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INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS MURICI ARESTIDES ALVES LINS MÁRIO ANDRÉ SILVA DOS SANTOS RILDO RAFAEL DA SILVA MARINHO WESLLEY VINICIUS DE OLIVEIRA DO NASCIMENTO Culturas do feijão-comum (Phaesolus vulgaris L.), feijão-de-corda (Vigna unguiculata L.) e feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) Murici-AL 2020 Culturas do feijão-comum (Phaesolus vulgaris L.), feijão-de-corda (Vigna unguiculata L.) e feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) Trabalho solicitado pelo Prof. Dr. José Pedro da Silva, como parte das exigências para a obtenção de nota na disciplina de Culturas Regionais. Murici, 29 de junho de 2020. Murici – AL 2020 Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4 2. PANORAMA ECONÔMICO ............................................................................................................... 5 2.1 Importância para a agroecologia e agricultura familiar ................................................... 6 3. ZONEAMENTO AGRÍCOLA ............................................................................................................... 6 4. ECOFISIOLOGIA ................................................................................................................................ 6 5. MANEJO DO SOLO ........................................................................................................................... 8 5.1 Preparo do solo ............................................................................................................................ 8 5.2 Calagem ........................................................................................................................................ 8 5.3 Adubação Orgânica..................................................................................................................... 9 5.4 Adubação Mineral ....................................................................................................................... 9 6. CULTIVARES ..................................................................................................................................... 9 7. PLANTIO......................................................................................................................................... 10 7.1 Densidade e Espaçamento ........................................................................................................ 10 7.2 Sistemas de Consórcio ............................................................................................................... 11 7.3 Feijão em Sistemas Rotacionados ............................................................................................ 11 8. IRRIGAÇÃO..................................................................................................................................... 12 9. MANEJO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS ........................................................................................... 12 10. MANEJO FITOSSANITÁRIO ......................................................................................................... 14 10.1 Manejo de Pragas .................................................................................................................... 14 10.2 Manejo de Doenças.................................................................................................................. 16 10.2.1 Doenças Fúngicas ............................................................................................................. 16 10.2.2 Doenças Bacterianas ........................................................................................................ 18 11. COLHEITA E PÓS-COLHEITA ............................................................................................................. 19 11.1 Colheita Manual ...................................................................................................................... 19 11.2 Colheita Semi-Mecanizada ..................................................................................................... 19 11.3 Colheita Mecanizada ............................................................................................................... 19 11.4 Pós-Colheita ............................................................................................................................. 