - 
, totalizando 24 unidades 
direcionada no sentido norte – sul, 
dividida em 6 parcelas, sendo que 
parte central do 
facilitar o trânsito do trator na 
, conforme pode ser 
Distribuição das parcelas em que A1, A2 e A3 representa, 
respectivamente, as alturas de corte médias do trigo em 5 cm, 15 cm e 30 cm. 
 
no dia 03 de novembro de 2016, com 
uma plataforma 
onde o trigo foi 
, conforme a Figura 2. 
 
 
Figura 2 – Alturas de corte do trigo
solo (A1), 15 cm (A2) e 30 cm (A3) aproximadamente.
Fonte: Elaborado pelo autor, (2017).
 
 A primeira altura de corte utilizada deixou
média aproximada de 5 cm (A1). Na segunda, as hastes ficaram com altura 
média de 15 cm (A2). No ultimo tratamento, o trigo foi colhido deixando hastes 
com altura média de 30 cm. 
distribuição da palha foram mantidos de forma homogenea em todas as 
parcelas. 
 
3.4 SEMEADURA DA SOJA
 
 No dia seguinte, 
soja utilizando uma semeadora KF modelo 9050 equipada com 9 linhas com 
espaçamento entre-linhas de 0,45 m
modelo 880. 
 Os sistemas sulcador
sulco e deposição de ferti
ferro (facão), equipado com uma ponteira
do tipo disco duplo, equipado com suporte 
observáveis na Figura 3.
 
Alturas de corte do trigo após a colheita, com 5 cm da superfície do 
solo (A1), 15 cm (A2)e 30 cm (A3) aproximadamente. 
Fonte: Elaborado pelo autor, (2017). 
altura de corte utilizada deixou hastes de trigo c
média aproximada de 5 cm (A1). Na segunda, as hastes ficaram com altura 
o ultimo tratamento, o trigo foi colhido deixando hastes 
com altura média de 30 cm. A velocidade de operaçãoda colhedora 
distribuição da palha foram mantidos de forma homogenea em todas as 
3.4 SEMEADURA DA SOJA 
 em 04/11/2016, foi realizada a semeadura direta
soja utilizando uma semeadora KF modelo 9050 equipada com 9 linhas com 
linhas de 0,45 m, acoplada em um trator da marca Valmet 
sulcadores da semeadora, responsáveis pela abertura do 
de fertilizantes, utilizados foram: sulcador do tipo haste de 
, equipado com uma ponteira na ponta, e o mecanismo
co duplo, equipado com suporte e dois discos iguais
. 
26 
após a colheita, com 5 cm da superfície do 
 
hastes de trigo com uma altura 
média aproximada de 5 cm (A1). Na segunda, as hastes ficaram com altura 
o ultimo tratamento, o trigo foi colhido deixando hastes 
da colhedora e 
distribuição da palha foram mantidos de forma homogenea em todas as 
a semeadura direta da 
soja utilizando uma semeadora KF modelo 9050 equipada com 9 linhas com 
, acoplada em um trator da marca Valmet 
eis pela abertura do 
sulcador do tipo haste de 
na ponta, e o mecanismo de sulco 
iguais lado a lado, 
 
Figura 3 – Mecanismos
tipo haste/facão. (B) Sulcador tipo disco duplo.
Fonte: Elaborado pelo autor, (2017
 
 A variedade de soja utilizada foi a BRASMAX 
As sementes foram tratadas com fungicida Tiofanato Metílico + Fluazinam, 
fungicida/inseticida Piraclostrobina + Tiofanato Metílico + Fipronil, conforme 
recomendação dos fabricantes.
 A semeadura foi realizada
ralização de tal (ARAUJO et al
de 288.889 sementes por hectare, sendo que a profundidade de deposição da 
semente foi em média de 5
ha-1 (NPK) da fórmula comercial 2
 O controle de plantas espontâneas foi realizada 
após a semeadura da soja, 
na dose de 2,5 L p.c. ha-
 O manejo de pragas e doenças foi realizado durante todo o período de 
condução do experimento, 
as aplicações foram feitas pelo produtor transitando com o trator e pulverizador 
no corredor entre as parcelas.
 