20 12. COEFICIENTES TÉCNICOS ................................................................................................................. 21 13. Referências ...................................................................................................................................... 22 1. INTRODUÇÃO A família Fabaceae, uma das maiores entre as dicotiledôneas, conta com 643 gêneros e18.000 espécies distribuídas em todo o mundo, estando concentrada nas regiões tropicais e subtropicais (Broughton et al., 2003). O feijão comum (Phaseolus vulgaris), é um dos produtos básicos da alimentação da população brasileira, sendo a principal leguminosa fonte de proteínas, fazendo parte da dieta diária das classes socioeconomicamente menos favorecidas (ANTUNES et al., 1995). De acordo com Carneiro (2002), o feijoeiro é cultivado de norte a sul do país, submetido às mais variadas condições edafoclimáticas, épocas e sistemas de cultivo. Como aponta Singh (1991), o feijoeiro apresenta grande variabilidade morfológica, que vai desde a forma de crescimento até ao tamanho das folhas, das flores, das vagens e tamanho e cor das sementes, permitindo, assim, separar as formas selvagens das cultivadas. Assim como o feijão comum, o feijão-de-corda (Vigna unguiculata) é de extrema importância, tanto como alimento, quanto para o sustento de diversas famílias no Brasil, sendo consumido principalmente no norte e nordeste do Brasil. A produção de feijão-de-corda no Brasil ocorre especialmente em primeira e segunda safra nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (EMBRAPA MEIO-NORTE, 2016). No Brasil, apesar de cultivada em todos os Estados e de apresentar capacidade de adaptação mais ampla que o feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.), o cultivo do feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) ainda tem pouca relevância. Acredita-se que as principais razões para o cultivo relativamente limitado, sejam: a maior tradição de consumo do feijão-comum, o paladar do feijão-fava e o seu tempo de cocção mais longo. A importância econômica e social se deve principalmente à sua rusticidade em regiões semi-áridas do Nordeste brasileiro, o que possibilita prolongar a colheita em período seco (Azevedo et al., 2003). 2. PANORAMA ECONÔMICO Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020) a estimativa de janeiro de 2020 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas alcançou 246,7 milhões de toneladas, 2,2% superior à obtida em 2019 (241,5 milhões de toneladas). Dentre as culturas desse grupo, o feijão ocupa a 7ª posição em quantidade produzida, com 3.039.651 t/ano em 2019 e uma estimativa de 3,1 toneladas em 2020, um aumento de aproximadamente 4,6%. Apesar de um aumento de 0,7% na área plantada, o aumento na produção deve-se principalmente ao aumento no rendimento médio da cultura, que cresceu 3,9% em relação ao ano anterior. Já para o feijão-de-corda, ou feijão-caupi, inexistem estatísticas oficiais de produção no Brasil, porém a Embrapa Arroz e Feijão tem disponibilizado estimativas, não oficiais, da produção anual dessa leguminosa. Estima-se que em 2014 a produção anual em território brasileiro foi de 482.665 toneladas colhidas em 1.202.491 hectares. Vale ressaltar que nessas estimativas,não há a participação dos estados do Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins, apesar de ser de conhecimento geral que há produção da leguminosa nessas localidades. O Nordeste destaca-se na produção do mesmo, porém, é notável a influência do emprego de tecnologias adequadas no sistema de produção da cultura quando analisamos os dados de produtividade do estado do Mato Grosso, que, apesar de não possuir a maior área plantada, atinge a maior produção, em contraste com os estados do Ceará e Piauí que mesmo possuindo grandes áreas plantadas, possuem baixas produtividades em decorrência das irregularidades pluviométricas, baixo nível tecnológico empregado, etc. (EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO, 2014). Assim como o feijão-de-corda, inexistem dados oficiais da produção de feijão-fava no Brasil, apesar de cultivado em todos os Estados da federação e contar com um alto potencial produtivo devido à sua alta resistência à estresses hídricos e nutricionais. Apesar da falta de dados oficiais recentes da produção de fava, segundo dados de 2001 o Brasil possuía uma área plantada de aproximadamente 25.000 há, com uma produção de 7.800 t e um valor médio de R$ 0,86/kg (PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL, 2001). Acredita-se que a baixa produção dessa leguminosa deve-se à maior tradição de consumo do feijão comum e seu tempo de cocção mais longo quando comparado à outras leguminosas semelhantes (GUIMARÃES, 2007). 2.1 Importância para a agroecologia e agricultura familiar Como apontado pelo censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017), a cultura do feijão foi produzida por 315.323 propriedades, sendo 80% delas (254.083) classificadas como agricultura familiar. Com uma área colhida de aproximadamente 214.000 ha e um valor estimado de 317 milhões de reais. Já a cultura do feijão-caupi era plantada em 932.947 propriedades, também com 80% (755.150) sendo classificadas como propriedades da agricultura familiar, obtendo uma área colhida de 575.351 ha e com a produção estimada em 345 milhões de reais. Mesmo com os baixos investimentos do governo federal na agricultura familiar, é possível notar a importância desse setor da sociedade para o sustento e abastecimento da população brasileira. Quanto ao panorama agroecológico, até o momento dessa publicação, não há dados de estabelecimentos, produção e área plantada em sistemas agroecológicos, limitando-se os dados à agricultura orgânica (vale ressaltar que todo sistema agroecológico é orgânico, mas nem todo sistema orgânico é agroecológico), sendo assim, dos 5.175.636 estabelecimentos com menos de 400 ha, 4.082.926 fazem parte do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), onde 68.408 praticam agricultura orgânica e 24.594 produzem lavouras temporárias. 3. ZONEAMENTO AGRÍCOLA Segundo o indicador do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a safra 2018/2019, a época ideal para o plantio de feijão com 20% de risco no estado de Sergipe (não há dados para o estado de Alagoas) é o período de 01/04 a 30/06, equivalente ao início da quadra chuvosa da costa leste nordestina, com a cultura se adaptando melhor a condições com temperaturas mais amenas e uma precipitação mensal média de 100mm no período de plantio e crescimento da cultura. 4. ECOFISIOLOGIA De acordo com Westphalen & Bergamaschi (1979), a temperatura exerce um peso maior na delimitação das épocas de semeadura para o feijoeiro, por ser um fator de menor variação. As épocas de semeaduras são ajustadas às condições do agroclima, levando em conta o ritmo vegetativo da cultura e seus estádios fenológicos, procurando-se o máximo aproveitamento das disponibilidades térmicas, visando a obtenção de mais altos rendimentos de grãos. Se temperaturas muito baixas ocorrerem logo após o período de semeadura do feijão, a germinação pode ser comprometida, diminuindo a população de plantas emergidas e refletindo na produtividade final (PEREIRA et al., 2014). O aumento da temperatura máxima do ar, acima de 28,0°C durante a floração, também o rendimento de grãos do feijoeiro. Altas temperaturas exercem maior influência no desenvolvimento de sementes e estruturas florais, entre outros processos fisiológicos danificados por este fator climático. Na presença de temperaturas muito elevadas, a planta começa o processo de abscisão dos órgãos reprodutivos, sendo que em temperaturas acima de 35ºC praticamente não há formação de vagens, comprometendo significativamente a produção final (PEREIRA et al., 2014). Para a escolha da época de semeadura deve-se levar em consideração que o período de floração não coincida com períodos de temperaturas superior a 28,0°C e com deficiência hídrica (PEREIRA et al., 2014). Além da temperatura, água é uma componente chave para o desenvolvimento de qualquer cultura, pois é responsável pelos processos básicos como fotossíntese, translocação de nutrientes e fotoassimilados, bem como na respiração e transpiração (PEREIRA, 2014). Desta maneira, o feijoeiro requer uma quantidade de água no solo que seja suficiente para o seu desenvolvimento e manutenção, sobretudo nas etapas mais fundamentais como germinação, emergência, floração e enchimento de grãos. A produção final pode ser comprometida logo nos primeiros dias caso ocorra falta de água nas fases inicias do desenvolvimento do vegetal, seguida de um período relativamente longo de estiagem. Estas condições afetarão sobretudo a fase de floração, consequentemente resultando em menor número de vagens e número de grãos por vagem (PEREIRA, 2014). Quando o déficit hídrico é sentido no período entre a semeadura e a emissão do quarto trifólio, visualmente percebe-se diminuição no número de plantas, acarretando menor produção de grãos. Quando o feijoeiro é submetido a deficiência de água no solo nos