3.5 AVALIAÇÕES 
 
 Todas as avaliações experimentais deste trabalho foram
Mecanismos sulcadores da semeadora adubadora. 
B) Sulcador tipo disco duplo. 
nte: Elaborado pelo autor, (2017). 
e soja utilizada foi a BRASMAX PONTA 7166RSF IPRO
s sementes foram tratadas com fungicida Tiofanato Metílico + Fluazinam, 
fungicida/inseticida Piraclostrobina + Tiofanato Metílico + Fipronil, conforme 
recomendação dos fabricantes. 
a foi realizada com a condição do solo friável, ideal para a 
ARAUJO et al., 2001). A densidade de sementes 
288.889 sementes por hectare, sendo que a profundidade de deposição da 
ente foi em média de 5 cm. A adubação de base foi composta de 300 kg 
da fórmula comercial 2-20-20. 
O controle de plantas espontâneas foi realizada pelo produtor 
após a semeadura da soja, através da aplicação do herbicida glifosato 480 
-1, conforme recomendação do fabricante.
O manejo de pragas e doenças foi realizado durante todo o período de 
condução do experimento, de acordo com as recomendações da cultura, 
as aplicações foram feitas pelo produtor transitando com o trator e pulverizador 
no corredor entre as parcelas. 
Todas as avaliações experimentais deste trabalho foram
27 
sulcadores da semeadora adubadora. (A) Sulcador 
 
PONTA 7166RSF IPRO. 
s sementes foram tratadas com fungicida Tiofanato Metílico + Fluazinam, 
fungicida/inseticida Piraclostrobina + Tiofanato Metílico + Fipronil, conforme 
friável, ideal para a 
). A densidade de sementes utilizada foi 
288.889 sementes por hectare, sendo que a profundidade de deposição da 
cm. A adubação de base foi composta de 300 kg 
pelo produtor 15 dias 
glifosato 480 g l-1, 
, conforme recomendação do fabricante. 
O manejo de pragas e doenças foi realizado durante todo o período de 
de acordo com as recomendações da cultura, onde 
as aplicações foram feitas pelo produtor transitando com o trator e pulverizador 
Todas as avaliações experimentais deste trabalho foram realizadas 
28 
 
apenas durante a fase final de desenvolvimento da cultura da soja. 
 A área total do experimento foi de 864 m², com unidades experimentais 
de 24,3 m², sendo cada uma constituída por 9 linhas com espaçamento de 0,45 
m e 6 m de comprimento. Considerou-se área útil de cada unidade 
experimental as 3 linhas centrais,desprezando-se 1,35 m nas extremidades de 
cada linha e com localização no centro de cada parcela, perfazendo uma área 
útil por parcela de 2 m². 
 Destacando-se que cada área útil de cada parcela foi de 1,48 m de 
comprimento, compostas por três linhas de soja, onde foram selecionadas 
aleatoriamente 12 plantas da linha central, que foram submetidasàs seguintes 
avaliações: estatura da planta, altura de inserção do primeiro legume e número 
de legumes e grãos por planta. As demais avaliações tais como, estande final 
de plantas e produtividade foram realizadas em toda a área útil de cada 
parcela. 
 No momento da colheita, em 02/04/2017, foi efetuada a contagem de 
todas as plantas da área útil de cada parcela. 
 A estatura média das plantas foi medida no final do ciclo da cultura, 
medindo-se a distância entre a superfície do solo e o ápice do caule de 12 
plantas da linha central da área útil de cada parcela experimental. 
 A altura média da inserção do primeiro legume foi determinada no final 
do ciclo da cultura, medindo-se a distância compreendida entre a superfície do 
solo e a inserção do primeiro legume presente na planta, avaliando-se 12 
plantas da linha central da área útil de cada parcela. 
 O número médio de grãos por planta foi obtido pela relação entre o 
número de legumes de cada planta e grãos por vagem, avaliando-se 12 plantas 
da linha central da área útil de cada parcela. 
 A produtividade final foi avaliada sobre a área útil de cada parcela com 
os tratamentos. 
 As amostras foram retiradas da área experimental e levadas para o 
Campus Cerro Largoda UFFS, onde utilizou-se o trator e debulhador da 
instituição a fim de apurar a produtividade de grãos de cada tratamento. 
 As amostras de cada tratamento foram pesadas e submetidas ao teste 
de umidade na unidade da COOPEROQUE (Cooperativa Mista São Roque), 
localizada na Vila Catarina, Salvador das Missões – RS. Após isto, a umidade 
29 
 
de cada amostra foi corrigida para 13%. 
 Os dados obtidos a partir da avaliação de cada uma das variáveis foram 
submetidos a análise de variância (ANOVA). As médias foram comparadas por 
meio do teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro, e quando necessário, 
realizou-se análise de regressão nos tratamentos quantitativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS NO PERÍODO EXPERIMENTAL 
 
 O período experimental teve uma duração de 148 dias, ou seja, do dia 
04/11/2016 ao dia 02/04/2017. Neste intervalo temporal, as condições 
meteorológicas observadas foram de elevados índices de precipitação e 
temperatura média de 24,5ºC (Figura 4), sendo estas favoráveis ao 
desenvolvimento vegetal durante todo o ciclo da cultura. O total de chuva 
acumulada durante este período foi de 1.206 mm (266 % a mais), sendo este, 
um volume considerado elevado quando comparado aos dados normais do 
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que apontam um volume médio de 
452 mm de chuvas na região, no mesmo período. 
 
Figura 4 - Dados diários de chuva e temperatura média do ar na estação 
meteorológica da UFFS Cerro Largo durante o período experimental, de 
04/11/2016 até 02/04/2017. 
 
 Fonte: Elaborado pelo autor, (2017). 
 
4.2 ESTANDE FINAL DE PLANTAS 
 
 Os resultados das análises para avaliação do estande final de plantas, 
demonstraramque não houve diferença significativa em relação às médias 
comparadas entre as diferentes alturas de corte do trigo. Estes índices 
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
15
18
21
24
27
30
C
hu
va
 (
m
m
)
T
em
pe
ra
tu
ra
 d
o 
ar
 (
°C
)
Datas (dia/mês)
Chuva Temperatura do ar
31 
 
demonstraram ainda que o efeito de diferentes níveis de altura de corte do trigo 
não dependeu do nível de sistema sulcador presente, ou seja, não existe uma 
interação estatisticamente significativa entre alturas de corte do trigo e 
sistemas de semeadura da soja. 
Já na avaliação do estande final de plantas em relação aos sistemas 
sulcadores utilizados na semeadura da soja, observou–se que as médias da 
população de plantas de soja apresentaram diferença estatísticamente 
significante, como pode ser visualizado na Figura 5. 
 
Figura 5 – Estande de plantas de soja em relação às alturas de corte do trigo e 
sistemas sulcadores (Haste e Disco duplo) utilizados na semeadura da soja. 
 
Fonte: Diego André Goldschmidt. 
 
 Esta úlima análise permite concluir que a população de plantas de soja 
foi maior onde foi utilizado o sistema de plantio com haste em relação a 
população de plantas de soja onde foi utilizado o sistema de disco-duplo nas 
três alturas de corte do trigo. Percebe-se, a partir dessa comparação, que a 
diferença entre as médias do estande de plantas, nos diferentes sistemas de 
semeadura, pode ter ocorrido em razão do contato que as sementes tiveram 
com o solo após a semeadura. Neste sentido, Casao Junior e Siqueira (2006), 
afirmam que o sistema de disco-duplo não possui capacidade de penetrar em 
solos compactados, quando comparados à haste sulcadora, podendo favorecer 
o contato direto do fertilizante com a semente prejudicando a germinação e 
y = -2460,5x + 263092
R² = 0,8686
y = -72,368x + 259539
R² = 0,0132
150000
170000
190000
210000
230000
250000
270000
290000
0 5 10 15 20 25 30 35
E
st
a
n
d
e
 d
e
 p
la
n
ta
s 
h
a
-¹
Altura de corte (cm)
Disco
Haste
32 
 
emergência de plântulas. Ainda os mesmos autores destacam que esse 
sistema de sulco promove menor revolvimento do solo, mantendo a palhada 
sobre o mesmo. 
 Ainda, de acordo com estudos realizados por Trezzi e Vidal (2004), as 
culturas antecessoras a soja utilizadas para cobertura ou para fins comerciais, 
têm a capacidade de suprimir algumas plantas daninhas pelo efeito físico. Por 
tanto, o processo de germinação da semente de soja pode ser prejudicado com 
a presença da cobertura de restos culturais antecessores. 
 
4.3 ESTATURA DAS PLANTAS DE SOJA 
 
 No que se refere à estatura das plantas de soja, quando observadas as 
médias comparadas entre os níveis de altura de corte do trigo e sistemas de 
semeadura, percebe-se, conforme os resultados apresentados na Figura 6, 
que não houve diferença estatisticamente significante em relação aos 
tratamentos utilizados. 
 