primeiros 20 dias, pode-se verificar uma redução de 16 a 42% na produção de grãos quando comparado com a produtividade de uma planta em condições de campo de 0,01 MPa. O excesso de água no solo também pode causar danos à cultura do feijão. Esta condição pode ocorrer devido à drenagem deficiente ou abuso de irrigação, resultando na deficiência de oxigênio disponível no solo à planta e prejudicando a germinação, bem como o desenvolvimento e estabelecimento do sistema radicular do feijoeiro. Estima-se que o consumo hídrico da cultura do feijão seja de 300 a 600 mm ao longo de seus estádios de desenvolvimento, consumindo, em média, 3 a 4 mm por dia e necessitando de uma disponibilidade mínima de 100 mm mensais. 5. MANEJO DO SOLO 5.1 Preparo do solo O fornecimento de quantidades adequadas de água é um dos fatores fundamentais na produção das culturas. Para tanto, a água em excesso deve ser armazenada de modo a estar disponível em períodos de estiagem, mesmo sob condições irrigadas. Os solos sob cultivo devem ser preparados de modo a alterar o mínimo possível as suas características físicas e químicas originais, especialmente aquelas que afetam a infiltração e retenção de água, como porosidade e agregação (Castro et al., 1987). A compactação do solo afeta a aeração por causa das modificações na estrutura do solo e na drenagem da água. O efeito imediato é a redução no volume de macroporos, reduzindo a difusão da água e dos gases, e dificultando o crescimento das raízes (Pedroso & Corsini, 1983). O preparo sucessivo do solo com grade aradora, além de ocasionar excessiva desintegração física e preparo apenas superficial do solo, pode levar à formação de uma camada impermeável conhecida como sola de grade (Fornasieri Filho & Fornasieri, 1993). Barros & Hanks (1997) observaram que a cobertura do solo aumentou a produtividade e a eficiência no uso de água pelo feijoeiro. Stone & Silveira (1988) verificaram que o preparo com aiveca propiciou menor resistência à penetração, ao longo doperfil; com o uso da grade aradora houve a formação de uma camada mais compacta entre 10 e 24 cm de profundidade e no sistema de plantio direto houve maior compactação até 15–22 cm de profundidade. Esses autores verificaram ainda que a distribuição do sistema radicular em profundidade foi mais uniforme no preparo com arado; no preparo com grade 60% das raízes se concentraram na camada de 0–10 cm e no plantio direto, nos primeiros 20 cm. 5.2 Calagem Recomenda-se incorporar o calcário, nos primeiros 30cm de solo, de 30 a 90 dias antes do plantio, visando elevar a saturação de bases à 80% e um teor de magnésio mínimo de 9 mmolc/dm -3 (PASSOS, 2015). 5.3 Adubação Orgânica Quanto à adubação orgânica, é indicada a utilização de esterco bovino bem curtido ou composto orgânico, incorporado ao solo de 30 à 40 dias antes da semeadura numa proporção de 10 a 20 t/ha-1. Além disso pode-se utilizar de ¼ a 1/5 dessas quantidades de esterco de galinha, caprinos, ovinos, equinos ou suínos, ou até 1/10 dessas quantidades de torta de mamona pré-fermentada. 5.4 Adubação Mineral A adubação mineral de plantio deve ser realizada de 7 a 10 dias antes da semeadura, em conformidade com a análise de solo e os dados da tabela 1. Fonte: PASSOS, 2015. Já a adubação mineral de cobertura é feita em duas ou três parcelas, de 20 a 50 dias após a emergência, sendo aplicado de 90 a 120 kg/ha-1 de N; 20 a 40 kg/ha-1 de P2O5 e 30 a 60 kg/ha -1 de K2O. 6. CULTIVARES O feijoeiro comum é cultivado em todas as regiões do país apresentando grande importância econômica e social. As regiões brasileiras são bem definidas quanto à preferência do tipo de grão de feijão comum consumido. Algumas características como a cor, o tamanho e o brilho podem determinar o consumo ou não do grão, enquanto a cor do halo pode também influenciar na comercialização. O feijão apresenta componentes e características que tornam seu consumo vantajoso do ponto de vista nutricional. Doenças encontram-se entre os fatores mais importantes associados à baixa produtividade do feijoeiro comum no Brasil, podendo reduzir consideravelmente a produção desta cultura. Dentre as estratégias do manejo integrado de doenças, a resistência genética é considerada uma importante alternativa, de fácil adoção pelos agricultores, por ser ecologicamente segura, diminuindo, ou até mesmo evitando, o uso indiscriminado de defensivos agrícolas e por contribuir para a manutenção da qualidade de vida. Além do tipo comercial de grão e da resistência a doenças, os programas de melhoramento do feijoeiro têm sido caracterizados por esforços na obtenção de planta mais eretas, resistentes ao acamamento, associadas à eficiência em produzir grande quantidade de grãos por unidade de área, durante o seu ciclo. Assim sendo, os cultivares recomendados para as regiões nordestes, são preferencialmente: Cachimbo, Carioca, Bagajó, São José e Aporé; e toleradas: Rim-de-porco, Enrica Homem, Favinha, Sempre Verde, Panelinha, Pau-de-rato. (CARVALHO, et al., 1997) 7. PLANTIO 7.1 Densidade e Espaçamento Segundo dados de Arf (1996), o espaçamento e densidade para maior produtividade de feijão é de 16 plantas/m e 0,60m de espaçamento. Apesar de quando comparado à densidade de 8 plantas/m, gerar menos matéria seca, vagens e sementes por planta, no cultivo de 16 plantas/m a produção é compensada pelo aumento da densidade da semeadura. Sendo assim, 16 plantas/m proporcionam maior produtividade que 8 plantas/m, como demonstrado na tabela 2. Fonte: ARF et al., 1996. 7.2 Sistemas de Consórcio Tanto o feijão comum, feijão-de-corda e o feijão-fava são utilizados em diversos sistemas de consórcio. Por serem leguminosas, são essenciais para a fixação biológica de nitrogênio a partir das bactérias do gênero Rhizobium, além disso auxiliam na cobertura e manutenção do solo. Como apontado por Portes (1996) no folheto Produção de feijão nos sistemas de consórcio, publicado pela EMBRAPA-CNPAF (Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão), os principais consórcios utilizados em território brasileiro são os de Feijão x Milho (Zea mays); Feijão x Café (Coffea sp.); Feijão x Cana-de-açúcar (Saccharum sp.) e Feijão x Mandioca (Manihot esculenta), além de ser utilizado, em menor frequência, em consórcios de Mamona (Ricinus communis), Sorgo (Sorghum bicolor), Soja (Glycine max), Algodão (Gossypium sp.), Girassol (Helianthus annus), amendoim (Arachis hipogeae) e algumas frutíferas. 7.3 Feijão em Sistemas Rotacionados O feijão também pode ser utilizado em sistemas de rotação de culturas, como observado por Fonseca (2007), consórcios de feijão/milho + braquiária/feijão e feijão/soja + braquiária/feijão afetam positivamente diversos aspectos do solo, sendo o sistema de feijão/soja + braquiária/feijão o que proporciona maiores melhorias na qualidade do solo, destacando-se o efeito na densidade do solo, diâmetros médios geométrico e ponderado, carbono orgânico e nitrogênio total. Como apontado por Stone & Silveira (2001), em sistemas rotacionados de feijão, não é indicada a utilização do plantio direto, visto que o não-revolvimento ocasionou uma maior compactação das camadas superficiais do solo, onde se concentra a maior parte das raízes do feijoeiro. Ademais, os sistemas de rotação que incluíram soja e trigo provocaram a maior compactação, em contraste com os sistemas de arroz + calopogônio-feijão, que demonstraram maior valor de macroporos. Fonte: STONE & SILVEIRA, 2001 8. IRRIGAÇÃO O feijão pode ser cultivado tanto em sistemas irrigados, quanto em sequeiro. Em cultivos irrigados, podem ser empregados os sistemas de irrigação por sulcos, gotejamento e microaspersão. Como descrito por Arf (2004), em sistemas de irrigação por aspersão, o tratamento com menor lâmina de água propiciou produtividade de grãos semelhante aos tratamentos com maior lâmina, sendo preferível por seu menor custo de irrigação. 9. MANEJO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS O manejo de plantas espontâneas é parte essencial da produção agrícola, com objetivo de controlar a população das espécies não-comerciais e evitar competição por nutrientes, água e luz com a cultura comercial. Como apontado na tabela 3, diversos autores relatam o nível de perda de produtividade do feijoeiro por competição de plantas espontâneas em relação à tratamentos sem competição. Tabela 3: Porcentagem de perdas causadas pela matocompetição na cultura do feijoeiro em relação à tratamentos sem competição. Além disso, certas espécies de plantas espontâneas, como a Ipomea spp., afetam também a colheita manual ou mecânica do feijão, particularmente quando a maturação das espécies é diferenciada. Quando a maturação é simultânea, no caso de produção de sementes, a legislação nacional estabelece limites de tolerância para sementes de espécies daninhas toleradas e determina as espécies proibidas. Por isso, o manejo de plantas espontâneas é essencial para uma boa produtividade do feijoeiro. Tal manejo pode ser feito de forma direta (atividades dirigidas para as plantas espontâneas) ou