Figura 6 – Médias de estatura das plantas de soja nos tratamentos com as três 
alturas de corte (5, 15 e 30 cm) e dois tipos de sulcadores (haste e disco 
duplo). 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, (2017). 
 
 É importante ressaltar que o desenvolvimento das plantas de soja, em 
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
5 15 30
E
st
a
tu
ra
 d
a
 s
o
ja
 (
cm
)
Altura de corte (cm)
Haste Disco
33 
 
todas as parcelas e tratamentos, foram favorecidos pelas chuvas que 
ocorreram em todo o período de desenvolvimento vegetal e reprodutivo da 
cultura, podendo-se associar este fato à uniformidade das estruturas das 
plantas na grande maioria das pacelas. 
 Ainda cabe destacar que, de acordo com Câmara (2000), a 
homogenidade na altura da população de plantas da cultura da soja é 
determinada pela distribuição espacial e pelo desenvolvimento uniforme das 
plantas durante todo o seu ciclo vegetativo, interagindo com o ambiente que se 
encontra. 
 
4.4 ALTURA DO PRIMEIRO LEGUME 
 
 Tendo em consideração a altura de inserção do primeiro legume, 
observou-se que a diferença dos valores médios entre os níveis de alturas de 
corte do trigo não foi suficientemente grande para ser estatísticamente 
significante, como pode ser visto na Figura 7. 
Ainda, conforme demonstrado na Figura 7, na análise realizada quanto à 
altura da inserção do primeiro legume em relação aos diferentes níveis de 
sistemas de sulco na semeadura, averiguou-se que a diferença dos valores 
médios foi maior do que seria esperado por chance depois de permitir os 
efeitos das diferenças nas alturas de corte do trigo, refletindo em uma diferença 
estatisticamente significante. 
 O efeito de diferentes níveis de altura de corte do trigo não depende 
do nível de sistemas de semeadura presente, ou seja, não existe uma 
interação estatisticamente significativa entre os tratamentos. 
34 
 
Figura 7 – Altura média de inserção do primeiro legume em relação às alturas 
de corte do trigo e sistemas de semeadura da soja. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, (2017). 
 
 Percebe-se nesse trabalho que os resultados médios da altura de 
inserção do primeiro legume na planta de soja, em relação às alturas de corte 
do trigo, apresentara-se diferentes em relação dos resultados apresentados por 
Alonco e Antunes (1997). Os autores realizaram uma pesquisa direcionada à 
cultura do feijão, onde concluíram que alturas de corte do trigo influenciam no 
desenvolvimento vegetal da cultura do feijão. Os mesmos autores, confirmam 
em sua pesquisa que a resteva do trigo proporcionou um sombreamento que 
induziu a inserção de legumes nas plantas de acordo com a altura de corte das 
colhedoras, utilizadas. 
 Através deste comparativo, pode-se concluir que o aumento médio da 
altura de inserção da primeira vagem na planta de soja, nas parcelas onde foi 
utilizado o sistema de haste sulcadora, comparada ao disco-duplo, pode ter 
relação com o estande de plantas nos diferentes tratamentos das parcelas, 
pois, segundo Gaudêncio et al. (1990), a população de plantas é um fator que 
determina um perfeito arranjo das plantas de soja, pois influencia na inserção 
de legumes e no desenvolvimento vegetal das plantas. 
 
 
 
 
y = 0,0531x + 24,494
R² = 0,7994
y = 0,0674x + 26,401
R² = 0,2147
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
0 5 10 15 20 25 30 35
A
lt
u
ra
 p
ri
m
e
ir
a
 v
a
g
e
m
 (
cm
)
Altura de corte (cm)
Haste
Disco
35 
 
4.5 NUMERO DE GRÃOS POR PLANTA 
 
 Referente ao número de grãos por planta, quando médias comparadas 
entre os níveis de altura de corte do trigo e sistemas de semeadura, percebeu-
se, conforme os resultados apresentados na Figura 8, que as diferenças não 
foram estatisticamente significantes em relação aos tratamentos utilizados. 
 
 
Figura 8 – Número médio de grãos por planta em relação às alturas de corte 
do trigo e sistemas de semeadura da soja. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, (2017). 
 
 Conforme o estudo apontou, o número médio de grãos por legume de 
uma mesma planta de soja não apresentou diferença representativa dentro de 
uma população de plantas quando comparadas, sendo esta uma característica 
genética de cada cultivar. 
 Os valores médios, quanto ao número de legumes e grãos por planta, 
podem diferenciar dentro da cadeia produtiva da cultura de soja, pois essas 
características dependem da distribuição espacial da população de plantas 
dentro do sistema produtivo, influenciando no número de ramificações e de 
legumes, bem como, pode modificar a produtividade da cultura (LAM-
SANCHEZ; VELOSO, 1974). 
 
 
200
210
220
230
240
250
260
5 15 30
G
rã
o
s 
p
la
n
ta
-¹
Altura de corte (cm)
Disco Haste
36 
 
4.6 PRODUTIVIDADE 
 
 No que diz respeito à produtividade da soja, não observou-se diferença 
significativa entre as médias, em relação às diferentes alturas de corte do trigo 
e sistemas de sulco na semeadura da soja. Observa-se na Figura 9, que as 
médias de produtividadeapresentaram diferentes comportamentos nos 
tratamentos. Percebeu-se ainda, que a produtividade da soja diminuiu 
conforme o aumento da altura de corte do trigo, assim como o uso do sistema 
disco-duplo para a abertura do sulco e deposição do fertilizante também 
influenciou na redução de produtividade em todos os tratamentos quando 
comparado ao sistema sulcador do tipo haste. Porém, mesmo esses valores 
médios de produtividade terem diferido entre tratamentos, tal diferença não foi 
estatisticamente significativa. 
 
Figura 9 – Produtividade média em ralação às diferentes alturas de corte do 
trigo e sistemas de semeadura da soja. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, (2017). 
 
 Os resultados que apresentaram menor produtividade média no sistema 
de semeadura com o uso de disco-duplo no sulco podem estar relacionados 
aos resultados referentes ao estande final de plantas da soja, conforme visto 
anteriormente na Figura 5, onde ocorreu uma expressiva diferença da média 
populacional quando comparado ao sistema sulcador tipo haste. 
 Ainda, em relação a queda de produtividade conforme aumento da altura 
57,0
60,0
63,0
66,0
69,0
72,0
75,0
78,0
81,0
84,0
87,0
90,0
5 15 30
P
ro
d
u
ti
v
id
a
d
e
 (
sc
 h
a
-1
)
Altura de corte (cm)
Disco
Haste
37 
 
de corte do trigo, podemos destacar que os ramos de trigo, bem como os 
demais restos culturais que permanecem por um período prolongado após a 
colheita, podem causar algum dano físico ao desenvolvimento inicial da cultura 
da soja. Colaborando com esta conclusão, Machado (1987) afirma que 
prejuízos expressivos na produtividade podem ser ocasionados por organismos 
que causam danos às plantas, interferindo no desenvolvimento vegetal da 
cultura. Como consequência, tem-se que tais prejuízos acarretam a diminuição 
tanto na produtividade final como na qualidade do produto. 
 A diferença na produtividade final nos diferentes tratamentos se reflete 
nas demais diferenças representativas que ocorreram em certas avaliações 
demosnstradas neste trabalho, sendo essas: estande de plantas, altura média 
de inserção do primeiro legume e número médio de grãos por planta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
5 CONCIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Assim, concluídas as análises, pode-se afirmar que as alturas de corte 
do trigo não interferiram significativamente nas características produtivas desta 
cultivar de soja. 
 Constatou-se que o sistema de sulco disco-duplo influencia no 
desenvolvimento inicial proporcionando menor população de plantas de soja 
quando comparado ao sistema tipo haste. Além disso, a altura média de 
inserção da do primeiro legume foi maior no sistema disco-duplo em relação 
ao sistem tipo haste. 
É importante salientar que, em virtude das elevadas precipitações que 
ocorreram durante a execução do projeto, é possível que alguns resultados 
tenham sido influenciados, pois as plantas de soja tiveram um crescimento 
acima do normal da cultivar, o que pode ter influenciado na altura de inserssão 
dos primeiros legumes das plantas e o acamamento das plantas depois da fase 
de enchimento de grãos da cultura, podendo ainda ter prejudicado na 
produtividade característica da cultivar. 
 Cabe destacar que é importante que se façam novos experimentos ao 
longo de safras, utilizando diferentes cultivares, para que se evidencie os 
resultados com maior precisão, auxiliando nas melhorias de práticas de manejo 
que se fazem importantes para o pleno desenvolvimento da cultura da soja, 
proporcionando maior produtividade e rentabilidade aos produtores. 
 
 
39 
 
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