indireta (atividades dirigidas para o sistema solo-cultura). O manejo direto refere-se à eliminação direta das plantas daninhas com uso de herbicidas, ação mecânica ou manual e ação biológica. No manejo do solo (manejo indireto) se trabalha com a relação sementes ativas e inativas. Neste caso tem de se aumentar a germinação das plantas daninhas e depois controlá-las. O manejo cultural se baseia na construção de plantas de feijoeiro com capacidade de manifestar seu máximo potencial produtivo e competir com as plantas daninhas, pela utilização de práticas como o equilíbrio na fertilidade do solo, velocidade correta de semeadura, manejo de adubação, arranjo espacial das plantas, época adequada de plantio, dentre outros. A diversificação de cultivos (sucessão ou rotação), onde os restos culturaisde um cultivo exerçam efeitos alelopáticos/supressivos sobre a biota nociva do outro também é importante (COBUCCI, 1999). 10. MANEJO FITOSSANITÁRIO 10.1 Manejo de Pragas Com a expansão da área cultivada do feijoeiro sob irrigação, o cultivo sucessivo (por ex. soja, feijoeiro) e intensivo das áreas (por ex. milho safrinha), bem como o uso intensivo de inseticidas químicos, favoreceram o aumento de pragas nas culturas. Com o aumento das pragas, o uso de inseticidas tem sido constante e muitas vezes indiscriminado, aumentando o custo de controle e tornando o controle de pragas mais difícil e complexo. Em muitos casos, esse controle é realizado com base em calendário (normalmente em pulverizações semanais) ou pela presença do inseto, mesmo que a população esteja abaixo do nível de controle. Tudo isso leva ao desenvolvimento de mecanismos de resistência por parte dos insetos-praga, tornando os agricultores cada vez mais dependentes de inseticidas mais tóxicos, perigosos e de alto poder residual. Com isso em mente, o manejo integrado de pragas é a alternativa mais viável para cultivos em grande escala. Ao cultivo do feijoeiro podem estar associadas uma série de espécies de artrópodes e moluscos, que ocorrem na cultura de acordo com a fenologia da planta (Figura 1) e devem ser levadas em consideração quando for realizado o monitoramento. Estas espécies são agrupadas em quatro categorias: pragas do solo, pragas das folhas, pragas das vagens e pragas de grãos armazenados (Tabela 4). A época de ocorrência vai depender da fase de desenvolvimento da cultura, como mostrado na Figura 1. Tabela 4: Principais invertebrados encontrados na cultura do feijoeiro no Brasil. Fonte: Quintela, 2001 Com isso, deve-se realizar o monitoramento constante para a determinação do nível de controle, onde deve-se realizar medidas de controle (mecânico, biológico, químico, etc.) para evitar danos econômicos ao agricultor. Nesse monitoramento são analisados os danos, os insetos-praga e seus inimigos naturais, sendo assim, são amostradas plantas (da emergência até o estágio de 3-4 folhas trifolioladas, depois de 4 folhas trifolioladas e no estágio de florescimento e formação de vagens), insetos- praga e insetos inimigos naturais. Cada fase e praga exige um nível de controle diferente, como indicado pela tabela abaixo (tabela 5). Tabela 5: Níveis de controle para as principais pragas do feijoeiro. Fonte: QUINTELA, 2001. Esse controle deve ser direcionado para a praga, evitando a erradicação dos inimigos naturais e insetos polinizadores. 10.2 Manejo de Doenças As doenças constituem um dos principais fatores limitantes da produção da cultura do feijoeiro. São várias as doenças que podem comprometer a produtividade, sendo sua ocorrência influenciada pelos fatores ambientais e variedades cultivadas. Doenças ocorrem de maneira significativa, podendo acarretar sérios prejuízos para a cultura, agravada pelo fato de que a maioria dos patógenos são transmitidos pelas sementes. 10.2.1 Doenças Fúngicas Murcha da teia micélica ou meia. Agente causal: Thanatephorus cucumeris (Frank) Donk. Manifesta-se inicialmente, como manchas aquosas nas folhas, circundando uma área marrom escura. Segue-se intensa produção de micélio que atinge as folhas adjacentes, interligando toda a parte aérea da planta, incluindo, além da folhagem, as hastes, flores e vagens. A teia micélica que interliga as folhas com as outras partes das plantas impedem, algumas vezes, a desfolha total, sendo comum encontrar-se a folhagem completamente seca, aderida ao caule da planta com grande número de esclerócios marrons semelhantes a pequenos grãos de areia. Apesar de ocorrer em qualquer estádio do desenvolvimento da planta, a doença geralmente se apresenta no campo após o início da floração. A partir de então, a ocorrência parece ser diretamente proporcional ao desenvolvimento do ciclo reprodutivo da planta. Controla-se a meia com o tratamento químico de sementes com fungicidas a base de benomil (8enlate), rotação de culturas com gramíneas, plantio em período de menor pluviosidade, espaçamento de 0,50 m x 0,40 m ou 0,60 m x 0,40 m, utilização de cobertura morta, (casca ou palha de arroz, plantio direto, etc.) e pulverização aos 15, 30, 45 e 60 dias após a emergência das plantas, também com fungicidas a base de benomil (8enlate), na dosagem de 250-300 gramas do i.a/ha. Podridão cinzenta do caule. Agente causal: Macrophomina phaseolina (Tassil) Goidanich A doença pode se manifestar em todos os estádios de desenvolvimento da planta. Sementes muito contaminadas podem determinar sintomas de tombamento de pré e pós-emergência; quando de pós-emergência caracteriza-se por escurecimento e rápido apodrecimento do caule jovem. Em plantas um pouco mais desenvolvidas, originárias de sementes contaminadas, o fungo passa dos cotilédones para a haste, onde forma lesões escuras causando graus diversos de amarelecimento e murcha, podendo levar a planta à morte. As vagens em contato com o solo contaminado são invadidas pelo fungo, infectando as sementes. O controle inclui o uso de sementes de boa qualidade, tratamento das sementes com o fungicida benomil (Benlate) na dosagem de 0,1% (1 g do p.c./kg de sementes), aração profunda e rotação de culturas. Podridão radicular seca: Agente causal: Fusarium solani f. sp. phaseoli Snyder & Hansen o fungo é transmitido pela semente e pode sobreviver em restos de cultura. A podridão caracteriza-se pela presença de manchas vermelhas na parte interna do caule e da raiz principal tornando-se, mais tarde, pardo-escuras acompanhadas por rachaduras longitudinais no caule. Como conseqüência do progresso da infecção na raiz principal, as raízes laterais morrem. Entretanto, a planta pode desenvolver raízes secundárias acima da lesão, as quais podem sustentáIa, isto sob condições climáticas favoráveis. Em geral, as plantas infectadas não morrem, mas a produção pode ser afetada. A rotação de culturas por longos períodos, o uso de sementes de boa qualidade, o tratamento químico das sementes com a mistura dos fungicidas a base de benomil + thiran (Benlate + Rhodiauran) e a utilização de cultivares resistentes são as medidas para o controle eficiente da doença. Podridão do colo. Agente causal: Sclerotium rolfsii Sacc. Os sintomas iniciais aparecem no colo da planta, em nível do solo, como manchas escuras encharcadas, estendendo-se pela raiz principal e causando a podridão. Os sintomas se manifestam por murcha e morte da parte aérea, permanecendo a planta de pé. Para seu controle recomendase o tratamento de sementes com Kobutol 750 (Quintozene) (110-260 g do p.a../100 kg de sementes), uso de sementes sadias, rotação de culturas e aração profunda. Mancha angular. Agente causal: Isariopsis griseola Sacc. Transmitida pela semente, afeta folhas, vagens e caule. Os sintomas característicos da doença são observados geralmente na parte inferior das folhas, inicialmente como lesões de cor cinzenta tornando-se posteriormente, de coloração castanha. As lesões são de forma angular delimitadas 20 pelas nervuras das folhas e mais tarde podem aumentar de tamanho, coalescem e causam amarelecimento das folhas, seguido por um desfolhamento prematuro. As lesões podem apresentar-se também nas vagens e hastes. Nestes, elas são superficiais, de coloração castanho-avermelhada, quase circulares, apresentando bordas escuras. O controle é feito pelo uso de sementes de boa qualidade, rotação de cultura com gramíneas; tratamento químico de sementes com a mistura benomil + thiram (Benlate + Rhodiauran), ou pulverização com o fungicida chlorothalonil (Bravonil 750 PM) na base de 1000 a 1500 g do p.a/ha) 10.2.2 Doenças Bacterianas Crestamento bacteriano comum. Agente causal: Xanthomonas campestris pv. phaseoli (Smith) Oye Afeta principalmente as folhas; em alguns casos atingehastes, vagens e sementes. Em regiões úmidas com temperaturas de moderada a alta, os sintomas da doença aparecem na parte aérea das plantas. Iniciam-se como pequenas manchas úmidas na face inferior das folhas e depois crescem e se unem com outras áreas afetadas, formando grandes lesões pardas, podendo as folhas afetadas morrer e cair. É comum encontrar um tecido amarelo no limite entre a área afetada e os tecidos sadios da folha. Nas hastes as manchas são avermelhadas. Nas vagens aparecem manchas aquosas que tomam coloração avermelhada. As sementes, uma vez infectadas, perdem normalmente sua coloração típica, enrugam-se apresentando aspecto envernizado, mas também podem não apresentar sintomas. O controle é feito pelo uso de sementes de boa qualidade, eliminação dos restos de cultura e rotação de cultura. 11. COLHEITA E PÓS-COLHEITA A colheita do feijão pode ser realizada por diversos meios, sendo os mais comuns os métodos manuais e semi-manuais. 11.1 Colheita Manual Na colheita manual, o arranquio, o recolhimento e a trilha são manuais, gastando-se, em média, de 10 a 12 serviços. No processo mais comum, as plantas são arrancadas com cerca de dois terços das vagens totalmente maduras, com teor médio de umidade no grão por volta de 18%. Para evitar grande deiscência das vagens, são arrancadas preferencialmente pela manhã e colocadas no campo, em montes ou "bandeiras", para que, ao final de um ou dois dias, sejam transportadas para terreiro, onde irão completar a secagem ao sol e serem submetidas à bateção, ou trilha, com varas flexíveis. Após a separação da palhada, o feijão é finalmente abanado em peneiras manuais (ANDRADE, 2005). 11.2 Colheita Semi-Mecanizada No sistema semi-mecanizado o arranquio e o ajuntamento são feitos manualmente, e a trilha, mecanicamente. O arranquio é feito de maneira igual ao sistema anterior e, dependendo do tipo de trilha, o ajuntamento pode se dar em montes, ou bandeiras, ou em leiras. As bandeiras são utilizadas quando o material, depois de colhido e ser secado em terreiro, é transportado para ser trilhado com trilhadora estacionária ou batedora de grãos. As bandeiras também são utilizadas quando se vai realizar a bateção no campo com a batedora de grãos, a qual, nesse caso, é acoplada à tomada de força do trator e vai de bandeira em bandeira realizando a trilha das plantas secas sobre encerado ou lona plástica, para evitar perdas. O ajuntamento é feito em leiras quando se utiliza uma recolhedora-trilhadora - máquina tracionada por trator que passa sobre as leiras, recolhendo e trilhando as plantas (ANDRADE, 2005). 11.3 Colheita Mecanizada O sistema de colheita mecanizada, em que todas as operações são realizadas com máquinas, ainda é pouco utilizado. Esse tipo de colheita pode ser realizado com duas máquinas, arrancadora-enleiradora ou ceifadora e recolhedora-trilhadora, ou com uma única máquina, automotriz ou combinada. Com o aumento do grau de mecanização, o início das operações de colheita deve ser antecipado, e as exigências com relação à uniformidade da lavoura são maiores, já que as perdas podem ainda ser elevadas. Há que se considerar também o alto custo dessas máquinas, o que torna o investimento viável apenas em lavouras de maior porte (ANDRADE, 2005). 11.4 Pós-Colheita Independentemente do sistema de colheita adotado, a umidade do grão de feijão colhido deve ser uniformizada próxima a 13% - índice de umidade requerido para comercialização ou mesmo para armazenamento temporário, por impedir ou retardar o desenvolvimento de fungos e de carunchos. A complementação da secagem, se necessária, poderá ser feita naturalmente, à sombra ou ao sol. Nesse último caso, para se evitar o escurecimento do grão - uma das principais causas de deságio do produto - deve-se fazer o revolvimento constante dos grãos de feijão. O emprego de secadores é também viável, desde que as temperaturas não ultrapassem 38oC, pela mesma razão. Antes de ser destinado ao mercado ou ao armazém, o feijão deve ser submetido ao expurgo com fosfina (fosfeto de alumínio), para controle do caruncho, à base de três pastilhas para cada 15 sacos do produto. O material a ser expurgado deve ser coberto com lona impermeável e, após 120 horas da distribuição das pastilhas, ser lentamente descoberto. No manuseio do produto, deve-se usar luvas e máscara. Após o tratamento, o feijão pode ser prontamente utilizado, pois o produto não deixa qualquer tipo de resíduo. O local de armazenamento do feijão deve ser seco, ventilado e completamente limpo, livre de quaisquer resíduos de outras safras, mesmo que de outras culturas. A sacaria não deve ficar em contato direto com o piso, e as janelas, portas e outras aberturas devem ser protegidas com telas (ANDRADE, 2005). 12. COEFICIENTES TÉCNICOS Fonte: EMBRAPA, 2011 13. Referências ANDRADE, M.J.B.; Cultivo do Feijão da Primeira e Segunda Safras na Região Sul de Minas Gerais. 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